A bolsa de Lisboa fechou em alta, a acompanhar a tendência positiva que se espalhou pela Europa. As ações da região valorizaram na sessão, com o regresso da calma aos mercados globais de dívida e o aumento das apostas dos investidores em cortes nas taxas de juros dos EUA antes da divulgação, esta sexta-feira, de um importante relatório sobre o mercado de trabalho no país.

Enquanto as restantes praças europeias avançaram menos de 1%, Amesterdão e Lisboa lideraram. O PSI ganhou 1,32% para 7.749,33 pontos, com 14 das 15 cotadas em terreno positivo (e a Ibersol inalterada).

As maiores valorizações foram de empresas mais expostas ao exterior. A Mota-Engil disparou 3,87% para 5,10 euros por ação, enquanto a Jerónimo Martins avançou 2,82% para 21,84 euros. No papel, a Semapa subiu 2,08%, a Altri 1,94% e a Navigator 1,22%.

O BCP acompanhou o sentimento positivo em torno da banca europeia, à medida que aliviam as preocupações relativamente à dívida de países como França e Reino Unido. O banco liderado por Miguel Maya valorizou 1,68% para 0,74 euros por ação.

Na energia, a EDP Renováveis ganhou 1,02% para 9,88 euros por ação, apesar de a Administração Trump estar a reconsiderar a licença emitida para um grande parque eólico offshore ao largo do Massachusetts, detido pela Ocean Winds – uma joint venture entre a empresa portuguesa e a Engie.

O otimismo dos analistas do Goldman Sachs, numa nota em que apontam para o impacto positivo das necessidades de investimento nos sistemas para evitar crises energéticas na Europa, poderá ter ajudado a mitigar o efeito. A EDP subiu 0,35% para 3,73 euros por ação e a petrolífera Galp 0,34% para 16,14 euros por ação.