Negociação das acções da Brisa suspensa em Bolsa
A Tagus oferece 2,10 euros por acção para retirar a concessionária de auto-estradas de bolsa. Falta conhecer a análise da CMVM à proposta.
A negociação das acções da Brisa está suspensa em bolsa, anunciou o regulador. "O Conselho Diretivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das ações da Brisa - Auto Estradas de Portugal, SA, nos mercados regulamentados da Euronext Lisbon até à divulgação de informação relevante sobre o emitente", refere um comunciado da CMVM enviado às redacções.
Esta suspensão de negociação estará relacionada com a proposta da Tagus para retirar a companhia de cotação em Bolsa, oferecendo uma contrapartida de 2,10 euros por cada acção que ainda não detém.
Na última quinta-feira terminou o prazo de 10 dias uteis para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários analisar a proposta da Tagus, mas o regulador decidiu interromper o prazo para se decidir em relação ao processo de perda de qualidade de sociedade aberta da Brisa.
O supervisor recebeu da Tagus, formada pelo Grupo José de Mello e pelo fundo Arcus, os documentos sobre a contrapartida a oferecer aos accionistas no âmbito da retirada de bolsa da Brisa no dia 14 de Março. Compete agora à entidade presidida por Carlos Tavares avaliar o relatório do revisor oficial de contas independente que justifica o preço oferecido.
Este relatório serve como base para o facto de a Tagus ter oferecido uma contrapartida de 2,10 euros aos minoritários da Brisa que ainda detêm acções. Na oferta pública de aquisição (OPA), que decorreu do ano passado, a Tagus pagou 2,76 euros.
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