Outros sites Cofina
Notícias em Destaque
Notícia

Tecnológicas derrubam Wall Street. Ford despista-se para mínimos de três meses

A "earnings season" voltou a dominar o sentimento dos investidores durante a sessão desta sexta-feira. A Ford chegou a tombar 11% durante o dia, já que os resultados ficaram aquém das expectativas. Os números robustos do mercado do trabalho também pressionaram a negociação, já que mantêm a porta aberta para a política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed).

As ações globais foram a categoria de fundos de investimento que mais contribuiu para o aumento do valor em outubro.
Mike Segar/Reuters
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 03 de Fevereiro de 2023 às 21:36

Wall Street terminou a sessão desta sexta-feira em terreno negativo, pressionada pelos números relativos ao mercado de trabalho nos EUA e pelos resultados das tecnológicas e da Ford apresentados na noite de quinta-feira, já depois do fim das negociações da bolsa norte-americana.

O industrial Dow Jones caiu 0,38% para 33.926,01 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) desvalorizou 1,04% para 33.926,01 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,59% para 12.006,96 pontos.

 

Hoje, soube-se que as empresas norte-americanas criaram 517 mil novos pontos de trabalho (excluindo o setor agrícola) em janeiro, superando amplamente as expectativas dos analistas que apontavam para os 185 mil. A média de salários pagos por hora cresceu 0,3% durante este período. Por sua vez, a taxa de desemprego caiu para mínimos de 53 anos durante este período.

 

Estes números dão sustento à Reserva Federal norte-americana para continuar o seu percurso de endurecimento de política monetária, depois de esta semana o banco central ter subido a taxa dos fundos federais em 25 pontos base, o que foi visto pelos mercados como um sinal de abrandamento do ritmo, tendo em conta a anterior subida de 50 pontos base.

 

A sessão foi ainda penalizada pela reação aos (maus) resultados e perspetivas das tecnológicas, à exceção da Apple. A empresa liderada por Tim Cook subiu 2,44%, renovando máximos de finais de outubro do ano passado. Apesar do recuo dos lucros entre outubro e dezembro, os analistas citados pela CNBC mantêm-se otimistas para os próximos meses.

 

A Amazon perdeu 8,43% penalizada pelo "guidance" negativo para o trimestre atual. Por sua vez, a Alphabet derrapou 2,75%, após reportar os resultados do seu quarto trimestre fiscal, os quais ficaram abaixo do que era esperado, com as receitas a serem penalizadas pela menor procura por publicidade, numa altura em que a empresa se debate com um abrandamento económico global que travou os gastos e desencadeou uma vaga de despedimentos.

 

Os investidores estiveram ainda atentos às ações da Ford, as quais tombaram 7,74% depois de chegarem a afundar 11%, caindo para mínimos de meados de novembro. A fabricante automóvel reportou resultados que ficaram aquém das estimativas dos analistas.

 

Por fim, o Silvergate Capital mergulhou 10,12%, derrubado pela notícia de que o Departamento de Justiça está a investigar o banco cripto, no âmbito do colapso da FTX.

Ver comentários
Saber mais Ford Wall Street EUA economia negócios e finanças Informação sobre empresas grandes empresas juros mercado financeiro conjuntura mercado de dívida
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio