Trump assina ordem para banir transações com oito aplicações chinesas nos EUA
Prosseguem os dissabores para as empresas chinesas que operam nos Estados Unidos.
O presidente cessante dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva a proibir transações com oito aplicações chinesas, avançou a Reuters.
Entre as oito visadas que operam com aplicações de software inclui-se a plataforma de pagamentos online Alipay, do Ant Group (detido pelo empresário chinês Jack Ma), refere a Reuters, citando um responsável da Administração Trump.
Esta decisão intensifica assim a escalada de tensões entre Washington e Pequim a 15 dias de o democrata Joe Biden tomar posse como novo presidente dos EUA.
A ordem assinada por Trump incumbe o Departamento norte-americano do Comércio da missão de definir que transações serão banidas, nos termos da diretiva, e também visa a QQ Wallet e a WeChat, ambas pertencentes à Tencent Holdings.
Com esta decisão, Trump diz querer travar a ameaça colocada aos norte-americanos pelas aplicações chinesas de software, que contam com grandes bases de utilizadores e acedem a dados sensíveis.
Este é mais um revés para as empresas chinesas que operam nos EUA. Um outro que paira diz respeito à possibilidade de as empresas de telecomunicações chinesas cotadas na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) poderem vir a ser exluídas da negociação.
Essas mesmas cotadas estiveram nesta terça-feira a reagir em alta ao facto de terem visto ontem ser levantada a possibilidade de serem excluídas da NYSE. Mas o alívio pode ter sido sol de pouca dura.
A meio da tarde de hoje, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Munuchin reportou à NYSE que discordava da reversão da decisão sobre as cotadas chinesas e algumas horas depois os responsáveis da bolsa disseram estar a ponderar voltar ao plano original de as retirar da bolsa nova-iorquina.
(notícia atualizada às 23:21)
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