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Wall Street fecha terceira sessão consecutiva no verde com tensões comerciais em foco

Os principais índices norte-americanos voltaram a registar ganhos superiores a 1%, numa altura em que os investidores aumentam as apostas em relação ao número de cortes nas taxas de juro.

Trump, Wall Street, NYSE
Trump, Wall Street, NYSE Andrew Kelly / Reuters
24 de Abril de 2025 às 21:16

Wall Street encerrou mais uma sessão com ganhos avultados, depois de até ter arrancado a semana com o pé esquerdo. Os investidores continuam a avaliar o impacto que as tarifas de Donald Trump podem vir a ter na economia, agora que várias empresas reveem em baixa as suas expectativas de lucro para o resto do ano, estando mais certos que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai ser obrigada a cortar mais vezes nos juros para evitar uma recessão.

O S&P 500 avançou 2,03% para 5.484,77 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite acelerou 2,74% para 17.166,04 pontos. O industrial Dow Jones, que até começou a sessão com nota negativa, conseguiu reverter as perdas e fechou a crescer 1,23% para 40.093,40 pontos. O S&P 500 já conseguiu apagar quase todas as perdas, desde o infame "Dia da Libertação".

Na frente comercial, o Presidente dos EUA voltou a afirmar que já está a negociar com a China um possível acordo, embora Pequim negue estas aproximações. A nação liderada por Xi Jinping instou o governo norte-americano a reduzir as tarifas "unilaterais" como um sinal de abertura, mas já na quarta-feira o secretário do Tesouro, Scott Bessent, tinha negado esta possibilidade.

Neste contexto de incerteza, a Fed prepara-se para ter uma ação mais interventiva. Esta quinta-feira, numa entrevista à Bloomberg TV, Christopher Waller, membro do banco central dos EUA, afirmou que estaria disposto a apoiar um maior número de cortes caso a política agressiva de Trump tivesse impactos negativos no mercado laboral. Já o presidente da Fed da Cleveland disse à CNBC que um novo alívio poderia vir já em junho, caso os dados o justifiquem.

As atenções dos investidores viram-se agora para uma série de resultados trimestrais que estão a deixar um sabor agridoce nos mercados. Uma série de empresas, como a American Airlines e a Pepsi, decidiram reduzir as suas previsões de lucro para o resto do ano, citando o impacto da política comercial vinda de Washington.

Apesar de as perspetivas para o resto do ano não serem as melhores, esta "earnings season" não está a ser negativa. Das 157 empresas do S&P 500 que já apresentaram contas, 74% registaram resultados acima do esperado, com os analistas a preverem um aumento nos resultados líquidos das empresas de 8,9%, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Já depois do fecho, a Alphabet, dona da Google, apresentou resultados, tendo registado um crescimento nas receitas e nos lucros por ação acima do esperado pelos analistas. No mercado "after hours", a tecnológica crescia mais de 4%.

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