Afinal, Trump quer dólar mais forte
Donald Trump quer um dólar mais forte. "O dólar vai ficar mais forte e, em última instância, eu quero ver um dólar forte", afirmou esta quinta-feira, 25 de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos numa entrevista concedida à CNBC à margem do Fórum Económico Mundial que decorre em Davos, na Suíça, e onde Trump discursará amanhã.
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Esta declaração aparentemente normal de Trump contraria, porém, as afirmações ontem feitas pelo secretário do Tesouro americano. Também em Davos, Steven Mnuchin disse ontem ser a favor de um dólar mais fraco, o que abriria novas oportunidades à economia americana, deixando no ar a possibilidade de Washington prosseguir políticas tendentes à depreciação da divisa norte-americana.
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Para Trump as declarações de Mnuchin foram mal interpretadas e retiradas do contesto em que foram feitas. Citado pela agência Reuters e sem se querer alongar numa discussão sobre câmbios, Trump acrescentou que o dólar "deve ser aquilo que é, deve basear-se na força do país". Como candidato à presidência americana, Trump chegou a acusar a China de promover uma guerra cambial para desvalorizar a divisa chinesa e assim favorecer as respectivas exportações, tendo então sinalizado que seria bom para as empresas americanas uma menor apreciação do dólar.
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Dólar segue palavras de Trump
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Depois da garantia dada por Donald Trump, o dólar inverteu a tendência de quedas dos últimos dias passando a transaccionar em alta nos mercados cambiais. Após três sessões consecutivas a recuar face ao euro, logo depois de Trump falar o dólar passou a valorizar contra a moeda única europeia e também face às restantes principais divisas mundiais.
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Nesta altura, o euro perde 0,14% para negociar nos 1,2425 dólares, isto depois de antes da garantia de Trump a moeda europeia ter chegado a valorizar mais de 1% contra o dólar para máximos de Dezembro de 2014 relativamente à moeda americana nos 1,2537 dólares.
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Já esta quarta-feira, Steven Mnuchin disse que os seus comentários feitos ontem foram "suficientemente claros" e "consistentes" com aquilo que o líder do Tesouro americano vem defendendo desde que assumiu a função, de que a administração americana não está preocupada com a situação do dólar no curto prazo.
Depois da declaração feita ontem por Mnuchin, os ministros das Finanças da França e da Itália mostraram preocupação sobre a possibilidade de o proteccionismo defendido por Trump poder significar que os Estados Unidos pretendem promover uma espécie de guerra cambial.
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Um euro excessivamente valorizado face ao dólar colocaria sob pressão o sector exportador europeu, tornando menos competitivas as exportações dos países que integram a Zona Euro.
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