Portugueses amortizaram mais do que pediram de financiamento para comprar casa
No ano passado, foram celebrados 57.912 novos contratos de crédito à habitação, "num total de 5,5 mil milhões de euros", revelou esta quinta-feira, 3 de Agosto, o Banco de Portugal através do relatório de acompanhamento dos mercados bancários de retalho. Este montante concedido representa um aumento de 39,6% face ao ano anterior.
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Apesar do mercado de crédito estar a dar mostras de dinamismo, os portugueses têm aproveitado para reduzirem as suas dívidas perante a banca. Em parte beneficiam das baixas taxas de juro, mas não só. É que o valor global de crédito à habitação diminuiu em mais de dois mil milhões de euros, o que significa que houve mais amortizações do que novos empréstimos.
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O Banco de Portugal adianta ainda que "em 2016, foram realizados reembolsos antecipados em contratos de crédito à habitação no montante de 3,2 mil milhões de euros, mais 45,4% do que no ano anterior."
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No relatório é possível ainda verificar que houve um aumento do montante médio contratado nas novas operações e que os portugueses continuam a ter os seus empréstimos indexados a uma taxa variável. Ainda que, nos novos contratos, a Euribor a 12 meses tenha sido "o indexante mais utilizado, ultrapassando, assim, a Euribor a 6 meses".
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Tal como tem sido noticiado, os "spreads" têm vindo a descer, uma realidade que está esplanada no comunicado do Banco de Portugal, tendo o spread médio sido de 1,98% no ano passado.
"As renegociações no crédito à habitação cresceram 6,9%. Ao longo do ano, foram efectuadas 31 mil renegociações, respeitantes a cerca de 28 mil contratos; 11% dos contratos renegociados estavam em incumprimento", acrescenta a mesma fonte.
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