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Prestação da casa sobe em janeiro nos contratos com Euribor a três, seis e 12 meses

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

casas, rendas, imobiliário
casas, rendas, imobiliário Alexandre Azevedo
02 de Janeiro de 2023 às 14:39

A prestação da casa paga no crédito vai subir significativamente este mês nos contratos indexados à Euribor a três, seis e 12 meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Assim, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de agora 678,60 euros, o que traduz uma subida de 184,90 euros face à última revisão em julho – um valor ligeiramente inferior ao agravamento registado nos contratos que renovaram em dezembro.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 637,60 euros, mais 82,35 euros.

Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de dezembro de 2,5601% a seis meses e de 2,064% a três meses.

Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa – para um empréstimo nas condições referidas – será de 717,68 euros a partir deste mês de janeiro, um agravamento de 269,03 euros face ao que pagava desde o mesmo mês de 2022.

Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor a 12 meses em dezembro e que foi de 3,018%.

Ao contrário do que sucede no cenário para os contratos indexados à Euribor a três meses, cujo agravamento da prestação mensal é em janeiro ligeiramente inferior à subida observada nos contratos que renovaram em dezembro, nos indexados a 12 meses a subida da ‘fatura’ mensal supera a dos contratos cuja revisão ocorreu no mês passado (251,69 euros).

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro.

De então para cá o BCE já aumentou as taxas diretoras por quatro vezes, a primeira das quais em julho, sendo este o primeiro agravamento em 11 anos.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

Já a Euribor a três meses entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015.

A Euribor a 12 meses ficou negativa em 05 de fevereiro de 2016, estando positiva desde 21 de abril.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Perante o agravamento do custo com os créditos à habitação, o Governo aprovou um diploma que enquadra as condições em que os bancos devem propor aos clientes uma renegociação do crédito de forma a evitar situações de incumprimento. As medidas vigoram entre 26 de novembro de 2022 e o final de 2023.

No âmbito deste pacote de medidas é ainda suspensa a cobrança de comissões aos clientes que pretendam amortizar o empréstimo em parte ou na totalidade.

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