FTX nos EUA tem dinheiro para pagar a devedores, defende ex-CEO

O ex-CEO da FTX acredita que a operação norte-americana do grupo deve entre 181 milhões de dólares a 497 milhões de dólares, mas acredita que tem dinheiro mais que suficiente para pagar.
Sam Bankman-Fried
Justin Lane/Epa
Fábio Carvalho da Silva 18 de Janeiro de 2023 às 15:35

O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, contestou os dados até agora apresentados pela equipa de reestruturação da empresa e afirmou que a operação norte-americana do grupo, a FTX US está solvente, com capacidade para pagar aos credores.

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Numa publicação no seu blogue, o "monge capitalista" defende que o quadro pintado em tribunal pela Sullivan & Cromwell, sociedade de advogados responsável pela defesa da FTX, sobre as finanças do grupo é "altamente enganador". Aliás, Bankman-Fried foi mais longe e afirmou mesmo que a FTX US tem dinheiro mais que suficiente para pagar aos clientes nos EUA.

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No seu "melhor palpite", a operação norte-americana da FTX deve aos seus clientes entre 181 milhões de dólares a 497 milhões de dólares.

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Ainda assim, não há forma de garantir que estes números estejam certos, já que o ex-CEO se afastou do grupo e processo de reestruturação no dia 11 de novembro, quando a FTX apresentou um pedido de proteção contra credores ao abrigo da lei de insolvências nos EUA, tendo a liderança da plataforma sido ocupada por John Ray III.

 

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Já do lado da defesa da FTX, esta afirmou em tribunal que a empresa foi alvo de um ataque informático que conseguiu roubar 415 milhões de dólares em criptomoedas, desde que foi pedida a proteção contra credores. A empresa deu ainda conta que já conseguiu recuperar 5 mil milhões de dólares. Ambas as informações já tinham sido avançadas pela plataforma.

 

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No entanto, agora há mais detalhes. Ao todo, foram roubados 323 milhões de dólares da FTX.com, enquanto a FTX.US viu escorrer por entre os dedos 90 milhões de dólares.

 

No que toca ao saldo recuperado pela equipa liderada por John Ray III recuperou 1,7 mil milhões em dinheiro fiduciário, 3,5 mil milhões em criptomoedas e 300 milhões em outros tipo de ativos.

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Além deste processo cível, Bankman-Fried ocupa o lugar de arguído noutro processo de natureza penal, onde é acusado pelo Ministério Público de fraude. 

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