A bolsa portuguesa continua a liderar os ganhos das praças europeias impulsionada pelas subidas do Banco Comercial Português e da Energias de Portugal. O PSI-20 ganha 1,23% no dia em que oito empresas do índice já renovaram máximos, entre elas, o BCP que hoje já subiu quase 4%. A Galp Energia, Semapa, Cofina, e Portucel já negociaram no valor mais alto de sempre.

O principal índice da bolsa nacional [psi20] negoceia nos 12.836,73 pontos com 14 empresas a subir, cinco a e uma inalterada.

A impulsionar a bolsa portuguesa continuam as acções do Banco Comercial Português [bcp], que já na sessão de ontem tinham valorizado mais de 4%. Em apenas três sessões o banco português ganhou mais de 7%.

O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto já avançou 3,65% para os 3,41 euros, o valor mais elevado desde Junho de 2002, a beneficiar das revisões em alta da Lisbon Borkers e da UBS. Ontem, a casa de investimentos suíças subiu o "target" do banco em 29,8% para 3,70 euros por acção e a Lisbon Brokers aumentou o preço alvo dos títulos de 3,30 euros para os 3,50 euros por acção. As acções do BCP sobem 2,74% para os 3,38 euros.

Na restante banca, o BPI [bpin] ganha 1,70% para os 6,60uros e o Banco Espírito Santo [besnn] recua 0,23 para os 17,10euros, apesar do JPMorgan ter revisto em alta o "target" do banco. O banco de investimento norte-americano reviu em alta o preço-alvo para o BES de 14,30 para os 17 euros com uma recomendação de "neutral". As novas metas traçadas por Ricardo Salgado no Dia do Investidor foram incorporadas pela JP Morgan que diz ter subestimado a inversão na tendência dos lucros registada no ano passado. Os analistas Ignacio Cerezo Olmos e Carla Antunes da Silva estimam que o banco tenha disponíveis cerca de 850 milhões de euros para efectuar aquisições.

Fora do PSI-20, o Banif perde 1,49% para os 6,60 euros, a corrigir da subida superior a 1% registada na sessão de ontem.

As acções da Galp Energia [galp pl], que hoje já renovaram o máximo histórico nos 8,79 euros, valorizaram 2,34% para os 8,75 euros, o valor mais elevado desde a entrada em bolsa da petrolífera. O baixo "free float" da Galp e o interesse que o papel tem despertado, dada aproximação da data de pagamento de dividendos, são as causas apontadas para a subida dos títulos. "É um papel que continua a despertar muita atenção [dos investidores] e como tem um baixo ‘free float’, sobe", afirmou um operador de mercado contactado pelo Jornal de Negócios.

A negociar em máximo histórico esteva também a Semapa [sema], a Portucel [ptcl] e a Cofina [cofi]. A empresa liderada por Paulo Fernandes já esteve a negociar no valor mais de sempre mas inverteu a tendência de subida e segue agora a perder 0,98% para os 2,02 euros. A Impresa [imp] ganha 0,70% para os 5,77 euros.

No sector da construção, a Semapa [sema] sobe 0,16% para os 12,50 euros e a Mota-Engil [egl] perde 0,16% para os 6,43 euros, apesar do Millennium bcp subiu o "target" da construtora de 5,10 para 6,25 euros.

A Teixeira Duarte [txd], renovou o máximo histórico ao negociar nos 3,77 euros, e segue a ganhar 4,72% para os 3,77 euros. Fora do PSI-20, a Soares da Costa valoriza 6,75% para os 1,74 euros, o valor mais alto desde Fevereiro de 1995.

De destacar ainda o desempenho da PTMultimédia [ptm], que já negociou em máximo de Janeiro de 2001, e segue agora a ganhar 1,30% para os 12,43 euros.

Os títulos do Benfica [slben], que ontem se estrearam em bolsa, recuam 12,22% para os 3,88 euros. À entrada para o mercado de capitais, o Benfica apresentava um valor de mercado de 75 milhões pelo que, a queda na sessão de ontem e a desvalorização registada hoje já retiraram 11,5 milhões de euros ao "market cap" dos encarnados.