A sua semana dia a dia: moção do Governo, inflação e avaliação ao rating da dívida
Vai ser uma semana cheia para a dívida, com os investidores a digerirem a crise política, uma nova emissão e o relatório da Fitch. Há dados da inflação por cá e nos EUA e ainda resultados de 2024.
Segunda-feira Nasdaq em correção 25 anos após a bolha |
A 10 de março de 2000, o Nasdaq atingia o seu pico daquela que ficou conhecida como a bolha das dotcom, tendo-se seguido um tombo histórico. O momento em que se assinalam 25 anos não é também favorável para o índice tecnológico, que entrou brevemente na sexta-feira passada em território de correção, ou seja, acumulou uma desvalorização de 10% desde o último máximo atingido, para depois recuperar no final da sessão. |
Segunda-feira BioNTech e Oracle mostram resultados |
A época de resultados de 2024 já está próxima do fim, mas ainda há relatórios de relevo para centrar as atenções dos investidores. Esta segunda-feira serão a BioNTech – que deverá sentir o desvanecer do impacto da vacina da covid-19 – e a Oracle – em relação à qual se esperam novidades sobre os centros tecnológicos. Já na quarta-feira será a Adobe a divulgar os resultados. |
Terça-feira Parlamento vota moção de confiança |
O Parlamento prepara-se para votar esta terça-feira a moção de confiança ao Governo, que, caso seja chumbada, deverá ditar eleições antecipadas no país. Os analistas têm dito que, para já, a crise política tem passado ao lado dos investidores. O foco tem estado mais no contágio vindo da Alemanha. Contudo, atrasos na execução do PRR ou uma maior fragmentação partidária após novas eleições são vistos como riscos. |
Quarta-feira Portugal vai ao mercado de dívida |
Numa altura de agravamento para as taxas de juro nos mercados internacionais, Portugal vai ao mercado de dívida. O IGCP pretende realizar dois leilões de obrigações do Tesouro a 10 e a 13 anos com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. Será a primeira operação do género desde que Pedro Cabeços assumiu a presidência da agência que gere a dívida pública. |
Quarta-feira Inflação em Portugal desacelera |
A variação homóloga da taxa de inflação em Portugal terá abrandado para 2,4% em fevereiro, segundo a estimativa rápida do Nacional de Estatística (INE), que publica esta quarta-feira dados finais. Este terá sido o segundo mês consecutivo de desaceleração, com os preços da energia a diminuírem. Também nos EUA são conhecidos dados da inflação. |
Quinta-feira Indústria permite medir o pulso à Zona Euro |
O setor industrial da Zona Euro terá tido um crescimento mensal de 0,5% em janeiro, mas a ameaça do Presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas abrangentes continua a ser um risco negativo significativo. Dados de inquéritos recentes sugerem que a indústria transformadora continuará a ser a principal fonte de fraqueza na atividade económica global a curto prazo. |
Sexta-feira Fitch faz avaliação à dívida nacional |
Portugal vai ao primeiro teste das agências de rating desde que o país entrou em crise política. A Fitch vai avaliar a qualidade da dívida pública portuguesa, sendo que, na última avaliação, em setembro do ano passado, manteve o rating em A- (equivalente a investimento de qualidade e o primeiro nível do clube A), elevando o outlook para positivo graças ao "progresso contínuo" na redução da dívida pública. |
A 10 de março de 2000, o Nasdaq atingia o seu pico daquela que ficou conhecida como a bolha das dotcom, tendo-se seguido um tombo histórico. O momento em que se assinalam 25 anos não é também favorável para o índice tecnológico, que entrou brevemente na sexta-feira passada em território de correção, ou seja, acumulou uma desvalorização de 10% desde o último máximo atingido, para depois recuperar no final da sessão.
A época de resultados de 2024 já está próxima do fim, mas ainda há relatórios de relevo para centrar as atenções dos investidores. Esta segunda-feira serão a BioNTech – que deverá sentir o desvanecer do impacto da vacina da covid-19 – e a Oracle – em relação à qual se esperam novidades sobre os centros tecnológicos. Já na quarta-feira será a Adobe a divulgar os resultados.
O Parlamento prepara-se para votar esta terça-feira a moção de confiança ao Governo, que, caso seja chumbada, deverá ditar eleições antecipadas no país. Os analistas têm dito que, para já, a crise política tem passado ao lado dos investidores. O foco tem estado mais no contágio vindo da Alemanha. Contudo, atrasos na execução do PRR ou uma maior fragmentação partidária após novas eleições são vistos como riscos.
Numa altura de agravamento para as taxas de juro nos mercados internacionais, Portugal vai ao mercado de dívida. O IGCP pretende realizar dois leilões de obrigações do Tesouro a 10 e a 13 anos com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. Será a primeira operação do género desde que Pedro Cabeços assumiu a presidência da agência que gere a dívida pública.
A variação homóloga da taxa de inflação em Portugal terá abrandado para 2,4% em fevereiro, segundo a estimativa rápida do Nacional de Estatística (INE), que publica esta quarta-feira dados finais. Este terá sido o segundo mês consecutivo de desaceleração, com os preços da energia a diminuírem. Também nos EUA são conhecidos dados da inflação.
O setor industrial da Zona Euro terá tido um crescimento mensal de 0,5% em janeiro, mas a ameaça do Presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas abrangentes continua a ser um risco negativo significativo. Dados de inquéritos recentes sugerem que a indústria transformadora continuará a ser a principal fonte de fraqueza na atividade económica global a curto prazo.
Portugal vai ao primeiro teste das agências de rating desde que o país entrou em crise política. A Fitch vai avaliar a qualidade da dívida pública portuguesa, sendo que, na última avaliação, em setembro do ano passado, manteve o rating em A- (equivalente a investimento de qualidade e o primeiro nível do clube A), elevando o outlook para positivo graças ao "progresso contínuo" na redução da dívida pública.
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