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Miranda Sarmento defende “conta ou produto de investimento com marca europeia”

O ministro das Finanças está otimista para o desenvolvimento da União da Poupança e dos Investimentos e afirma que a atual conjuntura internacional leva a que esta seja uma oportunidade para a Europa.

Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, mostra-se otimista relativamente à União da Poupança e dos Investimentos.
Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, mostra-se otimista relativamente à União da Poupança e dos Investimentos. Vítor Mota
30 de Maio de 2025 às 10:54

O ministro das Finanças está otimista relativamente à União da Poupança e dos Investimentos e defende os passos que estão a ser dados pela Comissão Europeia. Joaquim Miranda Sarmento aplaude "a introdução de uma conta ou produto de investimento de marca europeia" e salienta que esta "poderia beneficiar de um regime fiscal mais favorável".

Na conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o responsável da pasta das Finanças elencou aspetos que considera importante mudar no panorama europeu e nacional da poupança, nomeadamente o montante investido em depósitos - que são "a maioria, mas são menos competitivos a longo prazo", dada a "aversão ao risco dos pequenos investidores". Tal "limita a capacidade de poupança dos portugueses e dá maior importância ao setor bancário na poupança".

O ministro identificou a atual "conjuntura internacional de incerteza em termos económicos" como uma "fonte de oportunidade para a Europa aprofundar o seu mercado interno" e elogiou o trabalho da comissária europeia dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos, para quem "era importante que ficasse com a pasta".

A Comissão Europeia já tem planos de ação, mas Miranda Sarmento antecipa que "passada a fase de discussão", será iniciada a "fase mais díficil de implementação e de concretização: a Comissão terá tão bem sucedida quanto os Estados-membros concordarem entre si".

Luís Laginha de Sousa, presidente da CMVM, que abriu a conferência, enveredou pela mesma linha de pensamento e afirmou que "não é pelo facto de nós como país não aproveitarmos os mercados de capitais que eles deixam de ser importantes".

Os dois responsáveis alertaram ainda para a regulação. O presidente da CMVM acredita que "terá ido longe de mais" e que é preciso "simplificar a regulação dentro do que existe". Já o ministro das Finanças reconhece a "excessiva regulação", mas argumenta que "é preciso olhar para os vários elementos e perceber as barreiras existentes".

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