Também a expectativa de que iriam ocorrer novos aumentos de juros, em Junho, por parte da autoridade monetária, estavam a impulsionar o movimento das Euribor.

No entanto, na reunião mensal de Maio, Trichet sublinhou que a decisão de manutenção de juros tinha sido unânime entre os governadores e rejeitou comprometer-se com qualquer decisão futura. “Aumentamos juros quando considerarmos apropriado”. As declarações foram recebidas pelo mercado como um sinal de que o preço do dinheiro não irá subir, afinal, em Junho.

Após as declarações, as taxas interbancárias estão agora a reajustar-se e hoje, tal como ontem, as taxas estão a cair em todas as maturidades. No curto prazo, a Euribor a um mês recuou 0,4 pontos base para 1,241% e a três meses manteve-se inalterada nos 1,42%.

A taxa de referência interbancária a seis meses, mais utilizada no crédito à habitação, cedeu 0,2 pontos base para 1,699%.

No longo prazo, a Euribor a 9 meses caiu 0,1 pontos base para 1,923% e a 12 meses desvalorizou 0,5 pontos base para 2,136%.

As estimativas para o novo aumento das taxas de juro apontam agora para Julho, altura em que os economistas esperam que o preço do dinheiro seja elevado em 25 pontos base para 1,50%.

As taxas Euribor costumam acompanhar esta evolução. E como as expectativas de subidas de juros foram adiadas para Julho, a progressão destas taxas tende a ser mais branda.