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Juros dos depósitos caem há 15 meses. Ficam em 1,69% em março

Apesar da quebra nas taxas de juro, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 1.230 milhões de euros, totalizando 12.909 milhões de euros.

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dinheiro euros notas moedas Thomas Trutschel/AP
06 de Maio de 2025 às 11:05

Os juros que a banca paga pelos depósitos das famílias voltou a cair em março. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 15.º mês consecutivo, passando de 1,83%, em fevereiro, para 1,69% em março, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal. Apesar disso, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 1.230 milhões de euros, totalizando 12.909 milhões de euros.

A tendência de queda na remuneração das poupanças tem acompanhado a descida das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) - ou seja, o custo do dinheiro que é fixado pela autoridade monetária. O juro de referência do BCE está atualmente nos 2,25% após sete cortes das taxas levados a cabo desde junho de 2024. E são ainda esperadas mais reduções até ao final do ano.

Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,14 pontos percentuais em março, para 1,7%. "Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 95% dos novos depósitos em março", segundo o Banco de Portugal. A remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos caiu também 0,14 pontos percentuais, fixando-se em 1,44%.

No sentido oposto, a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos aumentou 0,32 pontos percentuais, atingindo os 1,51%. Esta discrepância poderá sinalizar que a banca está à espera que, a médio prazo, haja uma inversão no sentido do custo do dinheiro.

Olhando para o conjunto da Zona Euro, a taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da moeda única reduziu-se 0,10 pontos percentuais, para 2,11%. Assim, Portugal desceu uma posição entre o conjunto, sendo agora o país com a quarta taxa mais baixa.

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Juros dos depósitos caem há 15 meses. Ficam em 1,69% em março

Novos créditos têm juro mais baixo desde dezembro de 2022

Além da remuneração das poupanças, os juros de referência do BCE têm igualmente no custo a que famílias e empresas se financiam junto da banca. A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,18%, em fevereiro, para 3,11% em março, o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

"Esta descida observou-se quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujas taxas médias se reduziram 0,05 pp e 0,10 pp, fixando-se em 3,05% e 3,39%, respetivamente", indica o supervisor. As renegociações de crédito foram de 471 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 35 milhões em relação a fevereiro.

No seu conjunto as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 3.245 milhões de euros em março, mais 273 milhões do que em fevereiro. As novas operações de empréstimos incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados.

Considerando apenas os novos contratos de empréstimos a particulares, houve um aumento de 308 milhões de euros, para 2.774 milhões. Na finalidade habitação, o montante de novos contratos aumentou 265 milhões de euros, para 1.951 milhões de euros, o segundo valor mais elevado da série histórica (com início em dezembro de 2014).

O crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 56% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em março (excluindo os novos contratos para consolidação de crédito e as transferências de crédito para outra instituição), um peso 2 pp acima do observado para fevereiro.

Na finalidade consumo, o montante dos novos contratos aumentou 18 milhões de euros, para 585 milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica (com início em dezembro de 2014). Na finalidade de outros fins, o montante dos novos contratos subiu 25 milhões de euros, para 237 milhões de euros.

(Notícia atualizada)

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