Gasóleo sobe 11,3% e gasolina 7,6% em março. Impostos são os que mais pesam
Em março o preço médio do gasóleo subiu 11,3% e a gasolina ficou 7,6% mais cara, em comparação com o mês anterior, acompanhando assim o desempenho das cotações do petróleo e derivados no mercado internacional, segundo relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), divulgado esta quarta-feira.
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No mês de março, o preço médio da gasolina simples 95 aumentou 7,6% face a fevereiro. Segundo a ERSE, com o mecanismo de revisão semanal dos preços dos combustíveis realizado pelo Governo fez com que "o ISP aplicado à gasolina registasse um decréscimo de 1,7 cêntimos por litro em março".
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A componente que mais pesou no preço final pago pelo consumidor de gasolina simples 95 foram os impostos. O regulador revela que a carga fiscal representou em março "51,1% do total da fatura da gasolina, seguido da cotação e frete (38,2%)".
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Os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam, em conjunto, cerca de 10,8% do PVP médio da gasolina simples 95.
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Os hipermercados continuam a apresentar as ofertas mais competitivas: 4,9% abaixo dos operadores do segmento "low cost" e 5,1% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma diferença de 10,2 cêntimos por litro.
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Durante este período, a gasolina 95 aditivada custou em média aos consumidores mais 2,1% do que a gasolina simples 95. O acréscimo devido à aditivação foi mais pronunciado na gasolina 98 (cerca de 3,6%), como aliás "tem sido habitual no mercado nacional", refere a ERSE.
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No que toca ao gasóleo simples, o preço médio pago pelos consumidores disparou 11,3% em março. A ERSE estima que e "na sequência da revisão semanal do ISP, O ISP aplicado ao gasóleo registou um decréscimo de 3,7 cêntimos por litro no mês de março".
Assim como na gasolina, a maior fatia do preço final pago pelo consumidor corresponde à componente de impostos (44,4%), seguida do valor da cotação internacional e frete (46,8%).
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Os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam, em conjunto, apenas cerca de 8,8% do preço médio do gasóleo simples.
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Os hipermercados continuam a ser os operadores com preços mais competitivos, apresentando preços médios de cerca de 9,6 cêntimos por litro abaixo do preço médio nacional. Os operadores com ofertas "low cost" disponibilizaram gasóleo simples a um preço médio de 1,917 euros por litro, o que representa um adicional de 5,8% face ao preço dos hipermercados.
As companhias petrolíferas de bandeira reportaram preços médios de 1,923 euros por litro, cerca de 2,2 cêntimos por litro acima do preço médio nacional. Em março, adquirir gasóleo aditivado representou um acréscimo de 6,1 cêntimos por litro face ao gasóleo simples.
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O distrito de Portalegre registou os preços de gasóleo e gasolina mais baixos em Portugal continental. Faro, Bragança, Lisboa e Guarda apresentaram os preços mais altos.
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GPL com aumento em cadeia mais tímido
Em março, o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas de 11kg de gás propano e 13 kg de butano sofreram uma variação de 2,9% e de 3,6%, respetivamente. No que respeita às garrafas de gás 45 kg de propano e 55 kg de butano de propano e de butano, os preços médios de venda ao público registaram uma variação de 2,9% e 3,3%, respetivamente.
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Embora pouco diferenciados, os preços de GPL engarrafado (butano e propano) revelam algumas diferenças regionais. Em março, as maiores diferenças face aos preços médios nacionais são observadas em Beja, Setúbal, Leiria e Évora. Os distritos de Coimbra, Lisboa e Santarém, também apresentam preços de GPL engarrafado mais elevados que o preço médio nacional.
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Contrariamente, os distritos mais a norte do país, como Braga, Viana do Castelo e Vila Real apresentam os preços de GPL engarrafado mais baixos. Os distritos de Bragança, Viseu, Portalegre e Porto também apresentam preços baixos.
Nos Açores, o preço máximo do gás butano, o mais usado, é definido pelo Governo Regional e a incidência fiscal no arquipélago é inferior à do continente português em 33,5 % no gás butano.
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