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As petrolíferas estão mesmo a ficar mais verdes?

O investimento das petrolíferas em energia verde tem aumentado, mas ainda pesa pouco mais do que 1% do total do “budget”. O solar tem sido a aposta mais popular, mas o hidrogénio verde prepara-se para roubar o estrelato.

16 de Setembro de 2020 às 08:30
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Nos últimos anos, as petrolíferas começaram a olhar de maneira diferente para as energias renováveis. Uma aposta que tem ganho força de ano para ano, em grande parte devido à pressão dos investidores, mas que ainda pesa pouco mais de 1% do total do investimento das gigantes mundiais do petróleo.

BP, Shell, Total, ExxonMobil , Chevron e Repsol têm sido algumas das maiores petrolíferas que se têm desdobrado em anúncios de futuros investimentos mais "verdes" ou de metas para a redução de emissões de gases com efeito de estufa. Isto ao mesmo tempo que continuam a liderar a lista das empresas mais poluentes do mundo. Uma dicotomia que tem gerado algumas críticas sobre se, realmente, estas gigantes estão a fazer o suficiente. Afinal, que passos concretos têm dado para ficarem mais verdes?

Em 2019 as empresas do setor petrolífero fecharam 70 negócios de tecnologias limpas em áreas como o solar, o eólico e biocombustíveis, de acordo com os dados da Bloomberg NEF (New Energy Finance). O número de investimentos quase que ultrapassou os realizados no ano anterior e superou em muito os cerca de 40 negócios feitos em 2010.

Do total de investimentos feitos desde 2010, quase três terços foram assinados por sete empresas, todas europeias à exceção da norte-americana Chevron e da petrolífera estatal saudita Saudi Aramco.

A anglo-holandesa Shell tem liderado o investimento no campo das energias renováveis entre as rivais, apostando em áreas como turbinas eólicas voadoras em contraste com a Chevron, a BP ou a Repsol que têm concentrado as compras em ativos mais relacionados com o "core" do seu negócio como, por exemplo, soluções de mobilidade elétrica. Aliás, esta última área rivalizou entre 2010 e 2014 com a aposta no solar.

Porém, no geral das aquisições feitas nos últimos seis anos, os ativos de energia solar são os que têm chamado mais a atenção das petrolíferas. Um lugar de destaque que em breve poderá ser ultrapassado pelo hidrogénio verde.

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