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Brent negoceia em mínimos de Dezembro de 2010 e WTI de Julho de 2012

O preço do petróleo segue a registar fortes quedas, estando o Brent e o WTI a negociar no designado “bear market”. Isto numa altura em que os produtores do Médio Oriente enfrentam a concorrência, no mercado asiático, das exportações provenientes dos Estados Unidos, Rússia e América Latina. Os futuros do crude iraniano negoceiam com o maior desconto em quase seis anos.

Reuters
10 de Outubro de 2014 às 10:13

O preço do petróleo segue a cair pelo quarto dia consecutivo, registando desvalorizações acentuadas. Tanto os futuros do Brent como do West Texas Intermediate (WTI) continuam a negociar, no assim designado, mercado "urso" ("bear market").

O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, cai 1,17% para 89 dólares por barril depois de já ter tocado nos 88,11 dólares por barril.

O petróleo do Mar do Norte segue, assim, a negociar em mínimos de 1 de Dezembro de 2010, dia em que chegou a ser transaccionado nos 85,41 dólares por barril.

Em Nova Iorque, o WTI  desvaloriza 1,70% para 84,31 dólares por barril, num dia em que já negociou nos 83,59 dólares, o que representa o valor mais baixo desde o dia 2 de Julho de 2012, altura em que o barril foi transaccionado por 82,10 dólares.

Apesar da instabilidade político-militar que se faz sentir no Médio Oriente, que poderia causar apreensão, nos mercados internacionais, de que a oferta mundial fosse prejudicada pela crise geopolítica na região, surgiram entretanto novos factores que estão a contribuir para a negociação em baixa do crude.

A organização dos países produtores e exportadores de petróleo (OPEP) registou os maiores níveis de produção dos últimos 13 meses, o que já levou a Arábia Saudita a reduzir os preços do crude com entrega em Novembro para o valor mais baixo em seis anos.

Já o Irão, outros dos maiores produtores de petróleo mundiais, também está a negociar os futuros do crude para o mercado asiático ao valor mais baixo em quase seis anos.

Por outro lado, os membros da OPEP estão a enfrentar uma forte concorrência nas exportações para a Ásia de países como os Estados Unidos, a Rússia e também de alguns dos principais países produtores da América Latina.

O abrandamento da economia global, nomeadamente na União Europeia e na China, que é o segundo maior consumidor mundial de petróleo, está também a contribuir para a redução da procura do chamado "ouro negro". 

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