Ao minuto10h27

Bolsas europeias em baixa: BMW cede 3%, Novartis cai 2,5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta sexta-feira.
Juros europeus agravam com França em destaque
Michael Probst/AP
Negócios 10:27
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10h25

Europa negoceia com maioria de perdas. Setor automóvel pressiona

Os principais índices europeus negoceiam com uma maioria de perdas esta manhã, à medida que se começa a sentir um abrandar da recuperação global dos mercados bolsistas antes da reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana na próxima semana.

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – recua 0,23%, para os 554,06 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX negoceia com perdas de 0,34%, o espanhol IBEX 35 perde 0,51%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,37%, o francês CAC-40 cede 0,45%, o neerlandês AEX ganha 0,25% e o britânico FTSE 100 avança 0,27%.

As ações europeias têm conseguido recuperar terreno este mês, impulsionadas pelo otimismo de que a Fed reduzirá as taxas diretoras a tempo de evitar uma recessão na maior economia mundial. A confirmar-se, esta será a primeira flexibilização de política monetária nos EUA este ano.

Ainda assim, o índice de referência Stoxx 600 tem lutado para superar o seu último recorde, atingido março, já que a agitação e incerteza política em França tem mantido o otimismo em baixa. O índice de referência tem tido um desempenho inferior ao dos seus pares norte-americanos nas últimas semanas, que conseguiram atingir novos máximos.

Desde o início do ano, o Stoxx 600 já ganhou mais de 9%, enquanto o S&P 500 subiu 12% no mesmo período de tempo.

Vejo alguns fatores que explicam o facto de a Europa estar a ficar para trás em relação ao resto do mundo: não tem as ações tecnológicas que os EUA e a China têm, a valorização do euro está a prejudicar os lucros e, finalmente, o crescimento é fraco na região”, disse à Bloomberg Claudia Panseri, diretora de investimentos para a França na UBS Wealth Management.

Entre os setores, os recursos naturais (+1,07%) seguem a liderar os ganhos, seguido das “utilities” (+0,56%). Por outro lado, o setor automóvel regista as maiores perdas (-1,41%), num dia em que a , dois dias depois de anunciar que quer priorizar a construção nos países da União Europeia. Entre algumas das empresas do setor, a Stellantis perde mais de 3%, a BMW recua quase 2%, movimento acompanhado igualmente pela Mercedes-Benz. 

Entre os movimentos do mercado, as ações da Ocado perdem mais de 11% após comentários de um importante parceiro terem levantado dúvidas sobre a expansão da empresa nos EUA. Por outro lado, a Novartis recua 2,50% depois de analistas do Goldman Sachs terem reduzido a recomendação para o grupo farmacêutico suíço de “neutra” para “vender”, citando avaliações exageradas.

10h10

Juros europeus agravam com França em destaque

Os juros das dívidas soberanas europeias estão a subir esta sexta-feira, com destaque para França, onde os juros a dez anos agravam 3,6 pontos-base para 3,474%, mantendo-se abaixo dos de Itália, que somam 3,3 pontos para 3,480%. Esta semana, os, numa altura de

Na Alemanha, a “yield” das bunds a dez anos, considera a referência europeia, cresce 3,5 pontos-base para 2,689%, enquanto em Espanha a taxa avança 3,3 pontos para 3,257%. Em Portugal, a rendibilidade da dívida a dez anos sobe 3,6 pontos-base para 3,096%.

No Reino Unido, os juros das “gilts” a dez anos registam um acréscimo de 1,6 pontos-base, para 4,621%.

09h49

Dólar mantém ganhos ligeiros com Fed em foco

AP/Tatan Syuflana

O dólar avança esta sexta-feira, depois do aumento inesperado nos pedidos de subsídio de desemprego ter reforçado as apostas de que a Reserva Federal irá cortar juros já na próxima semana. A esta hora, o índice do dólar americano (Dollar Index Spot), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisa, sobe 0,10% para 97,63 pontos.

Apesar de alguma , os investidores concentram-se sobretudo nas perspetivas de alívio monetário. “Estamos num ponto de encruzilhada, com um enquadramento bastante incerto”, comentou Tim Kelleher, do Commonwealth Bank, citado pela Reuters.

No mercado cambial, o euro recua 0,08% para 1,1725 dólares, enquanto o iene perde terreno, com o dólar a valorizar 0,39% para 147,79 ienes. A libra esterlina cai 0,28% para 1,3536 dólares e o dólar avança 0,19% face ao franco suíço, para 0,7972 francos.

As expectativas apontam para um corte de 25 pontos-base na reunião da Fed de 17 de setembro, embora vários "traders" acreditam inclusive numa descida mais agressiva.

09h26

Ouro mantém trajetória de ganhos e aproxima-se de máximos históricos antes da decisão da Fed

AP / Sven Hoppe

Os preços do ouro estão a avançar esta sexta-feira, sustentados pela expetativa de cortes nas taxas de juro da Reserva Federal dos EUA e por sinais de abrandamento no mercado laboral norte-americano.

A esta hora, o ouro sobe 0,44% para 3.650,03 dólares por onça, a caminho do quarto ganho semanal consecutivo. A prata valoriza 1,26%, para 42,68 dólares e a platina ganha 0,55%, para 1.391,77 dólares.

O metal precioso beneficiou de entradas em fundos cotados com lastro em ouro, que aumentaram em quase 25 toneladas esta semana. O movimento reforça uma valorização de quase 40% desde o início do ano, apoiada em compras de bancos centrais, incertezas geopolíticas e procura de ativos de refúgio. “Uma estratégia de comprar e manter está cada vez mais arriscada a estes níveis. Os investidores estão mais propensos a negociar títulos e ‘momentum’ do que a comprometer-se no longo prazo”, alertou Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova, citada pela Bloomberg.

A , mas os sinais de fragilidade no emprego pesaram mais nas perspetivas da Fed. Os pedidos semanais de subsídio de desemprego aumentaram de forma significativa e os . Isso reforçou as apostas de que o banco central irá cortar a taxa diretora em 25 pontos-base na próxima semana, havendo mesmo quem antecipe uma redução mais agressiva.

O analista Kelvin Wong, da OANDA, disse à Reuters que o mercado já vê “grande probabilidade de pelo menos três cortes antes do final de 2025, muito mais do que as projeções de há dois meses”.

O metal amarelo, que , poderá ainda beneficiar de procura adicional por parte de investidores institucionais. “A curto prazo vemos alguma resistência em torno dos 3.900 dólares, mas a longo prazo acreditamos que continua subcomprado pela maioria das instituições”, afirmou Ryan McIntyre, gestor da Sprott Inc.

09h01

Petróleo recua com previsões de excesso de oferta a sobreporem-se às tensões geopolíticas

AP / Eric Gay

Os preços do petróleo voltam a cair esta sexta-feira, prolongando as perdas da sessão anterior, pressionados pelas perspetivas de excesso de oferta e pela procura mais fraca nos Estados Unidos. Em Londres, o Brent desce 0,66% para 65,93 dólares por barril, enquanto o WTI recua 0,75% para 61,90 dólares.

Segundo a Bloomberg, a pressão sobre os preços intensificou-se depois da Agência Internacional de Energia (AIE) ter projetado um excedente ainda maior em 2026, logo após a decisão da OPEP+ de voltar a colocar barris parados no mercado a partir de outubro, embora a um ritmo inferior ao de aumentos anteriores. “O mercado do petróleo está preso num ‘cabo de guerra’ entre fundamentos baixistas e riscos geopolíticos crescentes”, escreveu o Citigroup, que mantém a previsão de que o Brent desça para a casa dos 60 dólares até ao final do ano.

Ainda assim, a OPEP+ apresentou esta semana uma visão distinta, continuando a antecipar um défice substancial de oferta este ano e no próximo, mesmo enquanto os seus membros aumentam a produção.

A pressão em baixa também resulta da procura mais débil nos EUA. “A batalha contra a inflação não parece ganha, o que prejudica as perspetivas de consumo de petróleo da maior economia mundial”, disse Priyanka Sachdeva, analista sénior da corretora Phillip Nova, à Reuters. Os dados divulgados esta semana revelaram a maior subida dos preços ao consumidor em sete meses e um aumento significativo nos pedidos de subsídio de desemprego.

A incerteza no mercado está ainda a ser alimentada por tensões geopolíticas. A Bloomberg noticiou que drones ucranianos atacaram esta madrugada o porto petrolífero de Primorsk, no Báltico, um dos mais importantes da Rússia, incendiando um navio atracado no terminal. As autoridades locais garantiram, contudo, que não há risco de derrame de combustível. Kiev tem multiplicado os ataques contra infraestruturas energéticas russas, com o objetivo de limitar a capacidade de abastecimento militar de Moscovo e reduzir as suas receitas de exportação.

Apesar destes riscos, “mesmo a agitação geopolítica não está a conseguir sustentar os preços do petróleo, já que os fundamentos apontam para excesso de oferta e procura fraca”, sublinhou Sachdeva.

08h47

Dona da bolsa de Lisboa vai ser listada no índice francês CAC-40

A Euronext, empresa de origem francesa que é dona de vários índices bolsistas na Europa, incluindo o português PSI, anunciou nesta sexta-feira que vai passar a integrar o principal índice francês, o CAC-40. A integração no índice será feita numa sexta-feira, 19 de setembro, após o fecho de mercado e a primeira negociação no principal índice francês acontece no dia 22 de setembro.

Leia mais .

07h51

Ásia fecha em alta com expectativas de cortes de juros da Fed. Alibaba dispara quase 9%

Os índices asiáticos fecharam a sessão com uma maioria de ganhos, com o índice regional MSCI Ásia-Pacífico a aproximar-se de um novo recorde, depois de os e o emprego nos EUA terem consolidado as expectativas de que a Reserva Federal norte-americana irá reduzir as taxas de juro pela primeira vez este ano já na próxima semana. Os futuros europeus registam ganhos de cerca de 0,20%.

Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite cedeu 0,071%. Já o Hang Seng de Hong Kong subiu 1,19%. Pelo Japão, o Nikkei valorizou 0,98% e o Topix subiu 0,46%. Já o sul-coreano Kospi manteve-se perto de máximos históricos, tendo fechado a sessão a avançar 1,46%.

Fabricantes de chips, incluindo SK Hynix (+7%), Samsung Electronics (+2,72%) e a Taiwan Semiconductor Manufacturing (+1,61%), estiveram entre alguns dos ganhos mais expressivos da negociação na região. O índice regional de ações da MSCI subiu mais de 20% este ano e está a apenas 0,3% do seu último máximo histórico, estabelecido em 2021.

Os movimentos desta sexta-feira nos mercados asiáticos, seguem os avanços registados pelos índices do lado de lá do Atlântico na sessão de quinta-feira, que .

“As ações asiáticas dificilmente precisavam de mais desculpas para subir”, disse à Bloomberg Chris Weston, diretor de pesquisa da Pepperstone Group. “O Nikkei 225 está a subir”, com potencial para ultrapassar os 45 mil pontos no curto prazo, acrescentou o especialista. Os dados sobre a inflação nos EUA publicados na quinta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor, excluindo alimentos e energia, subiu 0,3% em agosto, em linha com as previsões dos economistas.

Já os pedidos semanais de subsídio de desemprego na maior economia mundial aumentaram para o nível mais alto em quase quatro anos, reforçando as apostas de que os responsáveis da Reserva Federal irão baixar as taxas na sua reunião de 16 e 17 de setembro.

Entre outros movimentos do mercado, o Alibaba Group Holdings subiu quase 9%, devido ao otimismo em relação às . A gigante chinesa angariou esta semana 3,2 mil milhões de dólares em obrigações convertíveis para financiar o maior orçamento de infraestrutura de IA do país, avançou a Bloomberg.

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