Alívio nas restrições e medicamento para a covid-19 impulsionam bolsas. Petróleo afunda 8% em Nova Iorque
Europa encaminha-se para segunda semana de ganhos
Euro perde pela terceira sessão
Petróleo em Nova Iorque afunda mais de 9% para mínimo de 2002
Juros agravam pela terceira semana
Ouro tem maior quebra em duas semanas. Cobre leva a melhor
Wall Street acompanha Europa e sobe 2%
Nada parece travar a queda do petróleo
Euro recupera face ao dólar mas perde na semana
Juros da dívida portuguesa estáveis
Galp conduz PSI-20 para um ganho superior a 1,5%
Europa termina dia em alta com aliviar de restrições provocadas pela pandemia
Wall Street fecha segunda semana consecutiva de ganhos
- Ásia, Europa e EUA avançam apesar de primeira quebra do PIB chinês em décadas
- Europa encaminha-se para segunda semana de ganhos
- Euro perde pela terceira sessão
- Petróleo em Nova Iorque afunda mais de 9% para mínimo de 2002
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As bolsas asiáticas valorizaram, uma tendência que é seguida pelos futuros dos títulos nos Estados Unidos e na Europa.
O sentimento positivo vive-se depois de Donald Trump ter apresentado as orientações relativas à reabertura da atividade económica no país, num documento intitulado "Opening up America Again".
O plano está segmentado em três fases e a primeira passa pelo início da flexibilização das medidas de distanciamento social e da ordem de confinamento. As datas não estão definidas, ficando ao cargo de cada Estado. O Governo lança apenas seis critérios que devem ser preenchidos antes de ser tomada esta opção caso a caso.
Os futuros do S&P500 sobem 3,1% e, na Europa, o Euro Stoxx 50 avança 2,8%. Na Ásia, o japonês Topix apreciou 1,4%, o sulcoreano Kospi ganhou 3,2% e as bolsas chinesas de Xangai e Hang Seng valorizaram, respetivamente, 1,1% e 2,4%.
Os mercados viram-se desta forma para as promessas de Trump e voltam as costas aos dados negativos que foram divulgados na China, e que detetam a primeira quebra na economia chinesa desde que há registos, isto é, 1992. Esta quebra foi acima do esperado pelos economistas, fixando-se nos 6,8% no primeiro trimestre.
As bolsas europeias reúnem-se no verde na última sessão da semana, fazendo as cotações penderem para o lado positivo no balanço semanal. O Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, avança 2,51% para os 333,08 pontos. Na semana, soma assim ganhos próximos de 1%, que reforçam a subida de mais de 7% obtida nos cinco dias da semana anterior.
Pelo Velho Continente os ganhos oscilam entre os 2% e os 3% e o setor do turismo é o que mais sobe – mais de 5% - seguido do setor das matérias-primas. Isto numa altura em que o petróleo em Londres soma modestamente e contrasta com uma queda pesada, de 8%, do "barril irmão" em Nova Iorque. Também o setor automóvel se destaca no verde com uma subida de mais de 3,5%, apesar de terem sido revelados dados que mostram que março foi o mês com a maior quebra homóloga de que há registo nas vendas de veículos.
Os mercados estão otimistas depois de Donald Trump ter apresentado um plano para reabrir a economia, que tem o nome "Opening up America Again". Este programa vai ter três fases e a primeira, de alívio nas medidas de isolamento social, vai ser decidida por cada estado, individualmente. A Casa Branca apresenta apenas os critérios que devem ser cumpridos antes de ser tomada esta decisão.
O PSI-20 não é exceção e aproveita o impulso do BCP e da Galp para avançar 1,93% para os 4.186,01 pontos.
A moeda única europeia, o euro, está a desvalorizar 0,08% face à nota verde, fixando-se nos 1,0831 dólares.
Esta é a terceira sessão consecutiva em que o euro perde o braço-de-ferro face à divisa norte-americana. Isto acontece numa altura em que a tendência é de recuperação para a economia americana, depois de Donald Trump ter apresentado os planos para retomar a atividade económica.
As cotações de petróleo mantêm a queda livre, sendo que em Nova Iorque, o barril West Texas Intermediate (WTI) está a perder 7,95% para 18,29 dólares e já chegou a tocar os 18,03 dólares, na sequência de uma quebra de 9,26%.
O barril em Nova Iorque está desta forma a cotar em mínimos de janeiro de 2002 e encaminha-se para a segunda semana consecutiva com uma descida acumulada de quase 20%. Desde o final de fevereiro, o WTI só conquistou uma semana no verde em oito, aquela terminada no passado dia 3 de abril.
Em Londres, a referência para a Europa, a queda é mais branda, de 0,29% para os 27,74 dólares, o que não evita também mais uma semana de quebra, na ordem dos 12%.
A pressionar a matéria-prima está o lado da procura, que é profundamente afetado pelas políticas de isolamento tomadas para a contenção da pandemia de covid-19. A Agência Internacional de Energia prevê que 2020 seja o pior ano da história para o mercado de petróleo.
Nem o anúncio conjunto da Arábia Saudita e da Rússia, que esta quinta-feira informaram os investidores que estão atentos ao mercado e que estão preparados para tomar medidas extra para controlar a evolução dos preços, conseguiu animar os investidores.
Os juros da dívida a dez anos de Portugal estão a recuar 1,9 pontos base para os 0,938%. Ainda assim, esta semana termina com um agravamento acumulado de 4,1 pontos base, sendo a terceira semana consecutiva a respeitar esta tendência.
Num registo semelhante, em Itália os juros com a mesma maturidade caem 4,1 pontos base para os 1,789% mas sobem na semana, na ordem dos 20 pontos base. Em Espanha, seguem com uma quebra de 2,4 pontos base para os 0,802% na maturidade de referência e sobem 2,3 pontos base na semana.
Na Alemanha, a referência europeia, os juros mantêm-se inalterados nos -0,476%, numa semana em que o alívio acumulado chegou aos 12,5 pontos base.
Os investidores retiram o foco dos mercados obrigacionistas num dia de fortes ganhos dos mercados acionistas, para onde se desviam seguindo o maior apetite pelo risco que chega associado a perspetivas melhoradas para a economia, depois de Trump ter anunciado o plano para o regresso à normalidade pré-pandémica.
Os investidores afastam-se do ouro, escolhido geralmente como ativo de refúgio, e procuram metais industriais como o cobre.
O metal amarelo recua 1,23% para os 1.696,61 dólares por onça, a quebra mais acentuada desde 31 de março. Em oposição, o cobre avança 0,5% para os 5.140 dólares por tonelada, e encaminha-se para a terceira semana consecutiva de ganhos.
"O mercado está a focar-se na retoma extremamente rápida das indústrias chinesas nas últimas duas semanas, tem havido grandes quebras nos inventários de metal com o aumento da procura", explica um analista da Shangai east Asia Futures, em declarações à Bloomberg. O mesmo profissional acrescenta que a perspetiva de reabertura da economia dos Estados Unidos também está a contribuir para esta tendência.
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, sustentadas por um potencial tratamento para a covid-19 e pela reabertura gradual da economia dos Estados Unidos.
O Dow Jones segue a subir 2,21% para 24.057,23, regressando assim ao patamar dos 24.000 pontos, e o Standard & Poor’s 500 avança 1,92% para 2.853,38 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 1,36% para 8.648,01 pontos.
Os investidores estão animados com a perspetiva de reabertura faseada da economia, depois das orientações dadas ontem pelo presidente norte-americano. Donald Trump apresentou três fases, que devem obedecer a seis critérios, para os Estados irem retomando as atividades económicas à sua medida.
Por outro lado, a Gilead anunciou que um dos seus medicamentos está a dar sinais de eficácia, nos testes clínicos, como potencial tratamento da covid-19, o que ajudou ao otimismo.
As pessoas infetadas com o novo coronavírus que estão a ser medicadas com o remdesivir têm estado a recuperar depressa, com a maioria a ir para casa numa questão de dias, reportou a STAT News esta noite.
Os preços do "ouro negro" seguem a registar um movimento misto, numa altura em que a pandemia de covid-19 continua a penalizar fortemente a procura. Apesar de a Arábia Saudita e a Rússia terem dito ontem que estão atentas ao mercado e preparadas para novas medidas para controlar a queda das cotações, isso não foi suficiente para acalmar os receios dos investidores do outro lado do Atlântico.
Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, continua em mínimos de 18 anos, a ceder 8,45% para 18,19 dólares por barril, depois de já ter estado a cair mais de 9%.
Esta semana, após o WTI quebrar a fasquia dos 20 dólares, a CNN Business sublinhou que tínhamos entrado na era do petróleo sub-20.
O crude norte-americano está a caminho da sua segunda semana consecutiva de perdas, com uma descida acumulada de perto de 20%.
Em contrapartida, o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações portuguesas, está a conseguir recuperar hoje algum fôlego, seguindo a somar 0,79% para 28,04 dólares por barril. Ainda assim, também vai ter um saldo semanal negativo, seguindo com uma desvalorização agregada superior a 11%.
O Ministério russo da Energia sublinhou hoje que os EUA, ao assumirem parte do corte de produção do México, não estão a fazer um ato de caridade mas sim a cuidarem também do mercado.
O México apenas assumiu uma redução da sua produção na ordem dos 100.000 barris por dia, quando o corte que lhe cabia – no âmbito do acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, o chamado grupo OPEP+ – era de 400.000 barris diários, tendo os EUA assumido a restante parte dessa quota mexicana de retirada de matéria-prima do mercado.
Inúmeras petrolíferas norte-americanas e canadianas anunciaram também que vão reduzir a sua produção em 2020, num total em torno de 730.000 barris por dia. Uma análise da Reuters aos anúncios feitos até agora mostra que os cortes de apenas três empresas – Chevron, ConocoPhillips e Occidental Petroleum – representam metade dessa redução.
A oferta de crude nos mercados tem sido cada vez mais excedentária face à contínua queda da procura e, à falta de espaço de armazenamento em terra, muitas empresas estão já a recorrer aos superpetroleiros. O crude que está neste momento guardado no mar atingiu já um novo recorde de 160 milhões de barris (o dobro do nível de há duas semanas), comentaram à Reuters fontes do setor.
O euro está a ganhar terreno perante a divisa norte-americana esta sexta-feira, com a "nota verde" a perder fôlego face às principais divisas após Donald Trump ter anunciado as recomendações para a reabertura da economia nos EUA.
A moeda única europeia seguia nos 1,0880 dólares, a subir 0,37%. O ganho é, contudo, insuficiente para impedir uma desvalorização semanal de 0,62% face à divisa norte-americana.
O euro seguia também com uma leve valorização – de 0,08% - em relação à moeda britânnica, cotando nas 0,8710 libras esterlinas. Também aqui, a moeda única acumula uma perda semanal de 0,69%.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos segue estável, com a yield nos 0,947%, em linha com o desempenho da restante dívida europeia, numa sessão marcada por uma alta acentuada nas bolsas, com os investidores a mostrarem optimismo no levantamento de algumas restrições na atividade económica devido à pandemia da covid-19, que começa a dar sinais de abrandamento em alguns países.
No acumulado da semana os juros de Portugal agravaram-se pouco mais de 5 pontos base, num período que ficou marcado pela primeira emissão de bilhetes do tesouro com uma taxa de juro positiva no espaço de três anos.
O índice PSI-20 terminou a sessão desta sexta-feira, dia 17 de abril, a subir 1,59% para os 4.172,21 pontos, acompanhando o cenário positivo nas praças europeias.
Lá fora, a esperança de que os países mais afetados pela covid-19 neste momento comecem a aliviar as restrições de circulação, como abrir pequenos comércios e serviços, está a dar algum alento aos investidores que vêm a propagação do vírus a abrandar em algumas regiões.
Com quinze cotadas em alta e três a negociar em queda, na bolsa nacional destacou-se a petrolífera Galp, com um ganho de 3,93% para os 9,626 euros por ação. Hoje, o petróleo Brent negoceia também em alta (+1,79%), contrariando o preço do crude norte-americano que conhece uma avolumada queda (-8,71%).
Os principais mercados europeus terminaram a sessão desta sexta-feira a negociar em alta, animados com a hipótese de um aliviar de restrições à circulação de pessoas e de reabertura do comércio em alguns países castigados pela pandemia.
Posto isto, o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores empresas da Europa, ganhou 2,63% para os 333,47 pontos, com as maiores praças do continente a conhecerem ganhos em torno dos 2%.
Os investidores seguem animados com a possibilidade de alguns países levantarem parte das restrições ditadas no início da pandemia. O presidnete dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano para reabrir a economia, que tem o nome "Opening up America Again". Este programa vai ter três fases e a primeira, de alívio nas medidas de isolamento social, vai ser decidida por cada estado, individualmente.
Já hoje, a Gilead anunciou que um dos seus medicamentos está a dar sinais de eficácia, nos testes clínicos, como potencial tratamento da covid-19, o impulsionando ainda mais o otimismo. Entre os setores, destaque para o setor do turismo, que tem sido um dos mais castigados com o coronavírus, e o das matérias-primas, ambos com prestações positivas.
O Dow Jones fechou a sessão desta sexta-feira a subir 2,99% para 24.242,49 pontos, regressando assim ao patamar dos 24.000 pontos, e o Standard & Poor’s 500 avançou 2,68% para 2.874,56 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite somou 1,38% para se fixar nos 8.650,14 pontos.
Apesar de o S&P 500 estar ainda 16% abaixo do seu máximo histórico atingido a 19 de fevereiro, já subiu perto de 27% desde o seu mínimo marcado a 23 de março – quando o selloff decorrente dos receios em torno da pandemia de covid-19 fizeram os mercados baterem no fundo.
Esta foi, assim, a segunda semana consecutiva de ganhos em Wall Street, o que já não acontecia desde o início de fevereiro.
No entanto, a incerteza é ainda enorme, pelo que poderá demorar mais alguns meses até se saber se o mercado de facto já atingiu o seu mínimo.
O Nasdaq Composite já só desce cerca de 5% no acumulado do ano, quando chegou a cair 30% entre o seu valor mais alto e mais baixo de fecho na negociação bolsista de 2020, sublinha a CNN Business.
Já o Dow ainda perde mais de 16% desde o início do ano, mas recuperou 28% face aos mínimos de finais de março.
A retoma do mercado bolsista parece estar a ganhar uma forma de V, mas o economista-chefe do BMO Financial Group, Douglas Porter, disse à CNN que poderá ser prematuro pensar que o pior já passou, pois há ainda muito impacto económico do coronavírus por apurar.
Na sessão de hoje, os investidores mostraram-se animados com a perspetiva de reabertura faseada da economia, depois das orientações dadas ontem pelo presidente norte-americano. Donald Trump apresentou três fases, que devem obedecer a seis critérios, para os Estados irem retomando as atividades económicas à sua medida.
Por outro lado, a Gilead Sciences anunciou que um dos seus medicamentos está a dar sinais de eficácia, nos testes clínicos, como potencial tratamento da covid-19, o que ajudou ao otimismo.
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