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Europa sem rumo à espera de dados económicos dos EUA e Nvidia

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta segunda-feira.
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09h28

Europa sem rumo à espera de dados económicos dos EUA e Nvidia

Christophe Petit Tesson / EPA

As bolsas europeias estão a negociar sem tendência definida neste arranque de semana, divididas entre ganhos e perdas, numa altura em que os investidores se focam sobretudo na divulgação de vários dados económicos em atraso nos EUA, devido à paralisação de seis semanas dos serviços federais. 

A publicação destes relatórios, como os dados da inflação e do emprego, vão dar mais pistas tanto aos investidores como ao banco central norte-americano sobre qual rumo seguir para as taxas de juro do lado de lá do Atlântico. Já na quarta-feira, os receios do mercado quanto à sobreavaliação das ações de inteligência artificial serão postas à prova, com a divulgação dos resultados da cotada mais valiosa do mundo, a Nvidia.

"Os números da Nvidia serão acompanhados de perto, mas as declarações sobre as perspetivas da empresa serão mais importantes, dadas as recentes preocupações com o setor", disse Guillermo Hernandez Sampere, diretor de negociação da gestora de ativos MPPM, à Bloomberg. 

O índice de referência para o bloco, o Euro Stoxx 600, está inalterado em 574,84 pontos. Entre as principais praças europeias, o alemão DAX ganha 0,14%, enquanto o espanhol IBEX 35 cede 0,18%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,09%, o francês CAC-40 subtrai 0,26%, o britânico FTSE 100 ganha 0,04% e o neerlandês AEX desliza 0,47%.

O setor de media regista ganhos de 0,3%, impulsionado pela WPP, que sobe 2%, após o The Times avançar que a agência de publicidade francesa Havas manifestou interesse na aquisição da empresa.

O grupo de defesa sueco Saab soma quase 7%, depois de assinar um acordo para fornecer à Colômbia novos caças num contrato no valor de 3,1 mil milhões de euros.

09h26

Juros aliviam na Zona Euro antes de discursos de membros do BCE

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira, antes de alguns discursos de responsáveis do Banco Central Europeu, incluindo Philip Lane. Catherine Mann, do Banco da Inglaterra, bem como Williams, Jefferson, Kashkari e Waller, da Reserva Federal dos EUA, também deverão discursar.

Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos caem 1,7 pontos base, para 3,041%, isto depois de, na passada sexta-feira, a Moody's ter surpreendido e A agência de notação financeira deixou ainda

Já em Espanha, o alívio dos juros da dívida é de 1,8 pontos, para 3,207%. Em Itália, a "yield" desce 2,5 pontos base, para 3,455%.

A rendibilidade das "Bunds" alemãs, também a dez anos e que servem de referência para a região, perdem 1,4 pontos-base, até aos 2,704%, enquanto em França os juros da dívida recuam 1,3 pontos, para 3,445%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" do Reino Unido a dez anos aliviam 1,6 pontos-base para 4,557%. 

08h41

Dólar avança com queda nas apostas em corte de juros. Bitcoin recupera

Pablo Gianinazzi / EPA

O dólar norte-americano está a registar alguns avanços face às outras divisas, numa altura em que o foco do mercado se volta para a divulgação dos dados económicos dos EUA em atraso devido ao "shutdown", que terminou a semana passada. 

A esperança dos investidores é de que os relatórios, sobretudo o da inflação e da criação de emprego de setembro, clarifiquem a decisão da Reserva Federal quanto a juros na reunião de dezembro. 

"Tivemos um vácuo de dados durante mais de 40 dias, então acho que os mercados estarão extremamente interessados "em qualquer nova informação sobre a economia dos EUA", disse Carol Kong, estratega de câmbio do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters. A especialista adiantou ainda que antecipa um relatório do emprego, que será divulgado na quinta-feira, mais fraco do que o previsto, o que reacenderia as apostas num corte de juros e pressionaria a "nota verde". 

No entanto, o sentimento geral é menos otimista, com os investidores a acreditarem que o "shutdown" prolongado levará a que a Fed adie a decisão de reduzir os juros. Os mercados acreditam agora numa possibilidade de pouco mais de 40% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em dezembro, abaixo dos mais de 60% registados no início deste mês.

Neste contexto, o euro cai 0,11% para 1,1608 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar ganha 0,09% para 154,69 ienes. O índice do dólar da DXY avança modestos 0,02% para 99,3150 pontos. 

Já a libra continua sob pressão, após a sessão agitada de sexta-feira, em antecipação ao tão aguardado orçamento de Estado do Governo britânico, previsto para 26 de novembro. A moeda do Reino Unido cede 0,07% para 1,3162 dólares e o euro cai 0,07% para 0,8816 libras. 

Na semana passada, a libra a acumulou perdas, isto depois de o Governo ter feito saber que, afinal, não vai incluir um aumento de impostos aos rendimentos, o que fez soar os alarmes entre os investidores, que antecipavam uma subida para ajudar a combater o défice fiscal do país. 

No mercado dos criptoativos, a bitcoin está a recuperar das perdas de mais de 3% registadas na passada sexta-feira, quando negociou pela primeira vez em seis meses na marca dos 96 mil dólares, devido ao "sell-off" no setor tecnológico a nível global. As criptomoedas tendem a replicar as movimentações das ações de tecnologia. Já esta manhã, a bitcoin soma 1,79%, ainda assim,  para 95.876,40 dólares, em mínimos de maio deste ano.

08h04

Ouro na linha d'água à espera de dados económicos atualizados

Uli Deck/AP

O ouro está a negociar praticamente inalterado, registando por momentos ligeiras quedas devido à força do dólar, enquanto os investidores aguardam por novos dados económicos oficiais dos EUA, que devem esclarecer que rumo deve a Reserva Federal (Fed) seguir na reunião de dezembro. 

Os relatórios em atraso, devido à paralisação do Governo de seis semanas, deverão dar mais "luzes" tanto aos investidores como ao banco central norte-americano sobre a inflação e como está o mercado laboral - os dois mandatos da Fed. Esta quinta-feira será revelada a criação de emprego em setembro. 

O metal amarelo recua 0,03% para 4.082,77 dólares por onça. Na sessão anterior desvalorizou mais de 2%. 

Os "traders" estão a perder confiança numa redução das taxas de juro em dezembro, uma vez que os responsáveis da Reserva Federal têm mostrado pouca convicção em reduzir as taxas, devido a preocupações com a inflação e sinais de relativa estabilidade no mercado de trabalho após dois cortes nas taxas de juros este ano. 

"A paralisação terminou, mas a névoa de dados que criou ainda obscurece os mercados. As próximas semanas vão trazer números que mal conseguimos compreender. Isto mantém o caminho do corte das taxas da Fed longe de ser claro", disse Hebe Chen, estratega da Vantage Markets, à Bloomberg. 

Esta segunda-feira, a Indonésia anunciou que vai começar a cobrar impostos sobre as exportações de ouro entre 7,5% e 15%, um plano que será implementado no próximo ano. 

07h47

Petróleo cai após porto russo retomar operações

O petróleo segue em queda após sinais de que foi retomada a atividade no porto russo de Novorossiysk, no Mar Negro, depois de, na semana passada, a estrutura ter sido atingida por um ataque ucraniano, suspendendo as operações.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desvaloriza 1,07% para os 59,48 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a cair 0,85% para os 63,80 dólares por barril - na passada sexta-feira, as notícias do ataque fizeram o Brent escalar mais de 2%.

De acordo com a Bloomberg, dois petroleiros atracaram em Novorossiysk no domingo, indicado que foi retomada a atividade nos terminais - já a Reuters vai mais longe e noticia mesmo que o carregamento de petróleo bruto foi retomado.

"As pessoas estavam à espera de uma interrupção maior", comentou Mukesh Sahdev, fundador e CEO da Xanalysts Pty, citado pela Bloomberg.

07h41

Coreia do Sul escapa a "mar vermelho" na Ásia. Samsung Electronics sobe mais de 3%

AP/Ahn Young-joon

As praças asiáticas registaram, na sua maioria, perdas, apesar de as ações do setor tecnológico terem subido à boleia de novos investimentos na área. 

Os índices japoneses caíram após novos dados terem revelado que a economia contraiu pela primeira vez em seis trimestres, em 2%, devido à queda registada nas exportações impactadas pelas tarifas dos EUA. Já as ações ligadas ao turismo e ao retalho caíram com o agravamento das tensões com a China.

No Japão, o Nikkei cedeu 0,10% para 50.323,91 pontos e o Topix desvalorizou 0,37% para 3.347,53 pontos. Já pela China, o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,74% para 26.375,76 pontos e o Shanghai Composite perdeu 0,46% para 3.972,04 pontos. Em contraciclo, o sul-coreano Kospi saltou 1,94% para 4.089,25 pontos, isto depois de tanto a Samsung Eletronics como a SK Hynix terem prometido mais investimentos (550 mil milhões de dólares) na Coreia do Sul, após uma reunião com o presidente Lee Jae Myung. As ações da primeira empresa subiram 3,5% e as da segunda dispararam 8,21%. 

Entre outros movimentos, o SoftBank perdeu mais de 6%, ainda pressionado pela venda da participação que detinha na americana Nvidia, em que encaixou 5,83 mil milhões de dólares. Já a Sony caiu mais de 3% e a Xiaomi perdeu 1,1%, depois de ter chegado a perder 4,29%.

Após semanas sem dados relevantes para guiar o sentimento de mercado, os investidores devem receber  ao longo da semana, os tão esperados indicadores sobre a força da economia norte-americana, à medida que os serviços federais retomam os trabalhos, com o fim do maior "shutdown" da história do país.

Devem ser divulgados os números do emprego bem como da inflação. Os dados vão dar informações valiosas sobre a trajetória da política monetária da Reserva Federal, dando aos investidores uma nova perspetiva. Entretanto, o entusiasmo do mercado em relação às ações de inteligência artificial continua a sustentar a força do mercado.

Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 caem 0,1%. Esta segunda-feira são divulgadas as previsões económicas de outono da Comissão Europeia, às quais os investidores estarão atentos, bem como a vários discursos dos responsáveis do Banco Central Europeu ao longo do dia. 


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