Euro em máximos desde finais de 2021 face ao dólar
Petróleo recua com investidores preocupados com obstáculos criados pelas tarifas
Ouro avança para perto dos 3.400 dólares por onça após atingir novos máximos
Dólar desvaloriza depois de Trump testar independência da Fed
Ouro ultrapassa os 3.400 dólares pela primeira vez
Trump põe em causa independência da Fed e Wall Street afunda
Euro em máximos desde finais de 2021 face ao dólar
Petróleo cede com sinais de progresso nas negociações entre os EUA e Irão
- Futuros cedem com Trump de olho na Fed. "Earnings season" centra atenções
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A maioria dos índices asiáticos caíram esta segunda-feira, assim como os futuros dos índices norte-americanos, com a ansiedade sobre as tarifas e as críticas públicas do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, à Reserva Federal (Fed) norte-americana a pressionarem o sentimento dos investidores.
Trump lançou uma série de ataques contra o presidente da Fed, Jerome Powell, e reiterou que poderá pedir o afastamento do líder da Fed, embora não tenha poderes formais para o retirar do cargo. De acordo com o WSJ, Trump tem discutido despedir Powell nos últimos meses com um possível sucessor, o que coloca em causa a independência do banco central, fator que poderá acrescentar uma nova onda de volatilidade aos índices globais.
Na Ásia, o Nikkei do Japão caiu 1,18%, enquanto o Topix cedeu 1,15%. Já na China, o cenário foi o contrário, com o Shanghai Composite a ganhar 0,50%.
"Os mercados já estão no limite devido à escalada das tensões geopolíticas, e agora aumentam as preocupações de que a potencial interferência de Trump no Fed possa adicionar outra camada de incerteza", disse à Reuters Charu Chanana, estrategista-chefe de investimentos do Saxo Bank.
Com o início da temporada de resultados trimestrais nos EUA, o foco estará na apresentação de contas de algumas das "sete magníficas", como a Tesla, que apresentará resultados na terça-feira. A divulgação de resultados de algumas das empresas de maior capitalização bolsista do mundo servirá para perceber qual o efeito que as tarifas impostas pela Administração norte-americana está a ter nas empresas, sobretudo as norte-americanas.
Embora Trump tenha pausado algumas das taxas mais pesadas sobre as importações, os EUA continuam a travar uma batalha comercial com a China, a segunda maior economia do mundo.
O petróleo está a registar uma quebra significativa no arranque da semana, tendo iniciado o dia com quebras superiores a 1,5%. Os investidores estão a mostrar-se receosos com os ventos económicos das tarifas da guerra comercial.
O Brent – que serve de referência para o mercado europeu – desliza 1,44% para 66,98 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) – utilizado no mercado norte-americano – derrapa 1,53% para 63,69 dólares. Os dois crudes de referência avançaram no fim da semana à boleia da decisão da Administração dos EUA em impor novas sanções para restringir as exportações de petróleo do Irão.
Agora, o sentido é inverso. Os investidores estão preocupados com os efeitos que as tarifas impostas aos parceiros comerciais vão ter, nomeadamente como os obstáculos económicos vão reduzir o crescimento da procura pelo "ouro negro".
"A tendência continua inclinada para o lado negativo, já que os investidores podem ter dificuldade em encontrar convicção numa perspetiva de melhoria na oferta e procura, especialmente na pressão das tarifas sobre o crescimento global e o aumento da oferta da OPEP+", aponta o analista Yeap Jung Rong da IG à Reuters.
O grupo da OPEP+ anunciou que vai aumentar a produção em 411 mil barris por dia já a partir de maio. Com mais oferta no mercado injetado pelo conjunto dos maiores países exportadores e aliados, os preços dão sinais de alívio.
As conversas entre os Estados Unidos e o Irão sobre um possível acordo nuclear também parecem estar encaminhadas, depois de no sábado terem sido reportadas negociações produtivas entre os representantes dos dois países.
Os preços do ouro ganham perto de 2%, após o metal amarelo ter atingido um novo recorde esta manhã, impulsionado por críticas à Reserva Federal (Fed) norte-americana por parte do Presidente dos EUA, Donald Trump. Também preocupações persistentes com a guerra comercial em curso sustentaram a procura pelo ouro enquanto ativo refúgio.
O ouro valoriza a esta hora 1,95%, para os 3.391,670 dólares por onça.
O ouro chegou a subir acima dos 3.395 dólares por onça esta manhã, depois de Trump ter ameaçado, no fim da semana passada, demitir o presidente da Fed, Jerome Powell. Após ter dito que mal pode esperar pelo final do mandato do presidente da Reserva Federal (Fed), o Presidente dos EUA garantiu que pode obrigá-lo a ir-se embora, após os ataques que lhe dirigiu por causa da política de taxas de juro. A intenção proferida por Trump poderá aumentar a volatilidade sentida no mercado nos últimos tempos, pondo em causa a independência do decisor de política monetária da maior economia mundial.
"O despedimento de Powell não só mina o princípio da independência dos bancos centrais, como corre o risco de politizar a política monetária dos EUA de uma forma que os mercados considerarão inquietante", disse à Bloomberg Christopher Wong, estratega do Oversea-Chinese Banking Corporation.
O metal precioso tem atingido sucessivos máximos históricos este ano, à medida que o conflito comercial em curso perturba os mercados e prejudica o apetite pelos ativos de risco.
O dólar negoceia em queda, com a confiança dos investidores na economia dos EUA a ser novamente atingida pelos planos do Presidente Donald Trump de abalar a Reserva Federal (Fed) norte-americana, pondo em causa a independência do banco central.
O conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse na sexta-feira que Trump e a sua equipa continuavam a estudar a possibilidade de despedir o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, apenas um dia depois de Trump ter dito que o despedimento de Powell "não pode ser suficientemente rápido", enquanto apela à redução das taxas de juro da Reserva Federal.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - cede 1,06% para os 98,176 pontos.
Face à divisa nipónica, a "nota verde" desvaloriza a esta hora 1,10% para os 140,620 ienes.
Por cá, o dólar afundou para mínimos de uma década face ao franco suíço, negociando a esta hora com perdas de 1,29% para os 0,0806 dólares.
Já a moeda única ultrapassou os 1,15 dólares e valoriza agora 1,28% para os 1,154 dólares. A libra ganha 0,81% para os 1,340 dólares.
O ouro não para de atingir novos recordes. A guerra comercial e a desvalorização do dólar - penalizado pelas crescentes críticas do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump à Reserva Federal dos Estados (Fed) - levou o metal amarelo esta segunda-feira a superar pela primeira vez os 3.400 dólares por onça. Ao final da manhã, o ouro chegou a apreciar-se 2,17% para 3.400,38 dólares por onça.
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Após um fim de semana prolongado, as bolsas norte-americanas arrancaram a semana em território negativo, num momento em que os investidores reagem aos "ataques" do Presidente dos EUA, Donald Trump, contra o presidente da Reserva Federal.
O S&P 500 perde 1,16% para 5.221,22 pontos e desvalorizou mais de 10% desde o início do ano. Já o tecnológico Nasdaq Composite derrapa 1,36% para 16.064,76 pontos e o industrial Dow Jones recua 1,11% para 38.707,43 pontos.
Na passada quinta-feira, Trump afirmou que o fim do mandato de Jerome Powell não podia chegar em melhor altura e garantiu que pode obrigá-lo a ir-se embora, após os ataques que lhe dirigiu por causa da política de taxas de juro. "Ele vai-se embora, se eu lhe pedir, ele vai", disse o republicano.
Ora, as acusações levantaram preocupações entre o mercado se a independência do banco central norte-americano poderá estar em causa, afetando a confiança dos investidores nos ativos dos EUA, confiança esta já afetada devido à guerra comercial - sobretudo depois de a China ter reiterado que não vai aceitar que outros países façam acordos com Washington às custas de Pequim.
"A questão é se Powell pode ser demitido. Aparentemente, Trump não tem poder para o fazer", disse Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank, à Reuters.
Num momento em que o ouro está mais caro do que nunca, as empresas mineradores do metal amarelo aproveitam a onda. A Newmont Corporation, por exemplo, pula mais de 3%.
Os investidores reagem ainda aos resultados trimestrais das gigantes de Wall Street. A Netflix está a subir mais de 2% depois de ter superado as previsões de lucros de 2024.
A Tesla cede 4% após ter adiado o lançamento da versão "económica" do famoso modelo Y. A Nvidia perde quase 3% após a rival Huawei anunciar que vai começar a enviar chips em massa para a China, mesmo depois de o CEO da Nvidia ter reiterado que vai viajar até Pequim para aprofundar a presença da empresa no gigante asiático.
A surpresa da sessão vai para a Upexi, que escala mais de 300% após ter conseguido captar 100 milhões de euros numa ronda de financimento para apostar em criptoativos.
A moeda norte-americana está a ser penalizada pelos ataques do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell.
Trump continua a criticar a autoridade monetária dos Estados Unidos por não baixar as taxas diretoras e aponta o dedo a Powell, considerando que um eventual abrandamento da maior economia mundial será por causa da política monetária restritiva seguida pela Fed.
O euro avança 1,03% face à divisa norte-americana, para os 1,1510 dólares. Durante o dia, a moeda única europeia tocou os 1,1573 dólares, máximo desde novembro de 2021.
A "nota verde" está a perder força também face às outras principais divisas: o dólar cai 1,12% para os 140,5900 ienes, cede 1,29% até aos 0,8063 francos suíços e a libra ganha 0,81%, cotando nos 1,3404 dólares.
Os preços do petróleo negoceiam com perdas esta segunda-feira, com os "traders" a analisar os impactos da guerra comercial na procura por energia, enquanto sinais de progressos positivos nas conversações entre os Estados Unidos (EUA) e o Irão aliviam preocupações quanto à oferta de crude por parte de Teerão.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – recua a esta hora 2,71% para os 62,93 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 2,66% para os 66,15 dólares por barril.
Numa altura de elevada volatilidade nos mercados internacionais, o "ouro negro" parece estar a sofrer com uma maior aversão ao risco num contexto de incerteza potenciado pela guerra comercial em curso.
"O petróleo parece estar a cair devido aos movimentos gerais de aversão ao risco", explicou à Bloomberg Ed Bell, diretor de "research" do banco Emirates. O especialista acrescenta que "o clima predominante em torno do petróleo ainda parece negativo", citando perspetivas de menor procura por crude devido a receios quanto ao crescimento económico global.
No panorama internacional, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que o país tinha agora um "melhor entendimento" com os EUA sobre uma série de princípios após negociações entre as duas partes sobre o programa nuclear do Teerão. As conversações, que serão retomadas na quarta-feira em Omã, têm o potencial de afetar o fornecimento de petróleo bruto produzido no Irão.
"O facto de as negociações continuarem pode levar os mercados a incorporar no preço um eventual regresso dos barris iranianos", disse Ed Bell.
No último mês, os preços do petróleo caíram acentuadamente, tendo chegar a atingir o valor mais baixo em quatro anos, impulsionado pelos receios dos investidores de que a imposição de tarifas por parte dos EUA e de contramedidas por parte de países afetados prejudiquem a procura por "ouro negro". Para além disso, a queda foi agravada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), liderada pela Arábia Saudita e Rússia, de aumentar a produção a um ritmo mais rápido do que o esperado, reacendendo preocupações sobre um excesso de oferta.
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