Ao minuto09.10.2025

Crise política em França tira "gás" às bolsas europeias. Ferrari tombou mais de 15%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quinta-feira.
Crise política em França tira 'gás' às bolsas europeias. Ferrari tombou mais de 15%
Matthias Balk / picture-alliance / dpa / AP Images
Negócios 09 de Outubro de 2025 às 17:58
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09.10.2025

Crise política em França tira "gás" às bolsas europeias. Ferrari tombou mais de 15%

As principais praças europeias encerraram a sessão desta quinta-feira maioritariamente no vermelho, um dia depois de terem voltado a renovar máximos históricos, impulsionadas pelas expectativas em torno de uma resolução do impasse político em França. Apesar de Emmanuel Macron já se ter comprometido a nomear um novo primeiro-ministro até ao final de sexta-feira, os investidores ainda estão a considerar a possibilidade de existirem eleições antecipadas – o que mergulharia a nação gaulesa novamente numa crise política. 

"A probabilidade de eleições antecipadas ainda é alta", explica Kevin Thozet, membro do comité de investimento da Carmignac Gestion, à Reuters. "Pode haver algum alívio a curto prazo, mas, a médio prazo, as perspetivas para as finanças públicas e o crescimento são bastante fracas, por isso não vejo muitos catalisadores [para as ações francesas]", completa. 

Neste contexto, o Stoxx 600 terminou a sessão com perdas de 0,43% para 571,31 pontos, afastando-se dos máximos que atingiu na quarta-feira. O setor da banca foi o que registou o pior desempenho dentro do "benchmark" europeu, pressionado pelas perdas avultadas da instituição financeira britânica HSBC.

O banco encerrou a negociação a afundar 4,75% para 10,15 libras, depois de ter anunciado um plano para retirar da bolsa a sua subsidiária de Hong Kong, o Hang Seng Bank, um negócio que avalia o credor em 37 mil milhões de dólares. Já a Ferrari caiu 15,41% para 354 euros - a maior queda de sempre para a empresa que entrou em bolsa em 2016 - após ter divulgado as suas metas para 2030, bem como o "guidance" para este ano, que os analistas consideraram apenas uma melhoria modesta face ao esperado.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,06% - e fixou um novo máximo histórico nos 24.771,34 pontos -, o espanhol IBEX 35 caiu 0,60%, o italiano FTSEMIB tombou 1,59%, o francês CAC-40 cedeu 0,23%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,41% e o neerlandês AEX desvalorizou 0,23%. 

09.10.2025

Juros das dívidas soberanas europeias agravam-se em toda a linha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam esta quinta-feira com agravamentos em toda a linha, num dia em que a grande maioria das principais bolsas do Velho Continente fecharam em terreno negativo.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 2,6 pontos-base, para 3,092%. Em Espanha a "yield" da dívida com a mesma maturidade subiu 2,8 pontos, para 3,242%.

Já os juros da dívida soberana italiana avançaram 3,2 pontos, para 3,506%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa seguiu a mesma tendência e agravou-se em 1 ponto-base para 3,523%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, subiram 2,5 pontos para 2,701%.

Nesta linha, o prémio de risco entre a dívida alemã e francesa a 10 anos fixa-se agora pouco acima dos 82 pontos-base, tendo recuado ligeiramente depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, , após a demissão de Lecornu e de haver uma maioria na Assembleia Nacional que rejeita a convocação de eleições legislativas antecipadas.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, registaram a mesma tendência e avançaram 3,6 pontos-base, para 4,743%.

09.10.2025

Petróleo recua com foco no cessar-fogo em Gaza e nos dados dos EUA

Eli Hartman/AP

Os preços do petróleo estão a descer esta quinta-feira, à medida que os investidores ponderam o impacto de um acordo de cessar-fogo em Gaza, que pode aliviar as tensões no Médio Oriente, face ao impasse nas negociações de paz na Ucrânia e aos novos dados sobre os inventários nos Estados Unidos.

O Brent, referência europeia, recua 0,36% para 66,01 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), referência americana, cede 0,40% para 62,25 dólares.

e já assinaram a primeira fase do acordo em Sharm el-Sheikh, no Egito. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o cessar-fogo entrará em vigor após a ratificação pelo governo. O pacto prevê a libertação de reféns por parte do Hamas em troca da libertação de prisioneiros israelitas, bem como a retirada parcial das forças israelitas da Faixa de Gaza.

Claudio Galimberti, economista-chefe da Rystad Energy, afirmou que “o acordo de paz é um avanço histórico no Médio Oriente e as suas implicações para o mercado petrolífero podem ser vastas, desde uma possível redução nos ataques dos Houthis no Mar Vermelho até um aumento na probabilidade de um acordo nuclear com o Irão”, cita a agência Reuters.

Os preços estabilizaram também com os investidores a avaliarem a expansão dos inventários norte-americanos pela segunda semana consecutiva, embora os níveis se mantenham próximos dos mínimos sazonais. Os “stocks” no centro de armazenamento de Cushing, no Oklahoma, diminuíram, assim como as reservas de produtos refinados.

Após um arranque de mês mais fraco, o crude voltou a aproximar-se da faixa entre 65 e 70 dólares, sustentado por um equilíbrio entre o aumento da oferta da OPEP+ e a acumulação de reservas pela China. Ainda assim, várias instituições, incluindo o Goldman Sachs e a Agência Internacional de Energia, preveem um excedente significativo nos próximos meses, com o banco norte-americano a estimar uma média de 56 dólares por barril para o Brent em 2026.

Os analistas da Citigroup, citados pela Bloomberg, notam que embora o consenso de mercado seja negativo, “as opiniões divergem quanto à profundidade da queda”, sublinhando que o ritmo de ajustamento pode ser travado por riscos geopolíticos persistentes em países como a Rússia e o Irão, bem como por um crescimento mais lento da oferta fora da OPEP+.

09.10.2025

Ouro mantém-se acima dos 4.000 dólares com acordo em Gaza. Prata toca máximos de 45 anos.

Uli Deck/AP

O ouro recua ligeiramente esta quinta-feira, mantendo-se ainda acima dos 4.000 dólares por onça, com os investidores a digerirem o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a continuada incerteza económica global.

A esta hora, o ouro desliza 0,47% para 4.023,19 dólares, enquanto a prata recua 1,31% para 48,35 dólares e a platina avança 1% para 1.674,34 dólares.

De acordo com a Reuters, o metal precioso consolida ganhos depois de ter atingido na véspera o por onça, sustentado por expectativas de cortes nas taxas de juro norte-americanas e pela procura crescente de ativos de refúgio.

O mercado reagiu também ao , anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump. Ainda assim, as tensões geopolíticas persistem, juntamente com incertezas sobre a economia global e as políticas monetárias. “O rali do ouro enfrenta alguma resistência após o avanço diplomático em Gaza, que reduziu os fluxos de aversão ao risco, enquanto a recuperação do dólar fragiliza o metal”, observou Nikos Tzabouras, analista sénior da Tradu.

A Bloomberg destaca, por sua vez, a escalada histórica da prata, que chegou a ultrapassar 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1980, impulsionada pela forte procura de refúgio e por restrições de oferta no mercado de Londres. O metal acumula uma valorização superior a 70% este ano. “O debate sobre a desvalorização das moedas tradicionais alimentou o entusiasmo dos investidores por ouro e prata”, afirmou Kieron Hodgson, analista da Peel Hunt Ltd.

Além dos fatores geopolíticos, o ouro continua a ser apoiado por fortes compras de bancos centrais, entradas em fundos cotados (ETFs) e expectativas de cortes de juros pela Reserva Federal. Mesmo com o alívio do risco imediato no Médio Oriente, analistas alertam que a volatilidade deve manter-se elevada. “Se o sentimento de risco continuar a melhorar, o ouro pode recuar no curto prazo, à medida que os investidores regressam a ativos mais arriscados”, afirmou Lukman Otunuga, analista da FXTM.

09.10.2025

Iene e euro pressionados por incerteza política. Dólar ganha terreno

Bodo Marks / AP

O dólar segue a valorizar de forma contida nesta quinta-feira, com a liquidação do iene japonês a dar sinais de abrandamento, por enquanto, à medida que o euro segue prejudicado pela incerteza política em França.

Nas últimas sessões, o iene chegou a atingir o seu valor mais baixo em relação ao dólar desde finais de fevereiro, , introduza políticas fiscais mais expansionistas.

Os investidores estão a ficar um pouco mais céticos quanto à capacidade de Takaichi aprovar estímulos fiscais e resistir aos planos de aperto monetário do Banco do Japão”, disse à Reuters Karl Schamotta, da Corpay.

Nesta linha, Takaichi afirmou que irá emitir imediatamente uma ordem para compilar um pacote de medidas destinadas a amortecer o impacto económico do aumento do custo de vida no país, assim que for eleita pelo parlamento para se tornar a próxima primeira-ministra.

A esta hora, o dólar ganha 0,22% para os 153,02 ienes.

A “nota verde” está a ser impulsionada por alguns comentários mais “hawkish” por parte de funcionários da Reserva Federal (Fed) norte-americana. , mostraram que os decisores de política monetária concordaram que os riscos para o mercado de trabalho aumentaram o suficiente para justificar um corte nas taxas de juro, mas continuaram cautelosos em relação à inflação persistente.

Os traders estão agora a prever uma probabilidade de 95% de que a Fed reduza as taxas em 25 pontos-base na sua próxima reunião de 28 e 29 de outubro, enquanto as probabilidades de um corte adicional em dezembro caíram de 90% para 82% na semana passada, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar sobe 0,37%, para 99,279 pontos.

Por cá, o euro tem vindo a registar desvalorizações desde que o primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu apresentou a sua demissão na segunda-feira, à medida que os investidores se mostram cada vez mais preocupados com o défice crescente do país. Nesta linha, espera-se que o Presidente francês Emmanuel Macron nomeie um novo primeiro-ministro dentro de menos de 48 horas, já que Lecornu deu ontem a entender que existe uma maioria na Assembleia Nacional .

A moeda única cai 0,40%, para 1,158 dólares. Ainda pela Europa, a libra cede 0,53% para os 1,333 dólares.

09.10.2025

Wall Street dividida entre ganhos e perdas. Foco já está na temporada de resultados

Richard Drew / AP

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão divididas entre pequenos ganhos e perdas, isto depois de as atas da última reunião da Reserva Federal dos EUA não terem dado novos sinais de política monetária, deixando os investidores dependentes de dados mais antigos da economia para moldar o sentimento. Ainda assim, as atas revelaram preocupações persistentes com a inflação. 

Os investidores aguardam também a próxima época de resultados para validar o otimismo com a inteligência artificial (IA) que tem impulsionado os recordes das últimas sessões. A banca será, mais uma vez, a primeira a apresentar contas: na próxima semana, Citigroup e Goldman Sachs mostram resultados. 

A Tesla é a primeira das "sete magníficas" a divulgar os seus resultados, a 22 de outubro, seguida pela Alphabet, Microsoft e Meta Platforms, a 29 de outubro.

"Dado o quão desequilibradas as expectativas se tornaram, dado o quão elevadas as avaliações se tornaram, acho que os investidores estão focados nos resultados”, disse Aidan Yao, estratega do Amundi Investment Institute, à Bloomberg TV. “Os investidores vão tentar ver se os resultados estão realmente a acompanhar as avaliações”, acrescentou. 

Já Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, diz à Reuters que o mercado pode estar a caminhar para "uma grande correção", mas é muito pouco provável que aconteça nos próximos meses.

O S&P 500 sobe 0,09% para 6.760,07 pontos, o Nasdaq Composite perde 0,06% para 2.030,65 pontos, enquanto o Dow Jones soma 0,05% para 46.626,47 pontos.

O foco do mercado seguirá ainda para o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que assinaram o documento para a primeira fase do acordo, segundo o Presidente dos EUA, Donald Trump. 

A Delta Air Lines dispara 7,65% após ter divulgado uma subida de 11% nos lucros do terceiro trimestre, para 1,42 mil milhões de dólares, superando as estimativas do mercado.

A PepsiCo ganhou mais de 1% com uma receita mais forte do que o esperado, sinalizando ainda uma recuperação na sua unidade de bebidas nos EUA.

A Nvidia aumentou 1,5% após os EUA aprovarem as exportações de semicondutores no valor de vários mil milhões de dólares para os Emirados Árabes Unidos.

A Tesla caiu quase 2% após os reguladores de segurança dos EUA iniciarem uma investigação de segurança sobre os incidentes ligados ao software de automação parcial da fabricante de elétricos de Elon Musk.

09.10.2025

Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a quarta-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,025%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,104%) e a 12 meses (2,209%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,104%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,209%, menos 0,007 pontos do que na sessão anterior.

A Euribor a três meses avançou para 2,025%, mais 0,006 pontos do que na quarta-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

09.10.2025

Bolsas europeias iniciam sessão entre avanços e recuos

Christophe Petit Tesson / EPA

As principais bolsas europeias evoluem de forma mista esta quinta-feira, num movimento de consolidação após as fortes valorizações da véspera e em linha com a cautela dos investidores perante a situação política em França e as perdas no setor bancário.

O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,18% para 572,77 pontos, depois de ter fechado na quarta-feira em máximos históricos.

Entre os principais índices da Europa, o alemão DAX sobe 0,12% para 24.626,15 pontos, seguido de Amesterdão que regista um aumento de 0,18% para 962,35. O PSI soma 0,64% para 8.201,03 pontos. Em França, o CAC-40 desliza 0,03% para 8.057,75, penalizado pelo setor bancário e pela incerteza em torno da formação de um novo governo em França, embora as declarações de Emmanuel Macron, que prometeu nomear um tenham ajudado a conter perdas.

Por sua vez, Itália recua 0,26% para 43.371,44 pontos e o FTSE 100 de Londres diminui 0,34% para 9.515,99 pontos.

De acordo com a Bloomberg, o desempenho mais fraco dos bancos deve-se em particular ao HSBC, que afunda mais de 6,5% em Londres após anunciar planos para privatizar a sua unidade Hang Seng Bank em Hong Kong, pesando sobre o setor financeiro. A Reuters acrescenta que o índice bancário europeu recua cerca de 1,2%, também penalizado pelo Lloyds, que desce 3,4% após alertar para provisões adicionais ligadas ao crédito automóvel.

Em contrapartida, os setores mineiro e tecnológico destacam-se pela positiva. O índice de matérias-primas básicas sobe 0,66%, impulsionado pela valorização dos preços do cobre e do minério de ferro, enquanto o setor tecnológico avança 0,06%, apoiado pela Alten, que ganha terreno após anunciar mudanças na sua estrutura de gestão. Os maiores avanços acontecem também nos setores do petróleo e gás (+0,54%), químicas (+0,41), telecomunicações (+0,36%) e “utilities” (+0,31%).

09.10.2025

Juros europeus agravam-se. França é exceção

Os juros da dívida soberana europeia apresentam esta quinta-feira uma evolução mista, com agravamentos em praticamente toda a linha com a exceção de França, que regista um alívio.

A rendibilidade das “bunds” alemãs, referência para a região, avança 0,7 pontos base para 2,684%. Já em Itália, os juros sobem ligeiramente 0,2 pontos base para 3,476%, enquanto em Espanha o aumento é de 0,3 pontos para 3,217%. Em Portugal, a dívida a dez anos mantém-se estável, com os juros inalterados em 3,067%.

Em França, a dívida a dez anos recua 1,2 pontos base para 3,500%, prolongando o movimento de descida iniciado na quarta-feira, com o a continuar a sustentar a procura por obrigações francesas.

Fora da Zona Euro, as “gilts” britânicas voltam a subir, com a rendibilidade a dez anos a avançar 0,8 pontos base para 4,716%.

09.10.2025

Iene cai para mínimos de oito meses face ao dólar

Bodo Marks / AP

O dólar está a ganhar ligeiramente face às outras divisas, após uma valorização significativa esta semana, que o colocou no caminho para o melhor desempenho em quase um ano, impulsionado pela fraqueza do iene, que tem enfrentado dificuldades durante a mudança de liderança do partido do Governo no Japão. 

Durante a noite, a divisa nipónica caiu para mínimos de oito meses face ao dólar, nos 153 ienes. Esta manhã, o dólar avança ainda 0,28% para 153,11 ienes. A moeda japonesa já caiu mais de 3% na semana, registando o pior desempenho desde setembro de 2024.

"No curto prazo, a confirmação de Takaichi como primeira-ministra do Japão e a próxima reunião do Banco do Japão (Boj) em outubro podem ser o próximo catalisador para uma maior fraqueza do iene japonês, especialmente se Takaichi reforçar as suas visões moderadas sobre a política fiscal e monetária, e o Boj sinalizar que pode não aumentar as taxas de juros no curto prazo", disse Carol Kong, estratega de câmbio do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters.

Os mercados estão ainda a pesar risco político no Japão e em França, o que pouco fez para aumentar a confiança dos investidores, que migram para outros ativos como o ouro.

O euro também negoceia contido devido ao , após a surpreendente demissão do primeiro-ministro Sébastien Lecornu e do seu Governo, embora o presidente Emmanuel Macron deva nomear um novo primeiro-ministro nas próximas 48 horas, evitando a dissolução do parlamento.

Até agora, o euro perde 0,8% na semana. Esta manhã, perde 0,15% para 1,1610 dólares. Já o índice do dólar DXY sobe 0,12% para 99,034 pontos, suportado pela fraqueza do euro e do iene. 


09.10.2025

Ouro recua ligeiramente após recorde histórico acima dos 4.000 dólares

Mike Groll/AP

O ouro interrompe esta quinta-feira a sua corrida histórica, recuando ligeiramente após ter superado pela primeira vez a fasquia dos 4.000 dólares por onça, numa pausa atribuída à realização de mais-valias e ao alívio momentâneo nas tensões geopolíticas.

A esta hora, o ouro desce 0,27% para 4.031,32 dólares por onça, enquanto a prata recua 1,28% para 48,35 dólares e a platina avança 0,27% para 1.661,26 dólares.

De acordo com a Reuters, o metal precioso “faz uma pausa após uma corrida impulsionada pela procura de refúgio seguro e pelas expectativas de novos cortes nas taxas de juro norte-americanas”. Na quarta-feira, o ouro atingiu o máximo histórico de 4.059,05 dólares.

A perspetiva de um , mediado pelos Estados Unidos, também contribuiu para a correção, ao reduzir temporariamente o prémio de risco geopolítico. “Não se pode ignorar a importância do acordo de fase um entre Israel e o Hamas, mas é provavelmente apenas uma boa desculpa para realização de mais-valias após um novo recorde”, comentou Kyle Rodda, analista da Capital.com.

A Bloomberg acrescenta que o ouro “mantém-se perto de máximos históricos”, mas enfrenta “risco de correções técnicas” depois de um mês em território sobrecomprado. Segundo Manav Modi, analista da Motilal Oswal Financial Services, “a tomada de lucros e as notícias sobre o cessar-fogo podem agora pesar sobre o ouro”.

Ainda assim, o sentimento permanece positivo. O metal continua a beneficiar de expectativas de cortes de 25 pontos-base pela Reserva Federal em outubro e dezembro, com probabilidades de 93% e 78%, respetivamente, segundo o CME FedWatch. “Todos os fundamentais continuam a apontar para cima”, reforçou Rodda.

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