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Stoxx 600 termina pior ano desde 2018 com queda de 12,8%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.

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bolsas, subida, mercados, Europa Kai Pfaffenbach/Reuters
30 de Dezembro de 2022 às 17:59
Europa a caminho do vermelho. Ásia fecha positiva na última sessão do ano

Os futuros sobre os principais índices europeus apontam esta sexta-feira para um arranque de sessão em terreno negativo, naquela que será a última negociação de um ano negro para os mercados financeiros.

O Euro Stoxx 50 caía 0,4% enquanto o Euro Stoxx 600 desvalorizava 0,3% durante a madrugada.

Já na Ásia, a sessão foi positiva, com os investidores a tentarem imprimir um último fôlego à troca de ações, numa altura em que o alívio da política covid zero na China está a dar algum impulso à economia da região.

O índice MSCI Asia Pacific Index avançou 0,8%, um máximo semanal, com quase todas as praças da região a registar ganhos. Nas bolsas chinesas, Xangai subiu 0,6% enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, valorizou 0,8%. No Japão, tanto o Topix como o Nikkei avançaram 0,4%. 

Ainda assim, os índices asiáticos vão terminar o ano com a maior queda desde a crise financeira - a seguir a tendência que se vive noutros pontos do globo - com uma desvalorização total a rondar os 20%.

Ano volátil dá ligeiro ganho ao petróleo. Gás com queda mensal histórica

Os preços do petróleo deverão encerrar um ano de extrema volatilidade com um ligeiro avanço, numa altura em que os investidores avaliam as perspetivas para 2023, medindo o impacto do alívio da política covid zero na China - o maior importador mundial de crude - e esperando um dificuldades na venda de petróleo russo.

"A curto prazo, há preocupações na procura e na oferta que não vão desaparecer tão cedo e poderão conduzir a mais oscilações de preços", acredita Ravindra Rao, chefe do departamento de "commodities" da Kotak Securities em Mumbai, citado pela Bloomberg.

Esta manhã, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,64% para 78,90 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, sobe 0,67% para 84,02 dólares.

Já a negociação de gás natural na Europa aponta para uma queda mensal histórica, com o clima ameno a trazer algum alívio ao setor energético do bloco.

Para além das temperaturas acima do normal, um decréscimo no consumo industrial nesta altura do ano e o vento forte, que está a dar força à produção eólica, acabam também por influenciar a negociação do ativo, que já cedeu 45% este mês.

Esta manhã, a negociação dos contratos de gás natural a um mês em Amesterdão (TTF), referência para a Europa, caía 6% para 80,50 euros por megawatt-hora. O contrato equivalente no Reino Unido cedia 6,2%.

Ouro sobe e aponta para segunda semana de ganhos

O ouro está a registar ganhos e a caminho da segunda semana de ganhos, à procura de terminar numa nota positiva, após um ano em que este metal foi fortemente penalizado pela subida do dólar que acompanhou a política monetária mais agressiva da Reserva Federal norte-americana.

O metal amarelo está a beneficiar do números dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos referentes à semana passada que aumentaram em nove mil pedidos e podem por isso dar abertura para uma política monetária mais "dovish" em 2023.

O ouro sobe assim 0,06% para 1.815,96 dólares por onça e deve assim terminar o ano tal como começou.

Euro sobe ligeiramente e iene ganha com possibilidade de fim da política "dovish" do Banco do Japão

O euro está a valorizar ligeiramente face ao dólar e ganha 0,03% para 1,0664 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – avança uns ligeiros 0,02% para 103,854 pontos.

O iene está a registar ganhos face às dez principais divisas rivais e sobe mais de meio por cento tanto em relação ao euro, como face ao dólar. A sustentar a subida da moeda nipónica está a possibilidade de que o Banco do Japão termine a sua política mais "dovish", depois de ter anunciado compra de dívida pelo terceiro dia.

Ainda assim, o iene perde mais de 13% desde o início do ano contra o dólar, sendo a segunda divisa com a pior performance no grupo de dez moedas que competem com o dólar, depois da coroa sueca.

O iene está a registar ganhos face às dez principais divisas rivais e sobe mais de meio por cento tanto em relação ao euro, como face ao dólar. A sustentar a subida da moeda nipónica está a possibilidade de que o Banco do Japão termine a sua política mais "dovish", depois de ter anunciado compra de dívida pelo terceiro dia.

Juros agravam-se na Zona Euro, com inflação mais baixa do ano em Espanha

Os juros da Zona Euro estão a agravar-se esta sexta-feira, depois de ter sido divulga a inflação em Espanha que foi de 5,8%, a mais baixa do ano.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos soma 6,5 pontos base para 2,493%. Já os juros da dívida italiana a dez anos agravam-se 12,5 pontos base para 4,617%.

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos sobe 6,8 pontos base para 3,491%, enquanto os juros das obrigações espanholas na mesma maturidade agravam-se 7,3 pontos base para 3,567%.

Europa no vermelho em último dia do ano

As principais praças europeias estão a negociar em terreno negativo e por isso ainda a caminho da pior performance anual desde 2018, num ano que fica marcado pela guerra na Ucrânia e o aperto da política monetária por parte dos bancos centrais por todo o mundo.

O índice de referência, Stoxx 600, recua 0,55% para 427,99 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, todos se pintam de vermelho e os setores das telecomunicações, tecnologia e viagens são os que mais perdem, ainda menos de 1%.

Em 2022, os setores relacionados com "commodities" registaram a melhor performance, com a energia a apontar os maiores retornos, devido à subida dos preços do gás e do petróleo. O setor da banca foi também dos que mais subiu ao beneficiar do aumento das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu.

Por outro lado, setores mais sensíveis à subida dos juros como o imobiliário e a tecnologia foram dos mais prejudicados este ano, tal como o retalho que foi penalizado pela subida dos custos.

"Inicialmente, o 'rally' no mercado de ações europeu foi recebido com perplexidade de alguns e ridicularização de outros. Mas os pacotes de ajuda financeira e uma meteorologia mais favorável geraram um sentimento positivo, e agora há uma especulação sobre a melhoria das perspetivas de crescimento no caso da China", disse Stephen Innes, analista da SPI Asset Management, à Bloomberg.

Ainda assim, "muitos acreditam que os mercados da União Europeia não são viáveis com o desafio do Banco Central Europeu de lutar contra a inflação, ao mesmo tempo que contém os 'spreads' dos países da periferia", apontou ainda.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 perde 0,3%, o espanhol IBEX 35 cede 0,71%, o italiano FTSEMIB recua 0,68%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,8% e o alemão Dax cai também 0,8%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,82%.

Taxas Euribor baixam a três e seis meses e sobem a 12 meses

As taxas Euribor desceram hoje a três e a seis meses e subiram a 12 meses, face a quinta-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, recuou hoje para 2,693%, menos 0,033 pontos, em relação a quinta-feira, dia em que se fixou em 2,726%.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor subiu 0,003 pontos, para 3,291%, face ao adia anterior.

Na quinta-feira, no prazo de 12 meses, a Euribor quebrou a série de oito subidas consecutivas, ao recuar 0,037 pontos face a quarta-feira, para 3,288%, depois de na véspera ter atingido um novo máximo desde dezembro de 2008.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

Já a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou 0,052 pontos para 2,132% face ao dia anterior em que caiu 0,018 pontos, fixando-se em 2,184%, depois de na quarta-feira ter chegado aos 2,202% e atingido um novo máximo desde janeiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

Em termos de média anual, a Euribor a três meses situou-se nos 0,348%, a seis meses estabeleceu-se a 0,682% e a 12 meses fixou-se em 1,000%.

As Euribor começaram a aumentar mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Wall Street resvala na última sessão de um ano turbulento
Wall Street resvala na última sessão de um ano turbulento

As principais bolsas do outro lado do Atlântico abriram em baixa na última sessão dum ano pessimista para as negociações em Wall Street, sobrecarregado pela guerra, inflação e agravamento da política monetária por parte dos bancos centrais.

 

O índice industrial Dow Jones abriu a cair 0,30%, para 33.121,61 pontos. Enquanto que o Standard & Poor’s 500 cede 0,53%, para 3.829,06 pontos, e o tecnológico Nasdaq Composite resvala 1,05% para se fixar nos 10.368,37 pontos na abertura do mercado.

Wall Street prepara-se, desta maneira, para fechar um ano sem grandes festejos - desde o início do ano a Nasdaq já perdeu 33%, enquanto que o índice S&P 500 cedeu 19%, à medida que os investidores procuravam ativos mais seguros. 

Depois de três anos de ganhos anuais nos índices norte-americanos, este ano Wall Street vai fechar em baixa pressionado principalmente pelo aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal numa tentativa de domar a ascensão da inflação.

Wall Street prepara-se, desta maneira, para fechar um ano sem grandes festejos - desde o início do ano a Nasdaq já perdeu 33%, enquanto que o índice S&P 500 cedeu 19%, à medida que os investidores procuravam ativos mais seguros. 

Depois de três anos de ganhos anuais nos índices norte-americanos, este ano Wall Street vai fechar em baixa pressionado principalmente pelo aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal numa tentativa de domar a ascensão da inflação.

Tendência do ano inverte nas últimas semanas: ouro sobe e dólar cai

O ouro está a negociar com ganhos e continua assim a caminho de terminar o ano tal como começou. O metal precioso está hoje a aproveitar a queda do dólar, que torna o metal mais atrativo e barato.

O ouro valoriza 0,4% para 1.822,18 dólares por onça, o que representa uma queda anual de 0,39%.

O metal precioso tem estado em rota de recuperação nas últimas semanas, com a desaceleração da inflação nos Estados Unidos a dar expectativas de uma Fed menos agressiva. Ao mesmo tempo, a reabertura gradual da China face à política de covid-zero no país tem também dado força ao ouro através da queda da nota verde.

Em 2023, a negociação deste metal vai depender largamente da velocidade a que os preços arrefecerem, bem como do estado da economia norte-americana.

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cede 0,1% para 103,7360 pontos e caminha assim para um ganho de 6% no total do ano.

Já o euro termina o ano a ceder mais de 6% perante a divisa norte-americana, depois de ter chegado, pela primeira vez em 22 anos, a valer menos de um dólar. Hoje, a moeda única europeia ganha 0,36%, para 1,0699 dólares.

Em 2023, a negociação deste metal vai depender largamente da velocidade a que os preços arrefecerem, bem como do estado da economia norte-americana.

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cede 0,1% para 103,7360 pontos e caminha assim para um ganho de 6% no total do ano.

Já o euro termina o ano a ceder mais de 6% perante a divisa norte-americana, depois de ter chegado, pela primeira vez em 22 anos, a valer menos de um dólar. Hoje, a moeda única europeia ganha 0,36%, para 1,0699 dólares.

Stoxx 600 termina pior ano desde 2018 com queda de 12,8%

As principais praças europeias despedem-se de 2022 no vermelho, agravando as perdas que registaram em termos acumulados.

O índice que agrega as maiores cotadas europeias, o Stoxx 600, recuou 1,27%, para os 424,89 pontos. 

O vermelho pintou, aliás, a generalidade das bolsas europeias na última sessão do ano: em Frankfurt, o DAX perdeu 1,05%, enquanto o londrino FTSE 100 cedeu 0,81%, o parisiense CAC 40 caiu 1,52%, enquanto em Madrid o IBEX 35 perdeu 1,07% e, em Milão, o FTSE MIB recuou 1,45%.

O Stoxx 600, perdeu 12,81% em 2022, fechando assim o pior ano desde 2018. O italiano FTSE MIB (-13,31%) e o neerlandês AEX (-13,65%) caíram ainda mais, enquanto o alemão DAX recuou 12,35%, o francês CAC 40 cedeu 9,5% e o espanhol IBEX 35 perdeu 5,56%. Por outro lado, o britânico FTSE 100 somou 0,91% e o grego ASE subiu 4,08%.

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