Europa cede antes de decisão da Fed. Tarifas continuam a pressionar índices
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
- Ásia aplaude conversações entre EUA e China em dia de Fed. Europa aponta para ganhos
- Petróleo valoriza na expectativa das conversações EUA-China
- Conversações entre EUA e China afundam ouro
- Dólar ganha terreno face ao iene antes da Fed
- Juros aliviam na Zona Euro
- Negociações entre EUA e China não impressionam Europa. Investidores focam-se na "earnings season"
- Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
- Negociações entre EUA e China dão alento a Wall Street antes da Fed. Walt Disney salta 9%
- Ouro pressionado por dólar mais forte. Negociações entre China e EUA em destaque
- Petróleo cede ligeiramente à espera de Powell
- Yields da Zona Euro recuam em toda a linha perante incerteza comercial
- Europa cede antes de decisão da Fed. Tarifas continuam a pressionar índices

As bolsas asiáticas terminaram mais uma sessão em alta, com o sentimento otimista a tomar conta dos mercados impulsionado pelo início das negociações da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
A ronda de conversações tem início já este fim de semana, na Suíça, de forma a aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo. "Embora as perspetivas sejam tranquilizadoras, ainda é muito cedo para esperar avanços significativos das conversações comerciais entre os EUA e a China, dada a sua complexidade", considerou à Bloomberg Charu Chanana, estratega do Saxo Markets.
Os investidores esperam agora por algum desenvolvimento nas negociações, que podem vir a agitar as águas do mercado. Para já, Donald Trump impôs tarifas de até 145% sobre importações chinesas, e Pequim retaliou com taxas de 125% sobre produtos norte-americanos.
"Esperemos que as negociações corram bem e que isso conduza a declínios tangíveis das taxas tarifárias", disse Aidan Yao, do Amundi Investment Institute.
Na China, o Shangai Composite avançou 0,5% e, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,8%, mas chegou a avançar 2,4%, depois de o Banco Popular da China ter reduzido a taxa de recompra reversa de sete dias para 1,4% de 1,5%, numa altura em que Pequim está a intensificar os esforços para ajudar uma economia nacional apanhada numa guerra comercial com os EUA.
No Japão, o Topix subiu 0,6% e o Nikkei perdeu de forma ligeira. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,55% e, na Austrália, o S&P/ASX 200 ganhou 0,3%.
Por cá, os futuros da Europa apontam para ligeiros avanços, com o Euro Stoxx 50 a subir 0,1%, isto depois de a União Europeia ter anunciado que vai aplicar tarifas adicionais a cerca de 100 mil milhões de euros de produtos norte-americanos, caso as negociações comerciais em curso não cheguem a um resultado satisfatório para o bloco.
As medidas de retaliação propostas serão partilhadas com os Estados-Membros já esta quarta-feira, segundo avança a Bloomberg.
Tanto a Ásia como a Europa aguardam esta quarta-feira pela decisão da Reserva Federal quanto a juros diretores, mas o mais certo - acredita o mercado - é que o banco central deixe os juros inalterados, apesar da pressão do Presidente dos EUA para uma subida.
Os preços do petróleo seguem a subir esta quarta-feira, 7 de maio, mantendo-se ligeiramente acima dos mínimos de quatro anos, com os investidores focados nas conversações entre Estados Unidos (EUA) e China.
Pelas 08:50, o Brent, referência para a Europa, valorizava 1,45%, para 63,05 dólares o barril, enquanto o crude West Texas Intermediate, referência para os EUA, subia 1,62% para 60,05 dólares o barril.
As duas referências para o petróleo caíram recentemente para um mínimo de quatro anos, depois de a OPEC+ ter decidido acelerar a produção, alimentando receios de excesso de oferta, numa altura em que as tarifas dos EUA aumentam as preocupações quanto à procura.
Mas as notícias de que Washington e Pequim vão iniciar conversações sobre a política comercial ainda esta semana melhoraram o sentimento. "No entanto, embora as negociações possam ajudar a melhorar o sentimento no mercado, teremos de ver progresso significativo na redução das tarifas para melhorar as previsões para a procura", afirmaram os analistas do ING.

O ouro está a registar perdas significativas esta quarta-feira, com os investidores a reagirem às notícias de que as negociações entre os EUA e a China deverão arrancar este fim de semana, na Suíça. Os investidores fogem assim dos ativos-refúgio em direção ao risco.
O metal amarelo cede 1,3% para 3.387,64 dólares por onça, depois de ter valorizado quase 6% nas últimas duas sessões. O metal já subiu quase 30% desde o início do ano.
Esta é a primeira vez que as duas maiores economias do mundo se vão sentar à mesa para conversações desde que Donald Trump começou a impor tarifas no segundo mandato na Casa Branca. Pequim já se mostrou cauteloso, dizendo que não vai sacrificar os seus princípios e sentido de justiça para chegar a um acordo.
A antecipação de "tréguas" abafou o acontecimento que poderia ter dado ainda mais força ao ouro: o conflito entre a Índia e o Paquistão. O Paquistão afirmou ter abatido cinco aviões e ter feito reféns soldados indianos em retaliação aos ataques militares da Índia na madrugada de quarta-feira.
É dia também de a Reserva Federal decidir sobre taxas de juro, ainda que o mercado não antecipe qualquer alteração. Assim, o foco estará nas declarações de Jerome Powell, presidente do banco central, sobre as perspetivas económicas dos EUA e possíveis efeitos das tarifas de Trump.

O dólar-norte americano é a divisa que mais sobe entre os principais pares, à boleia do início das negociações entre os EUA e a China e em dia de decisão da Reserva Federal, que deverá manter as taxas de juro inalteradas.
O euro sobe modestos 0,02% para 1,1372 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar avança 0,6% para 143,29 ienes, depois de o Japão ter voltado de quatro dias de pausa. Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face aos pares, sobe 0,17% para 99,40 pontos.
Há mais apetite pelo risco, já que se espera que as conversas entre as duas maiores economias do mundo, que se vão juntar na Suíça este fim de semana, possam, pelo menos, aliviar as tensões comerciais. Os analistas consultados pela Bloomberg antecipam um tom "howkish" no discurso do número um do banco central, Jerome Powell, na conferência de imprensa.
A nota verde sobe 0,4% para 0,8252 francos suíços, depois de esta segunda-feira ter atingido mínimos de janeiro de 2015, em 0,8032 francos. O Banco Nacional Suíço diz estar pronto para intervir no mercados de câmbio e cortar as taxas até abaixo de zero, de forma a evitar que a inflação desça abaixo da meta, disse o presidente do banco, Martin Schlege, esta terça-feira.
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro estão a registar alívios moderados esta quarta-feira, no rescaldo da turbulência política vivida ontem na Alemanha.
Esta terça-feira, Friedrich Merz tomou posse como o décimo chanceler alemão, mas só foi eleito na segunda volta, depois de na primeira volta ter falhado por apenas seis votos. Aliás, as obrigações alemãs surgiram como o refúgio de eleição do mercado obrigacionista durante a turbulência das tarifas, e, segundo os analistas consultados pela Bloomberg, a preferência deve continuar.
A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve referência para a Zona Euro descem 0,6 pontos base para 2,531%. Por sua vez, os juros das obrigações francesas com a mesma maturidade recuam 1,1 pontos para 3,245%. Em Itália, a descida foi de 2 pontos base para 3,605%.
Já na Península Ibérica, a tendência manteve-se, com os juros das obrigações portuguesas e das espanholas a aliviarem 1,4 e 1 pontos-base para 2,8% para 3,053% e 3,179%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas registam uma descida de 0,7 pontos para 4,504%. Em contraciclo, os juros das "Tresuries" norte-americanas avançam 2,3 pontos para 4,328%.

Ao contrário da sessão asiática, as bolsas europeias não parecem estar animadas com o arranque das negociações entre os Estados Unidos e a China, agendadas para começar este fim de semana, com os investidores a preferirem focar-se nos resultados empresariais das gigantes europeias e a tomarem decisões cautelosas.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, vão reunir-se na Suíça para a primeira ronda das aguardadas conversações entre os dois países, que poderão desanuviar o clima de tensão comercial entre Pequim e Washington.
No entanto, as atenções viram-se para a "earnings season" europeia, que parece não estar a animar o mercado esta quarta-feira, dia também da decisão de política monetária da Reserva Federal dos EUA. "Embora seja amplamente esperado que o banco central mantenha as taxas de juro inalteradas, os investidores estarão atentos à declaração de política monetária e à conferência de imprensa subsequente, em busca de pistas sobre a trajetória futura das taxas", disse Ricardo Evangelista, CEO, Activtrades Europe, numa nota consultada pelo Negócios.
Pela segunda sessão consecutiva, o índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – perde 0,38%, para os 534,33 pontos, pressionado sobretudo pelos setores do retalho, imobiliário e saúde, que caem mais de 1%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 desvaloriza 0,43%, o espanhol IBEX 35 recua 0,6%, o britânico FTSE 100 decresce 0,34% e o italiano FTSEMIB recua 0,17%. Em contraciclo, o holandês AEX ganha 0,14%.
A dinamarquesa Pandora sobe 5,5% depois de ter divulgado uma subida das vendas para os EUA, apesar da queda ligeira nos lucros e do corte de previsões para o resto do ano, que não "chocou" o mercado.
A Advanced Micro Devices perdeu 2% depois de ter revelado resultados positivos e estimativas animadoras para o segundo trimestre, mas que ficaram ofuscadas pelo impacto das restrições na China, que desapontou os investidores.
A Novo Nordisk dispara 4% apesar de ter cortado a previsão de resultados de 2025. Ainda na saúde, a dinamarquesa Ambu cede quase 12%, já que as vendas e lucros do trimestre ficaram abaixo das expectativas.
Já a BMW valoriza 3,6% depois de ter reiterado as metas de resultados anuais e melhorado a margem no trimestre.
A Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,150%, ficou acima da taxa a seis meses (2,146%) e da taxa a 12 meses (2,039%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,146%, mais 0,001 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,039%, menos 0,006 pontos do que na terça-feira.
A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, subiu hoje, para 2,150%, mais 0,007 pontos.
Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mas mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).
A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.
Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.
A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Os principais índices norte-americanos arrancaram a sessão desta quarta-feira com ganhos moderados, com o mercado otimista em relação ao início das negociações entre os EUA e a China sobre a guerra comercial, com foco nas tarifas, que, entre ambos os países, ultrapassam os 100%.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, vão reunir-se na Suíça este fim de semana naquela que será a primeira ronda das aguardadas conversações entre os dois países, que poderão "desanuviar" o clima de tensão comercial entre Pequim e Washington, segundo as palavras do próprio secretário do Tesouro norte-americano.
O S&P 500 sobe 0,32% para 5.625,90 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma 0,41% para 40.995,19 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,27% para 17.738,26 pontos. Os três principais índices do país encerraram a segunda sessão consecutiva no vermelho no dia anterior, já que os investidores continuavam de pé atrás em relação às intenções de Donald Trump.
Os investidores estarão também atentos à reunião de hoje da Reserva Federal, mas o mercado está convencido de que o banco central mantenha a taxa de referência inalterada em 4,25%-4,50%. O foco estará nos comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, sobre as perspetivas para o futuro da política monetária e possíveis efeitos das tarifas.
"A Fed deverá repetir a mesma mensagem: não vai baixar as taxas e vai tentar adiar o mais possível o momento em que terá de o fazer", disse François Rimeu, estratega do Credit Mutuel Asset Management, à Bloomberg.
Entre os principais movimentos de mercado, as ações da Walt Disney pulam 9,5%, já que os fortes resultados dos parques temáticos e do streaming de TV ajudaram o lucro da empresa a superar as estimativas.
Já a Uber Technologies cai mais de 5% devido a um crescimento lento no segmento de boleias partilhadas. Também a Marvell Technology afunda 11%, uma vez que a fabricante de semicondutores reduziu a previsão de receitas para o ano.

O ouro está a desvalorizar mais de 1% esta quarta-feira, pressionado por um dólar mais forte e otimismo em torno das conversações entre os Estados Unidos e a China que terão a guerra comercial no centro das atenções.
Ainda em destaque estará uma reunião de política monetária da Reserva Federal em que é esperado que o presidente Jerome Powell continue a desafiar Donald Trump e mantenha os juros diretores inalterados.
O metal perde 1,33% para 3.386,22 dólares por onça.
Um dos fatores a penalizar o metal é o dólar, com o índice da moeda a valorizar 0,17% para 99,407 dólares, numa altura em que a "nota verde" continua a negociar num intervalo limitado de preços, com os investidores a aguardarem o resultado das negociações entre a China e os EUA, bem como o fim da pausa das tarifas por 90 dias.

O petróleo negoceia com ligeiras quedas esta tarde, com os "traders" a aguardar por pistas sobre as perspetivas quanto ao rumo da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana – num dia em que o banco central deverá anunciar que irá manter as taxas diretoras inalteradas -, à medida que se seguem de perto os progressos nas negociações comerciais entre os Estados Unidos (EUA) e a China, que poderão influenciar a procura global de crude.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cede a esta hora 0,64% para os 58,71 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,66% para os 61,74 dólares por barril.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o representante para o Comércio, Jamieson Greer, vão reunir-se com responsáveis chineses, incluindo o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, na Suíça no final desta semana.
Trata-se da primeira ronda de conversações oficial desde que a Administração Trump começou a anunciar uma série de tarifas, com a China a ser um dos primeiros visados e o país mais penalizado.
Ainda assim, "existe o receio de que as negociações comerciais na Suíça com a China possam ‘sair pela culatra’ e transformar-se num evento de destruição da procura", disse à Bloomberg Robert Yawger, diretor da divisão de futuros de energia da Mizuho Securities USA.
Além disso, as apostas de que um corte de taxas nos EUA não está previsto para breve está a pressionar os preços do "ouro negro". Espera-se que a Fed mantenha as taxas inalteradas na sua reunião de quarta-feira, com os investidores a aguardarem os comentários do presidente do banco central, Jerome Powell, para saberem se as políticas económicas e comerciais de Trump estão a alterar a visão da Fed sobre o rumo da política monetária na maior economia mundial.
As yields da Zona Euro registaram um desagravamento em toda a linha esta quarta-feira, com os investidores a apostarem em ativos mais seguros, como as obrigações, perante a incerteza económica sobre o desfecho das conversações EUA-China agendadas para o final desta semana.
Os juros das obrigações alemãs a 10 anos, de referência para a Europa, recuaram 6,6 pontos base para 2,472%, no dia seguinte a Friedrich Merz ter sido eleito chanceler alemão no Parlamento, mas apenas à segunda tentativa.
Contudo, o maior desagravamento esteve na yield das congéneres italianas, que recuou 7,9 pontos base para 3,546%. Já em França, os juros desceram 6,4 pontos base para 3,192%.
Na Península Ibérica o recuo foi de 6,6 pontos base em Portugal e de 6,3 pontos base em Espanha, para 3,001% e 3,127%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, a yield das Gilts britânicas a 10 anos registou o menor desagravamento, com uma queda de 5,5 pontos base para 4,456%.
Nos EUA, em dia de decisão da Reserva Federal (Fed), que deve manter as taxas de juro diretoras, a yield dos Treasuries a 10 anos cai 1,9 pontos base para 4,285%.
Os principais índices do Velho Continente fecharam a sessão desta quarta-feira com uma maioria de perdas, com os investidores a aguardar a decisão da Reserva Federal (Fed) norte-americana sobre as taxas de juro, enquanto permanecem atentos às negociações comerciais entre as duas maiores economias mundiais, Estados Unidos (EUA) e China, previstas para o final da semana.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – recuou 0,54%, para os 533,47 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX registou perdas de 0,57%, o britânico FTSE 100 cedeu 0,44%, o francês CAC-40 caiu 0,91%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,37% e o italiano FTSEMIB deslizou 0,62%. A destoar deste cenário esteve o holandês AEX, que ganhou 0,05%, assim como o português PSI, que subiu 0,19%.
Os índices bolsistas europeus recuperaram grande parte das perdas sofridas desde que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas a 2 de abril, mas voltaram a cair esta semana, com receios de que as tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia se mantenham, à medida que o bloco dos 27 planeia medidas de retaliação.
No plano da política monetária, os investidores esperam que os membros da Fed mantenham inalteradas as taxas diretoras no país esta quarta-feira, enquanto aguardam pelo discurso do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, para perceber como a evolução da guerra comercial está a afetar o crescimento económico e a inflação nos EUA.
"Embora seja amplamente esperado que o banco central mantenha as taxas de juro inalteradas, os investidores estarão atentos à declaração de política monetária e à conferência de imprensa subsequente, em busca de pistas sobre a trajetória futura das taxas", disse Ricardo Evangelista, CEO da Activtrades Europe, numa nota consultada pelo Negócios.
Entre os setores, o retalho (-2,24%) e a saúde (-1,66%) lideraram as perdas. Por outro lado, a comunicação social (+0,81%) e os recursos naturais (+0,42%) tiveram os maiores ganhos.
Entre os movimentos do mercado, destaque para a dinamarquesa Novo Nordisk que fechou o dia com uma valorização de 1,30%, apesar de ter reduzido as suas previsões para o ano, com base na expectativa de que a concorrência para a sua vacina contra a obesidade Wegovy, irá diminuir.
Já a fabricante de aeronaves Airbus cedeu mais de 1,30%, dias depois de ter alertado que as tarifas impostas pela Administração norte-americana acrescentam "complexidade" à produção.
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