Europa fecha no verde e Stoxx600 trava série negativa. Petróleo cai 3%
Acompanhe aqui o desempenho do mercado durante esta segunda-feira, minuto a minuto.
- Ásia fecha mista e Europa aponta para o verde com investidores à espera do desfile de bancos centrais
- Goldman corta no "outlook" do petróleo e matéria-prima cai 1%
- Ouro recua ligeiramente à espera da Fed, BCE e dados da inflação
- Euro na linha de água. Dólar inalterado com apostas de pausa da Powell
- Juros agravam-se na Zona Euro
- M&A animam arranque da sessão na Europa. UBS e Credit Suisse crescem mais de 1%
- Taxas Euribor descem a seis meses e sobem a três e 12 meses
- Wall Street começa semana recheada por bancos centrais em alta. Tesla sobe há 12 dias consecutivos
- Euro estável face a dólar com Fed a concentrar atenções
- Ouro cede com investidores a preferirem apostar em dívida soberana
- Petróleo cai 3% pressionado por pessimismo do Goldman
- Juros aliviam na Zona Euro com exceção das Bunds
- Europa fecha no verde e Stoxx600 trava série negativa
A Ásia fechou a sessão de forma mista e a Europa aponta para terreno positivo, com os investidores à espera da chuva de reuniões de política monetária de bancos centrais e dos dados da inflação nos EUA.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 avançam 0,3%.
Na Ásia, pelo Japão o Topix cresceu 0,6% e o Nikkei subiu 0,52%. Na China, tanto Hong Kong como Xangai fecharam na linha de água.
Pela Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,58%. Fora do continente asiático, esta segunda-feira as bolsas australianas não negoceiam devido ao feriado.
Esta quarta-feira, a Reserva Federal (Fed) norte-americana anuncia se sobe ou não as taxas de juro, estando o mercado expectante de um pausa no ciclo de aperto monetário. O BCE reúne-se na quinta-feira, sendo no dia a seguir a vez do Banco do Japão.
Antes destas decisões, é divulgado o índice de preços no consumidos (IPC) nos EUA. As projeções apontam para que a inflação geral tenha desacelerado em maio (para 4,1%), mas que a inflação "core" continue a agravar (para 5,3%), em linha com a tendência que se tem vindo a fazer sentir desde o verão. Os dados são centrais para o processo de decisão da Reserva Federal dos EUA.
A semana passada foi a vez do Banco do Canadá e da Reserva Federal australiana subirem os juros diretores.
O petróleo amplia perdas, depois de o Goldman Sachs ter voltado a cortar na previsão para o preço do barril para o final deste ano, para 86 dólares, quando no arranque de 2023 chegou a apontar para os 100 dólares.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – cai 1,04% para 69,44 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desvaloriza também 1,04%, mas para 74,01 dólares por barril.
A possível desaceleração da economia, aliada à preocupação sobre o futuro da procura da China tem pressionado petróleo, que só na semana passada deslizou 1,8%, a maior queda semanal desde o início de maio.
O ouro recua muito ligeiramente (-0,07%) para 1.959,74 dólares por onça, com os investidores à espera das "marcha" de reuniões de bancos centrais.
Esta quarta-feira, a Reserva Federal (Fed) norte-americana anuncia se sobe ou não as taxas de juro, estando o mercado expectante de um pausa no ciclo de aperto monetário. O BCE reúne-se na quinta-feira, sendo no dia a seguir a vez do Banco do Japão.
Antes destas decisões, é divulgado o índice de preços no consumidos (IPC) nos EUA. As projeções apontam para que a inflação geral tenha desacelerado em maio (para 4,1%), mas que a inflação "core" continue a agravar (para 5,3%), em linha com a tendência que se tem vindo a fazer sentir desde o verão. Os dados são centrais para o processo de decisão da Reserva Federal dos EUA.
A semana passada foi a vez do Banco do Canadá e da Reserva Federal australiana subirem os juros diretores.
O euro negoceia na linha de água (0,04%) para 1,0753 dólares, numa altura que se espera que o BCE suba as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, após a reunião desta quinta-feira, segundo a sondagem da Bloomberg junto de uma amostra de economistas.
O iene cede 0,14% para 0,0072 dólares, num dia em que a Bloomberg antecipa, citando fontes conhecedoras do assunto, que o Banco do Japão vê pouca necessidade uma intervenção na curva das "yields". A autoridade monetária reúne-se esta semana.
Por fim, o índice do dólar da Bloomberg – que comprara a força da moeda norte-americana contra 10 divisas rivais – negoceia praticamente inalterado (-0,01%) para 103,543 pontos.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 73,6% de a Fed manter a taxa dos fundos federais intocada num intervalo entre 5% e 5,25% e aponta para uma probabilidade de apenas 26,4% de um aumento de 25 pontos base, segundo a FedWatch tool do CME Group.
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia marcado por um maior apetite ao risco, enquanto os investidores aguardam a reunião do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira, sendo ainda animados pelas boas notícias em termos de fusões e aquisições no bloco da moeda única.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava-se 2,1 pontos base para 2,393%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 somam 0,6 pontos base para 3,071%.
A "yield" das obrigações espanholas a dez anos cresce 1,8 pontos base para 3,366%.
Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade sobem 2,1 pontos base para 4,121%. O "spread" face à yield alemã fixa-se em 172,1 pontos base.
A Europa começou o dia em terreno positivo, animada pela conclusão da aquisição do Credit Suisse pelo UBS e por novas operações de M&A (sigla inglesa para fusões e aquisições) no setor farmacêutico.
Os investidores aguardam ainda com expectativa a reunião do Banco Central Europeu (BCE), que decorre esta quinta-feira, sendo esperada pelo mercado uma subida dos juros diretores em 25 pontos base.
O Stoxx 600 cresce 0,38% para 461,75 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, o automóvel e o retalho são os que mais puxam pelo índice.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,46%, Frankfurt ganha 0,65%, e Paris cresce 0,66%.
Londres sobe 0,23%, Amesterdão cresce 0,28% e Milão arrecada 0,63%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanha a tendência europeia e soma 0,54%.
Os investidores estão atentos às ações da Novartis, as quais valorizam 0,68%, após a farmacêutica ter acordado comprar a Chinook Therapeutics por até 3,5 mil milhões de dólares, o equivalente a 3,25 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual.
Já no setor industrial, o sentimento está a ser animado pela notícia de que a suíça Georg Fischer apresentou uma oferta de aquisição pela Uponor Oyj.
Destaque ainda para as ações do UBS que sobem 1,18%, enquanto os títulos do Credit Suisse valorizam 1,34%, à boleia do anúncio da conclusão da maior fusão bancária europeia desde a crise de 2008.
As taxas Euribor desceram hoje a seis meses e subiram a três e a 12 meses face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje 0,010 pontos para 3,938%, depois de ter aumentado em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a abril de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,9% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a seis e a três meses representam 33,9% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, recuou hoje, ao ser fixada em 3,753%, menos 0,009 pontos, depois de ter atingido o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado também em 29 de maio.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
Já a Euribor a três meses foi fixada em 3,478%, mais 0,009 pontos que na sexta-feira. No dia 5 de junho deste ano, a taxa Euribor bateu um novo máximo desde novembro de 2008 ao ser fixada em 3,493%.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras devido ao acréscimo da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street começou a semana em alta, numa altura em que os três principais índices norte-americanos estão em "bull market".
Os investidores preparam-se para a divulgação dos números da inflação nos EUA e para ouvir a decisão da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que esta quarta-feira anuncia se sobe ou não a taxa dos fundos federais.
O industrial Dow Jones sobe 0,34% para 33.991,76 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 0,26% para 4.309,86 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,42% para 13.316,94 pontos.
Os touros estão de volta aos maiores índices de Wall Street e da Times Square (onde está o Nasdaq). O S&P 500 entrou quinta-feira em "bull market", ao subir mais de 20% desde o último mínimo (atingido no passado dia 12 de outubro). O Nasdaq já estava desde 8 de maio e o Dow Jones desde 30 de novembro. Os investidores vão procurar esta semana perceber se a tendência se consolida.
O mercado está ainda à espera dos números da inflação que serão divulgados esta terça-feira. As projeções apontam para que a inflação geral tenha desacelerado em maio (para 4,1%), mas que a inflação "core" continue a agravar (para 5,3%), em linha com a tendência que se tem vindo a fazer sentir desde o verão. Os dados são centrais para o processo de decisão da Reserva Federal dos EUA.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 73,6% de a Fed manter a taxa dos fundos federais intocada num intervalo entre 5% e 5,25% e aponta para uma probabilidade de apenas 26,4% de um aumento de 25 pontos base, segundo a FedWatch tool do CME Group. Depois da Fed, é a vez do BCE e Banco do Japão darem conta das suas decisões de política monetária.
Os investidores estão atentos às ações da Tesla que somam 1,26%, alcançando o 12º dia de ganhos e renovando máximos de outubro do ano passado, depois das baterias de veículos elétricos da marca terem sido consideradas um padrão neste mercado.
A Carnival escala 6,20%, depois de o JPMorgan Chase ter revisto em alta a avaliação do desempenho das ações da empresa de Cruzeiros.
A moeda única europeia seguia com ganhos muito ligeiros face à divisa norte-americana, com os investidores a aguardarem os dados da inflação nos EUA, divulgados esta terça-feira, e já de olho na reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), apostando que a instituição liderada por Jerome Powell irá pausar o ciclo de subida das taxas de juro de referência.
O euro subia 0,06%, cotando nos 1,0755 dólares.
A moeda única europeia ganhava também face às rivais britânica, japonesa e suíça.
O euro valorizava 0,31%, para os 150,17 ienes, subia 0,56%, para 0,8593 libras esterlinas, e avançava 0,63%, cotando nos 0,9769 francos suíços.
O preço do ouro cede 0,37%, para os 1.954,02 dólares por onça, penalizado pela preferência dos investidores pelo mercado da dívida soberana numa semana em que a Reserva Federal (Fed) dos EUA, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ) realizam reuniões de política monetária.
O metal amarelo tem negociado em torno dos 1.950 dólares desde o início do mês, com o mercado a antecipar que a Fed opte por uma pausa no ciclo de subidas das taxas de juro de referência.
Antes da reunião da Fed, na quarta-feira, serão conhecidos os dados da inflação em maio nos EUA, um dado que poderá dar um sinal mais claro sobre qual será a decisão da instituição liderada por Jerome Powell quanto à política monetária.
Os preços do petróleo caíram nos mercados internacionais com as preocupações crescentes sobre a procura mundial, alimentadas por um novo relatório do Goldman Sachs que antecipa uma contração da procura e revê em baixa, pela terceira vez em seis meses, a estimativa para os preços.
Em Londres, o barril de Brent para entrega em agosto, cai 2,94%, para 72,79 dólares.
Já os contratos de julho do West Texas Intermediate (WTI) perdem 3,33%, cotando nos 67,83 dólares por barril.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta segunda-feira com exceção da Alemanha, a referência do mercado europeu.
No arranque de uma semana marcada pelas reuniões da Reserva Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE), a "yield" da dívida portuguesa a 10 anos recuou 3,4 pontos base, para os 3,031%.
A tendência de alívio estendeu-se ao país vizinho, onde a rendibilidade baixou 1,8 pontos, para 3,33%, bem como a Itália, onde os juros cederam 5,6 pontos base, para os 4,044%.
A "yield" das Bunds destoou e agravou-se em 0,9 pontos, para os 2,381%.
Fora do bloco da moeda única, os juros da dívida britânica a 10 anos subiram 10 pontos base, atingindo os 4,332%.
As bolsas da Europa Ocidental encerraram em alta a sessão inaugural de uma semana que será marcada pelas reuniões de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE).
Antes, já esta terça-feira, serão conhecidos dados definitivos da inflação em maio na Alemanha e as primeiras estimativas para o índice de preços no consumidor (IPC) de maio nos EUA, bem como a taxa de desemprego no Reino Unido.
O Stoxx 600 subiu 0,16%, para os 460,73 pontos, interrompendo uma série de três sessões no vermelho. A impulsionar os mercados europeus estiveram, sobretudo, os setores automóvel e tecnológico. Já as telecom e as matérias-primas foram os setores mais penalizados.
O alemão DAX ganhou 0,93%, enquanto o italiano FTSEMib subiu 0,91%. O parisiense Cac-40 avançou 0,52% e o espanhol Ibex-35 subiu 0,37%. O londrino FTSE 100 valorizou 0,11%.
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