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China dá força à Europa e índice alemão dá boas-vindas aos touros. Petróleo recua

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

bolsas mercados Europa Frankfurt
bolsas mercados Europa Frankfurt Bloomberg
15 de Novembro de 2022 às 17:32
Europa deve pintar-se de verde. Ásia brilha e sobe

As principais praças europeias estão a apontar para um início de sessão em terreno positivo, numa altura em que os investidores avaliam novas perspetivas económicas positivas para a China, bem como sinais de reduzida tensão entre Pequim e Washington, após a reunião de Joe Biden com Xi Jinping.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,4%.

Na Ásia, a negociação foi feita de verde com os índices da região a serem beneficiados pela subida das tecnológicas. A TSMC foi uma das que mais subiu, depois de Warren Buffet ter anunciado a compra de uma participação de cinco mil milhões de dólares na empresa.

Há "um acalmar das tensões bilaterais depois da reunião de Biden com Xi", ao passo que os dados da macroeconómicos da China, que foram abaixo das expectativas, podem também "aumentar a probabilidade de medidas mais flexíveis", explica o analista da Bloomberg Intelligence, Marvin Chen.

Nas restantes praças, pela China, o tecnológico Hang Seng pulou 3,6% enquanto Xangai subiu 1,3%. Pelo Japão, o Nikkei avançou 0,1% e o Topix somou 0,4%. Pela Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,23%.

Petróleo misto. Gás sobe com arrefecimento da temperatura

O petróleo está a negociar misto, com o Brent a subir e o WTI a descer, numa altura em que as preocupações com a procura a curto-prazo têm-se sobreposto ao aperto da oferta desta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,14% para 85,75 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - avança 0,16% para os 93,29 dólares por barril.

Esta segunda-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu ligeiramente a previsão para a procura global, ao mesmo tempo que ajustou as previsões de oferta – tendo igualmente alertado para um considerável clima de incerteza no mercado petrolífero.

Os futuros do gás negociado em Amesterdão, o TTF, referência para o mercado europeu, pula, 6,5% para os 121,04 euros por megawatt-hora, após uma subida de 16% na segunda-feira.

Ouro sobe e dólar recua

O ouro está a valorizar, após ter sido esta segunda-feira empurrado para as perdas, com comentários de um membro da Reserva Federal norte-americana mais "hawkish" que deu força ao dólar, penalizando por isso, o metal amarelo.

O ouro sobe 0,5% para 1.780,21 dólares por onça, ao mesmo tempo que o euro valoriza em relação à nota verde.

A moeda única europeia valoriza assim 0,59% para 1,0388 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – recua 0,43% para 106,201 pontos.

Juros da Zona Euro mistos com poucas oscilações

Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão a negociar mistos, embora com alterações ligeiras, após comentários do membro do Banco Central Europeu, Francois Villeroy de Galhau, que revelou que o BCE deve atingir uma taxa de juro nos 2% em dezembro, mas que as denominadas subidas "jumbo" não vieram para ficar.

"A partir deste nível, vamos provavelmente continuar a subir as taxas de juro diretoras, mas podemos fazê-lo de forma mais flexível e de uma maneira possivelmente menos rápida. Subidas 'jumbo' não se vão tornar num novo hábito", disse.

Por cá, os juros da dívida portuguesa a 10 anos somam 0,1 pontos base para 3,111%.

Por seu lado, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, agravam-se 0,3 pontos base para 2,142%.

Em Espanha, também no vencimento a 10 anos, os juros recuam 0,6 pontos base nos 3,178%. Já em Itália, as "yields" recuam 0,8 pontos base para 4,154%.

China dá força à Europa que se aproxima de "bull market"

Os principais índices europeus estão a negociar em terreno positivo, a beneficiar do sentimento positivo proveniente da China, com o apetite pelo risco a colocar as principais praças europeias a caminho de níveis considerados "bull market".

O Stoxx 600 - referência para a Europa - avança 0,14% para os 433,45 pontos, com o setor automóvel e tecnológico a darem o maior contributo.

As ações europeias estão assim a caminho do valor mais alto em três meses depois de resultados relativos ao terceiro trimestre de 2022 terem sido melhores que o esperado e a inflação nos Estados Unidos ter diminuído mais que o antecipado em outubro.

Nas restantes praças europeias, o alemão Dax ganha 0,33%, o francês CAC-40 sobe 0,30%, o espanhol IBEX 35 recua 0,14% e o italiano FTSE Mib pula 0,37%. Já o britânico FTSE 100 cede 0,06%. Em Amesterdão, o AEX soma 0,68%.

Wall Street no verde após dados da inflação na ótica do produtor

Wall Street arrancou a sessão em terreno positivo. O início das negociações foi marcado pela divulgação dos mais recentes números da inflação na ótica do produtor nos EUA.

 

O industrial Dow Jones ganha 1,13% para 33.912,38 pontos, enquanto o S&P 500 soma 1,59% para 4.020,05 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 2,40% para 11.465,49 pontos.

 

O índice de preços no produtor caiu de 8,5% em setembro para 8% em outubro, ficando inclusivamente abaixo das estimativas dos especialistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para 8,3%.

 

Este número alimenta assim a esperança de um abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro diretoras nos EUA, perante um recuo suave da inflação. Esta segunda-feira, os investidores já tinham recebido uma nota de esperança da vice-presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Lael Brainard, que declarou, durante um evento da Bloomberg em Washington, que provavelmente irão "avançar para um ritmo mais lento da subida da taxa de referência".

 

Ainda assim, Brainard deixou claro: "é importante enfaitizar, fizemos muito mas ainda há muito trabalho para fazer".

 

Euro pula quase 1% face ao dólar. Ouro sobe

O ouro está a valorizar, caminhando assim para o valor mais elevado em três meses, após ter sido divulgado o índice de preços no produtor nos Estados Unidos em outubro, que se fixou em 8%, a quarta queda consecutiva.

Ao mesmo tempo, o euro valoriza face ao dólar quase 1%, dando força ao metal precioso que está cotado na divisa norte-americana.

O ouro sobe 0,3% para 1.776,75 dólares por onça, ao passo que o euro soma 0,97% para 1.0427 dólares.

Receios de menor procura da China penalizam petróleo
Receios de menor procura da China penalizam petróleo

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar no vermelho, com o aumento de casos de covi-19 na China a intensificar os receios de um menor consumo de combustível no principal importador mundial de crude.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,92% para 92,28 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,99% para 85,02 dólares por barril.

 

Na semana passada, os investidores aplaudiram o anúncio da China de flexibilização das medidas de combate à covid, de modo a revitalizar a atividade económica e a procura por energia, mas os analistas dizem que os lockdowns e crescentes casos de coronavírus continuam a ser um grande risco.

Juros aliviam na Zona Euro com toque francês
Juros aliviam na Zona Euro com toque francês

Os juros aliviaram na Zona Euro, num dia marcado pelas declarações do membro francês do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau.

 

A "yield" das  Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – aliviaram 3,1 pontos base para 2,109%.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos cederam 11,7 pontos base – o movimento de alívio mais expressivo da Zona Euro – para 4,046%.

 

Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos perdeu 5,8 pontos base para 3,051%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade aliviaram 7,1 pontos base para 3,114%.

 

O dia ficou marcado pelas palavras de François Villeroy de Galhau, que revelou que o BCE deve atingir uma taxa de juro de 2% em dezembro, mas que as denominadas subidas "jumbo" não vieram para ficar.

Durante a sessão, os investidores tiveram ainda tempo para digerir a queda da inflação na ótica do produtor nos EUA, o que alimentou a esperança do mercado sobre um possível abrandamento do aumento da taxa de juro de referência nos próximos meses.

Europa fecha sessão a sorrir. Alemão Dax em "bull market"

As bolsas europeias fecharam a negociação desta terça-feira em terreno positivo, com o Stoxx 600 a conquistar o quarto dia consecutivo de subidas. Já o alemão Dax entrou em "bull market", o que significa que valorizou 20% desde o último mínimo, alcançado a 29 de setembro, quando caiu abaixo dos 12 mil pontos. O índice alemão beneficiou das perspetivas de reabertura na China, a segunda maior economia do mundo.

O Stoxx 600 - referência para a Europa - subiu 0,37% para os 434,44 pontos, prolongando os ganhos conquistados após um recuo da inflação em outubro nos Estados Unidos.

Dos 20 setores que compõem o índice, a tecnologia e o petróleo & gás foram os que mais contribuíram para o bom desempenho. Já o setor das telecomunicações liderou as quedas (-1,04%), com a Vodafone a cair mais de 2% no final da sessão desta terça-feira - em que chegou a cair mais de 9%.

Nas restantes praças europeias, o alemão Dax saltou 0,46% para os 14.378,52 pontos, enquanto o francês CAC-40 cresceu 0,49% para os 6641,66 pontos, o espanhol Ibex subiu 0,27% para os 8188,40 pontos e o italiano FTSE Mib avançou 0,42% para os 24.669,75 pontos.

Em Amesterdão, o Aex aumentou 1,38% para 716,43 pontos. Já o britânico FTSE 100 perdeu 0,21% para os 7369,44 pontos.

As bolsas europeias têm obtido bons resultados desde o final de setembro, à boleia de resultados trimestrais melhores do que o esperado e de uma inflação inferior ao previsto do outro lado do Atlântico em outubro.

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