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Ao minuto16.06.2025

"Impacto limitado" do conflito no Médio Oriente anima bolsas europeias. Dona da Gucci salta 11%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

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bolsas mercados graficos traders euronext Kamil Zihnioglu/AP
16 de Junho de 2025 às 17:57
16.06.2025

"Impacto limitado" do conflito no Médio Oriente anima bolsas europeias. Dona da Gucci salta 11%

Gucci

As principais bolsas europeias terminaram a sessão desta segunda-feira em terreno positivo, com os investidores otimistas quanto ao facto de o conflito entre Israel e o Irão ter um impacto económico limitado para além do Médio Oriente.

No quarto dia consecutvo do conflito que opõe Israel e Irão, Teerão terá, alegadamente, aberto portas a conversações com o governo isaraelita para um acordo nuclear - isto desde que os EUA não se envolvessem também nos ataques.  

"As tensões geopolíticas, embora muitas vezes causem um enorme prejuízo humano, têm normalmente um impacto de curta duração nos mercados financeiros e tendem a ser confrontadas com uma resposta de fuga para a segurança, bem como com um aumento dos preços das matérias-primas/petróleo", disse Charles-Henry Monchau, do Banque SYZ, em declarações à Reuters.

Pondo em pausa as perdas registadas nas últimas cinco sessões, o índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avançou esta segunda-feira 0,36%, para os 546,91 pontos, à boleia dos setores da banca, construção e turismo e lazer.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,78%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,28%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,44%, o italiano FTSEMIB avançou 1,24%, o holandês AEX registou ganhos de 0,25% e o francês CAC-40 pulou 0,75%.

A perspetiva para as ações europeias continua - apesar da quebra de cinco dias - em alta. "Ainda temos as ações europeias a oscilar em torno de máximos históricos. O mercado de ações tem-se mostrado muito positivo na avaliação do que vai acontecer com as tarifas e políticas de crescimento e há muita positividade presente nas ações europeias neste momento", disse Jacob Pederson, do Sydbank, à Reuters.

Entre os principais movimentos de mercado, o destaque vai para a Kering, que saltou mais de 11% e chegou a tocar o valor mais alto de 2008, isto após a empresa de artigos de luxo nomear o agora ex-CEO da Renault como o seu novo líder. A dona da Gucci espera agora que o novo CEO dê a volta à "situação difícil" da empresa. Já as ações da Renault caíram quase 9%, o pior dia da fabricante de automóveis desde 2022.

16.06.2025

Juros aliviam na Zona Euro com alívio de tensões no Médio Oriente

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta segunda-feira, depois de o Wall Street Journal ter avançado que o Irão tem dado sinais de querer diminuir as tensões com Israel, o que levou a uma queda nos preços do petróleo. Além disso, aliviou ainda as preocupações dos investidores de que o conflito no Médio Oriente alimentaria as pressões com a inflação por todo o mundo.

Os investidores vão estar ainda atentos à decisão da Reserva Federal quanto ao futuro da política monetária dos EUA. O Comité reúne-se esta terça e quarta-feira e os analistas acreditam que o banco central deve deixar inalteradas as taxas de juro. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, desceram 1,7 pontos-base para 3,014%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 1,5 pontos para 3,139%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa recuou 1,9 pontos-base para 3,232%. Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram em 0,9 pontos para 2,522%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e caíram 1,7 pontos-base para 4,531%.

16.06.2025

Dólar perde para outros ativos-refúgio. Fed, BoE e BoJ reúnem esta semana

dólar

O dólar está a recuar perante as principais divisas concorrentes, numa sessão marcada por bastante volatilidade, o que espelha a "migração" dos investidores que outrora compravam a "nota verde" como um ativo-refúgio em relação a outros ativos - no caso das divisas, do iene ou do euro - em casos de incerteza ou instabilidade.

O mercado continua a seguir os desenvolvimentos no conflito entre Irão e Israel. O Irão terá admitido querer sentar-se à mesa das negociações com Israel, o que leva os investidores a crer que o pico do conflito terá já sido atingido. 

"Esperamos que o dólar se mantenha 'contido', já que o conflito entre Israel e o Irão parece estar estável até agora", disse John Velis, do BNY Markets, à Reuters. E acrescenta: "De notar ainda que não há uma viragem significativa do refúgio para o dólar, bem como para os títulos do Tesouro dos EUA, nenhum dos quais se recuperou como seria de se esperar quando o risco geopolítico aumenta, como aconteceu nos últimos dias".

O euro ganha 0,3% para 1,1583 dólares, e, face à divisa nipónica, a nota verde sobe a esta hora modestos 0,09% para 144 ienes. O índice do dólar, que mede a força da divisa face aos pares, perde 0,27% para 97,9180 pontos.

Há várias novidades no mercado cambial esta semana: reúnem-se a Reserva Federal, dos EUA, o Banco do Japão e ainda o Banco de Inglaterra. O mercado acredita que nem o primeiro nem o segundo vão mexer nas taxas de juro. 

"A orientação da Fed para a política monetária provavelmente vai influenciar os mercados cambiais, já que se espera que o banco central mantenha a política atual", disse David Song, da Forex.com, à Reuters. "O Comité Federal de Operaçãoes em Mercado Aberto (FOMC) pode continuar no caminho para reduzir ainda mais a política restritiva, já que as tarifas mais elevadas parecem estar a ter um impacto limitado sobre a inflação", acrescentou.

16.06.2025

Ouro recua depois de o Irão abrir portas a um acordo nuclear

ouro

Os preços do ouro estão a perder terreno esta segunda-feira, enquanto os investidores continuam a avaliar o quarto dia consecutivo do conflito no Médio Oriente e se focam ainda na decisão de política monetária da Reserva Federal, que reúne esta semana.

O metal amarelo recua 0,82% para 3.404,22 dólares por onça, após ter tocado o valor mais alto desde 22 de abril no início da sessão, ainda à boleia do conflito no Médio Oriente. Entretanto, o ouro passou para as perdas, também com os investidores a realizarem mais valias sobre os ganhos do metal da passada sexta-feira. No acumulado da semana, acabou por valorizar 3,7%.

“As tensões geopolíticas não vão desaparecer no curto prazo e as taxas de juro deverão ser cortadas mais para a frente, o que deve dar uma base para sustentar os preços do ouro”, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS, à Reuters. Já Ole Hansen, do Saxo Bank, acrescenta que os investidores se vão focar no conflito do Médio Oriente nos próximos dias, "especialmente o risco de outros países serem arrastados para o conflito”. Caso a guerra de alargue a outros países, o apetite dos investidores pelo ouro, que beneficia do seu papel como ativo-refúgio, vai voltar com toda a força.

Os mercados acalmaram desde sexta-feira, já que os receios de uma guerra regional diminuíram, com Teerão a sinalizar que quer diminuir as hostilidades com Israel e que está disposto a retomar as conversações sobre um acordo nuclear com os EUA, segundo avançou o Wall Street Journal. “A volatilidade diminuiu um pouco hoje e os investidores estão em modo 'esperar para ver'”, disse Ed Meir, da Marex Capital Markets, à Bloomberg.

No radar desta semana está a decisão sobre as taxas de juro da Reserva Federal (Fed) e os comentários do presidente, Jerome Powell, agendados para quarta-feira. O banco central mantém a taxa na faixa de 4,25% a 4,50% desde dezembro.

"Neste momento, parece que a Fed está inclinada a esperar, dada a significativa incerteza na economia, que vai de tarifas a tensões geopolíticas. Portanto, não seria surpreendente ver a Fed a adiar qualquer corte nas taxas de juro, adiando o processo", disse Meger.

Os preços do metal amarelo continuam a pairar perto de máximos históricos, e, a alimentar o sentimento positivo está o mais recente inquérito do Bank of America, que indica que os investidores preveem uma nova descida do dólar norte-americano, o que aumentaria o apelo ao ouro.

16.06.2025

Irão quererá reduzir hostilidades com Israel e petróleo recua mais de 2%

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Os preços do petróleo estão a cair mais de 2%, depois do "rally" de sexta-feira em que o crude chegou a subir 13% depois do primeiro ataque de Israel ao Irão. Os ataques do fim de semana não atingiram as instalações de produção e exportação de petróleo e esta segunda-feira o Wall Street Journal avançou que o Irão terá expressado vontade em reduzir as hostilidades com Israel.  

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – derrapa 2,45% para os 69,57 dólares por barril, tendo chegado a cair perto de 5% esta segunda-feira. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a mergulhar 2,38% para os 78,46 dólares por barril.

Teerão terá aberto a porta a negociações com os israelitas para um acordo nuclear, mas têm uma condição: os EUA não se podem juntar aos ataques. A notícia dissipou os receios de que um conflito prolongado pudesse "engolir" a região, responsável pela produção de cerca de um terço do " ouro negro" mundial.

O mercado espera agora uma resposta de Israel ao alegado convite para conversações. Os israelitas lançaram ataques contra infraestruturas de produção de gás iranianas este fim de semana, mas é para o Estreito de Ormuz que o mercado olha com atenção. Por lá, passam cerca de um quinto da produção diária e os preços de crude podem subir ainda mais se Teerão tentar interromper os envios através da rota.

"Até agora, a capacidade de produção e exportação foi preservada e não houve qualquer esforço por parte do Irão para prejudicar as passagens pelo Estreito de Ormuz", explicou à Reuters o analista Harry Tchilinguirian, do Onyx Capital. "Tudo se resume à escalada do conflito em torno destes fluxos de energia", explicou. 

Para a RBC Capital Markets, o facto de ambas as partes terem visado as infraestruturas energéticas (de gás) constitui um claro motivo de preocupação, com o importante centro de exportação na ilha de Kharg e os campos petrolíferos do Iraque a serem os mais expostos. O Morgan Stanley aumentou as previsões de preços do crude em 10 dólares por barril, citando o risco acrescido do conflito. 

Fora os conflitos geopolíticos, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicou um relatório - em que não se refere aos ataques entre Israel e Irão - onde disse esperar que a economia global permaneça "resiliente no segundo semestre deste ano" e reduziu a previsão de crescimento na oferta de petróleo dos Estados Unidos e de outros produtores fora do grupo OPEP+ em 2026 em 70 mil barris por dia.


16.06.2025

Wall Street em alta com Fed no horizonte. Preços do petróleo abrandam

Um corretor da bolsa analisa dados financeiros em Wall Street

As bolsas norte-americanas arrancaram a primeira sessão da semana em alta, numa altura em que a subida de preços do petróleo nos mercados internacionais vai desacelerando e os investidores parecem estar mais confiantes de que a guerra entre Israel e o Irão está controlada. O mercado antecipa agora a reunião da Reserva Federal desta semana. 

Nos primeiros minutos de negociação, o S&P 500 avança 0,76% para 6.022,18 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,94% para 19.588,38 pontos e o industrial Dow Jones salta 0,71% para 42.495,73 pontos.

Embora os investidores tenham adotado uma postura cautelosa no estalar do conflito, o sentimento melhorou esta segunda-feira, uma vez que o mercado acredita agora que os ataques não são suscetíveis de envolver mais países.

“A situação no Médio Oriente não está a fazer tremer o mercado, e é provável que se mantenha assim enquanto não houver uma escalada importante”, disse Enguerrand Artaz, gestor de fundos da La Financière de l'Echiquier, à Bloomberg. "Os mercados estão a seguir um forte impulso", acrescentou. 

Os ataques em curso no Médio Oriente têm até agora poupado as principais infraestruturas de exportação, o que tem feito com que os preços do "ouro negro" voltassem a abrandar depois de uma escalada de mais de 7% na semana passada, quando Israel atacou o Irão. Também não se deu o bloqueio do Estreito de Ormuz, via vital por onde passam cerca de um quinto dos carregamentos diários de crude do mundo.

“O mercado prevê atualmente um conflito limitado, embora haja poucos indícios de que as hostilidades terminem rapidamente”, disse Jochen Stanzl, analista da CMC Markets. “Espera-se que os combates continuem inabaláveis esta semana, embora numa escala limitada". disse.

Alguns estrategas advertiram que o S&P 500 continua vulnerável, isto porque quanto mais amplo for o conflito na região e quanto mais tempo durar, mais negativo será para as ações norte-americanas, explicou a RBC Capital Markets LLC, numa nota citada pela Bloomberg. No pior dos cenários, dizem, o "benchmark" poderá voltar aos níveis de abril. 

O mercado irá continuar a acompanhar a situação no Médio Oriente, ao mesmo tempo que avalia a reunião de política monetária da Reserva Federal desta semana. Os investidores não antecipam um corte neste encontro, e esperam que o presidente do banco central, Jerome Powell, sublinhe o aumento da incerteza.

“O tom será provavelmente o de que não há pressa em reduzir as taxas, mas a Fed estará pronta a responder se as condições económicas o justificarem”, disse o analista.

Também em Washington, os republicanos do Senado vão hoje revelar os principais pormenores do projeto de lei orçamental de Donald Trump. O partido deverá fazer pressão para que se aprove o pacote fiscal de três biliões de dólares até 4 de julho.





16.06.2025

Euribor desce a três e seis meses e mantém-se a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três e a seis meses, manteve-se a 12 meses e permaneceu acima de 2% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,001%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,054%) e a 12 meses (2,084%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 2,054%, menos 0,002 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se, ao ser fixada de novo em 2,084%, o mesmo valor de sexta-feira.

A Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, recuou hoje para 2,001%, menos 0,003 pontos.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

16.06.2025

Europa negoceia no verde entre turbulência geopolítica. Renault perde mais de 7% com saída de CEO

Os principais índices europeus negoceiam com ganhos ligeiros esta segunda-feira, com os investidores a apostarem que o conflito entre Israel e o Irão não terá consequências económicas generalizadas que se alastrem além do Médio Oriente.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,13%, para os 545,65 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX sobe 0,26%, o britânico FTSE 100 ganha 0,24%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,88%, o italiano FTSEMIB avança 0,59%, o holandês AEX regista ganhos de 0,03% e o francês CAC-40 pula 0,63%.

Os investidores parecem estar a concentrar-se mais nas matérias-primas, com os preços do petróleo a subirem devido ao receio de que a continuação do conflito entre Israel e o Irão possa perturbar o fornecimento de crude ao nível global, exercendo uma pressão ascendente sobre a inflação, à medida que muitos bancos centrais se preocupam com o crescimento económico.

“As tensões geopolíticas (...) têm normalmente um impacto de curta duração nos mercados financeiros e tendem a ser confrontadas com uma resposta de fuga para ativos refúgio, bem como com um aumento dos preços das matérias-primas/petróleo”, disse à Bloomberg Charles-Henry Monchau, CIO do Banque SYZ.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse acreditar que é possível que os dois lados cheguem a um acordo para pôr fim ao conflito, mas que podem ter de continuar a lutar antes de estarem prontos para negociar um acordo de paz.

Entre os setores, a banca regista a maior valorização (+1,24%), seguida do turismo (+1,19%). Por outro lado, a saúde regista as maiores perdas a esta hora (-0,90%).

Entre movimentos do mercado, ações de empresas ligadas ao setor do retalho de luxo, como por exemplo a LVMH (+1,24%), seguem impulsionadas pelos dados chineses que revelam uma aceleração do crescimento das vendas a retalho no mês passado.

Já a Kering – cotada com melhor desempenho no índice de referência a esta hora - soma mais de 9% depois de ter sido noticiado que, seria nomeado como o próximo diretor executivo do grupo que detém marcas como a Gucci. Por outro lado, a Renault segue a ceder mais de 7%.

16.06.2025

Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a registar agravamentos em toda a linha, numa altura em que os principais índices europeus registam ganhos contidos.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 3 pontos-base, para 3,061%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 2,8 pontos para 3,182%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 3 pontos-base para 3,281%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 4 pontos para 2,571%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e sobem 2,4 pontos-base para 4,572%.

16.06.2025

Dólar negoceia com volatilidade entre preocupações com conflito no Médio Oriente e guerra comercial

Notas de dólar americano em circulação

O dólar segue a ceder face a um conjunto de divisas rivais, com os investidores a monitorizarem atentamente o conflito entre Israel e o Irão à procura de sinais de que os confrontos entre os dois países possam evoluir para um conflito regional mais alargado, à medida que os “traders” se preparam para uma semana repleta de reuniões de bancos centrais.

O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – perde a esta hora 0,23% para os 97,957 pontos.

“O papel do dólar como ativo refúgio será certamente testado, e a recente ação dos preços tem sido inconclusiva”, disse à Reuters Win Thin, diretor global de estratégia de mercados da Brown Brothers Harriman.

Já numa altura em que se aproxima a reunião dos decisores de política monetária dos EUA, “se a Reserva Federal mantiver uma posição dovish, como esperamos, é provável que o dólar volte a enfraquecer”, explicou ainda o mesmo especialista.

A “nota verde” já perdeu mais de 9% em valor este ano, à medida que os investidores continuam nervosos com o prazo de Trump para os acordos comerciais, que termina em cerca de três semanas, enquanto os acordos com os principais parceiros comerciais, incluindo a União Europeia e o Japão, ainda não foram assinados.

O iene japonês segue a ceder face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” avança de forma contida, ao valorizar 0,07% para os 144,170 ienes.

Por cá, a “moeda única” ganha 0,25% para 1,158 dólares, enquanto a libra avança 0,08% para os 1,358 dólares.

16.06.2025

Ouro cede com retirada de mais-valias

Barras de ouro suíço de 500g com pureza de 999,9

O ouro segue a registar perdas esta manhã, com os “traders” a aproveitar para retirar lucros, após o metal amarelo ter registado uma subida para um pico de quase dois meses, provocada pela intensificação dos confrontos entre Israel e o Irão durante o fim de semana. O renovar das tensões entre os dois países aumentou os receios de um conflito regional mais amplo e impulsionou a procura por ouro enquanto ativo refúgio.

O ouro perde a esta hora 0,56%, para os 3.413,290 dólares por onça.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse esperar que Israel e o Irão consigam chegar a um acordo.

Esta semana, os investidores aguardam uma série de decisões de política monetária dos bancos centrais, com destaque para a Reserva Federal (Fed) dos EUA na quarta-feira, que poderá influenciar a negociação do metal amarelo. Prevê-se que o decisor de política monetária norte-americano mantenha as taxas de juro inalteradas, com os mercados a aguardarem sinais sobre potenciais cortes nas taxas nos próximos meses.

16.06.2025

Preços do petróleo avançam com investidores atentos a tensões no Médio Oriente

Os preços do petróleo negoceiam de forma volátil esta segunda-feira, depois de o barril de crude ter disparado quase 9% na sexta-feira, à medida que as renovadas tensões entre Israel e o Irão aumentam as preocupações de que o conflito se possa alargar a todo o Médio Oriente e perturbar significativamente as exportações de petróleo da região, responsável por produzir cerca de um terço do “ouro negro” a nível global.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,73% para os 73,51 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,69% para os 74,74 dólares por barril.

Mísseis iranianos atingiram Telavive e a cidade portuária de Haifa, em Israel, esta segunda-feira, alimentando as preocupações dos líderes que irão estar reunidos no encontro das sete maiores economias mundiais – grupo conhecido como G7 - desta semana.

Os últimos desenvolvimentos do conflito suscitaram igualmente preocupações quanto a perturbações no Estreito de Ormuz, uma passagem marítima vital. Sendo que cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo, passa por este estreito.

Enquanto os mercados estão atentos a potenciais interrupções na produção de petróleo iraniano devido aos ataques de Israel a instalações de energia, o aumento dos receios de um bloqueio no Estreito de Ormuz poderá fazer subir acentuadamente os preços.

O Irão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), produz atualmente cerca de 3,3 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com a Reuters, e exporta mais de 2 milhões de bpd de petróleo e combustível.

16.06.2025

Ásia termina sessão no verde. Futuros europeus cedem com conflito Israel-Irão

Os investidores adotaram um tom cauteloso esta segunda-feira, com a escalada do conflito entre Israel e o Irão a fazer subir os preços do petróleo e a levantar questões sobre o impacto a longo prazo das tensões na região.

Os principais índices chineses oscilaram entre ganhos e perdas, mas conseguiram terminar a sessão com valorizações, com o Shanghai Composite a avançar 0,32% e o Hang Seng de Hong Kong a ganhar 0,38%. Pelo Japão, o Nikkei subiu 1,24% e o Topix registou ganhos de 0,70%. Por cá, os futuros europeus apontam para uma abertura em baixa.

As ações nipónicas acabaram por ganhar impulso com a valorizaçõ de empresas ligadas ao setor da defesa, após relatos de que o Japão e a União Europeia se reuniriam para discutir medidas de cooperação para a indústria da defesa.

Já pela China, as vendas a retalho aumentaram 6,4% em maio, uma expansão mais expressiva do que os 4,9% estimados, de acordo com dados da Bloomberg.

Uma questão fundamental para os investidores é se o conflito no Médio Oriente poderá ser contido, após um fim de semana de ataques de ambos os lados e uma promessa do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu de “atacar todos os locais e todos os alvos do regime dos Ayatollah”. Uma das principais preocupações neste momento é que o conflito perturbe o fornecimento de petróleo, colocando uma maior pressão sobre a inflação, à medida que muitos bancos centrais se preocupam com o crescimento económico.

Ainda assim, como explica à Bloomberg Tim Waterer, analista-chefe de mercados da KCM Trade, “o mercado está a mostrar uma cara surpreendentemente corajosa, dada a incerteza sobre o que vem a seguir em relação ao conflito Israel-Irão”.

O conflito acrescenta complicações ao que já estava previsto ser uma semana agitada. A Reserva Federal (Fed) norte-americana e o Banco do Japão (BoJ) estão entre uma série de bancos centrais que deverão anunciar decisões sobre as taxas de juro.

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