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Stoxx 600 cai pelo quinto dia. Juros da dívida portuguesa em máximos de quase sete meses

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.

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27 de Setembro de 2023 às 18:32
Europa aponta para arranque na linha d'água. Ásia volta aos ganhos

As bolsas europeias apontam para um arranque na linha d'água, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 praticamente inalterados. Isto depois de ontem o Stoxx 600, referência para a região, ter desvalorizado para os 447,70 pontos, um mínimo de julho.

Os investidores têm fugido às ações desde que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos sinalizou que as taxas de juro deverão ver uma nova subida este ano e que vê agora o nível elevado a manter-se durante mais tempo. Na terça-feira, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou também, num discurso numa comissão do Parlamento Europeu em Bruxelas, que os juros vão manter-se elevados durante o tempo que for necessário para combater a inflação - mesmo que isso pressione a economia.

Na Ásia, a negociação fechou no verde, num dia em que dados económicos acima do esperado no setor industrial sobrepuseram-se às preocupações com o setor imobiliário na China.

Os lucros das principais empresas industriais na China subiram em agosto, tratando-se da primeira vez em mais de um ano. De acordo com os dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística chinês, os lucros aumentaram 17,2% face a agosto do ano anterior, o que está a ser interpretado como um sinal de que a economia está a estabilizar apesar de no conjunto dos primeiros oito meses deste ano terem recuado 11,7% face ao período homólogo.

Na China, Xangai subiu 0,33% e em Hong Kong o Hang Seng somou 0,83%. No Japão, o Topix valorizou 0,23 % e o Nikkei avanlou 0,23%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,23%.

Petróleo valoriza com sinais de menor oferta. Gás perde
Petróleo valoriza com sinais de menor oferta. Gás perde

O petróleo está a valorizar, num dia em que os sinais de menor oferta da matéria-prima estão a sobrepôr-se ao sentimento de fuga ao risco que está a afetar outros ativos. 

O otimismo quanto ao aperto do mercado poderá ganhar mais força esta quarta-feira, dia em que a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), divulga os dados oficiais sobre os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina.

O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês) valoriza 0,91% para 91,2 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,75% para 94,66 dólares por barril.

No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, cede 4,33% para 38,6 euros por megawatt-hora. A "commodity" está a ser pressionada por uma menor procura, numa altura em que temperaturas amenas e reservas elevadas estão a aliviar as preocupações quanto a constrangimentos no fornecimento.

No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, cede 4,33% para 38,6 euros por megawatt-hora. A "commodity" está a ser pressionada por uma menor procura, numa altura em que temperaturas amenas e reservas elevadas estão a aliviar as preocupações quanto a constrangimentos no fornecimento.

Ouro desliza e negoceia abaixo dos 1.900 dólares por onça

O ouro está a desvalorizar pressionado pelo dólar, que mantém os ganhos dos últimos dias. A perspetiva de que as taxas de juro vão manter-se em níveis elevados durante mais tempo do que o previsto tem ditado cautela no mercado, mas os investidores têm privilegiado outros ativos-refúgio.

O metal precioso tende a sair prejudicado com o dólar em alta uma vez que, por ser denominado na nota verde, a valorização da divisa norte-americana torna a matéria-prima mais cara para quem compra com outras moedas. Os juros elevados também tendem a penalizar o ouro, que não remunera rendimentos.

O ouro cede 0,16% para 1.897,65 dólares por onça - estando a negociar abaixo da fasquia dos 1.900 dólares por onça -, enquanto o paládio valoriza 0,98% para 1.243,10 dólares e a platina soma 0,2% para 909,41 dólares.

Euro perde face ao dólar e negoceia perto de mínimos de seis meses

O euro está a perder face à moeda norte-americana, que mantém os ganhos dos últimos dias à boleia de receios quanto ao impacto de uma política monetária restritiva durante mais tempo do que o inicialmente previsto. 

A moeda única europeia perde 0,07% para 1,0565 dólares, estando a negociar perto de mínimos de seis meses. 

A força do dólar está também a gerar inquietação em torno da moeda japonesa - que negoceia perto dos 149 ienes por dólar -, com os investidores atentos a qualquer sinal de que as autoridades governamentais estão dispostas a intervir para suportar a divisa.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar ligeiramente, o que significa uma maior aposta dos investidores na dívida pública. A "yield" das obrigações soberanas na região subiram para níveis máximos nos últimos dias, à boleia da narrativa de que os bancos centrais vão manter os juros em níveis elevados durante mais tempo.

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos cai 1,7 pontos base para 3,523%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, recua 1,1 pontos base para 2,792%.

Já a rendibilidade da dívida pública italiana alivia 2,7 pontos base para 4,708%, os juros da dívida francesa descem 1,4 pontos base para 3,347% e os juros da dívida espanhola caem 2,9 pontos base para 3,871%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 2,7 pontos base para 4,292%.

Alívio das "yield" na Zona Euro dá descanso a bolsas europeias

As bolsas europeias regressaram ao verde, embora com ganhos pouco expressivos, à boleia de um alívio nas "yield" das dívidas soberanas na Zona Euro. 

O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,32% para 449,15 pontos, com o setor da tecnologia a ser o que mais valoriza (1,03%). Já os setores das utilities (água, luz e gás), do imobiliário e das telecomunicações são os que mais perdem (-0,86%, -0,41% e -0,28%, respetivamente). 

Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 soma 0,18%, o francês CAC-40 avança 0,21%, o espanhol Ibex 35 sobe 0,34%, o italiano FTSE Mib cresce 0,22, o britânico FTSE 100 valoriza 0,12% e o AEX, em Amesterdão, cresce 0,45%. 

As últimas quatro sessões foram marcadas por perdas, com a narrativa de juros elevados durante mais tempo a reduzir o apetite dos investidores pelo risco. 

As praças europeias estão, aliás, a caminho de fechar o primeiro trimestre de queda este ano, com as preocupações em torno dos efeitos de uma política monetária restritiva continuada e dos efeitos da crise imobiliária na China na recuperação da segunda maior economia mundial.

"Se as 'yield' continuarem a subir, a algum momento relativamente próximo, vamos ver perdas mais expressivas no mercado de ações a um impacto no motor principal da economia norte-americana - o consumidor", afirmou Derek Halpenny, do MUFG Bank, numa nota a que a Bloomberg teve acesso. 

Euribor sobe a seis meses para um novo máximo desde novembro de 2008
Euribor sobe a seis meses para um novo máximo desde novembro de 2008

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e 12 meses face a terça-feira, no prazo intermédio para um novo máximo desde novembro de 2008.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,200%, mais 0,001 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 21 de setembro para 4,224%, o atual máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje para 4,136%, mais 0,046 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.

Por sua vez, a Euribor a três meses também avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,972%, mais 0,031 pontos, depois de ter subido 25 de setembro para 3,977%, um novo máximo também desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Compradores de pechinchas entram em cena e levam Wall Street aos ganhos
Compradores de pechinchas entram em cena e levam Wall Street aos ganhos

Os principais índices em Wall Street abriram a sessão no verde, com os investidores a aguardarem desenvolvimentos das negociações sobre o orçamento federal dos Estados Unidos, bem como a divulgação de dados económicos que permitam perceber melhor o estado da economia.

Os investidores focam-se hoje nos dados relativos às encomendas de bens duradouros, que ficaram acima do esperado ao subirem 0,2%, quando era esperada uma descida de 0,5%.

O Dow Jones sobe 0,2% para os 33.686,41 pontos, enquanto o S&P 500 soma 0,38%, para os 4.289,67 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,48% para os 13.126,82 pontos. Os três índices perderam esta terça-feira mais de 1% para mínimos de inícios de junho.

Entre os movimentos de mercado, a Rivian sobe 0,94%, depois de ter anunciado planos para oferecer modelos de subscrição para monetizar características que pode oferecer nos seus automóveis. Já a Costco avança 0,28%, após ter revelado resultados melhores do que o esperado no quarto trimestre fiscal.

"Quando o mercado desce rapidamente, o que tem acontecido já por algum tempo, os compradores de pechinchas vão entrar em cena e começar a comprar", disse à Reuters Randy Frederick, analista da Charles Schwab.

Subida do dólar empurra ouro para mínimos de março
Subida do dólar empurra ouro para mínimos de março

O ouro está a negociar com perdas, já a abaixo dos 1.890 dólares por onça, numa altura em que o metal está a ser fortemente penalizado por uma subida do dólar.

Os ganhos do dólar tendem a penalizar o metal amarelo, uma vez que para os compradores com moeda estrangeira o ouro fica mais dispendioso.

O ouro desce 0,75% para 1.886,47 dólares por onça, estando a negociar em mínimos de março.

No mercado cambial, o dólar está a valorizar pela sexta sessão consecutiva, com os ganhos a serem impulsionados pela possibilidade de taxas de juro da Fed se manterem em terreno elevado durante mais tempo.

O dólar sobe 0,56% para 0,9512 euros, ascendendo a máximos do início do ano, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do dólar face a dez moedas rivais, soma 0,37% para 106,6200 pontos, no valor mais elevado desde novembro.

Petróleo com mira nos 100 dólares em Londres
Petróleo com mira nos 100 dólares em Londres

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, sustentados sobretudo pela queda dos stocks de crude nos EUA.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 3,56% para 93,61 dólares por barril.

 

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,86% para 96,65 dólares.

 

As reservas norte-americanas de crude diminuíram em 2,2 milhões de barris na semana passada, para 416,3 milhões, quando as projeções dos analistas apontavam para um recuo de apenas 320 mil barris. Isto significa que a procura continua forte, numa altura em que se prevê um maior défice da oferta.

 

Além da renovada redução da oferta por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), a Arábia Saudita fechou a torneira a mais um milhão de barris por dia até final do ano, tendo a Rússia anunciado também uma redução diária extra de 300.000 barris atém ao fim de dezembro.

 

A travar maiores ganhos nas subidas de hoje do petróleo está o facto de o dólar estar a ganhar terreno – e atendendo a que o crude é denominado em dólares, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.

Juros da dívida portuguesa a 10 anos em máximos de quase sete meses
Juros da dívida portuguesa a 10 anos em máximos de quase sete meses

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, invertendo a tendência do início da sessão. O foco dos investidores vira-se agora para a divulgação da inflação de setembro em Espanha e na Alemanha, com o objetivo de avaliarem o impacto da política monetária levada a cabo pelo Banco Central Europeu na economia.

Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravaram-se 3,6 pontos base para 3,576%, estando em máximos de quase sete meses, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo vencimento subiu 3,4 pontos base para 2,837%.

A rendibilidade dos juros da dívida soberana italiana aumentou 4,6 pontos base para 4,781%, os juros da dívida francesa subiram 3,8 pontos base para 3,399% e os juros da dívida espanhola avançaram 3,6 pontos base para 3,936%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se em 3,3 pontos base para 4,352%.

Stoxx 600 tem quinto dia de perdas consecutivo e desce para mínimos de quase sete meses
Stoxx 600 tem quinto dia de perdas consecutivo e desce para mínimos de quase sete meses

Os principais índices europeus terminaram a sessão no vermelho, num dia em que continuaram a ser penalizados pela possibilidade de as taxas de juro dos bancos centrais permanecerem em níveis elevados durante mais tempo do que o esperado.

O índice de referência, Stoxx 600, recuou 0,18% para 446,91 pontos, registando quedas pela quinta sessão consecutiva e estando a negociar em mínimos de março.

Os setores do imobiliário, "utilities" (água, luz, gás) e telecomunicações foram os que mais penalizaram o "benchmark", ao perderem mais de 1%.

Entre os principais movimentos de mercado, o grupo neerlandês NN tombou mais de 18%, depois de um tribunal ter concluído que a empresa não deveria ter imposto alguns custos e deduções a determinadas unidades do grupo.

Já a H&M subiu mais de 3%, depois de ter revelado resultados melhores do que o esperado e ter anunciado uma redução dos atrasos nas encomendas que têm assombrado a empresa nos últimos sete anos.

"A narrativa de juros elevados durante mais tempo continua a ser a dominante", disse à Bloomberg Joachim Klement, analista da Liberum Capital, acrescentando que o mercado está a exagerar quanto à possibilidade de novos aumentos das taxas de juro - tanto na Europa como nos Estados Unidos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax desvalorizou 0,25%, o francês CAC-40 recuou 0,03%, o italiano FTSEMIB cedeu 0,31%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,43% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,37%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo 0,04%.

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