Europa arranca ano em clima de festejo. Juros aliviam
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
- Europa quer começar bem o ano e mira no verde. Ásia com negociação mista
- Gás desce ao valor mais baixo desde o início da guerra
- Dólar avança face ao euro, mas perde contra restantes divisas
- Lagarde diz que recessão que políticos temem é "curta e superficial" e juros aliviam na Zona Euro
- Europa contraria final de 2022 e avança em 2023
- Euribor iniciam ano a subir a três, seis e 12 meses
- Euro recua de máximos de seis meses face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa arranca ano em clima de festejo
As principais praças europeias estão a apontar para um início de ano positivo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,7%, depois de uma queda superior a 1% registada no último dia de negociação de 2022.
Na Ásia, a negociação foi mista num dia em que apenas os índices da Coreia do Sul, Índia e Indonésia estiveram a abertos, devido ao feriado do Ano Novo.
A influenciar a negociação esteve o aumento de casos de covid-19 na China, principalmente depois de a Coreia do Sul ter anunciado um limite para as chegadas de estrangeiros provenientes de território chinês, bem como obrigatoriedade de teste à covid, o que levou a perdas no principal índice do país.
O Kospi terminou assim o dia praticamente inalterado, a descer apenas 0,1%.
Ainda esta segunda-feira, nem os índices de Wall Street, nem Londres vão estar abertos à negociação.
O gás está a negociar em baixa, no valor mais baixo desde o início da guerra na Ucrânia, depois de três semanas em queda. A influenciar a negociação desta matéria-prima estão as previsões meteorológicas para as próximas duas semanas que apontam para uma temperatura mais quente que o normal nesta altura do ano.
Desde dezembro, os preços do gás reduziram-se em 47%, após os países europeus terem arranjado alternativas para o fornecimento desta matéria-prima.
O gás natural negociado a um mês em Amesterdão (TTF), referência para a Europa, perde assim 6,3% para 71,5 euros por megawatt-hora.
No mercado do petróleo nem o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, nem o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, devem negociar esta segunda-feira, devido ao feriado de Ano Novo.
O dólar está a valorizar em relação à moeda única europeia, começando o ano com ganhos, à semelhança do final de 2022. Isto numa altura em que o aumento de casos de covid-19 na China aumenta as preocupações dos investidores em relação ao contágio à economia norte-americana.
O dólar avança assim 0,26% para 0,9367 euros, depois de um ano em que, pela primeira vez em 22 anos, a moeda única chegou a valer menos de um dólar.
Ainda assim, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua 0,3 para 103,5220 pontos, após ter registado um ganho de cerca de 6% no acumulado do ano.
Os juros da Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira, depois de comentários da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que afirmou que a autoridade monetária ia continuar a aumentar as taxas de juro e descreveu a recessão que tem sido apontada pelos decisores políticos como "curta e superficial"
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos recua 7,3 pontos base para 2,485%. Os juros da dívida italiana a dez anos aliviam 4,3 pontos base para 4,638%. Já em França a taxa desce 6,4 pontos base para 3,032%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos desce 7,6 pontos base para 3,496%, sendo a que mais alivia na região, enquanto os juros das obrigações espanholas na mesma maturidade cedem 6,1 pontos base para 3,574%.
Os principais índices europeus estão a negociar no verde e começam assim o ano com uma nota positiva. Os investidores estão a aproveitar o facto de as ações estarem mais baratas, depois de uma queda substancial no acumulado de 2022.
O índice de referência, Stoxx 600, avança 0,52% para 427,10 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, todos registam ganhos. A tecnologia, o setor automóvel e o imobiliário somam mais de 1%.
"A primeira metade do ano permanece muito difícil dado o agravamento da liquidez e os efeitos desfasados do aperto da política monetária" explicou Ulrich Urbahn, analista da Berenberg.
"Uma vez que a curva da inflação baixe, é provável que os mercados se foquem no crescimento. Ainda assim, há uma grande probabilidade que o estado da economia piore antes de melhorar", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,48%, o francês CAC-40 valoriza 0,88%, o italiano FTSEMIB ganha 0,74% e o espanhol IBEX 35 sobe 0,82%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 1,04%.
O britânico FTSE 100 está esta segunda-feira encerrado devido a feriado.
As taxas Euribor subiram hoje a três, seis e a 12 meses, continuando em 2023 a tendência que se verificou no ano passado.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje para 2,732%, mais 0,039 pontos que na sexta-feira.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,256% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor avançou 0,025 pontos face a sexta-feira, para 3,316%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
Já a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou 0,030 pontos, fixando-se em 2,162%, contra os 2,132% de sexta-feira.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
As Euribor começaram a aumentar mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
O euro desliza 0,35% para 1,0667 dólares, aliviando dos máximos de seis meses com que se despediu de 2022, ano em que a moeda única esteve a valer menos do que a rival norte-americana pela primeira vez em duas décadas.
Os investidores seguem a reagir às mais recentes declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde. Para a francesa, a recessão que tem sido apontada pelos decisores políticos deve ser "curta e superficial".
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" face a 10 divisas rivais - cai 0,30% para 103,52 pontos.
O dia é de menor negociação devido ao rescaldo das festas de Ano Novo e por estarem encerrados os mercados norte-americanos e londrino.
Os juros aliviaram na Zona Euro, enquanto os investidores digeriram as mais recentes declarações dos decisores políticos do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro – subtraiu 13,1 pontos base para 2,428%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos perderam 15,1 pontos base para 4,530%. Em França, os juros das obrigações na mesma maturidade aliviaram 13 pontos base para 2,428%, num dia em que o país emitiu dívida a curto prazo.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos aliviou 13,7 pontos base para 3,435% enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade recuaram 12,7 pontos base para 3,508%.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que a autoridade monetária vai continuar a aumentar as taxas de juro e descreveu a recessão que tem sido apontada pelos decisores políticos como "curta e superficial".
Já o presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, rejeitou a ideia de que a Zona Euro esteja a atravessar uma "espiral salários – inflação".
A Europa terminou a primeira sessão do ano em festa, com os investidores a aproveitarem as avaliações mais baratas das ações para apostarem nesses títulos.
A bolsa suíça e a praça londrina estiveram encerradas, devido aos festejos de Ano Novo.
O Stoxx 600 - referência para o mercado europeu - somou 0,96% para 428,95 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, os do automóvel, banca, energia e retalho comandaram os ganhos.
O volume de negociação das ações do "benchmark" durante esta sessão ficou a um terço da média dos últimos 30 dias, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
Nas restantes praças europeias, Madrid avançou 1,71%, Frankfurt somou 1,05% e Paris ganhou 1,87%.
Amesterdão cresceu 1,76% e Milão ganhou 1,90%. Por cá, Lisboa seguiu a tendência e registou o melhor dia em dois meses, ao subir 1,80%.
Em 2022, o Stoxx 600 tombou cerca de 13%, num ano marcado pelo arranque do ciclo de políticas monetárias restritivas dos bancos centrais em todo o mundo, incluindo na Zona Euro e pela guerra na Ucrânia.
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