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Bolsas europeias e petróleo sobem com otimismo em torno da China. Euro valoriza

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.

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19 de Dezembro de 2022 às 17:38
Futuros apontam Europa para terreno positivo. Ásia fecha no vermelho

A primeira sessão da semana de Natal na Europa deve arrancar no verde, depois de uma semana penalizada pelas declarações e decisões "hawkish" (mais agressivas) dos bancos centrais.

Os investidores tentam perceber se há recessão à vista com a divulgação, nesta segunda-feira, dos dados sobre a maior economia do bloco, a Alemanha.

 

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,27%.

 

Esta segunda-feira, a maior economia europeia vai centrar as atenções dos investidores com o instituto Ifo a divulgar novos dados do clima económico. Depois de rever as estimativas para 2022 em alta, o Ifo anunciou recentemente que estima apenas uma ligeira contração da economia alemã, em torno dos 0,1%. Mas avisou que o inverno será de contração económica.

 

A negociação promete ainda ser marcada, sobretudo no setor energético, pela reunião dos ministros da Energia da UE em Bruxelas, tendo em vista o fim das negociações sobre tecto aos preços do gás natural este inverno.

 

Na Ásia o dia terminou em terreno negativo. Pela China, Xangai deslizou 2% e em Hong Kong o Hang Seng caiu 0,7%. No Japão, o Topix perdeu 0,8% enquanto o "benchmark" do país, Nikkei, caiu 1,05%.Pela Coreia do Sul, o Kospi derrapou 0,3%.

Petróleo e gás recuam em dia de negociações energéticas em Bruxelas

No mercado do petróleo, o West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - perde 0,57% para 73,87 dólares enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – perde 0,33% para 78,78 euros.

 

Os investidores estão a digerir as notícias de que os EUA vão reabastecer a sua Reserva Estratégica de petróleo com mais três milhões de barris a preço fixo.

 

No entanto, no mercado das "commodities" energéticas as atenções estão concentradas do outro lado do Oceano, em Bruxelas, onde os ministros da Energia da UE discutem a imposição de um tecto aos preços do gás.

 

A presidência da República Checa do Conselho sugere que o tecto se situe nos 188 euros por megawatt-hora, bastante abaixo dos 275 euros propostos em novembro pela Comissão Europeia.

 

Enquanto o mercado está atento a este encontro, o preço do gás por megawatt-hora em Amesterdão – "benchmark" para o mercado europeu – recua 1,3% para 114 euros.

 

O TTF está ainda a ser pressionado pelas previsões meteorológicas que apontam para temperaturas acima do normal a noroeste da Europa.

Euro sobe face ao dólar. Investimento de ETF em ouro em máximos de seis meses

O ouro e euro valorizam, aproveitando assim o recuo do dólar.

 

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cede 0,29% para 104,40 pontos.

O movimento beneficia a sua contraparte no par cambial mais negociado do mundo, o euro e dólar, estando a moeda única a somar 0,53% para 1,0642 dólares.

 

Também no mercado dos metais preciosos, o ouro beneficia desta queda, já que como todas as matérias-primas denominadas em dólares se torna mais atrativo para investidores que negoceiam com outras moedas, estando a ganhar 0,20% para 1.796,75 dólares a onça.

 

Ainda no mercado do ouro, os ETF (Exchange traded funds) na última sessão investiram em mais 177.397 onças de ouro troy (ligeiramente mais pesadas que a onça normal), o maior investimento desde 17 de junho, o que eleva o total anual para 3,78 milhões de onças, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

Juros da dívida nacional em máximos de meados de novembro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro continuam a agravar-se, seguindo a tendência da semana passada, marcada pelas decisões de política monetária restritiva de vários bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu. As "yields" das dívidas portuguesa e alemã a dez anos renovam máximos de meados de novembro.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" europeu – agrava 3,2 pontos base para 2,175%.

 

Por sua vez, os juros das obrigações portuguesas com a mesma maturidade somam 2,9 pontos base para 3,184%. Já a "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade vai mais longe e agrava 3,6 pontos base para 3,268%.

 

Por fim, os juros da dívida italiana a dez anos são os que registam o agravamento mais expressivo, estando a acumular 5,5 pontos base para 4,334%.

Ainda assim, o "spread" face à "yield" da dívida alemã mantém-se distante dos 250 pontos base, número classificado pelos especialistas como uma "linha vermelha"  para o BCE, estando mais concretamente a registar um fosso de 214,8 pontos base face aos juros das Bunds.  

Xi resgata Europa de Lagarde. Porsche estreia-se no DAX a acelerar mais de 4%

A Europa começou a semana de Natal no verde, com as notícias vindas da China, após uma semana no vermelho, pressionada pelas decisões de aumento das taxas de juro diretoras na Zona Euro e outras regiões do globo.

 

O Stoxx 600 ganha 0,43% para 426,57 pontos. Entre os 20 setores que compõe o "benchmark" europeu, energia e recursos minerais comandam ganhos. Já o imobiliário lidera as perdas. A reunião dos principais líderes chineses que decretou um compromisso de reavivar o consumo e apoiar o setor privado no próximo ano motivaram os investidores.

 

As ações europeias estão a caminho da maior queda anual desde 2018, num ano marcado pela guerra na Ucrânia, a inversão da política monetária em todo o mundo e a escalada da inflação.

 

Durante este quarto trimestre, o índice europeu já recuperou de algumas perdas, com a esperança - baseada em várias notícias e declarações de Pequim – de um possível abrandamento da política "zero covid-19". Ainda assim, o sentimento dos investidores relativamente ao futuro dos bancos centrais ainda pode virar o jogo.

 

Entre os principais movimentos de mercado, são de destacar as ações da Porsche, que aceleram 4,49%, no dia em que entram no índice alemão DAX – que reúne as 40 principais empresas do país – substituindo assim a Puma.

 

Nas restantes praças europeias, Madrid avança 0,22%, Frankfurt cresce 0,42% e Paris arrecada 0,78%. Londres soma 0,41%, Amesterdão ganha 0,71% e Milão valoriza 0,39%. 

Taxas Euribor sobem de novo a 6 e 12 meses para novos máximos de quase 14 anos

As taxas Euribor subiram hoje a três, seis e 12 meses, nos dois prazos mais longos para máximos desde janeiro de 2009.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,585%, mais 0,016% pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje, ao ser fixada em 3,057%, mais 0,064 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,063%, mais 0,016 pontos e contra um novo máximo desde fevereiro de 2009, de 2,081%, verificado em 14 de dezembro.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Dow Jones é o único que valoriza. Promessas de apoio à economia na China não chegam para pôr Wall Street no verde

Wall Street está a negociar mista, depois de dois dias de perdas substanciais no final da semana passada e um saldo semanal negativo nas duas últimas semanas.

Os investidores continuam a avaliar o ciclo de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana, que deverá continuar a subir as taxas de juro de referência em 2023 para fazer face à elevada inflação. No entanto, promessas de líderes chineses sobre o apoio à economia no próximo ano, através do consumo e do setor privado, parecem estar a sustentar a negociação.

O industrial Dow Jones avança 0,05% para 32.937,04 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 0,15% para 3.846,69 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,41% para 10.661,01 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado está a Tesla, que sobe 1,21%, depois do CEO da fabricante de carros elétricos e do Twitter, Elon Musk, ter realizado uma votação em que questionava os utilizadores da plataforma se queriam que Musk deixasse a liderança da rede social. O resultado foi uma maioria de 58% no "sim", em mais de 17 milhões de pessoas que votaram.

A Moderna sobe 2,73%, depois da Jefferies ter elevado a recomendação da farmacêutica de "manter" para "comprar", justificando com base nas oportunidade da terapia para o tratamento do cancro.

"Ainda há uma nuvem sobre os mercados (da semana passada). Mas este é um dia em que os investidores não estão a pensar tanto sobre as más notícias, ou uma recessão", explicou Dennis Dick, da Triple D Trading, à Reuters.

Petróleo sobe com otimismo em torno da China
Petróleo sobe com otimismo em torno da China

Os preços do petróleo seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, com o otimismo em torno da economia chinesa e a retoma na procura por combustível a ofuscarem os receios de uma recessão global.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,85% para 79,71 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,75% para 74,85 dólares por barril.

 

A China, que é o maior importador mundial de crude, está a viver a primeira das três vagas esperadas de convid-19 depois de Pequim ter flexibilizado as restrições à mobilidade, mas diz que tomará medidas no sentido de sustentar a economia em 2023, o que animou os mercados.

Ouro recua ligeiramente com peso da política monetária
Ouro recua ligeiramente com peso da política monetária

O ouro está a desvalorizar ligeiramente com os investidores ainda em rescaldo dos comentários do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que reiterou intenções de manutenção do ciclo de subida das taxas de juro - o que penaliza o ouro, uma vez que este metal não rende juros.

Na sexta-feira passada, os presidentes da Fed de Nova Iorque, John Williams, de São Francisco, Mary Daly, e de Cleveland, Loretta Mester, reiteraram a necessidade de manutenção da subida dos juros diretores até que haja uma clara indicação de que os preços estão a aliviar.

O metal amarelo recua 0,03% para 1.792,5 dólares por onça. Já a platina está inalterada nos 994,52 dólares por onça e o paládio perde 2,01% para 1.686,13 dólares por onça.

Euro avança com comentários "hawkish" do vice-presidente do BCE

O euro está a valorizar face à moeda norte-americana, com os investidores focados em novos dados estatísticos nos Estados Unidos que devem dar mais pistas sobre o estado da economia norte-americana.

A fortalecer a moeda única europeia pode estar ainda um aviso dado pelo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, que quando questionado sobre até quando o BCE ia continuar a aumentar as taxas de juro respondeu que "não sabia". O responsável adiantou ainda que espera um ciclo de incremento dos juros diretores "a um ritmo semelhante" àquele que tem sido adotado até agora.

O euro avança 0,23% para 1,061 dólares. Ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – está inalterado nos 104,703 pontos.

Bolsas europeias ganham fôlego com rally na energia e otimismo em torno da China

As bolsas europeias fecharam em alta nesta primeira sessão da semana, com os investidores a apostarem nas cotadas da energia por entre o otimismo trazido pelo compromisso da China de impulsionar a sua economia no próximo ano.

 

O Stoxx 600, índice de referência do Velho Continente, fechou a somar 0,27%, para 425,87 pontos, depois de ter registado a maior queda semanal desde setembro.

 

Os títulos da energia destacaram-se pela positiva, depois de os líderes chineses se comprometerem a revitalizar o consumo e a apoiar o setor privado.

 

A ajudar esteve também o facto de a União Europeia ter alcançado um acordo para um tecto aos preços do gás natural, nos 180 euros, pondo assim fim a meses de impasse político.

 

Um dos títulos que mais se evidenciou foi a Porsche, depois de ter passado a integrar o índice alemão Dax.

 

Já a Uniper somou 4%, mas chegou a estar a disparar 20%, depois de os acionistas da "utility" alemã terem acordado um pacote no valor de vários milhares de milhões de euros para impedir o seu colapso.

 

Ainda na bolsa de Frankfurt, destaque para a Siemens Energy AG, que ganhou terreno depois de ter alcançado uma participação de 93% na sua subsidiária Gamesa após uma oferta de compra parcial.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,36%, o francês CAC-40 valorizou 0,32%, o britânico FTSE 100 subiu 0,40% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,30%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,10%.

 

Em contraciclo esteve o o italiano FTSEMIB, mas com uma descida muito marginal, quase na linha de água, ao ceder 0,02%.

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