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Fecho dos mercados: Juros portugueses em máximos de quase um mês. Petróleo sobe mais de 1%

Esta quinta-feira a guerra comercial subiu de tom e tingiu de vermelho as praças internacionais. Os juros da dívida portuguesa agravaram para um pico de quase um mês. Já o petróleo inverteu a tendência negativa e soma agora acima de 1%.

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bolsas mercados Europa euronext Bloomberg
02 de Agosto de 2018 às 17:37

Os mercados em números

PSI-20  deslizou 0,46% para 5.611,57 pontos

Stoxx 600 caiu 0,84% para 386,58 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 2,1 pontos base para 1,809%

Euro recua 0,38% para 1,1616 dólares

Petróleo sobe 1,33% para os 73,35 dólares por barril em Londres

Europa pintada de vermelho com tensões EUA-China

Na Europa, o Stoxx600 resume o sentimento negativo ao desvalorizar 0,84% para 386,58 pontos, tendência comum às principais praças europeias. A tensão nas relações comerciais  entre os Estados Unidos e a China volta a assombrar os mercados. O presidente norte-americano, Donald Trump, determinou uma subida das tarifas a aplicar sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses de 10% para 25%, e a China já disse estar pronta para a escalada da guerra comercial, sugerindo que haverá retaliação.

Lisboa não é excepção e o PSI-20 caiu 0,46% para 5.611,57 pontos, com o BCP e e a EDP Renováveis a pressionarem.

Juros da dívida portuguesa em máximos de quase um mês

A taxa de juro das obrigações portuguesas a dez anos situou-se esta quinta-feira nos 1,809%, traduzindo uma subida de 2,1 pontos base. Os juros atingiram esta sessão máximos inéditos desde o dia 9 de Julho, há quase um mês. Paralelamente, a taxa das bunds alemãs aliviou 1,8 pontos base para 0,468%, colocando o prémio dos juros da dívida portuguesa face à alemã em 134,1 pontos base.

Taxas Euribor mantêm-se a três, seis e nove meses e sobem a 12 meses

A Euribor a três meses voltou hoje a ser fixada pela quarta sessão consecutiva em -0,319%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação também se manteve, tendo voltado a ser fixada em -0,269%. A nove meses, a Euribor voltou hoje pela quarta sessão consecutiva a ser fixada em -0,217%. Só no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu hoje para -0,176%, mais 0,001 pontos.                     

Libra quebra perante aumento de juros

O Banco de Inglaterra decidiu esta quinta-feira, 2 de Agosto, aumentar os juros pela segunda vez para os 0,75%, por decisão unânime, colocando-os no nível mais alto desde 2009, o pico da crise financeira internacional. A moeda inglesa segue a desvalorizar 0,3% para os 1,1223 euros, mas já chegou a cair quase 0,5%. A primeira subida dos juros tinha acontecido em Novembro do ano passado, após dez anos em que os juros se mantiveram em níveis historicamente baixos. 

Já o euro segue a perder 0,38% para 1,1616 dólares. A "nota verde" soma pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que as tensões comerciais entre EUA e China ditam quebras para a divisa de Pequim, o yuan, e para o japonês iene. A sustentar o desempenho do dólar está ainda a decisão (esperada) da Reserva Federal de manter os juros inalterados.

Petróleo inverte mínimos de um mês com ganhos de quase 2%

O barril de Brent, negociado em Londres, está a valorizar 1,33% para os 73,35 dólares. Já o West Texas Intermediate, cotado em Nova Iorque, regista subidas de 1,80% para os 68,88 dólares, invertendo os mínimos de mais de um mês aos quais desceu durante a sessão.

Os preços estiveram a ceder às notícias de um aumento nas reservas dos EUA e também da produção entre os membros da Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP). Contudo, a queda registada nos inventários de um dos maiores pontos de entrega do WTI em Cushing, Oklahoma, antecedeu as subidas nas cotações.

 

Cobre já perde 17% em 2018

Esta quinta-feira, os futuros de cobre caíram 0,5% para 2,7335 dólares por libra-peso na bolsa de mercadorias nova-iorquina, o Comex. O metal vermelho cai depois da China se afirmar pronta para retaliar caso os EUA apliquem novas sanções comerciais, e as perdas desde o início do ano já somam 17% em termos cumulativos. Este metal precioso é geralmente indicativo da força da economia uma vez que é utilizado para a construção de redes energéticas, casas, carros e aparelhos electrónicos.

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