Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,23% para 4.621,03 pontos

Stoxx 600 subiu 0,39% para 341,36 pontos

S&P 500 valoriza 0,26% para 2.094,29 pontos

Juros da dívida a 10 anos descem 2,1 pontos base para 3,147%

Euro avança 0,41% para 1,1289 dólares

Petróleo cai 1,72% para 49,75 dólares por barril

Convicção de "Bremain" alimenta bolsas

As bolsas europeias valorizaram pela quarta sessão consecutiva, com os investidores a acreditarem que os britânicos irão optar por permanecer na União Europeia no referendo desta quinta-feira. "Tornou-se claro que as probabilidades nas casas de apostas são neste momento a favor da permanência. Ainda assim, isso não está completamente reflectido no preço já que os custos de uma saída seriam bastante elevados. O maior risco é um resultado incerto no início de sexta-feira", disse Daniel Murray, responsável de "research" da EFG Asset Management, à Bloomberg.

O Stoxx avançou 0,39% para 341,36 pontos. Dos 19 índices sectoriais apenas quatro não encerraram a sessão no verde (empresas de utilidade pública, alimentação e bebidas, retalho e automóvel). Mas nenhum sofreu descidas acima de 0,15%. Já as cotadas do sector segurador e de serviços financeiros lideraram os ganhos, avançando mais de 1%.

Já a bolsa nacional não conseguiu acompanhar os ganhos das pares europeias, com o PSI-20 a descer pela segunda sessão. O índice cedeu 0,23% pra 4.621,03 pontos, penalizado pelas descidas da Jerónimo Martins e da REN. Isto num dia em que as acções da Pharol perderam mais de 25%, na ressaca do pedido de recuperação judicial feito pela Oi.

 

Taxa a dez anos desce

A taxa da dívida portuguesa a dez anos regista uma descida ligeira. Os investidores estão a exigir 3,147% para deter obrigações do Tesouro dessa maturidade, menos 2,1 pontos base que na sessão anterior. Já a "yield" da dívida alemã subiu 1,7 pontos base para 0,061%, numa sessão em que os investidores estiveram mais propensos ao risco.

Euribor a três meses com novos mínimos

A Euribor a três meses voltou às quedas e a renovar mínimos históricos. O indexante desceu de -0,266% para -0,268%, segundo dados da Bloomberg.

Libra perto de máximo de cinco meses

A divisa britânica continua a recuperar negociou durante a sessão no valor mais elevado dos últimos cinco meses face ao dólar. A libra valoriza 0,16% para 1,4676 dólares, com o mercado a apostar na probabilidade de que os britânicos votem a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia no referendo desta quinta-feira. E já esteve a valorizar 0,83%.

Apesar das sondagens indicarem para um resultado equilibrado, as casas de apostas dão uma vantagem considerável ao Bremain. "Neste momento, o mercado está muito optimista. Se tivermos um "remain", a libra deverá continuar na tendência de subida que assistimos desde o início da semana. Já se tivermos um Brexit,a libra pode descer bastante", disso Soeren Hettler, analista do DZ Bank, citado pela Bloomberg.

Petróleo desce após dados das reservas nos EUA

Os preços do petróleo estão em queda após os dados das reservas petrolíferas nos EUA terem mostrado uma descida inferior ao antecipado pelo mercado. O "stock" caiu em 917 mil barris na semana passada terminada a 17 de Junho, o que compara com a estimativa de 1,5 milhões de barris dos analistas sondados pela Bloomberg. O Brent perde 1,72% para 49,75 dólares, enquanto o West Texas Intermediate cede 1,64% para 49,03 dólares.

Milho recupera de quedas

Os preços do milho estão a recuperar das fortes quedas da sessão de terça-feira, em que desvalorizaram mais de 3%, a maior descida diária em três anos. A cotação aumenta 0,62% para 4,74 dólares por alqueire, com os investidores receosos de que a desvalorização da sessão anterior tenha sido excessiva. "O mercado de milho está um pouco receoso de levar o preço ainda mais abaixo antes de conhecer os números da área cultivada" nos EUA, que serão divulgados a 30 de Junho.

Destaques do dia

Aumento da capital da CGD para pagar obrigações, imparidades e reestruturação. Mário Centeno não revelou qual o valor do aumento de capital que a Caixa Geral de Depósitos vai realizar, uma vez que o processo de recapitalização está ainda em negociação com a Comissão Europeia.

Novo Banco nacionalizado? "Não há fumo sem fogo". Num artigo de opinião publicado no Negócios, Maria Luís Albuquerque sugere uma ligação entre as necessidades de recapitalização da CGD e os rumores sobre a integração do Novo Banco no banco público. Do negócio dependerá mesmo a sobrevivência deste Governo, diz.

Ao Minuto: Será que os britânicos vão mesmo pedir-nos o divórcio? Faltam menos de 24 horas para o início do referendo que decidirá se o Reino Unido continuará na União Europeia ou pedirá o divórcio de um casamento, sempre muito atribulado, que data de 1973. No Negócios, estamos a acompanhar os acontecimentos, as pressões e as reacções ao minuto.

Excedente externo baixa para 2 milhões. O saldo da balança corrente e de capital foi ligeiramente positivo nos primeiros quatro meses do ano, deteriorando-se face ao período homólogo. O turismo está a compensar a queda nas exportações de bens.

Tribunal dá primeiro passo para aprovar recuperação judicial da Oi. A operadora anunciou que o pedido que inclui a suspensão do pagamento a credores por 180 dias foi deferido. Este parecer favorável da justiça é, no entanto, preliminar. O juiz vai continuar a analisar o processo com 89 mil páginas.

Pharol regressa à negociação a tombar 37,5%. As acções da Pharol já afundaram um máximo de 41%, abaixo dos oito cêntimos por acção, com os investidores a despejarem as acções no mercado após o pedido de recuperação judicial da Oi.

O que vai acontecer amanhã

Reino Unido

Referendo sobre a permanência na União Europeia

EUA

BlackBerry apresenta resultados trimestrais

Divulgação dos dados dos pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada

Publicação dos indicadores económicos avançados, referentes a Maio

Dados sobre a compra de casas novas, em Maio

Zona Euro

Divulgação do índice Markit da indústria, em Junho

Publicação do índice Markit dos serviços, em Junho 23.06.201613:30