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Europa sobe, juros da dívida agravam-se pelo terceiro dia e dólar cede após Powell

Acompanhe aqui o dia nos mercados.

bolsas mercados europa, alta, subida
bolsas mercados europa, alta, subida Reuters
11 de Janeiro de 2022 às 17:38
Futuros apontam para novos ganhos na Europa. Investidores de olhos postos na Fed e BCE
Futuros apontam para novos ganhos na Europa. Investidores de olhos postos na Fed e BCE

Os futuros da Europa apontam para uma abertura em alta nas principais praças do Velho Continente. Na pré-abertura desta terça-feira, o índice europeu Stoxx 50 está a somar 0,495%, depois de ter sido fortemente penalizado na última sessão. 

Os investidores aguardam com expectativa os dados macroeconómicos que vão ser divulgados esta semana, sobretudo, os dados da inflação nos Estados Unidos. Isto depois de o banco central norte-americano ter sinalizado que poderá avançar com uma subida dos juros mais cedo do que o inicialmente avançado, para conter a subida de preços ao consumidor.

Esta terça-feira, o presidente da Fed, Jerome Powell, irá ser ouvido no Senado sobre a sua recondução à frente do banco central norte-americano e é esperado que seja abordado com várias questões sobre a retoma económica e a preocupante subida da inflação. 

Também a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, deverá falar esta terça-feira, na cerimónia de tomada de posse de Joachim Nagel como novo presidente do Bundesbank. O economista alemão sucede ao "falcão" Jens Weidmann, figura da ortodoxia monetária, numa altura em que a inflação na Alemanha ronda os 5%.

Na Ásia, onde os mercados já encerraram, a sessão foi de perdas. No Japão, o Topix caiu 0,44%, enquanto o Nikkei perdeu 0,90%. Também o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,26% e, em Xangai, a bolsa fechou no vermelho, a ceder 0,73%.

Petróleo recupera com fim do bloqueio à oferta na Líbia
Petróleo recupera com fim do bloqueio à oferta na Líbia

O petróleo está esta terça-feira a recuperar das perdas da última sessão, depois de a produção da matéria-prima na Líbia ter recuperado 1 milhão de barris por dia com o fim no bloqueio de três semanas da força paramilitar conhecida como Guarda das Instalações Petrolíferas.

As autoridades locais terão conseguido chegar a um acordo com a força paramilitar, que estava em protesto devido aos elevados preços da energia, pondo fim às paralisações em quatro dos principais campos do país, que reduziram as quotas da Líbia em cerca de 350 mil barris por dia.

A reagir a isso, o brent do Mar do Norte, que serve de referência para o mercado português, está agora a valorizar ligeiramente 0,73% para 81,46 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a avançar 0,88% para 78,92 dólares.

Apesar de as peturbações da oferta na Líbia estarem resolvidas, os tumultos no Cazaquistão continuam a preocupar os investidores, ofuscando os receios com o rápido aumento de casos de covid-19 provocado pela variante ómicron.

Ouro soma pelo terceiro dia consecutivo de olhos postos na Fed. Euro ganha terreno ao dólar
Ouro soma pelo terceiro dia consecutivo de olhos postos na Fed. Euro ganha terreno ao dólar

O ouro está a negociar em alta pelo terceiro dia consecutivo, com os investidores a aguardarem pela audição ao presidente da Fed, Jerome Powell, no Senado. É esperado que sejam abordados temas como a retirada de estímulos e o aumento das taxas de juro previsto para março. 

O jurista, que vai agora para um segundo mandato aos comandos da Fed, deverá ser também questionado pelos senadores sobre o impacto da pandemia na retoma económica do país e o desafio da inflação, que em novembro subiu mais de 6%, é outros dos temas inevitáveis.

Neste momento, o ouro está a avançar 0,40%, com a onça a valer 1.808,82 dólares. A prata (+0.79%) e a platina (+0,95%) estão em alta, impulsionadas sobretudo pela queda do dólar (moeda em que são transacionados os metais preciosos).

O índice que mede a moeda norte-americana face a um conjunto de moedas rivais está a cair 0,12%. Enquanto isso, o euro e a libra ganham terreno. O euro está a subir 0,09% para 1,1336 dólares, enquanto a libra esterlina soma 0,11%, para 1,3592 dólares.

Juros da zona euro continuam a agravar com normalização da política monetária
Juros da zona euro continuam a agravar com normalização da política monetária

Os juros da dívida na zona euro estão novamente a agravar, com a normalização da política monetária devido à subida da inflação.

Apesar de as "yields" das "bunds" germânicas a 10 anos, que servem de referência na Zona Euro, estarem inalteradas nos -0,037%, em Portugal, os juros para a dívida com a mesma maturidade estão a agravar 0,8 pontos base para 0,582%.

Enquanto isso, os juros em Espanha estão a subir 1,2 pontos base para 0,654% e, em Itália, estão a agravar 1,5 pontos base para 1,299%.

Bolsas europeias pintam-se de "verde" animadas pela tecnologia, retalho e turismo
Bolsas europeias pintam-se de 'verde' animadas pela tecnologia, retalho e turismo

As principais ações europeias estão esta terça-feira em alta, com os investidores de olhos postos nos bancos centrais. Isto num dia em que o presidente da Fed vai ser ouvido no Senado sobre a sua recondução no carho e toma posse o novo presidente do banco central alemão, Joachim Nagel.

O Stoxx 600, índice que serve de referência para a Europa, está a somar 0,78%, para 482,60 euros, com 458 cotadas em terreno positivo. 

A puxar pelo índice está sobretudo o setor da tecnologia, que ganha 1,86%, depois de ter sido o mais penalizado na última sessão com a subida dos juros das dívidas soberanas. O setor do retalho está também em alta, com uma valorização de 1,34%, assim como o turismo, que avança 1,59%.

A impedirem maiores ganhos estão o setor automóvel, que perde 0,56%, e a banca, que recua 0,26%.

Em Portugal, o PSI-20 está a somar 0,50%, impulsionado sobretudo pela EDP Renováveis. Já o índice alemão DAX valoriza 0,85, o francês CAC-40 avança 0,81%, o italiano FSTE MIB sobe 0,50%, o britânico FSTE ganha 0,44% e o espanhol IBEX segue a somar 0,54%.

Wall Street arranca sessão no vermelho à espera de Powell
Wall Street arranca sessão no vermelho à espera de Powell

Os três principais índices norte-americanos arrancam a sessão em terreno negativo, num dia em que as atenções estão viradas para a audição de afirmação do segundo mandato de Jerome Poweel à frente do banco central norte-americano.

O líder da Fed vai prestar declarações perante os senadores norte-americanos esta tarde, numa altura em que a alteração de política monetária do banco voltou a ser sinalizada nas atas da reunião da Fed de dezembro. Nessa reunião, a Fed sinalizou que pretende endurecer mais depressa do que era antecipado a sua política monetária, com o objetivo de conter a subida da inflação.  

Assim, o industrial Dow Jones está a ceder 0,43% para 35.912,37 pontos, o tecnológica Nasdaq cede 0,1% para 14.928,36 pontos. Já o S&P 500 está a desvalorizar 0,48% para 4.647,86 pontos. 

Esta é a segunda sessão de quedas em Wall Street, numa altura em que os juros estão a subir, pressionando algunssetores, nomeadamente o tecnológico. Nesta altura, os juros norte-americanos a dez anos estão a avançar 1,4 pontos base para 1,775%.

Ouro sobe pela terceira sessão à boleia dos comentários de Powell sobre a inflação
Ouro sobe pela terceira sessão à boleia dos comentários de Powell sobre a inflação

O ouro está a registar aquela que poderá mesmo ser a terceira sessão consecutiva de ganhos, a valorizar nesta altura 0,5% para 1.810,70 dólares por onça. 

A subida do ouro está a ser amparada pelos comentários do líder da Fed sobre o tema da inflação, numa altura em que os investidores aguardam com expectativa os dados sobre o índice de preços no consumidor nos EUA, que serão conhecidos esta quarta-feira.

Na tarde desta terça-feira, perante o Senado dos EUA, Jerome Powell, o líder da Fed, abordou o tema da subida das taxas de juros. "Se tivermos de subir mais os juros ao longo do tempo, iremos fazê-lo", prometeu.

"O ouro tem mostrado uma resiliência assinalável no atual ambiente de expectativas de subida das taxas de juro e de yields mais alta, de tal forma que até me faz questionar se poderá, de facto, ter um "rally" no curto prazo", indica a nota do analista da Oanda, Craig Erlam. "Aparentemente não há um grande racional para esta movimentação a menos que vejamos um dólar mais fraco", aponta.

Euro em alta. Dólar a desvalorizar
Euro em alta. Dólar a desvalorizar

O dólar norte-americano está a desvalorizar 0,14% perante um cabaz composto por um conjunto de divisas rivais. Enquanto os juros norte-americanos continuam a subir esta tarde, o dólar está a ter um desempenho no sentido contrário. 

Já deste lado do Atlântico, na Europa, a moeda única está a valorizar 0,09% face ao dólar, para 1,1336 dólares. Nota ainda para a libra esterlina, que está a avançar 0,13% face ao dólar, para 1,3594 dólares.

Juros da dívida soberana com subida generalizada
Juros da dívida soberana com subida generalizada

Os juros da dívida continuam a agravar-se em vários países da zona euro esta tarde - tendência, aliás, que tem sido verificada desde o arranque da semana. 

Nesta altura, as Bunds da Alemanha a dez anos, vistas como a referência na zona euro, estão a subir 0,9 pontos base para -0,029%. 

As subidas em Itália são mais significativas, com os juros da dívida a dez anos a escalar 2,6 pontos base para 1,309%. 

Em Espanha, a yield a dez anos está agora nos 0,666%, sendo registado um agravamento de 2,5 pontos base. Em Portugal, os juros da dívida a dez anos registam uma subida de 2,6 pontos base - nesta altura, uma ds mais elevadas na zona euro, a par de Itália - para 0,600%.

Petróleo sobe com aperto da oferta
Petróleo sobe com aperto da oferta

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar no verde, com os investidores a focarem-se no aperto da oferta, numa altura em que se espera uma nova queda – desta vez de 1,7 milhões de barris – das reservas norte-americanas de crude. A acontecer, será a sétima semana consecutiva de redução dos inventários nos EUA.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro segue a somar 3,25% para 80,77 dólares por barril.

 

Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,93% para 83,25 dólares.

 

"Os preços estão a subir ao início desta terça-feira devido ao aperto da oferta e ao aumento do apetite pelo risco nos mercados globais", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe, na sua análise diária.

"Alguns países da OPEP+ não estão a cumprir os aumentos acordados nas quotas de produção, enquanto a instabilidade geopolítica, gerada pela postura agressiva da Rússia em relação à Ucrânia, é também motivo de preocupação", acrescenta.

 

Por outro lado, salienta Rircardo Evangelista, "apesar do aumento acentuado no número de infeções por ómicron, a doença causada pela nova variante do vírus parece ser menos grave e, até agora, nenhuma das maiores economias do mundo parece inclinada a impor o tipo de restrições rigorosas que poderia abalar a procura. Perante este cenário, é justo dizer que as perspetivas para os preços do petróleo permanecem otimistas".

PSI-20 em destaque nas subidas na Europa. Oil & gas avançou mais de 5,7%
PSI-20 em destaque nas subidas na Europa. Oil & gas avançou mais de 5,7%

As principais praças europeias terminaram o dia em terreno positivo, com alguns índices, como foi o caso do PSI-20, a registar uma subida acima de 1%. 

O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, fechou a sessão a valorizar 0,84% para 483,08 pontos. 

Já no que toca aos diferentes setores, a sessão fica marcada pelos ganhos expressivos do "oil & gas", que apreciou 5,77% num dia em que o petróleo está  também a valorizar mais de 3% nos mercados. Também o setor dos recursos básicos avançou mais de 5%, enquanto o turismo valorizou 2,56%. 

Nota ainda para o setor da tecnologia, que registou ganhos de 1,9%.

Já em sentido contrário, as empresas do setor imobiliário e dos media lideraram as perdas, com descidas de 3,83% e 3,78%, respetivamente. 

O PSI-20 liderou os ganhos entre as principais praças, ao valorizar 1,33%. A subida foi menos expressiva no espanhol IBEX (0,56%). O índice alemão DAX apreciou 1,1%, enquanto o francês CAC 40 avançou 0,95%. Em Londres, o FTSE apreciou 0,62% e em Amesterdão verificou-se uma subida de 1,19%. Em Milão o índice de referência avançou 0,66%.

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