Europa respira de alívio no rescaldo do tombo da Evergrande
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
- Bolsas europeias recuperam. Stoxx 600 soma quase 1%
- Futuros apontam para abertura “no verde” na Europa. Índices do Japão tombam após feriado
- Ouro desliza em dia de reunião da Fed e atenção ao Evergrande
- Euro perde força esta manhã. Dólar põe ganhos em pausa
- Petróleo regressa aos ganhos após dois dias de perdas
- Juros voltam a subir na Zona Euro
- Praças europeias com ganhos acima de 1%, com todos os setores "no verde"
- Wall Street arranca "no verde" a recuperar da maior queda desde maio
- Ajuste de posições antes de decisão da Fed quebra petróleo
- Em dia de cautela, quem ganha é o ouro
- Recuperação das ações não tira apetite à dívida
- Escalada dos preços da energia dá força ao dólar
- Bolsas europeias recuperam. Stoxx 600 soma quase 1%
As principais praças europeias pintaram-se de "verde", depois de terem registado as maiores perdas dos últimos dois meses na segunda-feira. O Stoxx 600, que integra as 600 maiores empresas europeias, fechou a somar 0,91%. As preocupações quanto à possibilidade de a crise no Evergrande se transformar numa recessão global continuaram a marcar as negociações, mas os investidores mostram-se agora mais confiantes, depois de as bolsas asiáticas terem fechado em alta. O setor de turismo e lazer foi o que mais recuperou, sobretudo depois do anúncio de que os Estados Unidos vão aliviar, a partir de novembro, as restrições para viajantes vacinados que queiram entrar no país. As principais cotadas do setor representadas no Stoxx 600 somaram 3,2%. O PSI subiu 1,11% para 5.271,16 pontos, acompanhando o espanhol IBEX, que ganhou 1,03%, e o francês CAC 40, que subiu 1,50%. Já o alemão DAX, que passou esta segunda-feira de 30 para 40 componentes (com a inclusão de empresas como a Hellofresh e a Airbus) valorizou 1,23%.
O setor de turismo e lazer foi o que mais recuperou, sobretudo depois do anúncio de que os Estados Unidos vão aliviar, a partir de novembro, as restrições para viajantes vacinados que queiram entrar no país. As principais cotadas do setor representadas no Stoxx 600 somaram 3,2%.

Os futuros apontam nesta altura para um arranque de sessão positivo nas principais praças europeias, a recuperar das quedas motivadas pelos receios em torno da crise do Evergrande. Ainda assim, este é um tema que continua a merecer a atenção dos investidores, com receios de uma possível falência do gigante imobiliário chinês. A reunião da Reserva Federal dos EUA, focada em política monetária, que arranca esta terça é outro dos temas no radar.
Esta terça-feira trouxe o regresso dos principais índices chineses e japoneses, que estiveram encerrados na segunda-feira devido a feriados nacionais. No Japão, tanto o Nikkei como o Topix tombaram esta manhã: o Nikkei cedeu 2,16% e o Topix 1,70%.
Em Hong Kong, onde o índice Hang Seng perdeu 3,5% na sessão desta segunda-feira, com a crise do Evergrande a deixar os investidores atentos, a sessão de hoje não registou perdas tão acentuadas. O Hang Seng cedeu 0,3%, num dia em que as ações do Evergrande voltaram a desvalorizar, registando perdas de 1,32%.
"Os mercados estão claramente a enfrentar alguma angústia em torno do potencial efeito de contágio do Evergrande, além de algum nervosismo em torno da reunião de setembro do FOMC", indica Cliff Hodge, da Cornerstone Wealth, à agência Bloomberg.

O ouro está a ceder 0,24% na manhã desta terça-feira, com a onça a negociar nos 1.759,90 dólares.
É mais um dia em que este metal precioso fica longe da fasquia dos 1.800 dólares por onça.
Esta segunda-feira, o ouro fechou a valorizar 0,56%, com a onça nos 1.764,16 dólares. As quedas registadas nas principais praças globais, devido às notícias vindas da China, levaram os investidores a procurar mais este metal precioso.
A espera por novidades saídas da reunião da Fed, que arranca esta terça-feira, é um dos temas que poderá marcar a procura por este metal.

O euro, a moeda única europeia, está a ceder 0,06% esta manhã perante o dólar norte-americano para 1,1719 dólares.
Ainda no velho continente, a libra esterlina está a ganhar força, ao avançar 0,21% face ao dólar para 1,3686 dólares.
Já do outro lado do Atlântico, o dólar pôs em pausa os três dias de ganhos, devido às notícias chegadas da China sobre a crise do Evergrande. A reunião da Reserva Federal dos EUA sobre política monetária é outro dos temas que está também a pesar nesta divisa. O índice que mede o desempenho desta divisa perante um cabaz composto por moedas rivais está a depreciar 0,1%.
Na segunda-feira, o dólar chegou a subir 0,4%, tocando em máximos de 23 de agosto.

O petróleo está novamente a valorizar depois de duas sessões consecutivas a cair. O furacão Ida, que afetou o Louisiana e o Golfo do México, está ainda a influenciar a produção de crude nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, está a avançar 1,17%, com o barril a negociar nos 71,11 dólares.
Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado português, está a valorizar 1,04%, com o barril a negociar nos 74,69 dólares.
Os juros da dívida estão a subir esta manhã. As "bunds" germânicas com maturidade a dez anos, que servem de referência à Zona Euro, estão a subir 1,8 pontos base para -0,304%.
Já os juros de Itália fogem a esta tendência: a "yield" a dez anos está a recuar 1 ponto base para 0,702%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa, também a dez anos, estão a subir 0,5 pontos base para 0,246%. Em Espanha, os juros com a mesma maturidade sobem 0,3 pontos base para 0,335%.

As principais praças europeias estão a recuperar do "selloff" vivido nas principais praças esta segunda-feira, num dia em que a crise do gigante imobiliário Evergrande marcou o tom do dia.
Assim, esta manhã os principais índices do velho continente estão em terreno positivo. O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, está a valorizar 0,99% para 458,61 pontos.
Todos os setores estão a valorizar, com destaque para os ganhos do setor da energia, que aprecia 1,92%. Nota ainda para os ganhos do setor mineiro, que valoriza 1,79%, ea ainda o setor automóvel. Perante este contexto, os menores ganhos registam-se no setor das "utilities", que aprecia 0,69%.
O PSI-20 é nesta altura o índice que mais avança entre as praças ocidentais, com ganhos de 1,8%, num momento em que o BCP está em destaque nos ganhos, a avançar mais de 3%.
O índice espanhol IBEX valoriza 1,02%, o alemão DAX 1,25%, o francês CAC 40 ganha 1,44% e o FTSE 100 aprecia 1,06%.

Depois do tombo desta segunda-feira, onde os receios ligados à crise do gigante imobiliário Evergrande pesaram, Wall Street arranca a sessão desta terça em terreno positivo, a recuperar daquela que foi a maior queda desde maio.
Os três principais índices norte-americanos estão a negociar em alta: o índice industrial Dow Jones está a valorizar 0,54% para 34.154,75 pontos; o tecnológico Nasdaq aprecia 0,51% para 14.788,34 pontos e o S&P 500 avança 0,7% para 4.388,20 pontos.
Desta forma, a abertura em terreno positivo sugere uma melhoria no sentimento dos investidores. Ainda assim, a reunião da Reserva Federal dos EUA, que arrancou esta terça, também é outro ponto de foco em Wall Street.
No setor tecnológico, a Uber está a disparar nesta altura 7,64%, a cotar nos 42,83 dólares. A tecnológica virada para a mobilidade chegou a valorizar 6% antes da abertura do mercado, após ter revisto em alta o "outlook" para o terceiro e quarto trimestres deste ano.
Em informações enviadas à SEC, o regulador de mercado norte-americano, o CFO da empresa, Nelson Chai, indicou que "com um EBITDA ajustado positivo em julho e agosto, acreditamos que a Uber está a caminho de um "breakeven" do EBITDA ajustado no terceiro trimestre, antes da previsão".
A Uber espera agora que, no terceiro trimestre, possa alcançar um EBITDA "entre um prejuízo de 25 milhões de dólares e um lucro de 25 milhões", contra uma previsão de um prejuízo de 100 milhões de dólares. Já para o quarto trimestre, a empresa antecipa agora um EBITDA "entre zero e 100 milhões de dólares". A empresa também reviu em alta as previsões para as viagens no terceiro trimestre, esperando agora um montante entre 22,8 mil milhões e 23,2 mil milhões de dólares, contra a anterior previsão de 22 mil milhões e 24 mil milhões de dólares.

Os preços do "ouro negro" inverteram para terreno negativo, eclipsando os ganhos da manhã, com os investidores a ajustarem posições em vésperas da decisão da Fed.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em outubro cede 0,60% para 69,87 dólares por barril. Hoje é o último dia de vigência do contrato de outubro.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,28% para 73,71 dólares.
Os futuros em Nova Iorque chegaram a estar a subir 1,9%, acompanhando o movimento da generalidade dos mercados depois do sell-off de ontem devido aos receios de falência da gigante chinesa do imobiliário Evergrande.
No entanto, a Reserva Federal norte-americana já está reunida e amanhã anuncia as suas decisões de política monetária, o que está a levar a alguma prudência e ajuste de posições por parte dos intervenientes de mercado.
Os observadores de mercado esperam que a Fed mantenha os juros diretores nos atuais mínimos históricos, em torno de zero, mas não sabem o que será decidido quanto ao seu programa de estímulos, que passa pela compra mensal do equivalente a 120 mil milhões de dólares em obrigações.
Existe um consenso cada vez maior de que o banco central dos EUA poderá anunciar o início do ‘tapering’ – retirada gradual dos estímulos –, mas também há quem considere que a Fed vai adiar essa desaceleração na compra de dívida, uma vez que o mercado de trabalho ainda não está robusto e que o espectro de um aumento permanente da inflação está a desvanecer-se.

O metal amarelo está a negociar no verde, impulsionado pelo clima de prudência na véspera das decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana, que está a levar os investidores a optarem por ativos considerados mais seguros, como é o caso do ouro.
O ouro a pronto (spot) segue a ganhar 0,46% para 1.771,91 dólares por onça no mercado londrino. No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro somam 0,45%, para 1.769,70 dólares por onça.
Os investidores estão à espera das decisões da Fed, amanhã (às 19:00 de Lisboa), para terem indicações sobre o calendário do banco central no que diz respeito à redução gradual dos seus estímulos à economia dos EUA.
"O preço do ouro já subiu 30 dólares em relação aos mínimos atingidos durante a sessão de ontem, quando esteve a cair fortemente e atingiu a marca dos 1.742 dólares, o nível mais baixo desde 12 de agosto", comentou Nuno Mello, analista do XTB, na sua análise diária dos mercados.
"Durante a sessão de hoje, os compradores estão a conseguir recuperar parte das quedas. Se o sentimento atual prevalecer, então o movimento de alta poderá estender-se em direção à marca dos 1.790 dólares", acrescenta.

O mercado de obrigações continua a captar interesse dos investidores e não se está a ressentir com a recuperação das bolsas. O mini-sell-off da última sessão, que atirou as ações ao chão devido aos receios face à estratégia de retirada de estímulos da Fed e à eventual falência do gigante chinês Evergrande, levou os juros das dívidas da Zona Euro a recuarem.
O tombo das bolsas levou, na última sessão, a uma valorização do preço das obrigações (ou seja, a uma quebra das yields). Esta terça-feira não aconteceu o processo inverso: apesar de as ações terem respirado de alívio, o refúgio das obrigações não perdeu interesse dos investidores.
A referência europeia, as Bunds alemãs a 10 anos, viram o juro ficar ainda mais negativo em 0,3 pontos para -0325%. Em Espanha, a yield dos títulos de dívida pública com a mesma maturidade caiu 1,3 pontos para 0,319%, em Itália caiu 2,4 pontos para 0,689% e, em Portugal cedeu 0,7 pontos para 0,235%.
A exceção foi o Reino Unido, onde as obrigações do Tesouro a 10 anos agravaram o juro em 0,7 pontos para 0,799%. A subida poderá ter sido conduzida por uma limpeza de carteira dos investidores para terem liquidez no leilão de dívida verde que o país levou a cabo nesta sessão e no qual conseguiu procura recorde.

O dólar norte-americano segue em alta contra uma série de pares internacionais mais ligadas às commodities, com o impulso dado pelos preços da energia e dos metais.
O índice Bloomberg Dollar Spot sobe cerca de 0,1%. O euro segue praticamente inalterado contro o dólar, nos 1,1724, mantendo-se na faixa dos 1,1700, que dá alguma segurança aos investidores. Já o iene e o suíço franco avançam, a acompanhar o recuo das yields das obrigações.
O mercado está em modo de espera numa altura em que os decisores da Reserva Federal norte-americana já estão reunidos e poderão dar, na conferência de imprensa desta quarta-feira, que se segue ao encontro mais pormenores sobre a estratégia de saída dos estímulos monetários na maior economia do mundo.

As principais praças europeias pintaram-se de "verde", depois de terem registado as maiores perdas dos últimos dois meses na segunda-feira. O Stoxx 600, que integra as 600 maiores empresas europeias, fechou a somar 0,91%. As preocupações quanto à possibilidade de a crise no Evergrande se transformar numa recessão global continuaram a marcar as negociações, mas os investidores mostram-se agora mais confiantes, depois de as bolsas asiáticas terem fechado em alta. O setor de turismo e lazer foi o que mais recuperou, sobretudo depois do anúncio de que os Estados Unidos vão aliviar, a partir de novembro, as restrições para viajantes vacinados que queiram entrar no país. As principais cotadas do setor representadas no Stoxx 600 somaram 3,2%. O PSI subiu 1,11% para 5.271,16 pontos, acompanhando o espanhol IBEX, que ganhou 1,03%, e o francês CAC 40, que subiu 1,50%. Já o alemão DAX, que passou esta segunda-feira de 30 para 40 componentes (com a inclusão de empresas como a Hellofresh e a Airbus) valorizou 1,23%.
O setor de turismo e lazer foi o que mais recuperou, sobretudo depois do anúncio de que os Estados Unidos vão aliviar, a partir de novembro, as restrições para viajantes vacinados que queiram entrar no país. As principais cotadas do setor representadas no Stoxx 600 somaram 3,2%.
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