Stoxx 600 renova máximos e petróleo recupera. Yield portuguesa cede
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
- Futuros apontam para um arranque de sessão cauteloso
- Ouro recupera após tombo desta segunda-feira
- Euro em queda ligeira e dólar próximo de máximos de duas semanas
- Petróleo a recuperar com Brent de regresso aos 70 dólares
- Juros da dívida inalterados na Alemanha. Yield de Portugal nos 0,113%
- PSI-20 em contraciclo com Europa no verde, em manhã de ganhos ligeiros
- Wall Street abre positiva de olho na Fed
- Petróleo sobe com aumento da procura
- Fed dá terceiro dia de ganhos ao dólar
- Ouro volta a cair pressionado pelo dólar
- Juros da Alemanha agravam. Portugal beneficia
- Stoxx 600 em novo máximo
Os futuros da Europa apontam para que as praças do velho continente iniciem o dia no vermelho, numa altura em que os investidores estão de olho na evolução da pandemia de covid-19.
O aumento do número de contágios e a existência da variante delta estão a deixar os investidores mais cautelosos, com receio de que esta variante possa trazer nuvens mais sombrias à procura e abrandar a recuperação económica global.
O sentimento nas praças europeias espelha a sessão mais cautelosa vivida esta terça-feira nas bolsas asiáticas. Os índices japoneses Nikkei e Topix fecharam em terreno positivo, mas em altas muito ligeiras. O Nikkei apreciou 0,24% e o Topix 0,36%.
Esta semana, os investidores vão estar de olho na divulgação de dados estatísticos nos EUA: o índice de preços no consumidor será divulgado na quarta-feira e o índice de preços no produtor na quinta-feira. Ambos estes indicadores são usados para calcular a inflação na maior economia do mundo.
O ouro está de regresso a terreno positivo: este metal precioso avança 0,26% esta terça-feira, com a onça a cotar nos 1.734,39 dólares.
Mesmo estando mais estável esta manhã, o ouro está ainda próximo de mínimos de quatro meses.
Na sessão desta segunda-feira o ouro tombou 1,88%, com a onça a cair para os 1.729,94 dólares, muito longe da fasquia dos 1.800 dólares por onça. O ouro chegou a afundar 4% nos mercados asiáticos, perdendo 60 dólares em apenas alguns minutos e arrastando a prata para uma perda de 7%, num dia em que as expectativas ligadas à possibilidade de a Reserva Federal dos EUA retirar os apoios à economia em breve se fizeram sentir nos mercados.
O euro, a moeda única europeia, está a ceder 0,03% esta manhã perante o dólar, para 1,1733 dólares. O euro está a perder terreno face ao rival norte-americano há já cinco sessões consecutivas.
Já o dólar norte-americano está a avançar 0,08%, conforme aponta o índice que mede o desempenho desta divisa perante um cabaz composto por moedas rivais.
A nota verde já tocou nesta sessão num máximo de duas semanas, amparada pela melhoria apresentada pelos dados do mercado de trabalho nos EUA.
O petróleo está novamente a valorizar, numa altura em que os investidores mantém a esperança de que a procura possa resistir ao aumento de contágios trazido pela variante delta da covid-19.
Esta manhã, o crude está a subir 2% em Nova Iorque, com o barril a cotar nos 67,81 dólares. Já o Brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, aprecia 1,56% para 70,12 dólares.
A variante delta tem levantado dúvidas e gerado receios sobre consequências na procura a curto prazo. Esta variante interrompeu o 'rally' do petróleo, numa altura em que os preços já avançavam mais de 50% na primeira metade do ano.
Os juros da dívida da Alemanha, a referência na Zona Euro, com maturidade a dez anos, estão inalterados, nos -0,462%.
Já em Itália, os juros da dívida com a mesma maturidade também estão inalterados, nos 0,550%.
Na Península Ibérica, a yield de Portugal a dez anos recua 0,4 pontos base, para 0,113%. Em Espanha os juros da dívida com maturidade a dez anos aliviam 0,4 pontos base para 0,227%.
Os principais índices europeus estão em terreno positivo, com ganhos ligeiros. Por esta altura, apenas o português PSI-20 contraria a tendência de subida, ao depreciar 0,41%.
O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, está a avançar 0,3%, numa altura em que quase todos os setores estão em terreno positivo, com exceção da banca, que cai 0,15%, e do setor das matérias-primas, que deprecia 0,09%.
Nos setores em terreno positivo destacam-se os setores de turismo e lazer (subida de 1,55%) ou o setor tecnológico, a avançar 0,90%.
Nesta sessão, os resultados da gigante de jogo Flutter Entertainment estão em destaque. A empresa divulgou resultados acima das expectativas dos analistas. As ações estão a subir 7,84% em Londres, a cotar nas 13,955 libras.
O espanhol IBEX 35 avança 0,31%, o alemão DAX ganha 0,23%, o francês CAC40 aprecia 0,04% e o inglês FTSE 100 sobe 0,06%.
As bolsas nova-iorquinas iniciaram o dia a subir ligeiramente, com os investidores a aguardarem sinais da Reserva Federal (Fed) sobre o "timing" da retirada dos estímulos após os bons dados do emprego da passada sexta-feira.
O Dow Jones avança 0,13%, para os 35.146,15 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 sobe 0,14%, até aos 4.438,51 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite, por seu turno, ganha 0,12%, para 14.877,39 pontos.
A tendência positiva estende-se ao outro lado do Atlântico, com a generalidade das praças europeias no verde. A destoar está, no entanto, Lisboa, onde o PSI-20 desliza uns tímidos 0,03%.
Os preços do "ouro negro" seguem em alta, impulsionados pelo aumento aumento da procura na Europa e nos Estados Unidos, o que atenua os receios em torno do aumento de casos de covid na Ásia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em setembro soma 3,01% para 68,48 dólares por barril.
Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,52% para 70,78 dólares.
Nos EUA, o Senado deverá votar hoje o pacote no valor de um bilião de dólares para infraestruturas que, se for aprovado, impulsionará a economia e uma maior procura por produtos petrolíferos, sublinham analistas citados pela Reuters.
A moeda norte-americana segue a valorizar pelo terceiro dia consecutivo, impulsionada por declarações do presidente da Reserva Federal de Atlanta defendendo que bastarão "mais um ou dois meses" de bons dados de emprego para que se inicie o "tapering".
O dólar valoriza 0,1% face a um cabaz das principais divisas, atingindo o valor mais elevado desde 21 de julho, de acordo com o Bloomberg Dollar Index. A moeda única europeia cede, assim, 0,14%, para os 1,1721 dólares, em mínimos desde março.
Após ter chegado a subir até aos 1.738,28 dólares por onça, o preço do ouro nos contratos à vista (spot) inverteu durante a tarde, pressionado pela valorização da moeda norte-americana. O metal amarelo perde 0,13%, para 1.727,54 dólares.
O dólar avançou face a um cabaz das principais divisas internacionais na sequência de declarações do presidente da Reserva Federal de Atlanata, Raphael Bostic, defendendo que a Fed deverá iniciar a retirada de estímulos após um ou dois meses mais com dados robustos no emprego.
"A ameaça dupla de juros a subir e o dólar em alta está a penalizar o ouro", refere Ole Hansen, diretor de estratégia de commodities no Saxo Bank, citado pela Bloomberg.
"O metal esgotou, pelo menos temporariamente, todos os 'drivers' de apoio e isso deixa-o sob pressão das vendas dos ETF e dos 'short sellers' no mercado de futuros", acrescenta.
O juro da dívida da Alemanha está a reagir ao renovado apetite dos investidores por ações. Enquanto as principais cotadas europeias seguem em alta, a referência da Zona Euro -- que é vista como ativo mais seguro em tempos de incerteza -- cede. A yield das Bunds a 10 anos recua 0,3 pontos base para 0,46%.
Em sentido contrário, os países do sul da Europa aliviam. Na Península Ibérica, a yield de Portugal a 10 anos desce 0,7 pontos base, para 0,11%. Em Espanha, esta taxa cai 0,5 pontos base para 0,226% e, em Itália, os juros da dívida com a mesma maturidade estão inalterados, nos 0,551%.
As ações europeias valorizaram pela sétima sessão consecutiva, numa altura em que os investidores têm aplaudido os bons resultados das empresas e as perspetivas de retoma económica, apesar dos receios em torno da variante delta da covid.
O Stoxx 600, que agrega as principais cotadas europeias, ganhou 0,4%, tendo tocado novos máximos. O espanhol IBEX 35 subiu 0,32%, o alemão DAX avançou 0,2% e o francês CAC 40 valorizou 0,1%, enquanto o português PSI-20 fechou com um ganho ligeiro de 0,02%.
Mais lidas