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Euro em mínimo de 10 meses face ao dólar. "Yield" das Bunds em máximos desde 2011

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

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dólar, euro, notas, moeda, divisas Getty Images
03 de Outubro de 2023 às 17:51
Futuros da Europa apontam para abertura em baixa. Ásia negativa

As principais praças europeias estão novamente a apontar para o vermelho, depois de na segunda-feira o índice de referência, Stoxx 600, ter descido a mínimos de março

O sentimento de aversão ao risco tem-se acentuado com a subida das "yields" das obrigações soberanas, particularmente depois de um conjunto de comentários mais "hawkish" de membros da Reserva Federal.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,7%.

As bolsas asiáticas foram também penalizadas pela retórica da Fed, com as cotadas chinesas em Hong Kong a serem penalizadas, depois de um dia de feriado.

Hang Seng China Enterprises Index chegou a cair mais de 3%, registando a pior performance dos seus pares asiáticos.

Apesar dos dados económicos positivos divulgados sobre a economia chinesa, os investidores parecem estar a centrar-se mais na política monetária levada a cabo pela Fed e que poderá manter-se em terreno restritivo mais tempo do que antecipado.

As bolsas na China continental continuam encerradas devido aos feriados da semana dourado, enquanto que os mercados sul coreanos devem voltar a negociar na quarta-feira.

Apesar dos dados económicos positivos divulgados sobre a economia chinesa, os investidores parecem estar a centrar-se mais na política monetária levada a cabo pela Fed e que poderá manter-se em terreno restritivo mais tempo do que antecipado.

As bolsas na China continental continuam encerradas devido aos feriados da semana dourado, enquanto que os mercados sul coreanos devem voltar a negociar na quarta-feira.

No Japão, o Topix caiu 1,7%, ao passo que o Nikkei perdeu 1,8%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,93%.

Cenário macroeconómico pressiona preços do petróleo
Cenário macroeconómico pressiona preços do petróleo

O petróleo está a desvalorizar numa altura em que as preocupações macroeconómicas se vão sobrepondo às perspetivas de aperto do mercado no quarto trimestre do ano.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,57% para 88,31 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,79% para 89,99 dólares.

A possibilidade de taxas de juro mais elevada torna mais dispendioso o armazenamento e o transporte de crude. Por outro lado, a subida do dólar torna também mais cara a compra de crude por compradores com moeda estrangeira.

"O movimento de descida do dólar tem muito pouco a ver com os fundamentais e tudo a ver com a subida das 'yields' das obrigações soberanas dos EUA e um dólar mais forte", disse o analista do ING, Warren Patterson, à Bloomberg.

"Penso que o crude ainda tem algum espaço para valorizar. Fundamentalmente, aponta para um cenário construtivo", completou.

Ouro em baixa pela sétima sessão consecutiva
Ouro em baixa pela sétima sessão consecutiva

O ouro está a negociar em baixa pela sétima sessão consecutiva, a série mais longa de quedas desde agosto de 2022, penalizado por comentários de membros da Reserva Federal que apontam para a possibilidade de as taxas de juro diretoras permanecerem em terreno restritivo durante mais tempo.

O ouro recua 0,33% para 1.821,91 dólares por onça.

O metal tem ainda sido penalizado por um dólar mais forte e pela subida das "yields" das dívidas soberanas, uma vez que negoceia na moeda norte-americana e não rende juros.

Juros altos durante mais tempo dão força ao dólar
Juros altos durante mais tempo dão força ao dólar

O dólar está a valorizar, depois de dados robustos da economia norte-americana terem reforçado a possibilidade de os juros de referência permanecerem elevados durante mais tempo.

O dólar avança 0,03% para 0,9547 euros, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do da moeda norte-americana face a dez moedas rivais, soma 0,16% para 107,0760 pontos, após ter chegado a tocar máximos de 11 meses durante a sessão asiática desta terça-feira.

"O facto de o mercado estar a prever uma maior probabilidade de a Reserva Federal voltar a subir juros em novembro tem dado impulso ao dólar, mas tem pesado no risco", disse o analista David Forrester do Credit Agricole, à Bloomberg.

Juros da Zona Euro sem rumo definido

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a negociar sem rumo definido esta terça-feira, num dia em que se devem centrar no discurso do economista-chefe do BCE, Philip Lane.

Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 0,4 pontos base para 3,623%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo vencimento recua 1,1 pontos base para 2,908%.

A rendibilidade dos juros da dívida soberana italiana soma 1,1 pontos base para 4,809%, os juros da dívida francesa cedem 1,1 pontos base para 3,463% e os juros da dívida espanhola recuam 0,5 pontos base para 3,985%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 4 pontos base para 4,521%.

Aversão ao risco leva Europa ao vermelho
Aversão ao risco leva Europa ao vermelho

Os principais índices europeus estão a negociar no vermelho, numa altura em que a subida das "yields" da dívida soberana está a gerar aversão ao risco por parte dos investidores.

O índice de referência, Stoxx 600, recua 0,21% até aos 444,64, estando assim a renovar mínimos de março registados pela primeira vez na segunda-feira. A registar as maiores perdas está o setor mineiro e as "utilities" (água, luz, gás), com descidas a rondar 1%.

As "yields" de referência da dívida norte-americana ascenderam a máximos de 16 anos, depois de alguns responsáveis da Reserva Federal terem afirmado que as taxas de juro de referência deveriam permanecer elevadas durante mais tempo do que o esperado.

As bolsas europeias encerraram na sexta-feira o primeiro trimestre de perdas desde setembro de 2022, com os índices a serem penalizados pela possibilidade de taxas de juro elevadas durante mais tempo e crescimento económico mais lento na Europa e na China.

As atenções do mercado devem agora virar-se para mais uma época de resultados das empresas, com estes a permitirem perceber o impacto da política monetária mais "restritiva".

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,26%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,15% e o italiano FTSEMIB recua 0,12%.

Em sentido oposto à tendência, o britânico FTSE 100 avança 0,04% e o espanhol IBEX 35 sobe 0,07%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,05%.

Em Lisboa, o PSI desce 0,41%.

Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a segunda-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,208%, mais 0,010 pontos face a segunda-feira, depois de ter subido em 30 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Depois de ter descido, pela primeira vez no atual ciclo ascendente, em agosto face a julho, a média mensal da Euribor a 12 meses subiu para 4,149% em setembro, mais 0,076 pontos que no mês anterior.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, desceu hoje para 4,128%, menos 0,010 pontos, depois de ter subido na segunda-feira para 4,138% em 02 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.

Em relação à taxa média da Euribor a seis meses, a mesma voltou a subir, tendo passado de 3,944% em agosto para 4,030% em setembro, mais 0,086 pontos.

No caso da Euribor a três meses, esta caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,964%, mais 0,013 pontos, depois de ter subido em 25 de setembro para 3,977%, um novo máximo também desde novembro de 2008.

A média mensal da Euribor a três meses foi a que mais subiu no mês passado, ao passar de 3,780% em agosto para 3,880% em setembro, mais 0,100 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

Lusa

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

MC // EA

Lusa/Fim

Wall Street no vermelho com política monetária a travar ganhos
Wall Street no vermelho com política monetária a travar ganhos

As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, numa altura em que os investidores se mostram cada vez mais preocupados com os possíveis efeitos a longo prazo das elevadas taxas de juro. A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos tem sinalizado que a política monetária vai manter-se restritiva durante mais tempo, o que está a penalizar, sobretudo, as ações, que são vistas como um ativo de maior risco.

O Goldman Sachs, o Morgan Stanley e o JPMorgan Chase alertaram, em declarações à Bloomberg, que ainda há risco de mais perdas nas ações. 

O índice de referência S&P 500 cai 0,46% para 4.268,69 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,4% para 33.298,38 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,61% para 13.227,16 pontos.

A política monetária restritiva está a levar as "yield" das dívidas soberanas a níveis máximos, com os juros das obrigações norte-americanas a 30 anos a subirem hoje para máximos desde 2007. Já a "yield" da dívida a 10 anos aumentou pelo segundo dia e tocou nos 4,7%, o que significa que os investidores estão a exigir um juro mais alto para comprar dívida pública norte-americana.

Os investidores vão estar atentos à divulgação do número de vagas de emprego disponíveis nos Estados Unidos, à espera de perceber se o mercado laboral no país continua robusto.

Petróleo mexe pouco de olhos postos no dólar e nos juros

O petróleo mantém-se maioritariamente inalterado, depois de ter caído para mínimos de três semanas na sessão anterior, numa altura em que o dólar ganha força e as perspetivas globais macroeconómicas se agravam.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,18% para 88,98 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,22% para 90,51 dólares. 

Na segunda-feira, o dólar escalou para máximos de 10 meses contra as principais divisas, depois de o Governo ter conseguido evitar uma paralisação dos serviços, pelo menos até novembro. A este cenário junta-se a divulgação de dados económicos que levam a crer que a Reserva Federal vai manter as taxas de juro elevadas por mais tempo ou até mesmo voltar a subi-las.

Taxas de juro mais altas fazem com que seja mais caro armazenar e enviar petróleo, e um dólar fortalecido torna o crude mais caro para a maioria dos compradores.

"Acho que o petróleo ainda tem algum espaço para subir", comentou à Bloomberg Warren Patterson, do NG Groep NV.

Os ministros dos países da OPEP+ vão reunir-se amanhã para decidir a estratégia para os próximos meses.

Ouro desliza com força do dólar

O ouro está a desvalorizar, penalizado pela força do dólar e pela "yield" das dívidas soberanas que continua a agravar-se. 

Isto num dia em que os investidores estão a digerir os mais recentes dados do Departamento de Trabalho dos EUA, que mostram que o número de vagas de emprego disponíveis aumentou em agosto, após três meses consecutivos a cair - o que significa que as empresas norte-americanas estão a contratar mais.

Os juros da dívida soberana norte-americana - tanto a 30 como a dez anos - têm sido impulsionados pela narrativa mais "hawkish" da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que tem sinalizado que os juros vão manter-se em níveis elevados durante mais tempo. A perspetiva tem levado os investidores a desfazerem-se do ouro, que não remunera rendimentos.

Euro em mínimo de 10 meses face ao dólar. Iene recupera ligeiramente

O euro está a desvalorizar face ao dólar, que continua a ganhar à boleia da perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos vai manter as taxas de juro em níveis elevados durante mais tempo do que o antecipado.

A moeda única europeia perde 0,24% para 1,0452 dólares, mínimo de 10 meses. 

O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a dez divisas rivais, ganha 0,28% para 107,191 pontos, tendo durante o dia atingido o valor mais alto desde novembro.

No mercado cambial, o destaque vai também para o iene. A moeda japonesa está a recuperar terreno, depois de hoje ter tocado nos 150,16 ienes por dólar, o nível mais baixo desde outubro do ano passado. A dar força à divisa está a expectativa de que as autoridades japonesas deverão intervir para apoiar a moeda.

O dólar cai 0,43% para 149,21 ienes.

"Yield" das Bunds em máximos desde 2011 e juros de Espanha acima de 4%

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, com a "yield" da dívida alemã a dez anos, referência para a região, em níveis máximos desde 2007. 

A perspetiva de que a política monetária vai manter-se restritiva durante mais tempo do que o previsto está a gerar inquietação nos mercados, com os investidores a fugirem não só aos ativos de risco, como as ações, mas também às obrigações - que tendem a ser vistas como mais seguras. O agravamento do juro significa que os investidores estão a exigir um valor mais alto para comprar dívida pública, o que significa que há mais incerteza quanto à capacidade dos países de fazer face à dívida.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos subiram 4,5 pontos base para 2,964%, estando no nível mais alto desde 2011, enquanto os juros da dívida portuguesa com o mesmo prazo agravaram-se 4,2 pontos base para 3,661%. 

Os juros da dívida italiana foram os que mais aumentaram nesta sessão, tendo subido 13,3 pontos base para 4,930%. Trata-se do nível mais elevado desde novembro de 2012. 

Já a "yield" da dívida pública espanhola somou 7,2 pontos base para 4,063% e os juros da dívida francesa aumentaram 5,6 pontos base para 3,530%.

Stoxx 600 desliza mais de 1% pela segunda sessão consecutiva
Stoxx 600 desliza mais de 1% pela segunda sessão consecutiva

As principais bolsas europeias fecharam em terreno negativo, num dia em que o índice de referência europeu caiu mais de 1% pela segunda vez consecutiva, o que não acontecia desde março.

O Stoxx 600, referência para as bolsas europeias, desvalorizou, então, 1,1% para 440,7 pontos.

O índice tinha acordado a desvalorizar, mas as quedas intensificaram-se depois dos dados sobre o emprego dos EUA, que mostraram um inesperado aumento das vagas em agosto. 

De todos os 20 setores, o das matérias-primas destacou-se pela negativa, pressionado pelo cobre que também desvalorizou depois dos comentários "hawkish" de alguns membros da Reserva Federal e dados fracos da indústria nas principais economias. 

Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 deslizou 1,06%, o francês CAC-40 caiu 1,01%, o espanhol Ibex35 cedeu 1,65%, o italiano FTSE Mib recuou 1,32% e o AEX, em Amesterdão, desceu 0,62%. Em Lisboa, a queda do PSI foi de 2,74%, na pior sessão desde março.

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