Europa termina no verde com foco no BCE e na inflação nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta segunda-feira.
- Futuros da Europa sem tendência definida. Ásia em alta
- Israel retira tropas do sul de Gaza e está dsposta a conversações para cessar-fogo. Petróleo alivia mais de 1%
- "Rally" do ouro continua em força. Metal precioso alcança novos máximos históricos
- Dólar em ligeira alta com inflação nos EUA em foco
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa maioritariamente em alta como foco no BCE
- Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses
- Wall Street arranca no verde com mira na inflação
- Travão no "rally". Ouro recua depois de novo recorde
- Petróleo perde com redução de tropas no sul de Gaza
- Euro ganha face ao dólar em semana de BCE
- Juros agravaram-se na Zona Euro
- Europa termina no verde com foco no BCE e na inflação nos EUA
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão sem tendência definida, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,05%.
Na Ásia, as principais praças acompanharam a sessão de sexta-feira em Wall Street, em que os investidores se focaram mais no impacto positivo para a economia dos números da criação de emprego nos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado, e deram menos importância à perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) possa adiar ainda mais o corte das taxas diretoras.
Na China, os índices continentais - que voltaram a negociar esta segunda-feira após uma pausa - estão a desvalorizar, ao passo que Hong Kong negoceia no verde, numa altura em que o mercado avalia dados robustos sobre os gastos no período de férias, bem como riscos de falta de liquidez na economia. Isto depois de um banco estatal ter pedido a declaração de falência e liquidação do grupo imobiliário Shimao.
A recuperação das ações chinesas tem tido dificuldade em ganhar um novo impulso desde a subida de 9,4% em fevereiro no índice de referência CSI 300. A retomada dos ganhos pode ajudar a impulsionar a região, particularmente caso as recentes subidas no Japão e a Índia se comecem a reduzir.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,2% e o Shanghai Composite perde 0,7%. No Japão, o Nikkei ganha 0,79% e o Topix sobe 0,81%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avança 0,31%.
Os preços do petróleo estão a cair em mais de um dólar esta segunda-feira, com as tensões no Médio Oriente a mostrarem alguns sinais de alívio depois de Israel ter retirado soldados da zona sudeste de Gaza e se ter comprometido a novas conversações com o Hamas para um cessar-fogo.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,6% para 85,52 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,65% para 89,67 dólares por barril.
Tanto Israel como o Hamas enviaram delegações para o Egito para novas conversações sobre um cessar-fogo, aliviando as tensões na região que levaram os preços do crude a escalar mais de 4% na semana passada.
"Parece que o catalisador é Israel ter revelado que retirou todas as tropas, exceto uma brigada, do sul da faixa de Gaza, provavelmente em resposta à crescente pressão internacional e também para diminuir as tensões depois de ter matado comandantes iranianos na Síria na semana passada", explica à Reuters o analista da IG, Tony Sycamore.
O ouro está a valorizar esta segunda-feira, dando continuidade ao "rally" que tem levado o metal precioso a máximos históricos. Os preços estão a ser sustentados por compra especulativa e continuadas tensões no Médio Oriente, que se vão sobrepondo aos robustos números do mercado laboral dos Estados Unidos.
O metal amarelo sobe 0,29% para 2.336,51 dólares por onça, depois de ter chegado ainda hoje a tocar máximos históricos nos 2.353,95 dólares. Desde o início do ano o ouro ganha cerca de 12%.
"Se olharmos para os preços dos futuros, vemos sinais de que há alguma procura [pelos investidores] por este bom momento no mercado a um nível em que estamos a ver um pouco de otimismo excessivo sobre as perspetivas para o ouro", justificou o analista Kyle Rodda da Capital.com à Reuters.
O dólar está a negociar ligeiramente em alta face às principais divisas rivais. Depois dos números do emprego acima do esperado, que foram conhecidos na sexta-feira, os investidores centra agora atenções na inflação de março na maior economia mundial, que será divulgada na quarta-feira.
O dólar avança 0,03% para 0,9231 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - soma 0,07% para 104,365 dólares.
O dólar "pode manter-se robusto esta semana se o índice de inflação nos EUA se mantiver sólido, como expectável", afirmaram à Reuters os analistas do Commonwealth Bank of Australia.
Com a crescente especulação de que a Reserva Federal poderá adiar o primeiro corte de juros além de junho, como estava a ser previsto, os números que dão conta da subida dos preços serão de elevada importância, uma vez que vai ser possível confirmar se a aceleração da inflação no início do ano já se está a reduzir.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta segunda-feira, o que significa uma menor aposta em obrigações, num início de semana com poucos catalisadores. As atenções deverão estar no encontro de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 4,3 pontos base para 3,1% e os juros da dívida espanhola somam 3,6 pontos para 3,266%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 4 pontos base para 2,436%.
Os juros da dívida italiana avançam 4,4 pontos base para 3,851% e os da dívida francesa registam um acréscimo de 3,6 pontos para 2,940%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 3,7 pontos base para 4,105%.
Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida esta segunda-feira, numa semana em que serão divulgados vários indicadores económicos, e com uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu a arrancar na quarta-feira.
O índice de referência, Stoxx 600, soma 0,12% para 507,15 pontos, com a maioria dos setores em alta. A registar os maiores ganhos estão o setor mineiro e o automóvel.
Entre os principais movimentos de mercado está a Believe que desce quase 10%, depois de a Warner Music ter revelado que não ia fazer uma oferta pela produtora francesa.
O "benchmark" europeu assinalou na semana passada uma queda semanal de 1%, depois da mais longa série de ganhos semanais desde 2012. As atenções devem agora virar-se para o encontro de política monetária do BCE com os investidores à procura de pistas sobre um possível corte de juros em junho.Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,35%, o francês CAC-40 valoriza 0,36% e o italiano FTSEMIB ganha 0,36%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,08%.
Pela negativa o britânico FTSE 100 cede 0,04% e o espanhol IBEX 35 recua 0,28%.
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou hoje para 3,902%, permanece acima da taxa a seis meses (3,846%) e da taxa a 12 meses (3,673%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,846%, mais 0,012 pontos do que na sexta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu hoje, para 3,673%, mais 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,902%, mais 0,017 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Esta semana, realiza-se reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira em Frankfurt.
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, depois de uma sexta-feira marcada por perdas. O S&P 500, referência para a região, desvaloriza 0,05% para 5,201,75 pontos, o industrial Dow Jones sobe 0,16% para 38.967,18 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,13% para 16.268,86 pontos.
O S&P 500, referência para a região, desvaloriza 0,05% para 5,201,75 pontos, o industrial Dow Jones sobe 0,16% para 38.967,18 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,13% para 16.268,86 pontos.
Os ligeiros ganhos observam-se depois de na sexta-feira os investidores terem digerido os números da criação de emprego em março, que continuam a sinalizar um mercado laboral robusto. O foco agora está nos dados da inflação no mês passado, que serão conhecidos na próxima quarta-feira.
Os economistas esperam uma queda da pressão inflacionista, mas estima que a inflação subjacente continue nos 3,7%, acima da meta de 2% da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
"A leitura da inflação desta semana dará aos investidores uma peça-chave para o puzzle da política monetária apesar de termos dúvidas de que a informação será suficientemente convincente para resolver o debate em torno dos cortes de juros este ano", afirmaram Ian Lyngen e Vail Hartman, da BMO Capital Markets, em declarações à Bloomberg.
O mercado mostra agora mais dúvidas sobre o "timing" do primeiro corte de juros. O JPMorgan adiou as previsões de uma primeira descida de junho para julho.
Os preços do ouro estão a recuar, horas depois de atingirem o sétimo recorde consecutivo acima dos 2.353 dólares por onça, impulsionados pelas compras dos bancos centrais e pela valorização do seu papel enquanto ativo-refúgio em clima de tensões geopolíticas, como é o caso do conflito Israel-Hamas.
Entretanto, os preços corrigiram e estão a cair 0,21% para 2,324.94 dólares por onça.
Além do Banco Popular da China, que adicionou mais 160 mil onças de ouro às suas reservas no último mês, segundo a Reuters, países como Turquia, a Índia, o Cazaquistão e outros da Europa de Leste têm aumentado as quotas de metal amarelo nos cofres nacionais, fator que faz escalar o valor do ouro.
A pressionar os preços do metal precioso no "rally", que dura há uma semana, estão dados de sexta-feira relativos ao emprego nos EUA, que revelaram um mercado de trabalho mais forte do que o esperado pelos investidores, o que pode condicionar o "timing" do corte dos juros previsto pela Reserva Federal (Fed) – cenário desfavorável para o ouro, que não remunera juros.
Na última semana, a Fed acalmou os ânimos dos investidores e sublinhou que precisa de mais provas de que a inflação está a diminuir para poder descer os juros em breve.
De acordo com a Bloomberg, o grupo UBS acredita que o ouro vai chegar aos 2.500 dólares por onça no final do ano, justificado por um "renascimento" da procura por fundos negociados em bolsa.
O petróleo desvaloriza - após ter registado um pico -, depois de Israel ter anunciado a retirada de algumas tropas de Gaza.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,87% para 86,15 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,10% para 90,17 dólares por barril.
O escalar das tensões no Médio Oriente tem feito subir os preços do petróleo, elevando possibilidade de ultrapassar os 100 dólares por barril.
No domingo, Israel anunciou a diminuição da presença militar no sul de Gaza, com o foco agora mais centrado na operação de Rafah. Ainda assim, continua o impasse acerca de um possível cessar-fogo.
De notar ainda a esperada resposta do Irão ao ataque de Israel à sua embaixada na Síria.
A afetar também a negociação do petróleo estão os dados do emprego nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, que sugerem que a economia se mantém robusta, o que pode levar a Reserva Federal norte-americana a adiar o esperado corte das taxas de juro.
A atenção foca-se agora nos dados da inflação nos EUA e na China, que, além da questão das taxas de juro, ajudam a avaliar a saúde da economia dos dois maiores consumidores de petróleo do mundo.
O euro está a subir face ao dólar, numa semana em que o Banco Central Europeu (BCE) tem novo encontro marcado, na quinta-feira.
A moeda única valoriza 0,16% para 1,0854 dólares.Apesar de estar a perder contra o euro, a nota verde ganha 0,45% face ao franco suíço e 0,13% perante o iene. A moeda japonesa aproxima-se dos 152 ienes por dólares, numa altura em que os investidores testam a disponibilidade do ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, para intervir no mercado cambial. Já face à libra, o dólar cede 0,12%. A menor robustez do dólar observa-se antes da leitura da inflação nos Estados Unidos relativa a março, que será conhecida na quarta-feira.
Já face à libra, o dólar cede 0,12%.
A menor robustez do dólar observa-se antes da leitura da inflação nos Estados Unidos relativa a março, que será conhecida na quarta-feira.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira, o que significa menor apetite dos investidores por obrigações.
Esta semana vai ficar marcada por uma nova decisão relativamente às taxas de juro pelo Banco Central Europeu, que reúne esta quinta-feira em Frankfurt. Os investidores não esperam descidas anunciadas já neste encontro, mas sim que Christine Lagarde deixe mais clara a intenção de baixar os juros na reunião que está agendada para 6 de Junho. Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a 10 anos, subiram 1,9 pontos base, para 3,077%, enquanto no país vizinho a "yield" agravou-se em 1,7 pontos, para 3,248%. Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, avançaram 3,7 pontos base, para 2,433%. Já "yield" da dívida italiana aumentou 1,1 pontos, até aos 3,819%, e a da dívida francesa agravou-se em 1,7 pontos base, para 2,921%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, avançaram 3,7 pontos base, para 2,433%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica subiu 1,6 pontos base para 4,083%.
As bolsas europeias encerraram no verde, no arranque de uma semana que será marcada por novos dados económicos e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,49% para 509,01 pontos, com os setores dos recursos minerais e o automóvel a comandarem as subidas (1,96% e 1,29%, respetivamente).
A subida do índice de referência observa-se depois de na semana passada ter registado a primeira queda semanal desde janeiro deste ano.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,3%, o francês CAC-40 somou 0,72%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,41%, o italiano FTSE Mib registou uma subida de 0,9% e o AEX, em Amesterdão, avançou 0,48%. Só o espanhol Ibex 35 perdeu 0,04%.
O foco dos investidores está esta semana em mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. A grande questão prende-se com o "timing" em que a autoridade monetária vai começar a descer os juros, sendo que a expectativa é de que tal irá acontecer no verão.
"São esperadas poucas surpresas da reunião do BCE na próxima quinta-feira, que é considerada uma reunião de transição antes daquela que acontecerá em junho. As nossas previsões estão em linha com o consenso de mercado, uma vez que não esperamos grandes anúncios e que a tão antecipada primeira descida irá ocorrer na reunião de junho", afirmou Cristina Gavín, gestora de fundos na Ibercaja Gestión, em declarações à Bloomberg.
Já Kamil Kovar, economista na Moodys Ratings, acredita que "as pombas estão a preparar caminho" para um corte dos juros em julho, defendeu.
Além do encontro de política monetária do BCE, a leitura da inflação de março nos Estados Unidos, na quarta-feira, também será vista com atenção.
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