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Ao minuto09.07.2025

Europa no verde impulsionada pela banca e acordo comercial. Unicredit sobe quase 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

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Trading, bolsas, corretagem, corretora, negociação, ações, traders, operadores, wall street Ole Berg-Rusten/AP
09 de Julho de 2025 às 17:58
09.07.2025

Europa pintada de verde impulsionada pela banca e acordo comercial. Unicredit sobe quase 5%

Analista acompanha desempenho da Unicredit e acordo comercial

As principais bolsas europeias terminaram a sessão pintadas de verde pela terceira sessão consecutiva. O sentimento otimista veio sobretudo das ações ligadas à banca, , alimentando a especulação sobre novos acordos bancários na Europa. 

Além disso, acredita-se que a União Europeia esteja perto de fechar um acordo comercial com os EUA, antes do novo prazo de 1 de agosto. Os negociadores europeus estão a tentar proteger algumas indústrias chave para o bloco. “Os investidores estão otimistas quanto a um acordo com a Europa e estão a antecipá-lo com ganhos”, disse Georges Debbas, do BNP Paribas Markets 360, à Bloomberg.

Neste contexto, a 3% abaixo do recorde atingido em março, o índice pan-europeu Stoxx 600 registou uma subida de 0,78% para 549,96 pontos, impulsionado pela subida de 2% do setor da banca. A destoar o sentimento esteve o setor dos media, que recuou 2,34%, à boleia da queda de quase 20% do grupo WPP após ter revisto em baixa as suas perspetivas de receitas para o resto do ano, uma vez que se debate com despesas e novos negócios mais fracos do que o previsto.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX somou 1,42%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,24%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,6%, o francês CAC-40 avançou 1,44% e o holandês AEX, que registou ganhos de 0,22%. Por fim, o britânico FTSE 100 ganhou 0,14%.

O italiano Unicredit duplicou a sua participação no alemão Commerzbank, passando, com 20% do capital, a ser o maior acionista da instituição financeira germânica. E quer elevar a posição ainda mais, para 29%. As ações do italiano subiram quase 5%, enquanto as do alemão avançaram apenas 0,3%. 

Noutros movimentos empresariais, a francesa EssilorLuxottica subiu 5,6%, uma vez que a Meta Platforms, dona do Facebook e Instagram, comprou uma participação minoritária na maior fabricante de óculos do mundo para avançar nos projetos de óculos com inteligência artificial.

A bolsa de Paris teve hoje uma estreia na negociação, a Semco Technologies, que acabou o dia a subir 47%.

Na próxima semana, as cotadas começam a apresentar os lucros do segundo trimestre, com os investidores a procurarem pistas sobre o impacto do aumento das tarifas nos negócios. 



09.07.2025

Juros da Zona Euro desagravam após adiamento de tarifas

As yields das obrigações soberanas da Zona Euro registaram desagravamentos moderados esta quarta-feira, num momento em que os investidores continuam a olhar para as obrigações como refúgio devido à incerteza comercial, apesar do prolongamento do prazo para a imposição de tarifas pela Administração Trump.

Os juros das “Bunds” a 10 anos da Alemanha, de referência para o continente europeu, caíram 1,5 pontos base para 2,670%, enquanto as congéneres francesas perderam 0,4 pontos para 3,358%.

No sul da Europa, as yields de Itália recuaram 1,3 pontos para 3,522%, os juros de Espanha perderam 0,8 pontos base para 3,290% e as yields de Portugal caíram 1,3 pontos para 3,107%.

Esta quarta-feira, em Portugal, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP colocou 1.260 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a seis e a 27 anos, tendo conseguido um cupão de 2,57% e 3,78% para cada operação, respetivamente.

Fora da Zona Euro, as “Gilts” britânicas a 10 anos desceram 2,1 pontos para 4,609%.

09.07.2025

Dólar alivia ligeiramente após máximos de duas semanas face ao iene

dólar

O dólar recua ligeiramente esta quarta-feira, após ter atingido máximos de mais de duas semanas frente ao iene, impulsionado pelas novas ameaças comerciais de Donald Trump. O índice do dólar da Bloomberg cede 0,05% para os 97,470 pontos.

A moeda norte-americana perde 0,14% para 146,38 ienes, mas mantém um ganho semanal de 1,5%, o maior desde dezembro. A postura dura de Trump, que prometeu , continua a penalizar o iene, sobretudo numa fase de incerteza política interna antes das eleições nipónicas.

Já o euro recua 0,04% para 1,1720 dólares, pressionado pelas dúvidas sobre possíveis isenções tarifárias por parte dos EUA. A libra sobe 0,07% para 1,3601 dólares, enquanto o dólar desvaloriza 0,19% face ao franco suíço, para 0,7945 francos.

09.07.2025

Ouro avança após mínimos de uma semana mas dólar forte limita ganhos

ouro

O ouro recupera terreno esta quarta-feira, após ter atingido mínimos de mais de uma semana, com os investidores atentos às negociações comerciais entre Washington e os seus parceiros e à divulgação das minutas da Fed. O metal sobe 0,18% para 3.307,78 dólares por onça, apoiado pela incerteza geopolítica, mas limitado pela valorização do dólar e pela subida das “yields”.

, os preços recuaram com a força do dólar e os juros a dez anos dos EUA próximos de máximos de três semanas. “A curto prazo, o dólar está a recuperar das recentes quedas, retirando algum fôlego ao mercado do ouro. Mas numa perspetiva de longo prazo, os preços continuam bem suportados”, afirmou David Meger, diretor de trading de metais na High Ridge Futures, citado pela Reuters.

No plano geopolítico, a União Europeia afirmou estar a trabalhar para alcançar um acordo com Washington até ao final do mês, enquanto Donald Trump prometeu divulgar novos avisos tarifários dirigidos a países ainda não identificados. As minutas da reunião da Reserva Federal de junho, que serão divulgadas esta tarde, poderão trazer novos sinais sobre o calendário de possíveis cortes nas taxas de juro, embora o mercado antecipe que qualquer flexibilização só aconteça em setembro.

09.07.2025

"Stocks" de crude nos EUA aumentam e pressionam preços do petróleo

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo estão a cair, contrariando a tendência registada durante a manhã, depois de os "stocks" dos EUA terem aumentado de forma inesperada, sobrepondo-se aos comentários dos Emirados Árabes Unidos e da maior empresa petrolífera da Arábia Saudita sobre as restritivas condições do mercado. 

Após dois dias de ganhos, o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, perde 0,6% para 67,92 dólares por barril. Já o Brent, referência europeia, recua 0,47% para 69,82 dólares.

Os inventários de crude do lado de lá do Atlântico aumentaram mais de sete milhões de barris na semana passada, de acordo com o API, o American Petroleum Institute. Este é o maior aumento desde janeiro, caso seja confirmado pelos dados do Governo norte-americano mais tarde esta quarta-feira. 

O relatório ofuscou os comentários do ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, que afirmou que a falta de grandes "stocks" de "ouro negro" indica que o mercado petrolífero precisa de mais produção do que aquela que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) está a relançar.

Já a empresa estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, disse que tem visto uma procura mundial "saudável", apesar dos desafios comerciais e das tarifas. Aliás, a companhia petrolífera prevê que a procura mundial aumente em cerca de 1,2 milhões a 1,3 milhões de barris por dia durante o resto do ano, depois de ter crescido 1,5 milhões no primeiro trimestre.  

"As condições de mercado atuais estão bastante apertadas", disse Ole Hansen, do Saxo Bank, à Bloomberg, que admite ainda estar preocupado que, no outono, o mercado chegue a um excedente, com a desaceleração da procura. 

O foco do mercado está na oferta da OPEP+, com vários analistas a destacarem o aperto do mercado a curto prazo, e na política comercial dos EUA.


09.07.2025

Wall Street em alta no "Dia D". Novas tarifas dos EUA no horizonte

Operador acompanha dados nos monitores na bolsa de valores

As bolsas norte-americanas arrancaram em alta esta quarta-feira, no tão esperado dia 9 de julho, ao mesmo tempo que os investidores acompanham de perto as negociações dos EUA com os parceiros comerciais e deixam de lado as preocupações com os no início desta semana.

Esta quarta-feira é a data limite estabelecida por Donald Trump para notificar os parceiros comerciais das novas tarifas que pretende aplicar – com ou sem negociação prévia.

dando mais tempo aos países para negociarem um acordo comercial com a Casa Branca – Trump terá ainda sinalizado que vai dar mais atualizações sobre o "status" dos acordos de pelo menos sete países ainda hoje.

Assim, o foco dos investidores parece estar nas perspetivas de assinatura de acordos. Neste contexto, o S&P 500 sobe 0,42% para 6.255,68 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,65% para 20.551,72 pontos e o industrial Dow Jones ganha 0,54% para 44.481,32 pontos.

“No passado, o mercado já reagiu de forma exagerada aos anúncios comerciais de Trump, por isso penso que os investidores estão a ser prudentes e cautelosos”, disse Stéphan Deo, gestor na Eleva Capital, em declarações à Bloomberg. “Dito isto, as tarifas acabarão por ser muito mais altas no outono do que no início do ano, o que alimentará a inflação”, acrescentou. 

Também hoje, a Reserva Federal norte-americana divulga as atas do seu último encontro, nas quais os investidores vão procurar pistas sobre qual será o momento do primeiro corte de juros deste ano nos EUA.

Entre os principais movimentos de mercado, a Microsoft ganha 1% depois de a Oppenheimer ter revisto em alta a recomendação atribuída, citando o potencial de subida, já que as receitas com inteligência artificial (IA) crescem rapidamente e “os investidores consideram a empresa como um dos vencedores de IA a longo prazo em software”, explicaram.

A AES dispara quase 15% depois de a Bloomberg ter noticiado que a empresa está a considerar propostas de compra de vários fundos de investimento.


09.07.2025

Euribor volta a subir a três, seis e 12 meses

casas habitacao predios imobiliario lisboa

A Euribor subiu esta quarta-feira em todos os prazos em relação a terça-feira, à semelhança do que aconteceu na véspera, afastando-se dos mínimos com quase três anos atingidos nos últimos dias.

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que subiu para 1,969%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,051%) e a 12 meses (2,083%).

A taxa Euribor a seis meses, que em janeiro de 2024 passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,051%, mais 0,032 pontos que na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável e mais de metade (51%) dos novos empréstimos deste tipo. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,3% e 25,6% do 'stock', respetivamente, e 40,1% e 5,0% dos novos contratos.

No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, aumentou para 1,969%, mais 0,021 pontos face a terça-feira. No mesmo sentido, a Euribor a 12 meses avançou 0,034 pontos face à véspera, para 2,083%.

Na última reunião de política monetária, realizada nos dias 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

09.07.2025

Europa avança apesar da névoa em torno da política comercial dos EUA. WPP afunda mais de 16%

Mercados financeiros refletem otimismo com dados de empresas e índices positivos

As principais praças europeias estão a negociar em território positivo, apesar de toda a incerteza que continua a rodear a política comercial norte-americana. Os investidores continuam à procura de sinais que as , principalmente depois de Donald Trump ter enviado algumas farpas a Bruxelas, apontando o dedo às restrições e sanções que os 27 têm contra as tecnológicas do país. 

A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, valoriza de forma modesta, com ganhos de 0,16% para 546,56 pontos, com a banca a encabeçar os ganhos da região. Já os setores mineiro e da saúde estão sob pressão, após o Presidente dos EUA ter anunciado que e está a estudar a possibilidade de introduzir taxas alfandegárias até 200% a produtos farmacêuticos. 

No entanto, o setor que mais desvaloriza, neste momento, é mesmo o dos media, pressionado pela queda de 16% da WPP em bolsa. A agência de publicidade britânica reviu em baixa as expectativas de lucro para o resto do ano, citando uma menor procura pelos serviços e novos modelos de negócios. 

Por sua vez, a EssilorLuxottica dispara 5,51% para 252,60 euros, depois de a . O acordo reforça a aposta da gigante de tecnologia norte-americana no conceito de óculos inteligentes, alimentados por inteligência artificial (IA). 

Com a guerra comercial a ocupar o palco principal das preocupações dos investidores, a época de resultados do segundo trimestre – que arranca já na próxima semana – pode vir a dar novos catalisadores às ações europeias, que, apesar das desvalorizações mais recentes, continuam a negociar próximas de máximos históricos. No entanto, é possível que as tarifas de Trump já estejam a fazer sentir o seu impacto, com o Goldman Sachs a reafirmar uma postura "neutra" em relação aos títulos da região. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX soma 0,41%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,81%, o italiano FTSEMIB ganha 0,55%, o francês CAC-40 avança 0,43% e o britânico FTSE 100 sobe 0,13%. Já o holandês AEX contraria a tendência de negociação e cede 0,04%. 

09.07.2025

Juros aliviam na Zona Euro. Potugal e Alemanha voltam ao mercado da dívida

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro arrancaram a sessão desta quarta-feira com alívios, num dia em que Portugal e Alemanha voltam ao mercado da dívida para se financiarem em milhares de milhões de euros. Estas movimentações acontecem depois de as "yields" dos vários países da região ter disparado na sequência de uma emissão de dívida alemã que teve pouca procura. 

Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, cedem 1,5 pontos base para 2,669%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade recuam 1 ponto para 3,352%.

Entre os países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa a dez anos deslizam 1,6 pontos base para 3,104% e os das espanholas caem 1,1 pontos para 3,288%. Em Itália, a "yield" das obrigações de referência perde 1,8 pontos para 3,517%. 

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar, pelas 10:30 horas de hoje, dois leilões das obrigações do Tesouro com maturidade em 17 de outubro de 2031 e 12 de abril de 2052. No conjunto, Portugal pretende captar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

Fora da Zona Euro, as "Gilts" britânicas seguem a mesma tendência de alívio, com os juros a caírem 0,9 pontos para 4,621%, num dia em que o Reino Unido também vai ao mercado da dívida para se financiar em 4,5 mil milhões de libras. 

09.07.2025

Euro perde valor com aproximação do fim do prazo para negociação de tarifas

euros dinheiros notas moedas

Faltam menos de 24 horas para o fim do prazo dado por Donald Trump, presidente dos EUA, para que os países cheguem a um acordo comercial no que à aplicação de tarifas diz respeito. A não existência ainda de "fumo branco" entre a UE e os EUA está a tirar força ao euro, apesar de se falar num

Ao início da manhã desta quarta-feira, o euro perde 0,05% para os 1,1719 dólares. O euro segue também a perder face à libra esterlina, recuando 0,13% para as 0,8618 libras.

A moeda britânica é aquela que está a ter o melhor arranque do dia, ganhando 0,17% face à divisa americana para os 1,3598 dólares e subindo 0,20% face ao iene, para 199,54 unidades da moeda japonesa.

Destaque ainda para o dólar australiano, que sobe 0,17% para 0,6535 dólares americanos.

09.07.2025

Petróleo em subida com investidores atentos sobre as tarifas e aumentos da OPEP+

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo estão a subir esta quarta-feira, depois de uma descida ligeira no início da manhã. Os investidores aguardam por sinais mais claros sobre a aplicação das novas tarifas norte-americanas, enquanto antecipam um possível aumento das reservas de crude nos EUA.

O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, sobe 0,47% para 68,65 dólares por barril. Já o Brent, referência europeia, avança 0,47% para 70,48 dólares.

As palavras do presidente norte-americano, Donald Trump, continuam a lançar incerteza sobre os mercados. Depois de adiar a entrada em vigor das tarifas para 1 de agosto, Trump garantiu agora que “não serão concedidas extensões”, deixando pouca margem de manobra para os parceiros comerciais. Afirmou ainda que irá aplicar e avançar com as “prometidas há muito” taxas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos, alargando o alcance da disputa comercial.

“Os fatores de pressão incluem as incertezas em torno da implementação de vários tipos de tarifas dos EUA - tanto por país como por setor”, sublinha Kelvin Wong, analista da OANDA, citado pela Reuters.

A nível fundamental, os dados preliminares do American Petroleum Institute (API) apontaram para um aumento de 7,1 milhões de barris nos inventários de crude, o que poderá exercer pressão adicional sobre os preços, embora os stocks de produtos refinados tenham recuado. Os dados oficiais da Administração de Informação Energética (EIA) serão divulgados esta tarde.

Do lado da oferta, a OPEP+ anunciou, no sábado, um aumento de produção de 548 mil barris por dia em agosto. Segundo fontes citadas pela Reuters, o grupo deverá aprovar novo acréscimo semelhante para setembro, completando o desmantelamento das restrições voluntárias. Ainda assim, o mercado mantém-se resiliente: “Os preços do petróleo têm-se mantido surpreendentemente firmes, apesar do aumento da oferta da OPEP+”, nota Suvro Sarkar, da DBS Bank.

(Notícia atualizada às 9h17)

09.07.2025

Ouro atinge mínimo de mais de uma semana com força do dólar e subida dos juros nos EUA

ouro

O preço do ouro prolonga a tendência de queda esta quarta-feira, pressionado pela valorização do dólar e pelo aumento dos juros da dívida norte-americana, num contexto de crescente incerteza comercial. A ameaça de novas tarifas por parte de Donald Trump continua a alimentar receios nos mercados e a penalizar os ativos considerados refúgios.

A esta hora, o ouro recua 0,35% para 3.290,21 dólares por onça, depois de ter atingido o nível mais baixo desde 30 de junho. A queda acompanha o fortalecimento do índice do dólar, que subiu 0,2% após alcançar um máximo de duas semanas na véspera, enquanto os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos mantêm-se próximos dos níveis mais elevados em três semanas.

O agravamento do custo da dívida torna o ouro menos atrativo, ao mesmo tempo que a valorização da divisa norte-americana encarece o metal para os investidores com outras moedas.

De acordo com a Reuters, Trump voltou a subir o tom nas disputas comerciais ao prometer e ao avançar com as ameaças antigas de taxas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos. O presidente norte-americano reiterou também a intenção de aplicar tarifas de 10% aos países do grupo BRICS.

Os investidores aguardam agora pela publicação da ata da última reunião da Reserva Federal, prevista para esta quarta-feira, na expectativa de obter pistas sobre o rumo da política monetária nos EUA.

09.07.2025

Investidores cautelosos com tensões comerciais. Ásia e Europa divididas

As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira divididas entre ganhos e perdas, numa altura em que a política comercial dos EUA continua a definir o sentimento de negociação e a deixar os investidores bastante cautelosos - principalmente depois de Donald Trump ter ameaçado introduzir tarifas de 50% sobre o cobre, o que fez os preços do metal dispararem e atingirem máximos históricos. 

O Presidente norte-americano recusou ainda extender o prazo para a implementação das taxas alfandegárias anunciadas no Dia da Libertação. 1 de agosto é a data final e uma série de países já recebeu cartas com as tarifas a aplicar, caso não cheguem a acordo com Washington. A União Europeia deve receber uma nos próximos dias, apesar de as negociações entre o bloco de 27 países e os EUA continuarem a toda a força - embora Trump não se tenha acanhado na hora de lançar farpas a Bruxelas. Neste contexto, as principais praças europeias apontam para uma abertura sem rumo. 

Com as tensões comerciais a crescerem, os investidores mostram-se divididos. Na China, o Shanghai Composite alcançou a melhor cotação de fecho desde janeiro de 2022, com o índice a crescer 0,13%. Também o "benchmark" da negociação continental, o CSI 300, conseguiu terminar no verde, apesar dos pequenos ganhos de 0,01%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,10%. 

Nas restantes praças asiáticas, os japoneses Nikkei 225 e Topix encerraram ambos em território positivo, ao avançarem 0,10% e 0,26% respetivamente, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 0,58% e o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,32%. 

“A recente série de vitórias de Trump - tanto na frente comercial como geopolítica - reduziu efetivamente a fasquia do Presidente para a escalada de tensões , transformando as ameaças tarifárias num ruído de fundo interminável”, explica Hebe Chen, analista de mercado da Vantage Markets, à Bloomberg. "Os mercados não estão apenas cansados, estão perdidos num nevoeiro cada vez mais espesso. Por agora, a atitude inteligente é ficar quieto e esperar que algo real atravesse o nevoeiro", conclui. 

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