Meta compra posição minoritária na maior fabricante de óculos do mundo
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
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Meta compra posição minoritária na maior fabricante de óculos do mundo
A Meta Platforms, dona de redes sociais como o Facebook e Instagram, adquiriu uma participação quase 3% da francesa EssilorLuxottica, a maior fabricante de óculos do mundo, o que equivale a cerca de 3 mil milhões de euros (3,5 mil milhões de dólares, à taxa de câmbio atual).
O acordo reforça o compromisso da gigante de tecnologia norte-americana com a indústria de óculos inteligentes, alimentados por inteligência artificial (IA), que tem crescido a passos largos. A empresa sediada na Califórnia está ainda a considerar aumentar a participação para cerca de 5% ao longo dos próximos meses, segundo avançou a Bloomberg.
Atualmente, a Meta vende um par de óculos inteligentes da marca Ray-Ban, que estrearam em 2021, com câmaras incorporadas e um assistente de IA. No mês passado, lançou uma outra gama de óculos da marca Oakley com a EssilorLuxottica.
Em bolsa, a reação dos investidores foi moderada e a Meta acabou por subir 0,3% para 720,67 dólares por ação. A compra foi noticiada depois do fecho dos mercados europeus, pelo que a Essilor irá reagir apenas na sessão de quarta-feira.
Trump ameaça com tarifa de 50% sobre cobre e faz metal disparar 17% para recorde
O cobre chegou a escalar 17% para 5,8955 dólares por libra-peso para um novo máximo histórico, depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado impor uma tarifa de 50% sobre as importações do metal industrial.
“Acredito que a tarifa sobre o cobre será de 50%”, disse Trump quando questionado sobre qual seria a taxa sobre esses materiais, durante uma reunião do Executivo, que foi transmitida em direto pela Casa Branca. O republicano explicou que queria implementar a taxa como parte de um conjunto de tarifas por setores.
No final de fevereiro, Trump instruiu o secretário do Comércio a abrir uma investigação sobre as importações de cobre a países estrangeiros, que deverá apresentar um relatório em 270 dias. A lei norte-americana confere ao Presidente autoridade para impor restrições por razões de segurança nacional.
Entretanto, os ganhos do cobre reduziram-se, mas ainda sobem 8% para 5,432 dólares por libra-peso.
Negociações com os EUA animam Europa. Fabricantes de bebidas ganham com possível isenção de tarifas
As principais praças europeias fecharam em alta ligeira, animadas com o adiamento do fim da pausa das chamadas tarifas "recíprocas" para 1 de agosto, e com a aparente abertura do Presidente norte-americano para negociar acordos com os parceiros. O Japão, por exemplo, seria alvo de taxas aduaneiras de 25%, mas responsáveis dos dois países já falaram ao telefone, o que pode indicar que o valor pode ser revisto.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, fechou a negociação a avançar 0,41% para 545,71 pontos.
Quanto à União Europeia, a proposta norte-americana em cima da mesa é de 10%, mas o bloco estará a tentar negociar isenções para alguns produtos, incluindo vinho e outras bebidas alcoólicas, de acordo com pessoas próximas da negociações, citadas pela Bloomberg. Essa possibilidade fez disparar as ações dos fabricantes de bebidas: a Remy Cointreau ganhou 4,2% e a Pernod Ricard avançou 3,2%.
Mas foram os setores automóvel e de recursos naturais que lideraram os ganhos, numa sessão em que o imobiliário foi o setor que mais perdeu.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX somou 0,55%, o espanhol IBEX 35 valorizou 0,03%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,67%, o francês CAC-40 avançou 0,56%, o holandês AEX, que registou ganhos de 0,30% e o britânico FTSE 100 subiu 0,54%.
"Esta resposta tímida dos mercados deve-se ao facto de Trump ter afirmado que o prazo é 'firme, mas não 100% firme', bem como ao ceticismo generalizado face à atual política comercial dos EUA. Tendo em conta prazos anteriores e tarifas já estabelecidas, os mercados já se habituaram a uma certa margem interpretativa em relação aos anúncios do Presidente americano", diz Henrique Valente, analista da ActivTrades Europe, numa nota a que o Negócios teve acesso.
"Na Europa, o euro continua a ser um dos grandes beneficiários da perda relativa de confiança nos EUA, a subir 40 pontos base esta manhã. Os responsáveis europeus continuam a apontar esta quarta-feira como prazo para as negociações comerciais, mas, face ao adiamento aplicado aos restantes países, não surpreenderia que a UE viesse também a beneficiar da extensão até 1 de agosto", acrescenta.
Apesar desta expectativa de alguma flexibilidade no prazo das negociações, Donald Trumpo fez hoje saber que será firme na entrada em vigor. "As tarifas vão começar a ser pagas a de 1 agosto de 2025. Não houve nenhuma alteração a esta data, e não haverá nenhuma alteração", escreveu na Truth Social.
Juros da dívida da Zona Euro estendem subidas
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se pelo segundo dia consecutivo, depois de a Alemanha ter emitido 5 mil milhões de euros em dívida a cinco anos, que acabou por ter pouca procura.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, aceleraram 4,4 pontos base para 2,685%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade cresceu 4,3 pontos para 3,362%.
Entre os países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa e espanhola a dez anos avançaram 4,1 pontos base cada, para 3,120% e 3,298%, respetivamente. Em Itália, a "yield" das obrigações de referência saltou 4,6 pontos para 3,535%.
Fora da Zona Euro, as "Gilts" britânicas seguem a mesma tendência de agravamento, com os juros a crescerem 4,7 pontos para 4,631%.
Iene cai para mínimos de duas semanas face ao dólar
O iene está a perder terreno para o dólar norte-americano, estando a negociar em mínimos de duas semanas, depois de os Estados Unidos terem imposto uma tarifa de 25% aos produtos importados do Japão.
O dólar dos EUA está a avançar face às principais divisas, com os investidores a reagirem à mais recente onda de imposição de tarifas por parte de Donald Trump, ao mesmo tempo que se espera que a maior economia do mundo consiga assinar mais acordos comerciais com outros parceiros até 1 de agosto, data em que as tarifas entram em vigor.
Em foco está um acordo com a União Europeia que o mercado espera que seja delineado mesmo antes do prazo de 9 de julho, ou seja, já esta quarta-feira. A UE está confiante de que ainda esta semana vai concluir um acordo preliminar com os EUA que define uma taxa de 10% a partir de agosto.
O dólar sobe 0,55% para 146,86 ienes, e o euro avança 0,43% para 171,77 ienes. Já o euro desce o,12% para 1,1695 dólares. O índice do dólar ganha 0,36% para 97,832 pontos.
Nota ainda para o dólar australiano que escalou face à moeda norte-americana, depois de o banco central do país ter decidido deixar inalteradas as taxas de juro. A esta hora, o dólar australiano soma 0,37% para 0,6515 dólares dos EUA.
Petróleo recua com mercado atento a tarifas dos EUA e aumento da produção da OPEP+
Os preços do petróleo recuam ligeiramente esta terça-feira, após a valorização da véspera, com os investidores a ponderarem o impacto económico das novas tarifas comerciais dos Estados Unidos e a resposta da oferta global, à medida que a OPEP+ se prepara para aumentar a produção.
O West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, desce 0,37% para 67,68 dólares por barril, enquanto o Brent, referência europeia, recua 0,10% para 69,51 dólares.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na segunda-feira, tarifas de 25% sobre bens provenientes de países como o Japão e a Coreia do Sul, com entrada em vigor prevista para 1 de agosto, embora tenha admitido margem para eventuais extensões. Esta incerteza está a pesar nas perspetivas de crescimento económico global e, consequentemente, na procura por petróleo.
Ao mesmo tempo, os investidores continuam a digerir a decisão da OPEP+ de aumentar a produção em 548 mil barris por dia em agosto, valor acima dos 411 mil barris das subidas mensais anteriores.
Apesar disso, alguns analistas apontam para uma tendência de equilíbrio no curto prazo. De acordo com a Reuters, os ataques Houthi no Mar Vermelho e a escassez de destilados médios (que incluem produtos como gasóleo) continuam a dar suporte aos preços, sobretudo numa altura de forte procura sazonal nos EUA. Ainda assim, analistas do HSBC alertam que a conjugação entre maior oferta e o fim do pico da procura no final do verão poderá aumentar os riscos de queda nos preços, com o Brent a recuar para perto dos 65 dólares nos meses de outono, segundo previsões do Commerzbank.
Ouro recua com otimismo comercial e subida dos juros norte-americanos
O preço do ouro desvaloriza esta terça-feira, penalizado pelo ligeiro otimismo em torno das negociações comerciais entre os Estados Unidos e os seus principais parceiros, bem como pela valorização do dólar e pela subida dos juros da dívida norte-americana. A retoma do apetite pelo risco retira força ao ativo de refúgio por excelência.
A cotação do ouro recua 0,77% para 3.310,96 dólares por onça, pressionada pela valorização do dólar e pela subida da “yield” das obrigações do Tesouro a 10 anos para máximos de mais de duas semanas.
Segundo a Reuters, Japão e Coreia do Sul anunciaram esta terça-feira a intenção de intensificar as negociações com Washington, na tentativa de suavizar os efeitos das tarifas de 25%, anunciadas por Donald Trump, cuja entrada em vigor está agora prevista para 1 de agosto. Esta nova “janela negocial” tem alimentado um ligeiro alívio nos mercados, limitando a procura por ativos considerados mais seguros.
Além das tensões comerciais, os investidores aguardam a divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal, marcada para esta quarta-feira, bem como os discursos de vários responsáveis do banco central ao longo da semana. A expectativa generalizada aponta para que a Fed adie novos cortes de juros para 2026, o que poderá limitar a valorização do ouro no curto prazo.
Wall Street sem rumo à espera de mais acordos comerciais. Investidores estão otimistas
Os três principais índices norte-americanos arrancaram a sessão em terreno misto, entre pequenos ganhos e perdas, num momento em que os receios dos investidores sobre falta de acordos comerciais dos EUA com os restantes parceiros parecem dar lugar a alguma expectativa de que ainda há espaço para conversações antes do prazo, que termina esta quarta-feira.
O S&P 500 está inalterado em 6.230,38 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,24% para 20.451,17 pontos. Em contraciclo, o industrial Dow Jones cede 0,16% para 44.336,31 pontos.
Esta terça-feira, o Bank of America reviu em alta a meta do S&P 500 para o final do ano de 5.600 para 6.300 pontos. O Goldman Sachs está mais otimista e aponta agora para os 6.600 pontos, o que implica uma valorização de 1% e 6%, respetivamente, face ao valor do último fecho de 6.229,28 pontos.
Os mercados financeiros parecem assim estarem mais calmos e confiantes de que a estratégia da Casa Branca de escalar a guerra comercial serve apenas para a desacelerar. Esta segunda-feira, Washington enviou cartas a 12 países a definir a taxa das tarifas a partir de agosto. Entre os principais visados estão o Japão e a Coreia do Sul, com uma taxa de 25%, e a África do Sul, com 30%.
As negociações com a União Europeia estão no centro das atenções. O bloco está a tentar finalizar um acordo preliminar que fixaria uma taxa de 10% ao mesmo tempo que trabalha para um acordo sólido. Segundo o jornal Politico, os EUA terão proposto uma tarifa de 10% às importações da União Europeia, com taxas agravadas para bens como aeronaves e bebidas alcoólicas.
"Os mercados financeiros estão focados nas notícias positivas. A Europa está a trabalhar para garantir um 'rascunho' de um acordo com os EUA e o prazo de 9 de julho foi adiado por mais um mês. O mercado aprendeu a concentrar-se nos factos em vez de reagir às conversações", afirmou Wolf von Rotberg, estratega no Bank J. Safra Sarasin, à Bloomberg.
Ainda assim, alguns investidores continuam cautelosos quanto ao facto de a incerteza política persistente, aliada às preocupações sobre a crescente dívida pública norte-americana e aos ventos contrários geopolíticos poderem acabar por apanhar os mercados "desprevenidos".
Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla está a recuperar das perdas ontem registadas, e subia na abertura 1,5%, liderando as subidas entre as "megacaps". Já a Apple perde 0,32% depois de o responsável da empresa pelos modelos de inteligência artificial anunciar que está de saída para a Meta Platforms - que sobe 0,23%. A Alphabet sobe ligeiramente, após a Google ter sido alvo de uma queixa junto da Comissão Europeia por causa dos resumos realizados com inteligência artificial.
UE precisa de estar pronta para retaliar, diz ministro alemão sobre tarifas
O ministro das Finanças alemão diz que os europeus querem um acordo com os EUA, mas não a qualquer custo. Lars Klingbeil falava nesta terça-feira aos deputados parlamentares alemães quando sublinhou a necessidade de a União Europeia estar pronta para retaliar caso não consiga um acordo positivo com os EUA relacionado com as tarifas comerciais.
"Queremos um acordo com os americanos, mas também digo de forma muito clara que este acordo tem de ser justo. Se não formos bem sucedidos em alcançar um acordo justo com os EUA, então a União Europeia terá de tomar contramedidas para proteger a nossa economia", cita o Financial Times.
"Esta disputa comercial está a prejudicar-nos a todos, tem de acabar rapidamente. Os europeus ainda estão de mão aberta... Mas o acordo tem de ser justo. Não vamos aceitar qualquer coisa", defendeu Lars Klingbeil.
Euribor sobe a três, seis e 12 meses
A Euribor subiu hoje em todos os prazos em relação a segunda-feira, depois de ter atingido um novo mínimo desde outubro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que subiu para 1,948%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,019%) e a 12 meses (2,049%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,019%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, aumentou hoje para 1,948%, mais 0,004 pontos do que na segunda-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a 12 meses subiu para 2,049%, mais 0,005 pontos do que na segunda-feira.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Arranque misto nas bolsas europeias à espera de um acordo com os EUA
O relógio continua a contar. Quando faltam menos de 40 horas para o prazo definido pelos EUA para a fixação de valores de tarifas comerciais à União Europeia, os mercados estão a aguentar os desempenhos de segunda-feira: há subidas e quebras, mas todas subtis.
O Stoxx 600, índice de referência na Europa, está a recuar 0,06% para os 543,19 pontos. A acompanhar o ciclo negativo estão também o francês CAC40 (- 0,17%) e o neerlandês AEX (- 0,23%).
Já as praças que estão a registar ganhos são o espanhol IBEX (0,01%), o alemão DAX (0,11%) e o britânico FTSE (0,05%).
Os diferentes índices estão também a ser influenciados pelas reações dos países aos quais já foram fixadas tarifas comerciais. Mas segundo Stéphane Ekolo, da área de estratégia da empresa TSF Derivatives, citada pela Bloomberg, a abertura dos EUA para negociarem melhores acordos com estas nações está a trazer algum otimismo aos mercados europeus. "Evitámos o pior cenário", sublinhou, referindo-se a uma eventual posição irredutível que os EUA poderiam ter assumido.
Donald Trump, presidente dos EUA, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, tiveram uma "boa conversa" no domingo. A Bloomberg refere que os países europeus estão à procura de um acordo em torno dos 10% para as tarifas.
A esta hora, o setor da banca (0,32%), da tecnologia (0,18%) e o industrial (0,10%) são aqueles que puxam mais pelas praças europeias, com os setores das telecomunicações (- 0,53%) e dos serviços (- 0,34%) são os que estão a influenciar negativamente as variações dos índices.
Juros agravam-se na Zona Euro. Alemanha vai ao mercado para emitir 5 mil milhões
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta terça-feira, num dia marcado por uma série de idas ao mercado obrigacionista, com a Alemanha a emitir 5 mil milhões de euros em dívida a cinco anos. Os investidores vão estar ainda atentos à intervenção de Joachim Nagel, governador do banco central alemão, à procura de pistas sobre o futuro da política monetária do bloco de 20 países.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, aceleram 3,3 pontos base para 2,674%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade cresce 2,8 pontos para 3,347%.
Entre os países da Europa de sul, os juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 2,5 pontos base para 3,104%, enquanto os das espanholas sobem 2,8 pontos para 3,285%. Na Itália, a "yield" das obrigações de referência salta 2,6 pontos para 3,514%.
Fora da Zona Euro, as "Gilts" britânicas seguem a mesma tendência de agravamento, com os juros a crescerem 1,5 pontos para 4,599%.
Petróleo corrige de ganhos de mais de 2% da sessão anterior
Os preços do petróleo estão a cair ligeiramente esta terça-feira, depois de terem acelerado quase 2% na sessão anterior, com a abertura de Donald Trump para negociar a magnitude das tarifas com os seus parceiros comerciais a eclipsar o aumento da produção da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) previsto para agosto - um incremento superior ao adotado nos três meses anteriores.
A esta hora, o WTI (West Texas Intermediate), referência norte-americana, cede 0,32% para 67,71 dólares por barril enquanto o Brent, referência europeia, derrapa 0,24% para 69,27 dólares.
Apesar de continuar numa política de abrir cada vez mais as torneiras, os níveis de produção dos países membros da OPEP não têm aumentado nos valores apresentandos pela organização. De acordo com analistas citados pela Reuters, a grande parte dos aumentos tem sido efetuado pela Arábia Saudita, determinada a recuperar quota de mercado, enquanto os restantes países têm ficado para trás.
Para a próxima reunião, realizada a 3 de agosto, espera-se que a OPEP decida por um novo incremento da produção de 550 mil barris por dia em setembro. O "cartel" quase já reverteu os cortes na produção de 2,2 milhões de barris por dia que adotou para conseguir fazer crescer os preços do petróleo - uma decisão que custou quota de mercado à organização.
Nos EUA, há sinais de que a procura por crude continua forte, numa altura em que a época alta do consumo desta matéria-prima já chegou e estima-se que 72,2 milhões de americanos tenham viajado mais de 80km para celebrar o Dia da Independência do país - um valor recorde. "A procura imediata mantém-se saudável devido a fatores sazonais. No entanto, a dúvida reside em torno se se manterá forte o suficiente para absorver a oferta maior do que o previsto da OPEP+", explica Emril Jamil, analista sénior da LSEG Oil Research, à Reuters.
Dólar recua ligeiramente mas mantém força após anúncio de tarifas sobre o Japão
O dólar recua ligeiramente esta terça-feira, após os ganhos expressivos da véspera que foram impulsionados pelo anúncio de novas tarifas por parte dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou que países como Japão e Coreia do Sul enfrentarão taxas de 25% a partir de 1 de agosto, pressionando várias moedas asiáticas e reforçando a tensão nas negociações comerciais.
Apesar da correção de hoje, o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da “nota verde”, continua elevado, embora desça 0,22% para os 97,264 pontos.
Nas principais pares cambiais, o euro avança 0,38% para 1,1753 dólares, recuperando parte das perdas de segunda-feira. A libra esterlina também sobe 0,26% para 1,3637 dólares. Face ao iene japonês, o dólar mantém-se nos 146,14 ienes, depois de ter atingido um máximo de duas semanas, de acordo com a Reuters, com a moeda nipónica sob pressão após Trump reiterar a imposição de tarifas de 25% sobre bens japoneses. O dólar perde ainda terreno contra o franco suíço, recuando 0,26% para 0,7962 francos.
A política fiscal e comercial dos EUA continua a ser o principal fator de volatilidade nos mercados cambiais. Apesar das oscilações de curto prazo, a incerteza quanto à concretização de acordos com parceiros estratégicos, como a União Europeia, continua a manter os investidores em alerta.
Ouro com ligeira subida em manhã à espera de movimentações pós-tarifas
A resposta negativa de alguns países às tarifas aplicadas pelos EUA, cuja lista e respetivo valor foram conhecidos nesta segunda-feira, estão a dar alguma força à negociação do ouro no arranque desta terça-feira.
Isto porque continua a haver alguma incerteza sobre o que acontecerá no dia 1 de agosto: apesar de alguns valores tarifários já estarem definidos, os representantes de alguns desses países mantêm aberta a expectativa de que as tarifas anunciadas possam ainda vir a ser diferentes (mais baixas, leia-se). Perante a incerteza, a procura por ativos-refúgio torna-se mais apetecível para os investidores.
O ouro está a ser negociado a 3.337,74 dólares por onça, o que representa uma ligeira subida de 0,04%. Isto depois de o ouro ter perdido algum valor na negociação de segunda-feira.
O facto de o dólar estar a perder alguma força para o euro e para a libra na manhã desta terça-feira também ajuda a justificar a procura positiva pela negociação do ouro.
O paládio (1,18%), a platina (0,96%) e o cobre (0,85%) são outros metais que estão a negociar em alta no arranque desta terça-feira.
Abertura de Trump para negociar dá alento à Ásia. Otimismo não chega à Europa
As principais praças asiáticas encerraram a segunda sessão da semana maioritariamente em alta, numa altura em que, apesar de Donald Trump ter ameaçado uma série de países com cartas a revelarem a magnitude das tarifas que podem vir a enfrentar, também deixou a porta aberta a negociações, antes de as taxas aduaneiras entrarem em vigor a 1 de agosto. No entanto, o otimismo dos investidores não parece ter chegado à Europa, com a negociação de futuros a apontar para uma abertura no vermelho.
Mais de uma dezena de países - a maioria asiáticos - receberam cartas de Washington esta segunda-feira, com o Japão e a Coreia do Sul a serem galardoados com as menores tarifas. Os produtos oriundos dos dois países vão passar a enfrentar taxas aduaneiras de 25% à entrada nos EUA, o mesmo valor que a Malásia e o Cazaquistão, caso estes países não cheguem a acordo com a Casa Branca. Já para Laos e Myanmar, Donald Trump reservou as tarifas mais severas, de 40%. Caso decidam retaliar, os EUA vão acrescentar uma sobretaxa de 25% às taxas que vão cobrar.
Neste contexto, os japoneses Nikkei 225 e Topix encerraram em alta, com ganhos respetivos de 0,32% e 0,20%, enquanto os chineses Hang Seng e Shanghai Composite aceleraram 0,75% e 0,67%. "Os mercados parecem estar cansados das crises”, explica Fabiana Fedeli, analista da M&G Investment Management, à Bloomberg TV. "Aprendemos que podemos ter grandes eventos de risco e que, no final, nada acontece realmente. Por isso, os investidores continuam a investir", conclui.
Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi valorizou 1,47%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 caiu 0,23%, isto depois de o banco central do país ter decidido manter as taxas de juro inalteradas em 3,85% - um movimento que não era esperado pelos analistas, que antecipavam uma redução.
Já no que diz respeito à União Europeia, um novo acordo comercial parece estar no horizonte. De acordo com o Politico, Washington ofereceu a Bruxelas um acordo que deixa as tarifas nos 10%, exceto para setores classificados como "sensíveis". O bloco de 27 países está determinado a alcançar um entendimento preliminar ainda esta semana, construíndo caminho para um acordo definitivo antes da data limite de 1 de agosto.
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