Europa fecha em alta com investidores à espera de corte de juros nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
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Europa fecha em alta com investidores à espera de corte de juros nos EUA
Os principais índices europeus fecharam a sessão com ganhos esta quarta-feira, seguindo a tendência que se tem vindo a registar nos mercados bolsistas a nível global nos últimos dias, à medida que são “contagiados” pelo otimismo em torno das crescentes expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos (EUA).
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avançou 0,54% para os 550,85 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,67%, o holandês AEX ganhou 0,56%, o espanhol IBEX 35 pulou 1,08%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,60%, o francês CAC-40 cresceu 0,66% e o britânico FTSE 100 somou 0,19%.
Os mercados dão como praticamente certa uma redução de 25 pontos-base pela Reserva Federal (Fed) norte-americana já no próximo mês, depois de os dados da inflação de julho do lado de lá do Atlântico terem ficado em linha com as expectativas dos analistas, ao mesmo tempo que o mercado laboral da maior economia mundial começar a dar sinais de desgaste.
Recorde-se que o decisor de política monetária dos EUA ainda não mexeu nas taxas diretoras este ano, ao contrário do seu congénere europeu. E uma flexibilização dos juros é vista como positiva para o desempenho dos ativos de risco.
Por cá, as preocupações com o crescimento económico da região e a incerteza em torno do impacto das tarifas impostas pela Administração norte-americana sobre os seus parceiros comerciais têm limitado o avanço das ações europeias. Nesta linha, os principais índices dos EUA têm vindo a renovar quase sucessivamente máximos históricos, mas os congéneres do Velho Continente têm negociado sem grandes flutuações desde meados de maio. Apesar de ter batido hoje o marco dos 550 pontos, atingido pela última vez no final de julho, o Stoxx 600 ainda negoceia cerca de 15 pontos abaixo do seu último recorde, atingido em março deste ano.
Entre os setores, a tecnologia (+1,31%) e a saúde (+1,63%) registaram os melhores desempenhos. Por outro lado, o turismo (-0,61%) liderou as perdas, seguido pelos bens e serviços (-0,21%).
Entre os movimentos do mercado, destacou-se a Nordic Semiconductor, que escalou mais de 11% após ter divulgado um EBITDA do segundo trimestre acima das estimativas dos analistas. Já a alemã SAP – cotada mais valiosa do Velho Continente – subiu mais de 3%, depois de ontem ter desvalorizado cerca de 7%, pressionada por preocupações quanto às possíveis ameaças que a inteligência artificial pode vir a aportar às fabricantes de software.
Já empresas de defesa como a Rheinmetall (+2,18%) e a Leonardo (+1,70%), registaram valorizações, à medida que se especula que a reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, agendada para a próxima sexta-feira, não deverá trazer soluções imediatas para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Esta quarta-feira, os juros da dívida soberana recuaram de forma generalizada na Zona Euro. A rendibilidade das “bunds” alemãs a 10 anos caiu 6,5 pontos base, para 2,677%, enquanto a “yield” francesa desceu 7,4 pontos, para 3,333%.
Em Portugal, os juros recuaram 6,9 pontos base, para 3,059%, mais do que em Espanha, onde a “yield” baixou 6,8 pontos, para 3,229%. A dívida italiana liderou as quedas, com um recuo de 8 pontos base, para 3,448%.
Fora da Zona Euro, as “gilts” britânicas caíram 3,6 pontos base, para 4,587%.
Petróleo desvaloriza com previsões da AIE de crescimento da oferta mas menor procura
Os preços do petróleo seguem a cair esta tarde, depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) ter aumentado a sua previsão para o crescimento da oferta de petróleo este ano, ao mesmo tempo que reduziu a sua previsão para a procura por combustíveis.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cede a esta hora 0,49% para os 62,86 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,32% para os 65,91 dólares por barril.
A AIE referiu no seu relatório mensal sobre o mercado petrolífero, publicado esta quarta-feira, que a produção adicional de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) a partir de 1 de setembro pode desequilibrar o mercado, tendo em conta o abrandamento no aumento da procura de petróleo previsto para 2025 e 2026.
Ainda assim, a limitar as perdas estão comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que disse que as sanções contra a Rússia ou as tarifas secundárias a compradores de “ouro negro” produzido na Federação Russa poderiam aumentar se a reunião de sexta-feira entre o Donald Trump e Vladimir Putin não correr bem.
Entretanto, no seu relatório mensal divulgado na terça-feira, a OPEP+, ao contrário da AIE, elevou a sua previsão para a procura global de petróleo para o próximo ano e reduziu as estimativas de crescimento da oferta de crude dos Estados Unidos e de outros produtores que não pertencem ao cartel.
Já as reservas de petróleo bruto nos EUA, o maior consumidor mundial de crude, aumentaram em cerca 3,04 milhões de barris na semana terminada a 8 de agosto, segundo dados divulgados esta tarde pela AIE.
Euro e libra tocam máximos de várias semanas com dólar em mínimos de duas
O euro avança 0,30% para 1,1710 dólares, o valor mais alto desde 28 de julho, impulsionado pela fraqueza da divisa norte-americana. A esta hora, o Dollar Index Spot recua 0,35% para 97,7500 pontos, renovando mínimos de duas semanas, penalizado pela expectativa crescente de que a Reserva Federal (Fed) corte os juros já na reunião de setembro, após a inflação dos EUA ter estabilizado em 2,7% em julho, em linha com as previsões. Segundo dados da LSEG, os investidores atribuem 98% de probabilidade a uma descida já no próximo mês, com a perspetiva de mais cortes até ao final do ano.
A pressão sobre o dólar é reforçada por tensões políticas, depois de o presidente Donald Trump ter voltado a atacar publicamente o presidente da Fed, Jerome Powell, e de a Casa Branca ter admitido que o chefe de Estado pondera processá-lo.
A moeda única perde 0,12% face ao iene, para 172,4000 ienes, enquanto o dólar cai 0,42% contra a divisa nipónica, para 147,2200 ienes. Já a libra esterlina sobe 0,56% para 1,3575 dólares, em máximos desde 25 de julho, apoiada pela perceção de que o Banco de Inglaterra cortará juros mais tarde do que a Fed, apesar da desaceleração no mercado laboral britânico.
Ouro valoriza à boleia de expectativas de corte de juros nos EUA
O ouro segue a negociar com ganhos esta quarta-feira, à medida que os “traders” dão como quase certo um corte de juros pela Reserva Federal (Fed) norte-americana em setembro, o que beneficia o metal amarelo, que não rende juros. Além disso, as perspetivas de flexibilização da política monetária nos EUA seguem a pressionar o dólar, o que faz com que o ouro fique mais barato para detentores de outras divisas.
O metal amarelo ganha agora 0,42%, para os 3.3362,390 dólares por onça.
“O ouro está em alta devido às expectativas crescentes de um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal em setembro, na sequência dos dados benevolentes do índice de preços no consumidor e dos fracos números do emprego em julho”, disse à Reuters Nikos Tzabouras, da Tradu.com.
Os mercados estão agora a apontar para uma probabilidade de 95% de um corte nas taxas diretoras em setembro, depois de dados moderados sobre a inflação em julho terem sinalizado um impacto limitado das tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, na maior economia mundial.
Os "traders" aguardam agora por mais indicadores económicos do lado de lá do Atlântico, incluindo o índice de preços no produtor, os pedidos semanais de subsídio de desemprego e as vendas a retalho, dados que serão divulgados durante esta semana.
Além disso, a centrar atenções estará também a reunião entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano esta sexta-feira.
Wall Street negoceia em alta. S&P 500 e Nasdaq renovam máximos
Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam no verde, com o S&P 500 a atingir novos máximos, à medida que os investidores reforçam apostas nos ativos de risco entre crescentes expectativas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderá avançar com um corte de juros já em setembro.
O S&P 500 avança 0,33% para os 6.466,77 pontos, um novo máximo histórico. Além do índice de referência, também o tecnológico Nasdaq Composite pula para um novo recorde, valorizando a esta hora 0,40% para 21.767,73 pontos. Já o Dow Jones ganha 0,38% para 44.628,84 pontos.
Os mercados seguem impulsionados pelo apetite pelo risco, já que o aumento modesto dos preços dos produtos nos EUA atenuou receios quanto ao impacto das tarifas na maior economia mundial. Os dados da inflação conhecidos ontem reforçaram as apostas de que a Fed irá retomar os cortes nos juros diretores no próximo mês e agirá de forma mais agressiva para “proteger” um mercado de trabalho que mostra sinais de arrefecimento.
Além disso, o otimismo dos investidores tem vindo a aumentar com a diminuição das tensões comerciais ao nível global e uma "earnings season” mais forte do que o esperado.
“O cenário otimista continua convincente, com um crescimento sólido dos lucros e um tom mais moderado em relação ao comércio a prevalecer, enquanto as expectativas de uma política monetária flexível ajudam a amortecer quaisquer preocupações de que a economia [norte-americana] possa estar a enfraquecer”, disse à Bloomberg Michael Brown, da Pepperstone.
Nesta linha, aponta-se agora para uma probabilidade de cerca de 95% de um corte de um quarto de ponto percentual (25 pontos-base) nos juros diretores em setembro, acima dos cerca de 80% antes dos dados de inflação de julho terem sido divulgados.
À medida que os principais índices recuperam dos mínimos de abril, a volatilidade que caracterizou grande parte da negociação deste ano diminuiu, com o Índice de Volatilidade Cboe — conhecido como o “índice do medo” de Wall Street — a cair para o seu nível mais baixo desde dezembro.
Entre os movimentos do mercado, a “startup” CoreWeave, que entrou em bolsa em março deste ano e que regista um dos melhores desempenhos no mercado devido ao “boom” da inteligência artificial (IA), segue a perder mais de 10%. Isto depois de a tecnológica ter apresentado uma previsão de lucros que ficou abaixo das expectativas.
Entre as “big tech”, a Nvidia perde 0,09%, a Alphabet sobe 0,42%, a Microsoft ganha 0,57%, a Meta valoriza 0,12%, a Apple sobe 0,99% e a Amazon avança 0,65%.
Taxa Euribor sobe a três e seis meses e desce a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,036%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,100%) e a 12 meses (2,136%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,100%, mais 0,002 pontos do que na terça-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,136%, menos 0,006 pontos.
A Euribor a três meses avançou para 2,036%, mais 0,007 pontos que na terça-feira e acima de 2% pela quinta sessão consecutiva.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.
Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.
A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.
Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa no verde contagiada por otimismo de Wall Street
As bolsas europeias seguem em alta esta quarta-feira, impulsionadas pelos recordes de S&P 500 e Nasdaq Composite na véspera à boleia de dados da inflação nos EUA abaixo do esperado. O índice pan-europeu Stoxx 600 avança 0,43%, para os 550,26 pontos, com os setores da tecnologia e construção a liderarem os ganhos.
Os bons ventos nos mercados mundiais surgem depois de serem conhecidos os dados da inflação nos EUA em julho, que estabilizou nos 2,7% e reforçou a crença do mercado de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) irá cortar os juros na sua próxima reunião, em setembro.
Entre as principais praças europeias, o alemão DAX 30 ganha 0,66%, o parisiense CAC 40 sobe 0,44%, enquanto o britânico FTSE 100 valoriza 0,15%.
No país vizinho, o Ibex 35 avança 0,89%, enquanto o italiano FTSEMib ganha 0,39% e em Amesterdão o AEX sobe 0,66%.
Entre as empresas em destaque, a Nordic Semiconductor escala 11% após ter divulgado um EBITDA do segundo trimestre acima das estimativas dos analistas.
Juros na Zona Euro recuam em dia de Alemanha ir ao mercado
Os juros na Zona Euro estão a aliviar de forma generalizada esta quarta-feira, num dia em que a Alemanha vai ao mercado para uma emissão de cinco mil milhões de euros em dívida a 10 anos.
A rendibilidade das "bunds" alemãs descem 3,4 pontos base, para os 2,708%, enquanto a "yield" da dívida francesa a 10 anos cai 4,4 pontos, até aos 3,363%.
Por cá, os juros da dívida portuguesa baixam 4,2 pontos base, para 3,086%, uma queda mais acentuada do que no país vizinho, onde a "yield" alivia 3,9 pontos, até aos 3,258%.
A dívida italiana é a que apresenta um maior recuo nos juros: 4,9 pontos base, para 3,479%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "gilts" britânicas cede 3 pontos base, para 4,594%.
Ouro ganha após inflação dos Estados Unidos ficar ligeiramente abaixo das expectativas
O ouro está a negociar esta quarta-feira “no verde”, depois de os dados da inflação nos Estados Unidos terem ficado ligeiramente abaixo das expectativas e reforçado a aposta dos investidores num novo corte de juros por parte da Reserva Federal norte-americana já em setembro.
A taxa de inflação nos Estados Unidos registou uma variação homóloga de 2,7% em julho, um valor idêntico ao do mês anterior.
Nesta manhã, o “metal amarelo” está a ganhar 0,33% para 3.359,21 dólares por onça. Na sessão anterior, o ouro em barras encerrou as negociações com uma subida de 0,2%.
O ouro subiu cerca de 28% este ano, tendo a maioria desses ganhos acumulados sido registada até abril. O aumento foi sustentado pelo crescimento das tensões geopolíticas e comerciais, com os investidores a recorrerem mais a ativo de refúgio.
A procura por metais preciosos está também a impulsionar as negociações da prata e platina. A prata está também a negociar esta manhã com uma subida de 1,37% para 38,43 dólares por onça, enquanto a platina a ganhar 0,73% para 1.352,55 dólares por onça.
Euro regressa ao patamar dos 1,17 dólares
A moeda única europeia ganha 0,26% perante a divisa norte-americana, para os 1,1706 dólares. O dólar está sob pressão com a perspetiva crescente de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) inicie um ciclo de alívio da política monetária já na próxima reunião, em setembro. Esta convicção saiu reforçada após a inflação da maior economia mundial ter estabilizado nos 2,7% em julho.
O euro ganha igualmente perante a moeda japonesa, subindo 0,04% até aos 172.6700 ienes.
O dólar, por seu turno, cai 0,27% face à divisa nipónica, negociando nos 147,4400 ienes, bem como em relação à divisa britânica, com um recuo de 0,34%, para as 0,7382 libras esterlinas.
Desde que os dados da criação de emprego nos EUA surpreenderam com fortes revisões em baixa dos números de maio e junho que os mercados são quase unânimes a apostar num corte dos juros pela Fed, com a maioria a apontar para pelo menos duas descidas até final do ano.
Petróleo negoceia com perdas ligeiras enquanto investidores aguardam por cimeira Trump-Putin
O petróleo está a negociar com ligeiras perdas nesta quarta-feira, com os investidores a aguardarem pelo resultado do encontro entre os líderes dos Estados Unidos e da Rússia, agendado para esta sexta-feira no Alasca, para discutir o fim da guerra na Ucrânia.
O Brent, que é negociado em Londres e serve de referência para a Europa, está a negociar muito perto da “linha de água”, com um recuo ténue de 0,02% para 66,11 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate cai 0,08% para 63,12 dólares por barril.
O resultado das negociações entre Donald Trump e Vladimir Putin pode levar, num cenário otimista, a um cessar-fogo na guerra Ucrânia – que dura há mais de três anos – e a um possível alívio das sanções dos Estados Unidos à Rússia, membro da OPEP+. Nesse caso, é de esperar um aumento da oferta de petróleo no mercado.
O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, falou ao telefone com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, e ambas as partes confirmaram a “expectativa de uma reunião bem-sucedida”. O encontro está, no entanto, a ser criticado por presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que considera que a cimeira Trump-Putin é já uma vitória para a Rússia.
A pedido do chanceler alemão, Friedrich Merz, Trump vai reunir-se, por videochamada, com vários líderes europeus esta quarta-feira, com o objetivo de discutirem “opções de ação para pressionar a Rússia” e preparar “negociações de paz e questões relacionadas a reivindicações territoriais e segurança”.
Os preços do petróleo têm caído este ano, à medida que a OPEP+ tem aumentado a produção. “Mesmo que não seja alcançado nenhum acordo em breve, o mercado precisa de uma direção clara”, refere Gao Jian, analista da Qisheng Future, à Bloomberg.
Mais certezas num corte da Fed levam ações mundiais a recorde. Nikkei ultrapassa os 43 mil pontos
O índice que reúne as ações mundiais, o MSCI All Country World Index, subiu 0,2% para um novo recorde, nos 949,19 pontos. O ânimo dos mercados deve-se, sobretudo, aos dados da inflação nos EUA relativos a julho, que estabilizaram nos 2,7%, aliviando as preocupações dos especialistas com a subida de preços e reforçando as apostas num corte das taxas de juro pela Reserva Federal em setembro.
Aliás, o relatório indicou ainda que a política comercial do Presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não se fez sentir nos preços ao consumidor. Segundo os dados recolhidos pela Reuters, os investidores apostam numa probabilidade de corte em 95%, "porque a inflação está apenas a subir e não está descontrolada", escreveu Paco Chow, da Moomoo Austrália e Nova Zelândia, citado pela Reuters. "É claro que quase todas as boas notícias levam os investidores a investir dinheiro nos mercados, especialmente em ações de tecnologia, apesar dos preços altos", acrescentou.
A subida deu-se por todo o mundo: Wall Street chegou esta terça-feira a recordes, e o índice MSCI Asia Pacific, que reúne as principais praças asiáticas, também atingiu máximos históricos. O índice de volatilidade Cboe, conhecido como o índice do medo de Wall Street, caiu para o nível mais baixo desde dezembro.
No Japão, o Nikkei avançou 1,31% para 43.227,64 pontos, o nível mais elevado de sempre, enquanto o Topix ganhou 0,77% para 3.090 pontos, sobretudo depois de um estudo ter mostrado que as principais fabricantes do país estão mais confiantes em relação às condições comerciais após o acordo tarifário com os EUA.
Na China, o Shanghai Composite subiu 0,3% para 3.676,40 pontos e o Hang Seng, em Hong Kong, somou 2,28% para 25.539,55 pontos. A Europa deverá ser contagiada pelo sentimento otimisma, com os futuros do Euro Stoxx 50 a pular 0,4%.
Os investidores vão agora focar-se nos dados de vendas no retalho nos EUA, divulgado na sexta-feira, à procura de sinais de que os consumidores estão tão otimistas quanto os resultados trimestrais das empresas sugeriram nesta "earnings season".
Na frente geopolítica, as apostas do mercado para um acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia parecem ter diminuido, depois de Volodymyr Zelenskiy ter dito que não vai ceder Donbas, enquanto os líderes dos EUA e da Rússia se preparam para um encontro na sexta-feira.
Já Donald Trump voltou a tecer críticas a Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, sobre a decisão do banco central de manter as taxas inalteradas, ameaçando mesmo Powell com um processo.
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