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Ao minuto25.06.2025

Europa fecha em baixa após Trump ameaçar Espanha com tarifas

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

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euronext bolsa mercados traders Aurelien Morissard/AP
25.06.2025

Europa fecha em baixa após Trump ameaçar Espanha com tarifas

As ações europeias fecharam em baixa esta quarta-feira, com a bolsa de Madrid a liderar as quedas, depois de Donald Trump ter sugerido, no final da cimeira da NATO, que o país será penalizado com tarifas mais elevadas por não cumprir a meta de investir 5% do PIB em Defesa.  

O índice de referência de Espanha, o IBEX, perdeu 1,59%, registando a maior queda desde abril, enquanto o Stoxx 600, de referência para o continente, cedeu 0,74%. Já o alemão DAX recuou 0,61%, o CAC desceu 0,76% e o FTSE cedeu 0,46%.         

Os membros da NATO chegaram a acordo, na cimeira que terminou esta quarta-feira, aumentar os níveis de despesa para 5% do PIB, face ao nível atual de 2%. Contudo, Espanha reiterou que não tenciona cumprir a meta, dizendo que a fasquia é flexível, o que desagradou a Trump.

"É terrível o que fizeram", começou por dizer Trump no final da cimeira. "Querem uma borla, mas terão de pagar-nos de volta no comércio, porque não vou deixar que isso aconteça", disse Trump aos jornalistas. "Vamos fazer Espanha pagar o dobro”, referindo-se às negociações sobre tarifas que ainda decorrem.

A UE tinha já anunciado que planeia impor tarifas de retaliação sobre as importações de produtos norte-americanos, caso seja imposta uma taxa permanente sobre os produtos do bloco nas exportações de bens para os EUA. A pausa nas chamadas tarifas recíprocas, que neste momento apenas impõe uma tarifa de 10% sobre os bens da UE, termina a 9 de julho.          

“Trata-se provavelmente de um pouco de nervosismo à medida que nos aproximamos do prazo de 9 de julho”, refere Susana Cruz, estratega da Panmure Liberum, citada pela Bloomberg. “Esperamos alguma volatilidade, principalmente porque os mercados pareceram relativamente estáveis quanto às últimas notícias.”

Na atualidade do mercado, o WSJ noticiou depois do fecho das principais bolsas europeias que a petrolífera Shell estaria em conversações iniciais para comprar a sua rival britânica BP. A confirmar-se a compra, este poderia transformar-se no maior negócio de sempre no setor do petróleo. Contudo, a Shell desmentiu que haja negociações em curso.   

25.06.2025

Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" da dívida alemã a 30 anos toca máximo de um mês

Os juros da dívida soberana a dez anos na Zona Euro agravaram-se ligeiramente, com destaque para a Alemanha, depois de o governo do país ter referido que pretende aumentar o o endividamento para financiar a economia, num valor acima do esperado.

As obrigações com maturidades mais longas foram as mais afetadas, com os juros da dívida a 30 anos a atingirem o valor mais elevado num mês, acima dos 3%.

Em Portugal, os juros da dívida avançaram 2,2 pontos-base, para 3,036%, enquanto em Espanha subiram 2,3 pontos-base, para 3,224%.

França viu as suas “yields” agravarem-se 0,8 pontos-base, para 3,256%, enquanto a dívida italiana somou 1,5 pontos base, fixando-se em 3,474%. Já na Alemanha, as "bunds" a dez anos subiram 2,2 pontos base, para 2,563%.

No Reino Unido, as Gilts também acompanham a tendência, com um acréscimo de 0,8 pontos base, para 4,479%.

25.06.2025

Dólar recupera ligeiramente após queda motivada por trégua no Médio Oriente

dólar, notas

O dólar está a recuperar algum terreno esta quarta-feira, depois da , motivada pelo cessar-fogo entre Israel e o Irão. A moeda norte-americana ganha impulso com novas leituras sobre o rumo da política monetária da Reserva Federal (Fed).

O índice do dólar, que mede a força da nota verde face a várias moedas de referência, avança 0,04% para 97,90 pontos. A divisa dos Estados Unidos valoriza 0,37% face ao iene, para 145,48, mas perde contra o euro, que sobe 0,19% para 1,1631 dólares, e contra a libra, que sobe 0,09%, para 1,3638 dólares.

Citado pela Reuters, Steve Englander, especialista em câmbio do Standard Chartered, refere que “o mercado está à espera do próximo tema”, após as oscilações recentes. Segundo o analista, o enfraquecimento do dólar na terça-feira deveu-se também a comentários mais dovish por parte de Michelle Bowman e Christopher Waller, membros da Fed. “O mercado prestou atenção a isso”, nota Englander, acrescentando que os investidores apostaram “nas possibilidades de corte” nas taxas de juro.

25.06.2025

Petróleo recupera de quedas motivadas por trégua no Médio Oriente mas continua perto de mínimos

petroleo combustiveis

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, assinala uma subida de 1,24% para 65,17 dólares por barril. Do lado do continente europeu, o Brent sobe 1,34% para 68,04 dólares por barril. Já no início do dia, o preço do petróleo corrigia das pesadas perdas dos últimos dias, resultantes da avaliação da estabilidade do cessar-fogo entre o Irão e Israel.

De acordo com Giovanni Staunovo, analista da UBS, “as preocupações com interrupções no fornecimento de petróleo diminuíram”. Relembre-se que, no início da semana, os mercados receavam a interrupção do Estreito de Ormuz, por onde passa um quinto do petróleo consumido a nível global. “A procura ainda se mantém nos Estados Unidos, as tensões comerciais não foram tão más quanto se esperava”, completa.

Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades, denota que “com os receios relativos à oferta a esmorecerem, os operadores voltam agora a focar-se na conjuntura económica global, procurando antecipar os níveis de procura futura – tarefa que se vê dificultada pela incerteza do impacto das tarifas na inflação e no crescimento económico mundial”.

No entanto, o testemunho de Jerome Powell na terça-feira deu a entender que o banco central norte-americano não deverá cortar as taxas de juro em julho, o que “penalizou as expectativas de procura e, consequentemente, pressionou em baixa o preço do barril”, comenta o diretor-executivo, uma vez que o preço do barril se mantém próximo dos mínimos de várias semanas atingidos na sessão anterior.

25.06.2025

Ouro recua novamente após subida ligeira

ouro

Após cerca de duas semanas de valorização, impulsionada pelos confrontos entre o Irão e Israel, que reforçaram a procura por ativos de refúgio, o preço do ouro tem vindo a oscilar. A e uma estabilização frágil das tensões geopolíticas tornaram o investimento no metal precioso menos atrativo.

Esta quarta-feira, depois de uma ligeira recuperação matinal, o ouro voltou a recuar 0,08%, fixando-se nos 3.320,95 dólares por onça.

Citado pela Reuters, Daneil Pavilonis, estratega sénior da RJO Futures, acredita que “o caminho atual aponta para uma descida”, desde que as hostilidades no Médio Oriente não se reacendam.

Ainda assim, os analistas mantêm a expectativa de que os investidores continuem atentos ao contexto internacional. “A incerteza sobre o futuro do provavelmente fará com que os investidores continuem a preferir manter algumas alocações em ouro”, comentou Giovanni Staunovo, analista da UBS.

As atenções do mercado estão também viradas para Jerome Powell. O presidente da Reserva Federal sublinhou esta terça-feira que só haverá margem para cortar taxas de juro quando forem mais evidentes os efeitos da política monetária, da inflação persistente e da atual fraqueza do mercado laboral. 

25.06.2025

Wall Street negoceia com maioria de ganhos. Foco passa para Powell e tarifas

wall street bolsa mercados traders

Os principais índices norte-americanos negoceiam maioritariamente no verde, com os investidores a aguardarem um segundo dia de testemunhos do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, para obterem pistas sobre as perspetivas para o rumo da política monetária na maior economia mundial. O Nasdaq 100 – que agrega as cem maiores cotadas do índice tecnológico, segue a negociar em novos máximos nos 22.327,08 pontos.

O S&P 500 avança 0,15% para os 6.101,48 pontos, enquanto o Nasdaq Composite soma 0,61% para 20.033,56 pontos. Já o Dow Jones recua 0,06% para 43.063,23 pontos.

Os investidores irão acompanhar de perto o testemunho de Powell no Senado esta quarta-feira, depois de as suas declarações de ontem na Câmara dos Representantes dos EUA - combinadas com dados de consumo pouco animadores - terem alimentado as expectativas de um ritmo mais rápido de cortes nas taxas diretoras em 2025. Isto apesar de Powell continuar a assumir uma postura de “esperar para ver”.

Na sequência de um período turbulento nos mercados financeiros, desencadeado por uma guerra de quase duas semanas entre Israel e o Irão, os investidores estão a voltar a sua atenção para a economia norte-americana e para a forma como as tarifas e pressões fiscais poderão afetar os lucros e o crescimento das empresas.

Um frágil cessar-fogo entre Israel e o Irão parece estar a ser mantido, com ambas as partes a reivindicarem a vitória na guerra.

“O mercado está a passar para a próxima coisa que é o prazo das tarifas e os bancos centrais”, disse à Bloomberg Lilian Chovin, chefe de alocação de ativos da Coutts. “Estamos numa sequência em que a dinâmica de crescimento ligeiramente mais fraca está a ser recebida positivamente pelos mercados, porque está a causar expectativas renovadas de cortes nas taxas”, acrescentou.

Nesta altura, o S&P 500 negoceia a menos de 1% do seu máximo histórico, após uma forte recuperação dos ativos de risco desde a queda generalizada das ações provocada pela incerteza gerada pelo anúncio de tarifas recíprocas em abril.

Ainda assim, o risco persiste, incluindo o potencial de novas tensões geopolíticas e o prazo iminente para a aplicação de tarifas estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, agora a apenas duas semanas de se concretizar, com poucos progressos nos acordos comerciais.

Entre os movimentos do mercado, a FedEx segue a perder mais de 5%, depois de a empresa ter avisado que os seus lucros seriam piores do que o esperado neste trimestre.

Quanto às “big tech”, a Alphabet sobe 1,12%, a Amazon valoriza 1,29%, a Nvidia soma 1,40%, a Microsoft avança 0,53%, a Meta ganha 0,41% e a Apple valoriza 1,06%.

25.06.2025

Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para menos de 2%, em relação a terça-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 1,993%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,084%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,036%, menos 0,005 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,084%, menos 0,026 pontos do que na terça-feira.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, baixou hoje, para 1,993%, menos 0,004 pontos que na terça-feira e menos de 2% pela segunda sessão consecutiva.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

25.06.2025

Cessar-fogo no Médio Oriente mantém mercados europeus em terreno positivo

As principais praças europeias estão a negociar em terreno maioritariamente positivo na manhã desta quarta-feira. 

O Stoxx 600, que agrupa as maiores empresas europeias, mantém-se a recuperar das perdas das últimas semanas com uma valorização de 0,28% para 542,51. 

Em termos de setores, o que mais valoriza é o automóvel (+1,46%), seguido do setor das viagens (+0,77%) e tecnologia (+0,74%3%). A cair mais estão os setores de media (-0,49%), alimentar (- 0,40%) e banca (-0,27%).

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax sobe 0,07%, o francês CAC-40 valoriza 0,19%, o italiano FTSEMIB ganha 0,37%, o britânico FTSE 100 sobe 0,34%, enquanto o espanhol IBEX 35 cai 0,46%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,47%.

De acordo com a Reuters, a tendência de subida das ações europeias nesta quarta-feira justifica-se pelo facto de os investidores considerarem o cessar-fogo entre Israel e o Irão como "um sinal de redução da tensão" no Médio Oriente. Na região, o cessar-fogo  entre os dois países dá, para já, sinais de se manter em vigor. 

O enviado de Donald Trump para o Oriente Médio disse na noite de terça-feira que as negociações entre os EUA e o Irão eram "promissoras" e que Washington estava esperançoso por um acordo de paz de longo prazo. O foco está agora na cimeira da NATO,  que decorre nos Países Baixos, com o debate sobre o aumento de gastos com defesa a dividir os países. 

Os investidores estarão também atentos ao depoimento do presidente da Reserva federal Americana,  Jerome Powell, perante o Senado, nesta quarta-feira.

25.06.2025

Juros da dívida soberana aliviam na Zona Euro com acalmia geopolítica

Esta quarta-feira, as “yields” da dívida soberana a dez anos na Zona Euro registam um alívio generalizado, após a . A recente diminuição da tensão entre Israel e o Irão, aliada a declarações de que reforçam as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal, contribuiu para melhorar o sentimento de mercado e apoiar os ativos de refúgio.

O abrandamento das tensões no Médio Oriente ajudou a sustentar o apetite pelo risco, enquanto as declarações do presidente da Fed, que admitiu a possibilidade de cortes “mais cedo do que tarde” caso as pressões inflacionistas permaneçam contidas, deram novo fôlego aos mercados obrigacionistas.

Na região do euro, a tendência de alívio estende-se a praticamente todos os emissores. Em Portugal, os juros da dívida recuam 4,6 pontos-base, para 2,968%, enquanto em Espanha descem 4,4 pontos-base, para 3,157%. A França vê as suas “yields” a cederem 5,1 pontos-base, para 3,197%, e a dívida italiana acompanha o movimento, com uma queda de 4,4 pontos base, fixando-se em 3,416%. Já na Alemanha, as "bunds" a dez anos deslizam 3,8 pontos base, para 2,503%.

No Reino Unido, as “gilts” também acompanham a tendência, com uma descida de 2,9 pontos base, para 4,442%.

Ainda assim, analistas como Hauke Siemssen, do Commerzbank, alertam que, na ausência de estímulos fundamentais adicionais, eventuais subidas nos preços das “bunds” poderão ser oportunidades de venda, sobretudo se se aproximarem da marca dos 2,5%.

25.06.2025

Ouro volta a subir após atingir valor mais baixo em duas semanas

ouro

O preço do metal precioso avança 0,30%, para 3.333,62 dólares por onça, numa ligeira recuperação após o , quando foi anunciada a trégua entre o Irão e Israel. A queda dos últimos dias levou o ouro ao valor mais baixo desde 13 de junho, data do início das ofensivas entre os dois países.

Segundo a Reuters, a valorização do ouro deve-se sobretudo à desvalorização do dólar, atualmente próximo de mínimos desde novembro de 2021, o que torna o metal mais atrativo para investidores com outras moedas. “A venda técnica do dólar e a fraqueza dos rendimentos da dívida dos EUA beneficiaram os preços do ouro”, explica Kelvin Wong, analista sénior da OANDA.

De acordo com o especialista, uma nova quebra do dólar, aliada ao foco crescente no défice fiscal dos Estados Unidos e na política tarifária de Donald Trump, poderá servir de catalisador para uma valorização mais expressiva do ouro.

25.06.2025

Euro estável face ao dólar e perto de máximos desde 2021

A moeda única europeia segue estável perante a rival norte-americana, mantendo-se bastante próxima dos máximos desde novembro de 2021 registados ontem.

As declarações do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, perante o Congresso, indicando que a autoridade monetária dos EUA continua a ver a política monetária seguida como adequada deixou os mercados divididos sobre quando irá a Fed iniciar uma redução dos juros diretores e a que ritmo.

O euro cede 0,03% e negoceia nos 1,1606 dólares, ainda próximo do recorde desde finais de 2021 atingido na véspera, quando a moeda única tocou os 1,1641 dólares.

A moeda do bloco europeu ganha 0,24% perante a divisa nipónica, para os 168,6600 ienes, perdendo, no entanto, 0,12% face à moeda britânica, com o euro a cotar nas 0,8517 libras esterlinas.

25.06.2025

Petróleo recupera após quedas impulsionadas pelo cessar-fogo

petróleo

Os preços do petróleo retomam a trajetória de alta esta quarta-feira, à medida que os investidores entre o Irão e Israel, em vigor desde terça-feira. O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, sobe 1,72%, para 65,48 dólares por barril. Já o Brent, referência europeia, acompanha a tendência e avança 1,73%, para 68,30 dólares.

Na véspera, o Brent fechou no valor mais baixo desde 10 de junho e o WTI desde 5 de junho, antes dos ataques de Israel ao Irão, iniciados a 13 de junho. Segundo a Reuters, os preços tinham atingido máximos de cinco meses após os Estados Unidos atacarem instalações nucleares iranianas no fim de semana.

“Os preços globais da energia estão a moderar-se após o cessar-fogo entre Israel e o Irão. O cenário base para os nossos estrategas de petróleo continua ancorado nos fundamentos, que indicam um abastecimento global de petróleo suficiente”, afirmaram analistas do JP Morgan, em nota enviada aos clientes.

O mercado petrolífero atravessou dias de forte volatilidade. Na segunda-feira, os preços subiram com . Já na terça-feira, o anúncio do cessar-fogo levou os preços a recuar, num dia marcado por tensões e incertezas quanto à durabilidade da trégua. Também na terça-feira, Donald Trump deu luz verde à China, o maior cliente de petróleo bruto do Irão, para continuar a comprar petróleo iraniano, numa tentativa de reforçar o cessar-fogo. A medida foi vista como um recuo face a anos de sanções norte-americanas contra Teerão, o que pode ter influenciado o sentimento do mercado.

Para Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, é expectável uma “ligeira correção ascendente” após a queda registada nos dois dias anteriores. “Embora o mercado vá manter os olhos na frágil trégua por algum tempo, o foco voltará para o panorama económico, o destino das negociações tarifárias dos EUA e a OPEP+”, acrescenta.

A aliança OPEP+ reúne-se por videoconferência a 6 de julho para discutir um possível aumento da oferta a partir de agosto. Entretanto, a 9 de julho, termina o prazo imposto por Trump para se chegar a acordos comerciais com os principais parceiros dos Estados Unidos. Os países sem acordo em vigor enfrentarão as tarifas do definidas pelo presidente norte-americano.


25.06.2025

Mercados ignoram cessar-fogo instável e Ásia termina em alta. Europa aponta para ganhos

As bolsas asiáticas terminaram mais uma sessão em terreno positivo, já que os investidores parecem estar a interpretar o cessar-fogo entre Israel e o Irão como um sinal para voltar a investir em ativos de risco, ao mesmo tempo que deixam de lado preocupações maiores sobre um "choque energético". 

Esta terça-feira, os dois países até agora em guerra , anunciado pelo Presidente dos EUA no dia anterior. No entanto, Israel diz que vai responder aos ataques de mísseis iranianos que ocorreram depois do anúncio de Donald Trump. Apesar de as "tréguas" serem bastante instáveis, os mercados estão a ignorar a possibilidade de Telavive e Teerão voltarem ao conflito. 

"Realisticamente, os mercados não se importam se um conflito limitado, composto principalmente por ataques aéreos, continuar entre os dois países", disse à Reuters Kyle Rodda, analista de mercados financeiros da Capital.com. "O que realmente importa é a perspetiva de uma guerra mais alargada, com uma intervenção dos EUA mais profunda e um bloqueio do Irão do Estreito de Ormuz. E, por enquanto, esses riscos parecem baixos", explicou.

Neste contexto, o mercado segue otimista. Na China, o Shangai Composite subiu 0,4% e, em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,8%. No Japão, o Topix somou 0,05% e o Nikkei subiu 0,3%. Na Coreia do Sul, o Kospi, que na sessão anterior tinha registado a maior valorização entre as principais praças asiáticas, voltou a ganhar 0,17%. O MSCI para as ações asiáticas subiu 0,4%, somando-se ao aumento de mais de 2% da sessão anterior.

Pela Europa, o sentimento é semelhante, com os futuros do Euro Stoxx 50 a apontarem para uma subida de 0,3%, também depois de ontem Wall Street ter terminado em alta. 

O Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, afirmou esta terça-feira, perante a Câmara dos Representantes, que “são possíveis muitos caminhos” para a política monetária, ao mesmo tempo que os dados mostram um enfraquecimento da confiança dos consumidores norte-americanos. 

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