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Ataque dos EUA apenas atrasou programa nuclear iraniano alguns meses

Acompanhe aqui, minuto a minuto, todas as novidades do conflito Israel-Irão e o seu impacto nos mercados financeiros.

Ataque a instalações nucleares iranianas: tensão no Médio Oriente
Ataque a instalações nucleares iranianas: tensão no Médio Oriente Lusa/EPA
Negócios 24 de Junho de 2025 às 23:59
Ataque dos EUA apenas atrasou programa nuclear iraniano alguns meses

O ataque norte-americano contra três instalações nucleares iranianas no sábado não as destruiu e apenas atrasou o programa nuclear em "alguns meses", segundo um relatório dos serviços de informação norte-americanos divulgado pelos ‘media’ e negado pelas autoridades.

Antes do ataque às instalações de Isfahan, Natanz e Fordó, na operação apelidada de "Martelo da Meia-Noite", as agências de informação norte-americanas previam que o Irão demorasse cerca de três meses a fabricar uma bomba nuclear, segundo o jornal The New York Times (NYT).

Após o ataque, o relatório do departamento de informações, divulgado pelo jornal, elevou o prazo estimado para menos de seis meses, noticiou a agência Efe.

Também a CNN noticiou hoje, citando três responsáveis dos serviços de informações norte-americanos, que os ataques ordenados por Trump não conseguiram destruir o programa nuclear iraniano e apenas o atrasaram alguns meses.

A Associated Press (AP) confirmou as informações deste relatório, citando duas pessoas ligadas ao processo.

Em Teerão, a Agência de Energia Atómica iraniana anunciou hoje que o Irão está pronto para retomar o enriquecimento de urânio no âmbito do seu programa nuclear.

A avaliação inicial dos danos sugere que as alegações do Presidente Donald Trump de que as capacidades nucleares do país tinham sido eliminadas, bem como do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, são exageradas.

O relatório apontou que os bombardeamentos destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, uma vez que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão foram transferidos antes da ofensiva.

Na central de enriquecimento de urânio de Fordó, profundamente enterrada, a entrada colapsou e as infraestruturas foram danificadas, o que levará tempo a reparar, mas as infraestruturas subterrâneas não foram destruídas, segundo uma das fontes citadas pela AP.

A mesma fonte adiantou ainda que as avaliações anteriores tinham alertado para este resultado em Fordó.

Este relatório inicial de cinco páginas apresenta apenas conclusões preliminares que exigirão análises mais aprofundadas.

O Pentágono tinha declarado anteriormente que a ofensiva ocorreu como planeado e foi "extremamente bem-sucedida".

Após as reportagens dos media norte-americanos, quer o secretário da Defesa, Pete Hegseth, quer a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desmentiram as informações divulgadas.

"Com base em tudo o que vimos — e eu vi de tudo — a nossa campanha de bombardeamentos desativou a capacidade do Irão de criar armas nucleares”, frisou Hegseth num comunicado escrito.

Para o líder do Pentágono, "quem disser que as bombas não foram devastadoras está apenas a tentar minar o presidente e o sucesso da missão".

A porta-voz presidencial concordou que o documento em causa está errado.

Segundo Leavitt, a fuga de informação "é uma clara tentativa de denegrir" Trump e "desacreditar os bravos pilotos de caça que realizaram uma missão impecavelmente executada para destruir o programa nuclear do Irão".

"Todos sabemos o que acontece quando catorze bombas de 13.600 quilos são lançadas precisamente sobre os seus alvos: a aniquilação total", concluiu.

A ofensiva norte-americana, com que Washington entrou no conflito de Israel com o Irão, envolveu 125 aeronaves, incluindo sete bombardeiros B-2, aviões cisterna de reabastecimento, aviões de reconhecimento e caças. Setenta e cinco bombas e mísseis também foram utilizados.

Presidente do Irão anuncia "fim da guerra de 12 dias"

O Irão está “pronto a resolver as questões com os EUA com base na legislação internacional”, disse esta terça-feira o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman numa chamada telefónica citada pela agência de notícias estatal iraniana IRNA.

“É possível chegar a um acordo justo e razoável ao abrigo do direito internacional”, terá acrescentado Pezeshkian, referindo ainda que “esperamos que o regime israelita - que está constantemente a provocar conflitos na região - seja controlado ao abrigo de quadros internacionais”. E continua: “o Irão procura reforçar a unidade e a paz na região”.

Numa outra chamada, desta feita com o primeiro-ministro da Malásia, Masoud Pezeshkian terá dito que está “pronto para discutir, perseguir e concretizar os direitos legítimos do povo iraniano à mesa das negociações”, de acordo com a Iranian Students' News Agency.

Israel e o Irão parecem estar, por agora, a honrar o acordo de cessar-fogo inesperadamente anunciado por Donald Trump durante a noite de segunda-feira, depois de o Presidente norte-americano ter reagido com raiva a relatos de violações iniciais do acordo por ambas as partes.

“Hoje, após a resistência heróica da nossa grande nação (...) assistimos ao estabelecimento de uma trégua e ao fim desta guerra de 12 dias imposta pelo aventureirismo e pela provocação” de Israel, disse Pezeshkian numa mensagem transmitida pela IRNA esta terça-feira.

Além das afirmações do Presidente do Irão, também o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, terá concordado em suspender novos ataques ao país após uma conversa com Trump, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Israel citado pela Bloomberg.

Europa fecha no verde. Companhias aéreas impulsionaram índices

Os principais índices europeus encerraram com fortes ganhos, impulsionados pela valorização das companhias aéreas, depois de o Presidente Donald Trump ter anunciado um cessar-fogo entre Israel e o Irão após 12 dias de conflito entre os dois países do Médio Oriente.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganhou 1,11% para os 5540,98 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avançou 1,60%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,41%, o italiano FTSEMIB somou 1,63%, o francês CAC-40 subiu 1,04%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,01% e o holandês AEX pulou 0,85%.

“Hoje, é provável que a geopolítica continue a dominar os mercados”, disse à Bloomberg Mohit Kumar da Jefferies. “Os investidores estarão concentrados em saber se o cessar-fogo se manterá”, acrescentou o especialista, referindo-se ao “frágil” cessar-fogo anunciado por Trump que já foi, entretanto, posto à prova.

Apesar disso, os índices mantiveram os seus ganhos depois de Israel ter destruído um complexo de radares perto de Teerão, já depois da entrada em vigor das tréguas.

A recuperação dos índices bolsistas europeus tem vacilado este mês, com os investidores a concentrarem-se na persistente incerteza comercial e económica. No plano das tarifas, uma pausa de 90 dias anunciada pelos EUA no que toca às taxas aduaneiras recíprocas, deverá expirar no início de julho, sendo que estrategas do Goldman Sachs citados pela Bloomberg estão a prever uma maior volatilidade nos mercados durante o verão.

Entre os setores, todos valorizaram, com especial destaque para o turismo (+4,27%) e a banca (+3,04%).

Quanto aos movimentos do mercado, a Lindt & Spruengli – produtora de chocolates - cedeu quase 3%, depois de analistas do Bank of America terem baixado a recomendação da empresa para “neutral” (equivalente a “manter”). Já a Holcim – fabricante suiça de materiais de construção - avançou perto de 7%, depois de o Morgan Stanley ter revisto em alta a recomendação da cotada na sequência da cisão da sua unidade nos EUA.

Já companhias aéreas beneficiaram do cessar-fogo no Médio Oriente, com a Lufthansa, por exemplo, a disparar mais de 6%.

Juros da dívida soberana da Zona Euro sobem com redução da procura de ativos seguros

A instabilidade que se verifica no Médio Oriente refletiu-se no mercado de obrigações soberanas europeias, com a maioria das yields a subir esta terça-feira, depois de uma procura quase generalizada por ativos mais seguros na segunda-feira, que fez descer os juros.  

Entre os maiores agravamentos, esteve a yield das Bunds alemãs a 10 anos - de referência para a Zona Euro -, que subiu 3,7 pontos base para 2,541%. Já as equivalentes de França subiram 2 pontos base para 3,248%. 

Na Pensínsula Ibérica, os juros da dívida soberana portuguesa subiram 1,3 pontos base para 3,014%, enquanto os da vizinha Espanha aumentaram 0,8 pontos base para 3,202%. 

Entre os desagravamentos, as yields de Itália desceram 1,9 pontos base para 3,460% e, fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas desceram 1,9 pontos base para 4,471%.     

Petróleo desce mais de 5% apesar de cessar-fogo frágil entre Israel e Irão
Petróleo desce mais de 5% apesar de cessar-fogo frágil entre Israel e Irão

Os preços do petróleo continuam a cair, à medida que os receios em torno de uma escalada no Médio Oriente parecem, para já, contidos. Esta terça-feira, o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, desliza 5,47% para os 64,76 dólares por barril, enquanto o Brent, referência europeia, perde 5,46% para os 67,58 dólares.

A queda surge no primeiro dia após o cessar-fogo entre Israel e o Irão, divulgado por Donald Trump. Contudo, o ambiente permanece instável. O Presidente norte-americano acusou ambas as partes de violarem o acordo poucas horas depois de o divulgar, criticando especialmente Israel: "Não gostei que Israel tenha reagido logo após termos feito o acordo. Não era necessário e a retaliação foi demasiado forte", cita a Reuters.

Apesar de o Presidente norte-americano ter garantido que o cessar-fogo continua em vigor e que Israel cessará os seus ataques, as forças iranianas registaram duas novas explosões em Teerão e ataques no norte do país. Também o Irão está a ser culpado de violar o cessar-fogo, embora já tenha negado, devido ao lançamento de 14 mísseis em direção a Israel. 

O mercado, que no início da semana reagira com forte volatilidade à possibilidade de fecho do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo global, parece agora interpretar uma redução do risco de disrupções no abastecimento. A incerteza persiste, mas sem sinais imediatos de escalada. Como observa o analista Ole Hvalbye, da SEB, "o prémio geopolítico perdeu força, mas as tensões entre Israel e o Irão não estão resolvidas – o risco de erros de cálculo e nova escalada mantém-se". 

Dólar perde força com cessar-fogo entre Israel e Irão. Divisa israelita toca máximos de 2023
Dólar perde força com cessar-fogo entre Israel e Irão. Divisa israelita toca máximos de 2023

O dólar segue a negociar com perdas esta terça-feira, com os "traders" atentos a um frágil cessar-fogo entre Teerão e Telavive anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, durante a noite de ontem. Apesar da desvalorização registada, a "nota verde" moderou as perdas depois de o presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Jerome Powell, ter dito que o banco central não tem pressa em baixar as taxas diretoras.

O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – recua a esta hora 0,35% para os 98,075 pontos.

O euro e o iene ganham terreno em relação ao dólar, depois de o anúncio de cessar-fogo ter provocado uma queda acentuada dos preços do petróleo, sendo que a União Europeia e o Japão, ao contrário dos EUA, dependem fortemente das importações de petróleo e de gás natural liquefeito.

A esta hora, a divisa nipónica segue a avançar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” desvaloriza 1,09% para os 144,560 ienes.

Por cá, a “moeda única” ganha 0,40% para 1,162 dólares, enquanto a libra negoceia com ganhos de 0,88% para os 1,364 dólares.

Já o shekel israelita também registou uma forte recuperação, subindo a esta hora 1,50% em relação ao dólar, para os 0,295 dólares, depois de ter atingindo o valor mais forte desde, pelo menos, fevereiro de 2023.

Ouro continua a ceder desde o início da trégua entre Irão e Israel
Ouro continua a ceder desde o início da trégua entre Irão e Israel

Esta terça-feira, os preços do metal dourado iniciaram um movimento de recuo. Com uma descida de 1,86% para os 3,305.70 dólares por onça, este é o valor mais baixo do ouro desde que o conflito entre Israel e Irão estalou, a 13 de junho. A queda foi impulsionada pelo cessar-fogo entre os dois países, , o que reduziu a procura por ativos de refúgio.

“O otimismo em torno da possibilidade de um cessar-fogo e de uma solução permanente para o conflito entre o Israel, Irão e EUA, impulsionou ganhos generalizados nos mercados bolsistas e penalizou os ativos de refúgio como o ouro”, explica Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe.

Apesar da queda, o metal precioso poderá estabilizar, já que persistem fatores de suporte como a incerteza económica, as , a tensão na Europa de Leste e a expectativa de cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal. Os investidores estão atentos também ao testemunho de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, em busca de pistas sobre o rumo da política monetária.

Wall Street negoceia no verde. Powell e Médio Oriente centram atenções
Wall Street negoceia no verde. Powell e Médio Oriente centram atenções

Os principais índices norte-americanos negoceiam com ganhos, depois de o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, ter reiterado a sua posição de “esperar para ver” no que toca à eventual redução das taxas diretoras, à medida que os investidores parecem estar cada vez mais confiantes de que uma frágil trégua entre Israel e o Irão se manterá.

O S&P 500 avança 0,81% para os 6.073,74 pontos, enquanto o Nasdaq Composite soma 1,04% para 19.836,02 pontos. Já o Dow Jones ganha 0,87% para 42.950,74 pontos.

No plano comercial, em declarações ao Congresso dos EUA, Powell disse esta terça-feira que “os efeitos das tarifas dependerão, entre outras coisas, do seu nível final”. “Por enquanto, estamos bem posicionados para esperar para aprender mais sobre o curso provável da economia antes de considerar quaisquer ajustes na nossa postura política”, acrescentou o presidente da Fed.

Além de ter discursado hoje perante o Congresso, Powell irá ainda falar na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes esta terça-feira e perante a Comissão Bancária do Senado na quarta-feira. As intervenções do líder do banco central dos EUA surgem menos de uma semana depois de os decisores de política monetária terem concordado em .

Com as atenções viradas para o Médio Oriente, os índices ganharam renovado ímpeto após o Presidente dos EUA, Donald Trump, . O apelo de Trump surge depois de os EUA terem bombardeado instalações nucleares iranianas durante o fim de semana e o Irão ter retaliado disparando mísseis contra bases norte-americanas na região, um ataque e que levou à queda dos preços do crude.

Entre os movimentos do mercado, companhias aéreas como a American Airlines (+4,22%), a United Airlines (+2,81%) e a Delta Airlines (+2,53%) seguem a negociar em alta, depois de o anúncio de cessar-fogo entre Israel e o Irão ter suscitado otimismo quanto a uma potencial diminuição das perturbações do espaço aéreo no Médio Oriente.

Quanto às “big tech”, a Alphabet sobe 1,02%, a Amazon valoriza 1,83%, a Nvidia soma 1,47%, a Microsoft avança 0,63%, a Meta ganha 1,53% e a Apple soma 0,43%.

Israel bombardeia Irão após Trump garantir que cessar-fogo continua em vigor

Órgãos de comunicação iranianos têm reportado novos ataques aéreos por parte de Israel. Até agora, foram noticiadas duas novas explosões em Teerão. Há também relatos de que a cidade de Babolsar, a norte da capital, está a ser atacada. 

Os ataques surgem pouco tempo depois de Donald Trump afirmar, na Truth Social, que Israel tinha interrompido as suas operações e que o cessar-fogo continuava em vigor. No entanto, o presidente norte-americano criticou os dois países pelas ações tomadas poucas horas depois do anúncio da trégua. 

Durante a madrugada desta terça-feira, Israel denunciou o lançamento de vários mísseis iranianos contra o seu território, alegadamente disparados já após o início do cessar-fogo. Por sua vez, o Irão garante que os mísseis foram lançados momentos antes da trégua entrar em vigor, como retaliação pelos ataques israelitas desde 13 de junho. Segundo a agência Reuters, Israel terá lançado 14 mísseis direcionados a centros militares iranianos.

Trump critica violações do cessar-fogo e aponta especialmente a Israel
Trump critica violações do cessar-fogo e aponta especialmente a Israel

Em declarações aos jornalistas durante a deslocação à cimeira da NATO, em Haia, Donald Trump afirmou que tanto Israel como o Irão violaram o cessar-fogo. A trégua entrou em vigor esta manhã, mas, poucas horas depois do anúncio do ex-presidente norte-americano, .

Teerão negou qualquer ataque, alegando, por sua vez, ter sido alvo de três ofensivas israelitas. Até ao momento, não há mais detalhes confirmados sobre os acontecimentos.

Segundo a Reuters, Trump mostrou-se insatisfeito com o comportamento de ambas as partes, frisando estar particularmente desapontado com Israel, que “descarregou” logo após o acordo. "Agora tenho de fazer com que Israel se acalme", disse Donald Trump à saída da Casa Branca.

"Assim que fechamos acordo, Israel apareceu e lançou uma carga de bombas como eu nunca tinha visto antes, a maior carga que já vimos", disse aos jornalistas, mencionando que os "dois países que lutam há tanto tempo e com tanta intensidade que já não sabem o que estão a fazer".

Entretanto, o líder norte-americano já conversou por telefone com Netanyahu e assegura que o cessar-fogo continua em vigor: "Israel não vai atacar o Irão. Os aviões vão dar a volta e vão voltar para casa, enquanto acenam amigavelmente ao Irão. Ninguém se vai magoar, o cessar-fogo está em efeito!", escreveu na Truth Social. 

Apesar da tensão, o ex-presidente aproveitou a ocasião para sublinhar que as capacidades nucleares do Irão foram “destruídas”.

Euribor desce a três meses para menos de 2% e sobe a seis e a 12 meses
Euribor desce a três meses para menos de 2% e sobe a seis e a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três meses para menos de 2% e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 1,997%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,041%) e a 12 meses (2,110%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,041%, mais 0,005 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,110%, mais 0,017 pontos do que na segunda-feira.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, baixou hoje, para 1,997%, menos 0,034 pontos.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Mercados respiram de alívio. Trégua entre Irão e Israel traz maré verde à Europa

As principais praças europeias estão pintadas de verde após o anúncio de cessar-fogo – e apesar de Israel já ter vindo dizer que a trégua pode estar a ser violada.

O Stoxx 600, que agrupa as maiores empresas europeias, recupera das perdas das últimas semanas com uma valorização de 1,19% para 541,39.

Numa altura em que parece afastado o cenário de conflito prolongado, todos os setores valorizam, com destaque para as viagens (+3,82%) e a construção (+3,13%). As duas únicas exceções à regra registam-se nos setores do gás, luz e água (que recua 0,22%) e, de forma mais expressiva, petróleo e gás (que desvaloriza 2,63%).

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax sobe 1,86%, o francês CAC-40 valoriza 1,28%, o italiano FTSEMIB ganha 1,24%, o britânico FTSE 100 sobe 0,33% e o espanhol IBEX 35 valoriza 1,19%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,94%.

Os investidores estão “com vontade de comprar o mercado e talvez estejam certos já que esta crise não mudou nada em termos de perspetivas inflacionistas nem espoletou uma recessão”, diz David Kruk, o "head of trading" da La Financiere de L’Echiquer, citado pela Bloomberg, numa declaração em forte contraste com as perspetivas sombrias deste domingo.

“É provável que a geopolítica continue esta quarta-feira a dominar o mercado, afirmou Mohit Kumar, estrategista chefe da Jefferies, também citado pela agência de notícias. “Os investidores estarão focados na manutenção ou não do cessar-fogo”.

Poucas depois de Trump ter anunciado a “entrada em vigor” do cessar-fogo, Israel acusou o irão de violar a trégua com o lançamento de mísseis. O Irão nega.

Juros da Zona Euro arrancam sem rumo definido após cessar-fogo no Médio Oriente

Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro seguem terça-feira sem uma tendência clara. O foco dos investidores permanece no, depois de cerca de duas semanas de confrontos.

Após uma sessão de alívio generalizado na segunda-feira, os mercados de dívida arrancam o dia em terreno misto.

Em Portugal, a taxa de juro das obrigações a 10 anos desceu 0,1 pontos base, fixando-se nos 3,001%. Em Espanha, o alívio foi de 0,2 pontos base, para 3,192%, enquanto a dívida italiana recuou 1,7 pontos, para 3,461%.

Em sentido contrário, os juros da dívida francesa subiram 0,4 pontos base, para 3,232%, e as "bunds" alemãs agravaram-se em 1,4 pontos, para 2,518%.

Fora da Zona Euro, as "gilts" britânicas também registaram uma subida, com a taxa a 10 anos a avançar 1,1 pontos base, para 4,501%.

Dólar segue a desvalorizar a par do petróleo
Dólar segue a desvalorizar a par do petróleo

O dólar segue a desvalorizar esta terça-feira, depois do anúncio do cessar-fogo entre Israel e o Irão que está a fazer descer os preços do petróleo. 

 O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face aos principais concorrentes, cai 0,261% para 98,155 pontos.

O Euro sobe 0,11% face à divisa norte-americana, com cada euro a valer agora 1,1591 dólares. Há duas semanas, chegou a atingir o nível mais alto desde outubro de 2021, nos 1,1632 dólares.

O iene e o euro beneficiam com a quebra do preço do petróleo, já que a União Europeia e o Japão dependem de importações enquanto os Estados Unidos são um importador líquido.

Comentários de responsáveis da Reserva Federal a admitir um novo corte de juros, incluindo de Christopher Waller, também pressionam o dólar.

Israel identifica mísseis iranianos horas após anúncio de cessar-fogo e promete resposta "com firmeza". Irão nega
Israel identifica mísseis iranianos horas após anúncio de cessar-fogo e promete resposta 'com firmeza'. Irão nega

As Forças de Defesa de Israel (IDF) reportaram o lançamento de vários mísseis iranianos em direção ao território israelita, poucas horas após o anúncio de um cessar-fogo entre os dois países. O alerta foi divulgado através do canal oficial da IDF no Telegram e as sirenes de ataque aéreo soaram em várias regiões israelitas cerca de duas horas após a declaração de tréguas feita por Donald Trump.

Esta manhã, Effie Defrin, porta-voz das forças israelitas, afirmou em declarações à televisão local que o exército permaneceria vigilante perante possíveis violações do acordo, que entrou em vigor na manhã desta terça-feira. Com o lançamento de mísseis detetado, o porta-voz já se pronunciou e revelou ter dado permissão à IDF para "responder com firmeza à violação do cessar-fogo pelo Irão com ataques poderosos contra alvos do regime no coração de Teerão".

A agência estatal iraniana já noticiou, entretanto, que Teerão nega ter disparado mísseis contra Israel, mas sem dar mais detalhes.

O Presidente norte-americano tinha descrito o confronto entre os dois países como a “guerra de 12 dias” e apelou ao respeito pela trégua, sublinhando que qualquer violação comprometerá os esforços de estabilização na região

Petróleo cai 4% com aparente confirmação do cessar-fogo
Petróleo cai 4% com aparente confirmação do cessar-fogo

O preço do petróleo continua a cair depois do anúncio de cessar-fogo feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que garante que Teerão e Telavive já aceitaram a proposta.

O West Texas Intermediatte (WTI) – de referência para os Estados Unidos (EUA) – recua a esta hora 4,07% para os 65,72 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 4% para 68,62 dólares por barril.

Os investidores estão agora claramente convencidos que o risco de um choque de oferta está no retrovisor”, disse Chris Weston, responsável pelo departamento de research Peperstone Groulp, citado pela Bloomberg. “A perspetiva de um conflito longo com envolvimento dos Estados Unidos foi reavaliado, dando luz verde para acrescentar risco”, acrescentou.

Ameaçados pela possibilidade recomendada pelo parlamento iraniano de fecho do Estreito de Ormuz – que acabou por não se concretizar – os preços petróleo abriram ontem a subir, mas o aumento do preço foi-se atenuando ao longo dia, marcado por subidas e descidas, dada a ausência de uma resposta forte por parte do Irão.

Mesmo o ataque iraniano às bases militares no Qatar foi desvalorizado pelos Estados Unidos, com Trump a agradecer o aviso antecipado sobre o ataque “muito fraco” à base militar. O anúncio de um cessar fogo já “está em vigor”, acrescentou há momentos, tendo a trégua sido aceite por Israel e, de acordo com a Reuters, pelo Irão.

Países em conflito concordaram com o plano de cessar-fogo

Israel e o Irão aceitaram hoje o plano de cessar-fogo proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim "à guerra de 12 dias" que afetou o Médio Oriente.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que Israel tinha acordado um cessar-fogo bilateral com o Irão em coordenação com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A televisão estatal iraniana informou que o cessar-fogo entrou em vigor às 07:30 (05:30 em Lisboa).

Segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, um alto funcionário da Presidência dos Estados Unidos, que insistiu no anonimato, Donald Trump estabeleceu contacto direto com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para garantir o cessar-fogo.

A Administração norte-americana tem afirmado que o bombardeamento de sábado contra as instalações nucleares do Irão ajudou a levar o Governo de Israel a concordar com o cessar-fogo e que o Qatar ajudou a mediar o acordo.

Até ao momento, não é claro qual o papel desempenhado pelo ayatollah Ali Khamenei, líder do Irão, nas conversações.

O líder iraniano afirmou anteriormente nas redes sociais que não se renderia.

Ouro afunda com anúncio de trégua entre Irão e Israel. Atinge valor mais baixo em quase duas semanas
Ouro afunda com anúncio de trégua entre Irão e Israel. Atinge valor mais baixo em quase duas semanas

O preço do ouro cede terreno, esta terça-feira, pressionado pela menor procura por ativos de refúgio após o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Irão. O metal precioso recua 1,42% para os 3.320,57 dólares por onça, atingindo o valor mais baixo em quase duas semanas.

“Parece que há um risco geopolítico considerável a sair do mercado a curto prazo, depois de, claro, termos sinais de uma diminuição da tensão entre os EUA e o Irão”, afirmou Ilya Spivak, diretor de macroeconomia global da Tastylive, citado pela Reuters.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, através da plataforma Truth Social, referindo que o objetivo é “um fim duradouro” ao conflito. A notícia foi confirmada por Benjamin Netanyahu, que afirmou ter atingido os objetivos da operação militar em solo iraniano.

Apesar do recuo de hoje, o ouro , impulsionado pela procura de refúgio em contexto de tensão geopolítica, receios sobre o impacto económico das tarifas impostas por Trump e compras robustas por parte de bancos centrais.

Reviravolta nos mercados. Cessar-fogo no Médio Oriente pinta Ásia de verde
Reviravolta nos mercados. Cessar-fogo no Médio Oriente pinta Ásia de verde

A guerra de 12 dias entre Israel e o Irão parece ter chegado ao fim - e os mercados financeiros aplaudem. As bolsas asiáticas estão pintadas de verde, com o índice MSCI Ásia-Pacífico a saltar 2% e a registar o maior ganho em mais de dois meses. 

Na China, o Shanghai Composite subiu 1% e, em Hong Kong, avançou 1,8%. No Japão, o Topix somou 0,8% e o Nikkei saltou 1%. Na Coreia do Sul, o Kospi foi a praça com melhor desempenho na região, ao saltar 2,9%. Na Australia, o S&P/ASX 200 pulou quase 1%. Pela Europa, o sentimento é também de otimismo após o acordo, com os futuros do Stoxx 50 salta 1,5%. 

O Presidente dos EUA, Donald Trump, gerando expectativa de que haverá uma pausa duradoura no conflito do Médio Oriente. .

As declarações de Trump foram uma surpresa para o mercado, já que horas antes o Irão tinha atacado uma base norte-americana no Qatar - ofensiva assinalada com antecedência e considerada, em grande parte, simbólica. O anúncio de tréguas entre o Irão e Israel segue-se a um período volátil, em que os mercados financeiros foram mergulhados em incerteza durante quase duas semanas devido a receios de escalada do conflito.

“Após o anúncio do Presidente Trump de um cessar-fogo provisório, a incerteza do mercado diminuiu temporariamente”, disse Tomo Kinoshita, estratega da Invesco Asset Management, à Bloomberg. “No futuro, a transparência do mercado em relação a desenvolvimentos futuros permanece limitada, e, se este cessar-fogo provisório levar a um acordo permanente será o fator-chave", acrescentou.


Trégua entre Irão e Israel em vigor, diz Trump. Tel Aviv e Teerão terão aceite cessar-fogo

O Presidente dos EUA anunciou esta madrugada que o cessar-fogo entre Israel e o Irão já está em vigor e apelou aos dois países para que não violassem a trégua. O anúncio surge apenas horas depois de o Irão ter lançado uma série de mísseis contra Israel, um ataque em que quatro pessoas terão morrido.

"O cessar-fogo está agora em vigor. Por favor não o violem!", escreveu na rede social Truth Social. .

A agência iraniana SNN noticiou esta madrugada que Teerão disparou a última ronda de mísseis antes da entrada em vigor do cessar-fogo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou, entretanto, que já informou os EUA de que aceita a trégua. Também do lado do Irão parece haver acordo, ainda que não tenha sido confirmado oficialmente: a Reuters cita um dirigente não identificado que indica que o país aceitou o cessar-fogo. A agência diz ainda que o primeiro-ministro do Qatar conseguiu assegurar o acordo de Teerão, após o ataque à base norte-americana no Qatar.


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