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Bolsas europeias sobem animadas por abrandamento da guerra comercial

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

wall street bolsa mercados traders
wall street bolsa mercados traders Richard Drew/AP
25 de Abril de 2025 às 17:58
Petróleo em alta ligeira, animado por alívio da guerra comercial

O petróleo segue esta sexta-feira em alta ligeira, acompanhando o alívio do mercado de ações, numa altura em que a China parece estar a avaliar a suspensão de algumas tarifas a produtos norte-americanos.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – avança a esta hora 0,10% para os 62,85 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,03% para os 66,57 dólares por barril.

Várias empresas tecnológicas chinesas que importam chips dos Estados Unidos foram informadas de que certos produtos relacionados com semicondutores e circuitos integrados estão isentos das taxas impostas por Pequim sobre bens norte-americanos, segundo avançou esta sexta-feira o jornal Cailian.

Além disso, a agência Bloomberg noticiou, que Pequim está a considerar suspender as tarifas a outros produtos, incluindo produtos químicos como o etanol e equipamentos médicos, o que representaria um desanuviamento na guerra comercial desencadeada por Trump no início do mês.

O petróleo tem estado em queda este mês, pressionado por receios de que um golpe à economia chinesa se traduza numa descida da procura por crude, já que a China é o maior comprador mundial desta matéria-prima

A OPEP+ veio agravar o sentimento, ao acelerar a produção, gerando receios de excesso de petróleo no mercado.

Ouro recua com dólar mais forte, à espera de boas notícias da China

Depois de ter registado o seu 28.º recorde no início da semana, o ouro perde algum brilho, com notícias de um aligeirar das tensões comerciais a afastarem os investidores do ativo-refúgio.

O ouro desvaloriza a esta hora 1,33%, para os 3.305,04 dólares por onça.

Tudo indica que a China está a avaliar a suspensão de tarifas a alguns produtos norte-americanos, incluindo chips.

"As notícias sobre potenciais isenções parciais em tarifas retaliatórias impulsionaram ainda mais o sentimento hoje e permitiram que o ouro caísse abaixo dos 3.300 dólares [por onça]", disse  à Bloomberg Yuxuan Tang, estrategista do JPMorgan Private Bank, ressalvando que as quedas do ouro têm sido, no entanto, temporárias e que o metal tende a recuperar.

O ouro, que não remunera juros, tende a ser visto como uma salvaguarda contra a instabilidade global e tem, por isso, beneficiado do contexto atual - só este ano valorizou 700 dólares.

Já o dólar valoriza esta sexta-feira. O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - ganha 0,187% para os 99,564 pontos. Um dólar mais forte torna o ouro mais caro para compradores estrangeiros.

As notícias sobre um possível aligeirar do conflito entre os EUA e a China impulsionaram a valorização de hoje do dólar, permitindo que a "nota verde" recuperasse das perdas de quinta-feira.

A Reserva Federal dos EUA disse não ter urgência em revisitar a política monetária, numa altura em que ainda avalia o impacto das tarifas de Donald Trump na economia norte-americana.

Juros agravam-se em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravam-se em toda a linha esta sexta-feira, num dia em que os principais índices europeus negoceiam maioritariamente com ganhos, de olhos postos num desagravar da guerra comercial.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, sobem a esta hora 1,1 pontos-base, para 2,979%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento avança 1,4 pontos, para 3,103%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa agrava-se em 0,9 pontos-base para 3,173%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, somam 1,7 pontos para 2,462%.

Fora da Zona Euro a tendência é oposta: os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, caem 0,6 pontos-base para 4,495%.

Desagravar da guerra comercial dá alento à Europa

As bolsas europeias arrancaram o dia com otimismo, animadas pela possibilidade de as tensões comericiais entre os EUA e a China desagravarem, após notícias de que Pequim poderá cortar as tarifas sobre alguns produtos norte-americanos.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avançou 0,36%%, para os 518,61 pontos, caminhando para um saldo semanal positivo superior a 2%.

A época de resultados motivou as principais movimentações individuais. A multinacional francesa de materiais de construção Cie de Saint-Gobain ganhou 4,3% após divulgar resultados acima do esperado. Já a  Stora Enso subiu 4,3% depois de o grupo florestal finlandês ter dado conta de lucros operacionais do primeiro trimestre também acima das expectativas do mercado. A bater as estimativas esteve também a Safran, que valoriza 2,9% - além dos bons resultados do trimestre, a fabricante francesa de motores para jatos disse estar confiante de que iria atingir os objetivos para o ano inteiro, excluindo qualquer impacto tarifário.

Apesar das boas notícias de hoje, a volatilidade deverá continuar a marcar o mercado, principalmente à medida que nos aproximarmos no fim da "pausa" de 90 dias das tarifas dos EUA ao resto do mundo.

"As reviravoltas, as constantes mudanças de direção, não inspiram confiança para gastar em investimentos ", disse à Bloomberg Zehrid Osmani, gestor de portfólio no Martin Currie

Investment Management.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 ganhava 0,70%, o alemão DAX subia 0,37%, o britânico FTSE 100 somava 0,16% e o italiano FTSEMIB avançava 0,72% e o espanhol IBEX 35 valorizava 1,06%. Apenas o holandês AEX recuava 0,10%.

Euribor volta a subir a três, seis e 12 meses

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, após ter atingido na quarta-feira novos mínimos desde dezembro, outubro e setembro de 2022, respetivamente.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,174%, ficou acima da taxa a seis meses (2,141%) e da taxa a 12 meses (2,082%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,141%, mais 0,007 pontos face a quinta-feira e contra um novo mínimo desde 28 de outubro de 2022 na quarta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,082%, mais 0,013 pontos do que na quinta-feira e após ter recuado no dia anterior para um novo mínimo desde 09 de setembro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, avançou hoje para 2,174%, mais 0,013 pontos, contra um novo mínimo desde 20 de dezembro de 2022 na quarta-feira.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%, como antecipado pelos mercados.

A descida foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente do que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Ouro em montanha russa. Encaminha-se para semana de perdas

O ouro começou a semana a ultrapassar os 3.500 dólares por onça, mas termina na mó de baixo, numa altura em que guerra comercial dá sinais de abrandar. As autoridades chinesas estão a analisar a possibilidade de remover algumas das taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, em particular sobre equipamentos médicos e químicos industriais como o etano.

A esta hora, o metal precioso desvaloriza 1,97%, para os 3.283,50 dólares por onça e encaminha-se para uma perda semanal.

"O aparente desanuviamento das tarifas está a afetar negativamente os preços do ouro. Mas até agora não vimos liquidações substanciais. No entanto, sabemos que continuou um movimento de 'buy the dip' nas últimas sessões, então achamos que o ouro pode retomar sua trajetória ascendente", disse à Reuters o estrategista de "commodities" da TD Securities, Daniel Ghali, referindo-se ao movimento de compra do ativo num momento em que está mais barato.

O metal amarelo já valorizou mais de 25% este ano, impulsionado pela guerra tarifária de Donald Trump, que elevou o apetite por ativos-refúgio. A corrida ao ouro por bancos centrais  e a desvalorização do dólar também ajudaram o metal precioso.

Petróleo abranda quedas após Trump garantir que falou com Xi sobre tarifas  
Petróleo abranda quedas após Trump garantir que falou com Xi sobre tarifas  

Os preços do petróleo abrandaram as quedas face aos mínimos da sessão desta sexta-feira, depois de Donald Trump ter garantido que falou telefonicamente com o homólogo chinês sobre as tarifas, apesar de a China ter dito que não estava em conversações com os EUA sobre as taxas alfandegárias, renovando os sinais de que poderá haver um desanuviamento do conflito comercial.

O barril de Brent, de referência para a Europa, perde 0,1% para 66,48 dólares, enquanto o West Texas Intermediate cai 0,1% para 62,75 dólares, ambos a caminho de uma perda semanal.

Os preços do petróleo têm sido pressionados sobre o excesso de oferta no mercado e as incertezas na guerra comercial EUA-China, que podem pesar na procura de crude a nível global.

"O preço do Brent pode ser penalizado pela perspetiva de mais uma subida significativa da oferta da OPEP+", referem analistas do Commerzbank Research, citados pelo WSJ.

Dólar caminha para primeira semana de ganhos num mês
Dólar caminha para primeira semana de ganhos num mês

O dólar está a caminho da primeira semana de ganhos desde meados de março, depois de a China ter garantido algumas isenções de tarifas a importações dos Estados Unidos, criando expectativas de que a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais possa vir a desescalar.

O índice de dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - avança 0,12% para os 99,49 pontos, enquanto o euro recua 0,07% para 1,1382 euros.

Numa entrevista publicada na revista Time, o Presidente dos Estados Unidos afirmou que a sua administração está a fazer progressos nas negociações com a China, tendo já havido conversações e uma chamada entre os líder dos dos países. No entanto, Pequim continua a negar tais conversações.

"Não creio que muito esteja necessariamente mais claro agora, mas parece que não há mais escalada entre os EUA e a China. Parece que está a ir na direção oposta e, se alguma coisa, [as negociações] parecem estar a dirigir-se mais para o desanuviamento do que para a escalada", disse à Reuters a estratega de mercado do City Index Fiona Cincotta.

Juros agravam-se na Zona Euro. Yields das Gilts britânicas aliviam

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se ligeiramente esta sexta-feira, num dia em que os investidores mostraram mais apetite por ativos de risco como ações

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, subiram 2,8 pontos-base, para 2,997%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento avançou 3,1 pontos, para 3,120%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa agravou-se em 2,1 pontos-base para 3,185%. Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, somaram 2,1 pontos para 2,466%.

Fora da Zona Euro a tendência é oposta: os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 2,4 pontos-base para 4,477%.

Bolsas europeias sobem animadas por abrandamento da guerra comercial
Bolsas europeias sobem animadas por abrandamento da guerra comercial

Os principais índices europeus avançaram esta sexta-feira pela quarta sessão consecutiva, animados por um aparente escalar de tensões na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, avançou 0,35% para 520,45 pontos, com o setor da construção a registar a maior subida perto dos 2%, depois de a Saint-Gobain, fabricante de materiais para construção, ter revelado resultados que superaram as expectativas e ter pulado 4,65%

Entre outros principais movimentos de mercado, a Safran avançou mais de 4% depois de ter revelado receitas acima do esperado no primeiro trimestre do ano e se ter mostrado confiante de que conseguirá cumprir o "guidance" dado para o acumulado do ano, afastando qualquer impacto das tarifas.

Também a espanhola Mapfre escalou mais de 8% após ter revelado resultados acima do esperado. A seguradora lucrou 275,9 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, uma subida de quase 28% face aos mesmos valores do ano passado.

Os ganhos foram sustentados por expectativas de que a China possa vir a isentar alguns produtos norte-americanos de tarifas. Apesar de as negociações não serem claras, os investidores estão otimistas de que a guerra comercial possa abrandar.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,81%, o francês CAC-40 valorizou 0,45%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,47%, o britânico FTSE 100 subiu 0,09% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,33%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,1%.

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