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Ao minuto07.10.2025

Europa divide-se entre ganhos e perdas. Kering salta mais de 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.

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wall street bolsa mercados traders Richard Drew/AP
07 de Outubro de 2025 às 17:57
07.10.2025

Europa divide-se entre ganhos e perdas. Kering salta mais de 5%

Os principais índices europeus encerraram a sessão desta terça-feira sem grandes movimentações, divididos entre ganhos e perdas, numa altura em que os investidores continuam a digerir os possíveis impactos económicos da crise política em França. A demissão de Sébastien Lecornu do cargo de primeiro-ministro apanhou os mercados de surpresa na segunda-feira, mergulhando o país num novo impasse político que ameaça a capacidade de futuros governos conseguirem resolver a questão da dívida elevada da nação. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, recuou 0,17% para 569,27 pontos, pressionado, em grande parte, pelo setor tecnológico e pelo dos media. Depois de ter registado o pior dia em mais de seis semanas, o CAC-40 conseguiu terminar a sessão no verde, embora com ganhos parcos, ao subir 0,04%. 

Entre as restantes praças da região, o espanhol IBEX recuou 0,17%, o neerlandês AEX perdeu 0,64%, enquanto o italiano FTSEMIB cedeu 0,17% e o português PSI caiu 0,75%. Já o alemão DAX cresceu 0,03% e o britânico FTSE ganhou 0,05%. 

Apesar de o Presidente de França, Emannuel Macron, ter dado até quarta-feira a Sébastien Lecornu para encontrar uma solução governativa com os vários partidos que compõem o espectro político gaulês, Pierre Alexis Dumont, diretor de investimentos da Sycomore Asset Management, espera ainda mais volatilidade para os mercados do país. "O mercado parece estar a incorporar novas eleições", explica à Bloomberg, embora saliente que uma situação como a que se verifica nos EUA, de "shutdown" do Executivo, não seja possível. 

Entre as principais movimentações, a Shell avançou 1,72% para 27,84 libras, depois de a petrolífera britânica ter revelado que as suas operações de petróleo e gás conseguiram recuperar no terceiro trimestre, depois de três meses de grande volatilidade devido às tensões geopolíticas. Por sua vez, a Kering saltou 5,75% para 309,20 euros, após a dona da Gucci ter sido nomeada pelo Morgan Stanley como a melhor opção do setor de luxo para os investidores. 

Antes dos mais recentes recuos, provocados em grande parte pela instabilidade política em França, as ações europeias estavam a negociar em máximos históricos, impulsionadas por uma euforia duradoura em torno da inteligência artificial e também uma economia norte-americana mais resistente do que era antecipado. 

07.10.2025

Juros aliviam na Zona Euro. França em contramão

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta terça-feira maioritariamente com alívios, com França a ser o único país a destoar deste cenário. Apesar das movimentações modestas, os investidores continuam a vender obrigações gaulesas em contraciclo com o resto da Europa, isto numa altura em que a nação liderada por Emmanuel Macron está novamente mergulhada num impasse político que ameaça a sua governação. 

A "yield" da dívida francesa a dez anos, maturidade de referência, encerrou a sessão a ganhar 0,2 pontos base para 3,567%, enquanto os juros da dívida alemã, "benchmark" para a Zona Euro, caíram 1 ponto para 2,707%. O "spread" entre os juros das duas dívidas encontra-se agora nos 86 pontos - bastante próximo dos máximos de 2025 atingidos na segunda-feira, numa primeira reação dos investidores à demissão de Sébastien Lecornu. 

Pela Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade cederam 0,3 pontos base para 3,104%, enquanto os da espanhola permaneceram inalterados face ao fecho da sessão de ontem, nos 3,253%. Já em Itália, a "yield" das obrigações a dez anos deslizou 0,4 pontos para 3,534%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos cederam 1,7 pontos base para 4,718% e os das "Tresuries" norte-americanas encontram-se a cair 3,3 pontos para 4,119%, numa altura em que o "shutdown" do Governo do país se prolonga pelo sétimo dia consecutivo. 

07.10.2025

Euro e iene perdem terreno para o dólar com mudanças políticas

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Preocupações com mais gastos orçamentais no Japão e incerteza política em França estão a pressionar o iene japonês e o euro em relação ao dólar nesta terça-feira, com os “traders” igualmente atentos ao "shutdown" do governo federal dos EUA, que se prolonga agora pelo sétimo dia.

Sanae Takaichi, ex-ministra da Segurança Económica e Assuntos Internos do Japão, venceu as eleições para a liderança do Partido Liberal Democrático - que se encontra no poder - este fim de semana, . A vitória da ex-ministra levou os "traders” a reduzirem as apostas de que o Banco do Japão (BoJ) aumentará as taxas de juros este mês. Isto porque Takaichi prometeu impulsionar a economia japonesa com gastos agressivos e tem criticado os aumentos das taxas de juro do BoJ.

Os mercados estão agora a prever uma probabilidade de apenas 26% de o BoJ aumentar as taxas de juro na sua próxima reunião de política monetária, a 30 de outubro, contra cerca de 60% de probabilidades antes da vitória de Takaichi.

A esta hora, o dólar ganha 0,55% para os 151,180 ienes.

Já o euro atravessa uma situação frágil após o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, ter apresentado a demissão na segunda-feira, , ao mesmo tempo que adensa as dificuldades fiscais e orçamentais que o país vive. Nesta linha, a moeda única cai 0,45%, para 1,166 dólares. Ainda na Europa, a libra cede 0,46% para os 1,342 dólares.

Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar sobe 0,42%, para 98,520 pontos.

07.10.2025

Petróleo continua a recuar após decisão cautelosa da OPEP+

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo continuam a recuar esta terça-feira, interrompendo dois dias de ganhos, após a , uma decisão abaixo do esperado. Também a Arábia Saudita tomou a decisão de manter os preços de exportação para a Ásia, em sinal de prudência face à incerteza do mercado.

A esta hora, o Brent desce 0,35% para 65,24 dólares e o WTI recua 0,15% para 61,60 dólares por barril.

O aumento da produção planeado para novembro é bastante modesto. O mercado continuará atento a sinais de acumulação de reservas”, comentou Edward Bell, economista-chefe interino do Emirates NBD, citado pela Bloomberg.

A decisão da OPEP+ surge após dois meses consecutivos de perdas, em agosto e setembro, penalizados por receios de excedente de oferta global. “O grupo mantém-se cauteloso perante as previsões de excedentes no quarto trimestre e no próximo ano”, referiram analistas do ING à Reuters.

No lado da procura, os sinais da Índia continuam positivos, com um aumento de 7% no consumo de combustíveis em setembro, segundo dados do país. Já do lado da oferta, o JPMorgan destacou que os inventários globais de petróleo cresceram todas as semanas de setembro, com um acréscimo total de 123 milhões de barris.

A Bloomberg acrescenta ainda que as exportações marítimas da Rússia se mantêm próximas de máximos de 16 meses, enquanto os ataques ucranianos a refinarias, como o recente ataque com drones à unidade de Kirishi, obrigaram a desviar volumes para os portos, pressionando a capacidade produtiva.

07.10.2025

Ouro reforça máximos históricos e aproxima-se dos 4.000 dólares com procura de ativos-refúgio

Ouro.

O ouro mantém esta terça-feira a sua trajetória de recordes, impulsionado pela crescente procura por ativos de refúgio no contexto do “shutdown” do governo dos Estados Unidos e da instabilidade política em França e no Japão.

A esta hora, o ouro avança 0,60% para 3.985 dólares por onça, depois de ter tocado um novo máximo histórico durante o dia nos 3.986,88 dólares. O contrato de dezembro em Nova Iorque superou pela primeira vez a marca simbólica dos 4.000 dólares. A prata recua 0,89% para 48,01 dólares, enquanto a platina sobe 0,54% para 1.633,18 dólares.

Segundo a Reuters, o metal precioso é sustentado por “fluxos contínuos para [ativos] seguros, alimentados em parte pela e pela falta de perspetivas de resolução no curto prazo”, referiu Peter Grant, estratega sénior da Zaner Metals.

O fecho parcial do governo norte-americano, agora no sétimo dia, deixou os investidores sem acesso a dados económicos cruciais, o que reforça as apostas num . Esse cenário favorece o ouro, um ativo sem juros e que tende a valorizar em ambientes de taxas baixas.

A Bloomberg destaca que a incerteza política na França, com a , e a , aumentam as preocupações orçamentais e têm impulsionado o apetite pelo metal. “Uma mistura de procura retalhista, especialmente na Europa e no Japão, e entradas institucionais têm alimentado a recente alta”, explicou Nicky Shiels, estratega da MKS Pamp SA.

A escalada de cerca de 52% do ouro desde o início do ano é também sustentada por fortes compras de bancos centrais, com a China a ampliar as reservas pelo 11.º mês consecutivo, e entradas significativas em fundos transacionados em bolsa garantidos por ouro (ETF).

O otimismo é partilhado por David Chao, estratega global da Invesco Asset Management, que aconselha “sobreponderar ouro, mesmo a estes preços elevados, como proteção face ao dólar e a potenciais choques adicionais”.

O Goldman Sachs elevou esta semana a sua projeção para o preço do ouro em dezembro de 2026 para 4.900 dólares por onça, face à anterior estimativa de 4.300, sustentando-se em influxos robustos de ETF e compras oficiais.

Com o dólar a manter-se firme e as perspetivas económicas incertas, o ouro segue em rota para o maior ganho anual desde 1979, consolidando-se como o ativo de refúgio dominante de 2025.

07.10.2025

Tecnológicas voltam a dar novos máximos ao S&P 500 e ao Nasdaq

Wall Street.

Os principais índices norte-americanos arrancaram a segunda sessão da semana em alta, com o Nasdaq Composite e o S&P 500 a atingirem novos máximos históricos e o industrial Dow Jones a aproximar-se de valores recorde. O "rally" das tecnológicas continua a animar as ações dos EUA, mas o foco vira-se agora para a Reserva Federal (Fed) e para uma série de discursos por parte dos seus membros ao longo da semana, com os investidores à procura de novas pistas em relação ao futuro da política monetária no país. 

É esperado que o banco central volte a cortar as taxas de juro em 25 pontos base na reunião agendada para o final deste mês. Os dados mais recentes continuam a apontar para um mercado laboral em contração, mas os investidores mantêm-se à espera de uma série de relatórios oficiais - que não têm sido divulgados devido ao "shutdown" no Governo do país que já soma sete dias consecutivos. 

"Como o mercado de trabalho está a enfraquecer, acho que isso será toda a justificação de que [o banco central] precisa para reduzir ainda mais as taxas de juro", explica Jamie Cox, "managing partner" da Harris Financial Group, à Reuters. O analista afasta a ideia de que as ações norte-americanas estão a negociar com valores sobrevalorizados, apesar de as preocupações em relação ao tema estarem a crescer entre os investidores. 

Em mais um dia de recordes, o S&P 500 avança 0,11% para 6.747,39 pontos, enquanto o Nasdaq Composite salta 0,07% para 22.955,87 pontos. Ambos atingiram novos máximos históricos, ao tocarem nos 6.754,49 pontos e nos 23.006,07 pontos, respetivamente. Já o industrial Dow Jones acompanha os ganhos dos outros dois índices e acelera 0,19% para 46.781,53 pontos, aproximando-se de máximos históricos (47.049,64 pontos).

Entre as principais movimentações de mercado, a AMD acelera 6,31% para 216,57 dólares, depois de já ter escalado na sessão anterior 23,7%, depois de a tecnológica ter fechado um acordo multimilionário com a OpenAI para implementar "chips" de inteligência artificial (IA) nas infraestruturas da dona do ChatGPT. De acordo com a Bloomberg, a AMD comprometeu-se a entregar 160 milhões de ações à empresa de Sam Altman, o equivalente a 10%, mediante a concretização de objetivos traçados, nomeadamente a escalada do preço das ações.

Já a Constellation Brands, produtora da cerveja Corona, avança 3,02% para 142,90 dólares, depois de ter registado uma queda nas vendas inferior ao estimado pelos analistas. Por sua vez, a Tesla cai 0,67% para 450,22 dólares, com os investidores a anteciparem a divulgação de uma versão mais barata do seu modelo mais popular, o Model Y.

07.10.2025

Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,029%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,106%) e a 12 meses (2,223%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,106%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,223%, menos 0,003 pontos do que na sessão anterior.

A Euribor a três meses avançou para 2,029%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

07.10.2025

Bolsas europeias em negociação dividida e de olho na crise francesa

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A , está a provocar reações mistas nas praças europeias nesta terça-feira, com a volatilidade política da segunda maior economia da União Europeia a retirar confiança aos investidores. O prazo de 48 horas dado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para que aliviou um pouco a pressão na negociação desta manhã.

Ainda assim, o Stoxx 600, o índice de referência europeu, recua 0,14% para os 569,46 pontos.

O índice francês CAC-40 é o mais pressionado, fruto da crise interna, caindo 0,41% para os 7.938,98 pontos, . Nas restantes praças, o espanhol IBEX avança uns ligeiros 0,04%, o britânico FTSE ganha 0,10%, o neerlandês AEX sobe 0,05% e o italiano FTSEMIB está no vermelho, cedendo 0,10%. O alemão DAX também segue uma tendência negativa, recuando 0,06%. Também no vermelho está o português PSI, que a esta hora recua 0,34%, .

"O que os mercados estão a avaliar agora são novas eleições [em França]", comenta Pierre Alexis Dumont, diretor de investimentos da empresa Sycomore Asset Management, em declarações à Bloomberg. O analista considera ainda que durante o dia poderá registar-se uma tendência positiva, "pois existem mecanismos na constituição que permitem que um orçamento seja aprovado e não existe o risco de uma paralisação ao estilo dos EUA".

Entre os setores que mais se destacam pela positiva está o do petróleo e gás, que avança 0,54%, seguido pelo das telecomunicações, que sobe 0,33%. Pela negativa, as ações ligadas às matérias-primas são as mais prejudicadas, cedendo 0,90%, assim como a área do retalho, que recua 0,56%.

A nível individual, a francesa Renault sobe 1,99% para os 35,90 euros por ação, enquanto a Shell avança 1,84% para os 32,16 euros por título, com a petrolífera a sinalizar que as suas operações no segundo trimestre recuperaram depois de um período de volatilidade geopolítica.

Entre as quedas, destaque para a alemã Bayer, que cede 4,06% para os 27,20 euros, numa queda a par de outras farmacêuticas europeias, enquanto a sueca Volvo recua 3,16% para os 267 coroas suecas, depois de se saber que o maior acionista da marca, a chinesa Geely Holdings, está à procura de um empréstimo de 2,4 mil milhões de dólares.

07.10.2025

Dólar sobe com euro e iene pressionados por mudanças políticas

Nota de mil ienes japoneses em destaque

O iene está a ceder face às principais divisas pela quarta sessão consecutiva, ainda pressionado pela nova líder do Partido Liberal Democrata, que irá formar Governo no país e deverá ser a favor de uma descida das taxas de juro pelo Banco do Japão. 

Os analistas do Commonwealth Bank of Australia escreveram, numa nota citada pela Bloomberg, que "a nossa opinião é que a perspetiva de um aumento das taxas pelo Banco do Japão no final deste mês continuará a diminuir". Depois de a a divisa nipónica ter sido negociada em mínimos históricos face ao euro (176,35), o ministro das Finanças do Japão disse que as autoridades estavam atentas a movimentos excessivos nos mercados cambiais. A esta hora, o euro perde 0,15% para 175,81 ienes.

Isto numa altura em que também o euro continua a perder terreno em relação aos pares, com a crise política em França a abalar a moeda única. O Presidente gaulês, Emmanuel Macron, , para negociar com os diferentes partidos políticos franceses, a fim de impedir que o momento difícil que a segunda maior economia da Zona Euro atravessa se agrave ainda mais. O euro perde 0,32% para 1,1674 dólares e negoceia na linha d'água face à libra, nas 0,8689 libras. 

Nos EUA, o dólar avança 0,17% para 150,60 ienes, enquanto o índice de força da "nota verde" do DXY sobe 0,28% para 98,37 pontos. Esta segunda-feira, a Casa Branca recuou sobre as intenções do Presidente, Donald Trump, de que membros da Administração já estavam a ser demitidos devido à paralisação, mas alertou que perdas de empregos poderiam ocorrer, já que o impasse parece estar prestes a estender-se pelo sétimo dia.

07.10.2025

Incerteza política cava fosso entre juros da dívida de França e da Alemanha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro continuam a agravar-se esta terça-feira, pressionados pela crise política em França, que tem contagiado as "yields" dos outros países do bloco da moeda única.

Os juros da dívida francesa a 10 anos sobem 2,4 pontos base, para 3,590%, enquanto a rendibilidade das "bunds" alemãs avança apenas 0,9 pontos, para 2,726%. Assim, o prémio de risco da dívida gaulesa face à germânica atinge os 86 pontos. 

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa sobe 1,8 pontos base, para 3,125%, enquanto no país vizinho os juros agravam-se 1,9 pontos, até aos 3,272%. Os juros da dívida italiana sobem na mesma medida do que a francesa - 2,4 pontos - situando-se nos 3,562%.

07.10.2025

Petróleo prolonga ganhos após decisão prudente da OPEP+

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo voltam a subir esta terça-feira, sustentados pela , um valor inferior ao esperado e que ajudou a atenuar preocupações sobre um possível excesso de oferta no mercado global.

A esta hora, o Brent avança 0,20% para 65,61 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) ganha 0,18% para 61,80 dólares.

A decisão do grupo, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros grandes produtores, foi recebida como um sinal de prudência. Segundo analistas do ING, a medida “contrasta com as expectativas de uma reintrodução mais agressiva da oferta” e mostra que o cartel “mantém cautela face às previsões de um excedente no quarto trimestre e em 2026”.

O analista sénior da LSEG, Anh Pham, observou que “o Brent tinha caído cerca de 5 dólares por barril na semana passada em resposta às expectativas de um aumento maior da produção, pelo que este ligeiro ‘rebound’ parece razoável”. Pham acrescentou que, por agora, “o mercado ainda parece capaz de absorver o volume adicional”.

A OPEP+ já aumentou as metas de produção em mais de 2,7 milhões de barris por dia desde o início do ano, o que equivale a cerca de 2,5% da procura global. Apesar disso, fatores geopolíticos têm mantido um suporte aos preços, incluindo o , que continua a afetar o fornecimento energético e a criar incerteza em torno das exportações de crude russo.

Na semana passada, um ataque de drone à refinaria russa de Kirishi levou à paralisação da sua unidade de destilação mais produtiva e a recuperação poderá demorar cerca de um mês, segundo fontes industriais citadas pela Reuters.

Ainda assim, os analistas alertam que o mercado pode continuar sob pressão nas próximas semanas, à medida que o aumento de produção da OPEP+ e de países fora do grupo coincide com sinais de abrandamento da procura global, agravados pelo impacto económico das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.

07.10.2025

Ouro recua com cautela antes de cortes da Fed e impasse político nos EUA

ouro

O ouro está a descer esta terça-feira, à medida que os investidores ajustam posições antes das próximas decisões da Reserva Federal dos Estados Unidos, enquanto o impasse no Congresso norte-americano sobre o orçamento continua a gerar cautela nos mercados.

A esta hora, o ouro recua 0,26%, para 3.950,44 dólares por onça, depois de ganhos expressivos na véspera e de ter atingido um . Por sua vez, a prata desce 0,38%, para 48,27 dólares e a platina derrapa 0,42%, para 1.618,34 dólares.

“As probabilidades de cortes em outubro e dezembro continuam acima dos 80%, o que está a apoiar os preços do ouro, assim como a incerteza gerada pela paralisação do governo, dado que ainda não há resolução entre as duas câmaras do Congresso norte-americano”, afirmou Kelvin Wong, analista sénior de mercado da OANDA.

Apesar disso, declarações mais restritivas de membros da Fed limitaram os ganhos. O presidente da Reserva Federal de Kansas City, Jeff Schmid, indicou que está pouco inclinado a reduzir ainda mais as taxas de juro, sublinhando que o banco central deve manter o foco nos riscos de inflação elevada, mesmo perante sinais de fraqueza no mercado de trabalho.

Os mercados, no entanto, continuam a prever cortes de 25 pontos-base em outubro e dezembro, com probabilidades de 93% e 82%, respetivamente, segundo o CME FedWatch Tool. O ouro tende a beneficiar num ambiente de juros baixos e incerteza económica.

O metal precioso acumula ganhos de 51% desde o início do ano, impulsionado por fortes compras de bancos centrais, maior procura por ETFs lastreados em ouro, fraqueza do dólar e maior interesse de investidores individuais que procuram proteção face às tensões comerciais e geopolíticas.

07.10.2025

Praças japonesas renovam recordes. França continua a pressionar Europa

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As praças japonesas negoceiam na linha d'água esta terça-feira, após na sessão anterior terem atingido máximos históricos, à boleia da nova escolha para líderar o partido no Governo desde o fim da II Guerra Mundial. Sanae Takaichi é a nova presidente do Partido Liberal Democrata e está a caminho de ser a primeira mulher como primeira-ministra do Japão. 

Takaichi promete novos estímulos à economia asiática, bem como uma flexibilização da política monetária. , com maior procura de obrigações por parte dos investidores. 

"O iene permanecerá sob pressão por algum tempo. A mudança política sob o comando de Sanae Takaichi reforçou as expectativas de que o estímulo orçamental terá precedência sobre o aperto monetário, reduzindo as apostas de um aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão no curto prazo", disse Tareck Horchani, da Maybank Securities, à Reuters.

Neste contexto, o MSCI Asia Pacific chegou a subir 0,4% para um novo recorde, nos 226,10 pontos, à boleia das ações de tecnologia e semicondutores, contagiadas pela nova aliança no mercado: ontem, 

O Hang Seng e o Shangai Composite continuam fechados para feriados regionais, bem como o sul coreano Kospi. No Japão, o Topix oscila entre pequenos ganhos e perdas e ronda os 3.225,60 pontos, enquanto o Nikkei ganha ligeiros 0,07% para 47.977,91 pontos. Durante a sessão ambos renovaram recordes, nos 3.248,39 pontos e 48.527,33 pontos, respetivamente. Na Austrália, o S&P/ASX 200 perdeu 0,27% para 8.956,8 pontos. 

No entanto, o otimismo com a inteligência artificial nos EUA, que tem levado a sucessivos recordes das bolsas nova-iorquinas, 

Pela Europa, , Os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma queda acima de 0,1%. 

"Emmanuel Macron poderia tentar formar um novo gabinete para aprovação da Assembleia Nacional. Mas, enquanto isso, Macron vai sofrer muita pressão para dissolver a Assembleia Nacional e avançar para eleições legislativas completamente novas", disse Thierry Wizman, estratega do Macquarie Group, à Reuters.


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