Bolsas europeias avançam antes de reunião do BCE
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
- Revisão em baixa do PIB japonês pressiona ações nipónicas. Europa aponta para o verde
- Gás dispara até 11% no dia em que arrancam greves na Chevron na Austrália
- Dados tapam brilho do ouro com receios relativos à Fed
- Perspetiva de BCE mais "hawkish" que a Fed dão força ao euro face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa no verde com ganhos mornos. Lagarde já capta atenções
- Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
- Wall Street no verde de olho nas reuniões dos bancos centrais
- Ouro prestes a fechar semana de perdas
- Petróleo a caminho de fechar semana com ganho de 2%
- Dólar a caminho da mais longa série de ganhos semanais em nove anos
- Bolsas europeias avançam antes de reunião do BCE
A Ásia fechou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, dando continuidade às perdas sentidas em dois dos principais índices norte-americanos.
Pelo Japão, o Nikkei perdeu 1,16% e o Topix deslizou 1,02%, tendo fechado em terreno negativo pelo segundo dia consecutivo. O PIB nipónico no segundo trimestre foi revisto em baixa esta quinta-feira, face à estimativas iniciais, de 6% para 4,8%.
Na China, Xangai caiu 0,2%. Hong Kong suspendeu as negociações devido às fortes chuvas que atormentaram a região e levaram ao encerramento de alguns espaços públicos. As ações de vários fornecedores da Apple fecharam o dia no vermelho.
Pequim alargou as restrições ao uso de iPhones por parte de funcionários do Estado, tendo exigido ao "staff" de algumas agências do governo central que deixem de usar os seus telemóveis no local de trabalho.
Pela Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,15%.
Na Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 subiram 0,3%., antes de serem conhecidos dados de alta frequência na Europa.
Os gabinetes de estatística espanhol e francês vão divulgar os dados da produção industrial de cada país relativamente a julho. O mercado vai olhar também para os dados finais da inflação da Alemanha de agosto, que segundo os dados preliminares ficou em 6,2%, ligeiramente acima da estimativa dos analistas de 6%.
O gás negociado em Amesterdão (TTF) – "benchmark" para o mercado europeu – cresceu até 11% para 36,20 euros por megawatt-hora, impulsionado pelas greves parciais na Chevron na Austrália.
As negociações entre administração e sindicatos não foram frutíferas. Assim, os trabalhadores das instalações de gás natural liquefeito (GNL) de Gorgon e Wheatstone começam a greve esta sexta-feira.
No mercado petrolífero, o ouro negro caiu pelo segundo dia, tendo já apagado os ganhos semanais arrecadados com o anúncio dos cortes adicionais na oferta da Rússia e Arábia Saudita, face ao que já foi proclamado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).
Assim, o West Texas Intermediate (WTI) – referência para as importações norte-americanas - desvalorizou 0,59% para 86,36 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres – desvalorizou 0,42% para 89,54 dólares por barril.
O ouro está a prestes a fechar uma semana de perdas, após este período ter sido marcado por uma série de dados macroeconómicos que reforçaram a expectativa da manutenção dos juros diretores nos EUA em terreno restritivo.
Mais recentemente, os investidores digeriram a subida acentuada da atividade do setor dos serviços em agosto, segundo um indicador do Institute for Supply Management (ISM) e a queda do número de pedidos de subsídio de desemprego para mínimos de fevereiro.
Durante esta sexta-feira, o metal amarelo valoriza 0,23% para 1.924,02 dólares a onça. Prata, platina e paládio seguem esta tendência positiva.
Numa altura em que o mercado já aponta o olhar para Frankfurt, onde na próxima semana o conselho do BCE dá conta do futuro da sua política, as apostas dos mercados monetários já começam a mexer com o par euro e dólar.
O euro valoriza 0,13% para 1,0710 dólares. Os investidores apontam para uma probabilidade de 36% de o BCE aumentar as taxas de juro na próxima semana, contra uma probabilidade de apenas 12% de que a Fed faça o mesmo no próximo dia 20 de setembro.
A volatilidade implícita semanal do par euro e dólar caminha para um quarto dia de ganhos, pela primeira vez desde maio.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cede 0,13% para 104,921pontos. Já no acumulado da semana, está a caminho de registar uma oitava semana de ganhos.
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura em que o mercado tenta antecipar o desfecho da reunião do BCE, marcada para a próxima semana. A mais recente sondagem da Bloomberg dá conta de uma amostra de economistas divididos sobre o futuro da política monetária.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 0,8 pontos base para 2,601%.
Os juros das obrigações portuguesas que vencem em 2033 cedem 0,6 pontos base para 3,312%.
A rendibilidade da dívida espanhola com a mesma maturidade desce 1,1 pontos base ara 3,633%.
A "yield" dos títulos italianos a 10 anos subtraiu 1,3 pontos base para 4,323%.
O mercado aguarda ainda que os Países Baixos anunciem formalmente a colocação de dívida verde a 20 verde, sendo esperado que a emissão seja feita no decorrer do quarto trimestre deste ano.
Os investidores estarão ainda atentos à avaliação do "rating" da Grécia pela DBRS e de Portugal pela S&P.
A Europa começou o dia em terreno positivo, aliviando parte das perdas semanais e interrompendo a mais longa sequência de quedas desde 2018.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 valoriza 0,13% para 454,25 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência europeu, viagens e media comandam ganhos.
Entre as principais praças europeias, Madrid negoceia na linha de água (0,04%), Frankfurt avança muito ligeiramente (0,08%) e Paris soma 0,23%.
Londres sobe 0,09%, Amesterdão cresce 0,14 e Milão valoriza 0,22%. Lisboa acompanha a tendência no resto da Europa e ganha 0,34%.
Os investidores apontam para uma probabilidade de 36% de o BCE aumentar as taxas de juro na próxima semana, contra uma probabilidade de apenas 12% de que a Fed faça o mesmo no próximo dia 20 de setembro, segundo os dados recolhidos do mercado monetário pela Bloomberg.
O mercado aguarda ainda a divulgação de uma série de indicadores sobre a economia do bloco. Os gabinetes de estatística espanhol e francês vão divulgar os dados da produção industrial de cada país relativamente a julho.
O mercado vai olhar também para os dados finais da inflação da Alemanha de agosto, que segundo os dados preliminares ficou em 6,2%, ligeiramente acima da estimativa dos analistas de 6%.
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,086%, mais 0,008 pontos que na quinta-feira, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje para 3,952%, mais 0,014 pontos do que na sessão anterior, abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,001 pontos face à véspera, ao ser fixada em 3,800%, depois de ter atingido um novo máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
Lusa
Wall Street começou a última sessão da semana no verde, com os investidores já de olhos postos nas reuniões de política monetária dos bancos centrais que se avizinham nas próximas duas semanas.
O industrial Dow Jones negoceia na linha de água (0,02%) para 34.492,27 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 ( S&P 500) ganha 0,21% para 4.460,63 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite subiu 0,49% para 13.803,20 pontos.
O BCE reúne-se no próximo dia 14 de setembro e a Reserva Federal (Fed) norte-americana nos próximos dias 19 e 20 setembro.
No mercado monetário os investidores apontam para uma probabilidade de 36% de o BCE aumentar as taxas de juro na próxima semana, contra uma probabilidade de apenas 12% de que a Fed faça o mesmo no próximo dia 20 de setembro.
Esta semana ficou marcada pelos dados vindos da Europa e da China que intensificaram as preocupações sobre um possível contração da economia, o que pressionou o mercado.
Os investidores estão atentos às ações do Goldman Sachs que valorizam 0,34%, depois de o Financial Times ter noticiado que o banco vai manter a prática anual de despedir os trabalhadores com pior desempenho, depois de quatro rondas de despedimento este ano.
O ouro está quase a fechar uma semana de perdas, pressionado pelas expectativas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana mantenha os juros diretores em terreno restritivo.
Entretanto, durante a sessão desta sexta-feira, o metal amarelo valoriza 0,28% para 1.925,13 dólares por onça, numa altura em que o dólar perde terreno, tornando o investimento em matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro, atrativas para quem negoceia com outras moedas.
Os dados divulgados esta semana, como por exemplo os que revelaram uma subida acentuada da atividade do setor dos serviços em agosto e uma queda dos pedidos de subsidio de desemprego na semana passada – reforçaram a expectativa de que, apesar de não se antecipar mais subidas, os cortes da taxa de fundos federais ainda não são para já.
Olhando para a próxima reunião de dois dias, que termina a 20 de setembro, o mercado de "swaps" aponta para uma probabilidade de 95,5% de que a taxa dos fundos federais se mantenha inalterada num intervalo entre 5,25% e 5,5%. Por outro lado, os investidores apontam apenas para uma probabilidade de 5% de que os juros subam em 25 pontos base.
O petróleo está prestes a fechar uma segunda semana consecutiva de ganhos, com valorizações de cerca de 2%. O ouro negro tem estado a ser impulsionado por um novo aperto do lado da oferta.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 0,10% para 86,96 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,23% para 90,13 dólares por barril.
Esta semana, tanto a Rússia como a Arábia Saudita voltaram a anunciar cortes na exportação de petróleo, de forma unilateral (sendo uma redução extra, face ao que já estava definido no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, o chamado grupo OPEP+). O tempo redução ficou acima do que era esperado pelo mercado.
O índice do dólar dirige-se, esta sexta-feira, para a mais longa série de ganhos semanais em nove anos, impulsionado por um conjunto de dados macroeconómicos dos EUA que sugerem que o fim do ciclo de subida de juros da Reserva Federal (Fed) pode ainda estar longe.O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – cresce 0,43% para 104,680 pontos, a mais longa série de ganhos semanais desde 26 de setembro de 2014.
A estimular a nota verde estiveram os dados divulgados esta semana, que mostraram que o setor dos serviços nos EUA ganhou força em agosto. Além disso, os pedidos de subsídio de desemprego atingiram, na semana passada, o seu nível mais baixo desde fevereiro.
"Os dados económicos dos EUA ainda são robustos e na Europa estão a estabilizar. O dólar normalmente tem um bom desempenho quando a economia dos EUA supera os seus pares", disse Dane Cekov, estratega sénior de câmbio e dados macroeconómicos no Nordea, citado pela Bloomberg.
As bolsas europeias encerraram a sessão desta sexta-feira em terreno positivo, com a atenção dos investidores a virar-se para a reunião de política monetária da próxima semana e para os dados da inflação dos EUA.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,22% para 454,66 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o das viagens foi o que mais subiu (1,37%), seguido pelo setor dos media (1,25%) e dos bens de consumo (1,08%).
Nas principais praças europeias, Madrid avançou 0,59%, Paris cresceu 0,62%, Milão valorizou 0,28%, enquanto Berlim somou 0,14% e Londres aumentou 0,49%. A bolsa de Amesterdão foi a única a terminar com quedas ligeiras de 0,08%.
Entre os principais movimentos, destacou-se a Computacenter, cujas ações dispararam depois de ter divulgado os resultados do primeiro semestre que superaram as expectativas dos analistas.
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