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Setor de petróleo e gás sustenta Europa no verde em dia sem "farol" de Wall Street

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

bolsa europa mercados
bolsa europa mercados Regis Duvignau / Reuters
23 de Novembro de 2023 às 17:46
Setor imobiliário chinês vive melhor dia desde setembro. Europa sem rumo antes dos relatos do BCE

A Ásia terminou a sessão de forma mista e os futuros sobre o Euro Stoxx 50 negoceiam sem um rumo definido, num dia marcado por um menor volume de negociação do que o habitual devido à comemoração do dia de Ação de Graças nos EUA e a um feriado no Japão.

Na China, Hong Kong subiu 0,3%. As ações da Country Garden escalaram 17,67%, com a notícia que dá conta que a empresa está presente numa lista redigida por Pequim e composta por 50 entidades do setor imobiliário elegíveis para um financiamento.

O setor imobiliário como um todo valorizou 7%, tendo registado a melhor semana desde setembro. Xangai somou 0,6%.

Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,13%.

Pela Europa, o sentimento deverá ser marcado pela divulgação dos relatos do BCE sobre a última reunião de política monetária. Os investidores vão estar atentos a pistas sobre o futuro das taxas de juro. A presidente da instituição, Christine Lagarde, ainda esta quarta-feira avisou que "é cedo para cantar vitória" relativamente à inflação, numa conferência em Berlim.

Neste dia é também conhecida a estimativa rápida dos índices dos gestores de compras (PMI) da S&P Global Manufacturing, relativos a novembro. Serão divulgados os PMI compósitos, bem como os dados desagregados para a indústria e os serviços. Serão também veiculados os mesmo indicadores para o Reino Unido, França e Alemanha.

Também os os dados finais do PIB de Espanha no segundo trimestre vão estar a partilhar as atenções do mercado.

Adiamento da reunião da OPEP+ ainda faz mossa no petróleo
Adiamento da reunião da OPEP+ ainda faz mossa no petróleo

O petróleo continua a ser pressionado pela notícia do adiamento da reunião dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+), devido à discórdia entre vários membros. Também os "stocks" de crude nos EUA estão a influenciar o sentimento do mercado.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,70% para 76,56 dólares por barril.

Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 0,81% para 81,30 dólares por barril.

A OPEP+ adiou o seu encontro marcado para 26 de novembro para o próximo dia 30 de novembro. A Bloomberg dá conta de um sentimento de discórdia relativamente às quotas de produção de países africanos, incluindo Angola.

Nos EUA, a administração do país confirmou a tendência demonstrada na terça-feira pelo American Petroleum Institute, e portanto, os "stocks" de crude cresceram 8,7 milhões de barris na semana passada, o quinto aumento consecutivo e uma subida acima do esperado.

Ouro brilha de olhos postos na Fed
Ouro brilha de olhos postos na Fed

O ouro valoriza 0,26% para 1.995,27 dólares por onça, negociando perto da fasquia dos dois mil dólares, depois de o metal precioso já ter superado esta fasquia, numa altura que o mercado se mantém atento ao futuro dos juros diretores nos EUA.

Desde o início da semana passada, o ouro já ganhou quase 3%. Depois de superar a fasquia dos dois mil dólares por onça, o metal amarelo foi pressionado esta quarta-feira, pelo agravamentos dos juros no mercado da dívida, devido ao aumento das expectativas da inflação nos EUA a curto prazo para máximos de sete meses em novembro.

Ainda assim, o facto de no mercado de derivados já começar a apostar em cortes dos juros diretores nos EUA no próximo ano, está a contrabalançar o sentimento e a fazer puxar pelo metal amarelo.

Euro sobe antes dos relatos do BCE. Renmimbi valoriza com lista dourada de Pequim
Euro sobe antes dos relatos do BCE. Renmimbi valoriza com lista dourada de Pequim

O euro valoriza 0,33% para 1,0924 dólares, momentos antes de serem divulgados os relatos referentes à última reunião de política monetária do BCE.

Os investidores estão ainda atentos a uma chuva de dados macroeconómicos, que poderão dar sinais sobre a vitalidade económica da Europa.

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cai 0,33% para 103,579 pontos.

O renmimbi cresce 0,23% para 0,1401 dólares, após as notícias de que Pequim está a elaborar uma lista de 50 entidades elegíveis para financiamento bancário, incluindo a colapsada imobiliária Country Garden, numa altura em que o setor no país treme.

Juros agravam-se na Zona Euro entre indicadores e vitória da extrema-direita nos Países Baixos
Juros agravam-se na Zona Euro entre indicadores e vitória da extrema-direita nos Países Baixos

Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia em que o mercado acionista europeu regista ganhos ligeiros, e numa altura em que os investidores digerem os mais recentes resultados eleitorais nos Países Baixos e dados macroeconómicos no bloco.

A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava-se 0,7 pontos base para 2,563%.

Os juros da dívida portuguesa, que vencem em 2033, somam 1,4 pontos base para 3,201%.

A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos soma 1,4 pontos base para 3,563%.

A "yield" dos títulos franceses com a mesma maturidade cresce 1,3 pontos base para 3,129%, depois do índice de gestores de compras da S&P da indústria transformadora da segunda maior economia do bloco ter caído inesperadamente em novembro.

Os juros da dívida italiana, que vence em 2033, somam 1,8 pontos base para 4,327%.

A "yield" das obrigações a 10 anos dos Países Baixos agrava-se 1,9 pontos base para 2,903%, após o  partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, terá vencido as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos, de acordo com uma sondagem à boca das urnas realizada pela Ipsos.

Europa no verde. "Mid" e "large caps" holandesas em queda com vitória da extrema-direita
Europa no verde. 'Mid' e 'large caps' holandesas em queda com vitória da extrema-direita

O verde foi a cor que dominou o arranque da sessão na Europa, com os investidores atentos aos números da indústria francesa e às eleições nos Países Baixos, num dia que deverá ser marcado por um menor volume de negociação do que o habitual, devido aos feriados nos EUA e no Japão.

O "benchmark" europeu Stoxx 600 ganha 0,16% para 457,96 pontos, recursos primários e "oil & gas" comandam os ganhos. Já as ações das "telecom" e das viagens lideram as perdas.

Entre as principais praças europeias, Frankfurt sobe 0,10%, Paris ganha 0,22% e Londres soma 0,33%. Milão valoriza 0,25% e Madrid (-0,02%) negoceia na linha de água. Por cá, Lisboa acompanha a tendência predominante e arrecada 0,19%.

Amesterdão negoceia na linha de água (0,04%). O indicador da Bloomberg sobre ações de grande e média capitalização bolsista estão em queda,  com o ING a cair 3% e a ASML a descer até 2,8%.

O partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, terá vencido as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos, de acordo com uma sondagem à boca das urnas realizada pela Ipsos.

A sessão está a ser animada pelas notícias vindas da China que dão conta de uma lista redigida por Pequim e composta por 50 entidades do setor imobiliário elegíveis para um financiamento, que incluiu a colapsada imobiliária Country Garden.

Os investidores estão ainda a digerir os mais recentes dados macroeconómicos no bloco. O índice de gestores de compras da S&P da indústria transformadora da segunda maior economia do bloco ter caído inesperadamente em novembro.

O mercado espera também que sejam divulgados os relatos referentes à última reunião de política monetária do BCE.

Ouro valoriza com dólar mais fraco, mas mantém-se abaixo dos 2 mil dólares por onça
Ouro valoriza com dólar mais fraco, mas mantém-se abaixo dos 2 mil dólares por onça

O ouro está a valorizar, à boleia de um dólar mais fraco numa altura em que os investidores tentam perceber o curso da política monetária.

O preço do metal amarelo tende a subir quando a divisa norte-americana perde uma vez que, por ser cotado em dólares, se torna mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.

O metal precioso sobe 0,19% para 1.992,66 dólares por onça. Ainda assim, o ouro mantém-se abaixo da fasquia dos 2.000 dólares por onça. Noutros metais, o paládio cede 1,13% para 1.050,47 dólares e a platina cai 0,85% para 918,13 dólares.

No mercado cambial, o euro valoriza 0,17% para 1,0907 dólares, depois de dados que mostram que a produção industrial alemã superou as expectativas. O PMI (índice dos gestores de compras) na indústria fixou-se em 42,3% em novembro.

Petróleo cai mais de 1% com adiamento de reunião da OPEP+
Petróleo cai mais de 1% com adiamento de reunião da OPEP+

O preço do petróleo está a desvalorizar, penalizado pelo adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e por uma menor negociação devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 1,5% para 75,94 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,35% para 80,85 dólares por barril.

A OPEP+ decidiu adiar o encontro - inicialmente marcado para este fim de semana - para dia 30 de novembro, devido a um desentendimento sobre a produção de crude por parte dos países africanos.

Este adiamento colocou o ouro negro a cair, uma vez que coloca em causa a ideia de que a OPEP+ iria prolongar os cortes ou até aprofundá-los.

O atraso da reunião da OPEP+ "salientou o drama, mas, possivelmente, não o resultado", consideraram analistas do Citigroup, numa nota a que a Bloomberg teve acesso. Os especialistas esperam que a Arábia Saudita mantenha o corte voluntário de 1 milhões de barris por dia no próximo ano.

A OPEP+ decidiu adiar o encontro - inicialmente marcado para este fim de semana - para dia 30 de novembro, devido a um desentendimento sobre a produção de crude por parte dos países africanos.

Este adiamento colocou o ouro negro a cair, uma vez que coloca em causa a ideia de que a OPEP+ iria prolongar os cortes ou até aprofundá-los.

O atraso da reunião da OPEP+ "salientou o drama, mas, possivelmente, não o resultado", consideraram analistas do Citigroup, numa nota a que a Bloomberg teve acesso. Os especialistas esperam que a Arábia Saudita mantenha o corte voluntário de 1 milhões de barris por dia no próximo ano.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se, o que significa uma menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que mostraram um maior apetite pelo risco, com as ações europeias a negociarem no verde.

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 6 pontos base para 3,247% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 5,8 pontos base para 2,615%. 

Os juros da dívida soberana italiana aumentaram 7,2 pontos base para 4,382%, a "yield" da dívida espanhola cresceu 6,7 pontos para 3,616% e os juros da dívida francesa agravaram-se 6,5 pontos para 3,181%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica subiram 10 pontos base para 4,249%, um dia depois de o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, apresentar a proposta de orçamento.

Setor de petróleo e gás sustenta Europa no verde em dia sem "farol" de Wall Street
Setor de petróleo e gás sustenta Europa no verde em dia sem 'farol' de Wall Street

Os principais índices europeus encerram a sessão em alta, sustentados por ganhos no setor de petróleo e gás e na banca. O dia de negociação teve menor volume, uma vez que é dia de ação de graças nos Estados Unidos e as bolsas norte-americanas não estiveram, por isso, a negociar.

O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, somou 0,27% para 458,47 pontos, perto de máximos de 20 de setembro, ou seja, mais de dois meses.

A registar os maiores ganhos esteve o setor de petróleo e gás, que subiu 1,29%, após dois dias de perdas. Já o setor da banca avançou 0,66%, à boleia dos bancos suecos, depois de o Riskbank ter anunciado uma pausa no ciclo de subida das taxas de juro.

Em sentido oposto, os bancos holandeses caíram, depois de uma vitória inesperada do partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, que venceu as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos.

"O 'rally' que temos visto nos últimos meses é bem-vindo, mas, ao mesmo tempo, está mais ou menos a recuperar as perdas das semanas anteriores", disse à Bloomberg Michael Field, analista da Morningstar.

"É difícil ver os mercados continuarem a subir sem nenhum catalisador além do sentimento dos investidores", acrescentou.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,23%, o francês CAC-40 valorizou 0,24%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,28%, o britânico FTSE 100 subiu 0,19% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,18%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%.

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