BCE coloca emissões de dívida de empresas próximas de máximos
Mario Draghi anunciou em Março que o Banco Central Europeu passaria a comprar dívida de empresas não financeiras. Uma decisão que animou os investidores, à procura de ganhos, mas também as próprias empresas, que aproveitam agora os menores custos de financiamento. Reflexo disso foram as suas emissões em Março, que ficaram próximas de um máximo histórico.
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49,4 mil milhões de euros: este foi o montante de dívida denominada na moeda única emitida por empresas não-financeiras, durante o mês passado, revelou a Bloomberg esta sexta-feira, 1 de Abril. O terceiro valor mais elevado de sempre, que fica apenas a 400 milhões do actual máximo histórico, alcançado em Março de 2015.
"Se eu fosse uma empresa, aproveitaria o sol enquanto brilha", atirou Eden Riche, em declarações à Bloomberg. O director de estratégia de dívida de mercados emergentes e de elevado risco do ING aponta que, "a estes níveis [de taxas de juro], as empresas que utilizam o mercado de dívida deveriam procurar emitir o máximo possível, por quanto tempo for possível".
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Isto porque, desde que o BCE liderado por Mario Draghi (na foto) anunciou que estes títulos passariam a fazer parte das compras de activos, as taxas de juro acentuaram as quedas. De tal forma que há dívida de empresas que já regista taxas de juro negativas. Uma tendência que os analistas acreditam que irá continuar. Segundo os dados da Bloomberg, a 29 de Março, o valor destes títulos ascendia a 14 mil milhões de euros.
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