Investimento das famílias na dívida do Estado duplicou desde 2014
Durante o mês de Novembro, as famílias aplicaram 1.500 milhões em obrigações do tesouro de rendimento variável (OTRV), a que se somaram subscrições líquidas de 237 milhões de euros em certificados de poupança, segundo dados do IGCP divulgados esta quinta-feira. No total, os aforradores tinham 27.365 milhões de euros aplicados em títulos de dívida do Estado, um novo máximo.
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No total, o montante aplicado nestes instrumentos corresponde a 11,5% do total da dívida do Estado, o dobro do peso que se verificava no início de 2013 e a proporção mais elevada desde meados de 2010.
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Retalho garante 25% do financiamento
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A aposta das famílias na dívida do Estado é explicada pelos baixos retornos dos depósitos bancários e também pelos novos produtos de poupança lançados pelo Estado.
A estratégia tem permitido às famílias terem um peso cada vez mais elevado no financiamento, ajudando a diminuir o recurso ao mercado.
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Tendo em conta os dados de final de Novembro, as famílias garantiram um financiamento de 6.645 milhões de euros ao Estado desde o início do ano. Este valor corresponde a um quarto do total do financiamento do Estado este ano: 25.800 milhões de euros.
O peso ainda pode subir, já que para se alcançar a indicação dada pelo IGCP, o Estado necessita de angariar mais 459 milhões de euros em certificados em Dezembro.
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Apesar da reconquista da confiança das famílias, as estimativas para o próximo ano são mais conservadoras. O IGCP prevê obter 1.500 milhões em certificados em 2017, menos de metade do que obteve este ano.
Os certificados de aforro beneficiam de um prémio de 1%. Mas o prazo desse extra de remuneração termina no final do ano. O ministério das Finanças e o IGCP ainda não deram indicações sobre se esse prémio continuará em vigor.
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