Passos Coelho equivocou-se: Reembolso é de uma obrigação, não ao FMI
Portugal não vai, afinal, fazer mais um reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Pedro Passos Coelho equivocou-se com um reembolso de uma obrigação do Tesouro que vence a 15 de Outubro, dia em que o país terá de devolver 5,4 mil milhões de euros aos investidores. Foi um lapso, confirma fonte oficial do gabinete de Pedro Passos Coelho.
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Numa acção de campanha esta segunda-feira, Pedro Passos Coelho afirmou: "No próximo dia 15 de Outubro vamos pagar mais 5.400 milhões dos 78 mil milhões de euros" da ajuda externa concedida pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu em 2011.
O anúncio caiu como uma bomba nos meios financeiros associados à dívida pública, mas afinal é um lapso. O Estado não reembolsará antecipadamente 5,4 mil milhões de euros como anunciado por Pedro Passos Coelho, o que fará nessa data é um reembolso que já estava previsto de uma obrigação emitida em 2005 desse montante.
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O primeiro-ministro disse esta segunda-feira, 21 de Setembro, numa acção de campanha, que o Governo vai realizar a 15 de Outubro o terceiro reembolso antecipado ao FMI nesse montante. E acrescentou que "vamos continuar a pagar antecipadamente até ao final do ano porque isso significa muita poupança de juros".
Nos planos do IGCP, depois de ter pago 1.830 milhões de euros em Junho e 6,6 mil milhões em Março, admitia-se o pagamento de mais 2,2 mil milhões de euros até ao final do ano. Contudo, este novo reembolso estava condicionado ao encaixe com a venda do Novo Banco, o qual não chegou a acontecer.
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