BCE mantém juros inalterados. Taxa continua em 2%
Os governadores do Banco Central Europeu (BCE) optaram esta quinta-feira por manter a taxa de juro de referência inalterada pela terceira reunião consecutiva. Esta expectativa está alinhada com o mercado que não antecipa mexidas até ao final do ano e não se compromete com a direção das alterações em 2026.
"O conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje manter as três taxas de juro diretoras do BCE inalteradas", pode ler-se no comunicado. As taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez permanecerão assim em 2,00%, 2,15% e 2,40%, respetivamente.
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Os responsáveis de política monetária realçam que - apesar do crescimento económico, mesmo num ambiente global desafiante - "a robustez do mercado de trabalho, a solidez dos balanços no setor privado e as anteriores reduções das taxas de juro decididas pelo Conselho do BCE permanecem importantes fontes de resiliência". Ainda assim, as perspetivas continuam a ser incertas, "em particular devido à continuação das disputas comerciais e das tensões geopolíticas a nível mundial".
O conselho reitera ainda que está "determinado" em assegurar que a inflação estabilize na meta de 2% no médio prazo e que deverá manter a "abordagem dependente dos dados e reunião a reunião para decidir a orientação apropriada da política monetária" e, portanto, não se compromete previamente com uma trajetória. Para o banco central as perspetivas relativamente à inflação estão "em geral, inalteradas".
Esta perspetiva está também alinhada com as mensagens dos próprios membros do conselho liderado por Christine Lagarde, que têm vindo a sublinhar que as taxas de juro estão numa boa posição para gerir um ambiente incerto. Esta reunião é a primeira em que participa o novo governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira.
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Após oito cortes, num total de 200 pontos-base, o BCE colocou a descida de juros em pausa em julho, tendo apontado para a evolução da inflação como justificação. Em setembro, a taxa de inflação na Zona Euro acelerou para 2,2%, depois de se ter mantido inalterada em 2% nos três meses anteriores.
Em atualização
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